NOTEBOOKS E MONITORES FORAM FURTADOS NA REITORIA, AFIRMA USP
Os alunos que ocuparam a reitoria da USP (Universidade de São Paulo) trocaram o sistema Windows dos computadores dos funcionários pelo Linux, um software livre. De fundo ideológico -- o sistema operacional pode ser baixado gratuitamente da Internet, enquanto a Microsoft cobra cerca de R$ 300 --, a mudança acabou apagando arquivos eletrônicos.
Em entrevista à Rádio Eldorado na quarta (27), a reitora Suely Vilela disse que 46 computadores foram violados, dos quais somente 13 poderão ser recuperados. Além de terem sido formatadas, faltam peças em algumas máquinas. "Não há o que comemorar.
A instituição foi duramente ferida na sua integridade. O sentimento agora é uma mistura de indignação e melancolia." Foram registrados furtos de quatro notebooks e 13 monitores, além de projetores, impressoras e scanners. "Os danos não materiais, de documentos históricos por exemplo, ainda vamos apurar." Suely assinou um compromisso de não-punição dos alunos, mas disse ontem que só os atos caracterizados como "de greve ou protesto" não serão punidos.
A pró-reitoria de Graduação foi um dos departamentos mais afetados. Dos 13 computadores de lá, apenas um está funcionando. A pró-reitoria está usando máquinas emprestadas pela Fuvest. "Sumiram dicionários e um laptop", diz uma funcionária. Segundo ela, a geladeira e o aparelho de fax de seu escritório foram encontrados em outras salas. "Na minha mesa, havia documentos da consultoria jurídica, que fica no sexto andar", contou a funcionária, que trabalha no térreo. Louças e talheres da reitoria também sumiram.
O Estado de São Paulo
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