ENTRESSEIO

s.m. 1-vão, cavidade, depressão. 2-espaço ou intervalo entre duas elevações. HUMOR, CURIOSIDADES, UTILIDADES, INUTILIDADES, NOTÍCIAS SOBRE CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS CULTURAIS, AQUELA NOTÍCIA QUE INTERESSA A VOCÊ E NÃO ESTÁ NO JORNAL QUE VOCÊ COSTUMA LER, E NEM DÁ NA GLOBO. E PRINCIPALMENTE UM CHUTE NOS FUNDILHOS DE NOSSOS POLÍTICOS SAFADOS, SEMPRE QUE MERECEREM (E ESTÃO SEMPRE MERECENDO)

22 junho, 2007

CEGO É OBRIGADO A PAGAR PASSAGEM PARA CÃO-GUIA EM SÃO PAULO

São Paulo - O radialista Clóvis Alberto Pereira tem 31 anos e, há seis meses, ganhou um companheiro inseparável: o labrador Simon, seu cão-guia.
Paciente e concentrado, o animal foi escolhido especialmente para Pereira, que tem cegueira de nascença e é palestrante em eventos sobre acessibilidade e tecnologia. Desde que viraram uma dupla, Simon e seu dono já viajaram, de avião e ônibus, pelo Sudeste, Nordeste e Norte do Brasil, além de Argentina e Uruguai.
Mesmo acostumados a chamar a atenção, eles foram surpreendidos, no dia 5, ao comprar uma passagem de ônibus para o dia seguinte até Taquaritinga, cidade a 435 km da capital paulista, no Terminal Rodoviário do Tietê, na zona norte da cidade. Pereira informou que o cão-guia o acompanharia, e recebeu, da Empresa Cruz de Transportes Ltda., a informação de que isso só
aconteceria mediante o pagamento de uma segunda passagem para o cão.
De acordo com a lei federal 11.126, de 2005, os deficientes visuais têm direito de "ingressar e permanecer com o animal nos veículos e nos estabelecimentos públicos e privados de uso coletivo". O texto também afirma que "qualquer tentativa voltada a impedir ou dificultar" esse
acesso constitui ato de discriminação. "Apresentei a lei para eles e disseram que eu devia ser flexível", afirma Pereira, que precisou gastar mais R$ 105 pela passagem de ida e volta de Simon.
Sérgio Antonio Mendonça, da empresa Cruz, afirma que Pereira foi o primeiro passageiro acompanhado de cão-guia que a empresa atendeu, e que a compra foi feita à noite, quando a administração da empresa, concentrada em Araraquara, no Interior, estava fechada. Sem saber como proceder, o bilheteiro procurou o supervisor da garagem. Como a empresa atua apenas
dentro do Estado, o encarregado se baseou na lei estadual 10.784, de 2001, que prevê normas para cães-guia, mas nunca chegou a ser regulamentada. No dia seguinte, a empresa analisou o caso e ofereceu, antes do embarque de Pereira, o reembolso do valor da passagem canina.
Jornal da Tarde.

Comentário do Silvio: Que país vivemos nós, que todos tentam colocar dificuldades para o cão-guia. Primeiro foi o Metrô de São Paulo, que tentou por todos os meios impedir a entrada do deficiente visual acompanhado de seu cão, só cedendo com uma decisão judicial e ameaça de multas. Na imprensa rotineiramente vemos notícias como essa aí de cima, dificultando ou impedindo a presença do cão. Falta um pouco de informação e conscientização de quem trata com o público, para que o deficiente visual e seu cão sejam aceitos sem esse tipo de discriminação.

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