PARÁ PODE SER DIVIDIDO EM QUATR0 ESTADOS
O Estado do Pará pode, no futuro, ser dividido em quatro. Circulam pelo Congresso três propostas de plebiscitos que consultariam a população paraense a respeito da criação dos Estados de Marajó, Carajás e Tapajós - este último já aprovado, dependendo apenas da homologação da assembléia e aprovação do presidente da República.
Carajás será o próximo. Na semana passada, a Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou o projeto, de autoria de Leomar Quintanilha (PMDB-TO), que em breve será submetido ao plenário. "O Pará tem o território de um país. O desenho geográfico atende à ética da colonização, e hoje temos uma realidade diferente", diz o deputado Zequinha Marinho (PMDB-PA), favorável à divisão.
Para Marinho, a criação de novos territórios beneficiaria a população pobre do Pará - o segundo maior Estado do país. "A população em torno de Belém recebe certo investimento. Mas fora disso, temos regiões que querem se emancipar, e é justo, porque eles passam muita dificuldade", afirma. O Estado tem hoje quase sete milhões de habitantes.
O Estado do Carajás englobaria o sul/sudeste paraense, região rica em minérios, assim como Tapajós, a oeste. Marajó é uma região que vive de turismo. A preocupação de alguns políticos é com relação ao Estado-mãe. "Ali, ficaria Belém e o nordeste do Estado, que vive de farinha de tapioca, produção que não leva a lugar algum", diz o senador Mário Couto (PSDB-PA). Couto afirma que a divisão é necessária, mas que a criação de novos três territórios prejudicaria o entorno da capital: "O ideal seria que ficasse Pará do norte e Pará do sul" - como aconteceu com o Mato Grosso, dividido em 1977.
Um projeto como esse tem suas implicações e interesses políticos. "Tem muita gente interessada porque seriam mais governadores, mais senadores, mais deputados", diz Mário Couto. Zequinha Marinho critica: "Temos muitos governantes que não conhecem o Estado. De Belém a Novo Progresso são 2.000 quilômetros. Até Faro, são 1.800 quilômetro. Isso não é justo", afirma.
Os projetos circulam em Brasília, mas as divisões só acontecerão se forem aprovadas em plebiscitos frente à população paraense. "A pobreza somada às distâncias, que são imensas, faz com que a representação popular dessas regiões defenda a divisão", diz o deputado Zequinha.
O senador Mário Couto faz as contas: as regiões que virariam novos territórios - e teoricamente teriam mais interesse nas divisões - somam quase três milhões de habitantes, pouco menos da metade da população do Pará. "Vai ser pau a pau, e a população precisa saber que a mudança depende dela."
Karen Cunsolo
Terra Magazine
Carajás será o próximo. Na semana passada, a Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou o projeto, de autoria de Leomar Quintanilha (PMDB-TO), que em breve será submetido ao plenário. "O Pará tem o território de um país. O desenho geográfico atende à ética da colonização, e hoje temos uma realidade diferente", diz o deputado Zequinha Marinho (PMDB-PA), favorável à divisão.
Para Marinho, a criação de novos territórios beneficiaria a população pobre do Pará - o segundo maior Estado do país. "A população em torno de Belém recebe certo investimento. Mas fora disso, temos regiões que querem se emancipar, e é justo, porque eles passam muita dificuldade", afirma. O Estado tem hoje quase sete milhões de habitantes.
O Estado do Carajás englobaria o sul/sudeste paraense, região rica em minérios, assim como Tapajós, a oeste. Marajó é uma região que vive de turismo. A preocupação de alguns políticos é com relação ao Estado-mãe. "Ali, ficaria Belém e o nordeste do Estado, que vive de farinha de tapioca, produção que não leva a lugar algum", diz o senador Mário Couto (PSDB-PA). Couto afirma que a divisão é necessária, mas que a criação de novos três territórios prejudicaria o entorno da capital: "O ideal seria que ficasse Pará do norte e Pará do sul" - como aconteceu com o Mato Grosso, dividido em 1977.
Um projeto como esse tem suas implicações e interesses políticos. "Tem muita gente interessada porque seriam mais governadores, mais senadores, mais deputados", diz Mário Couto. Zequinha Marinho critica: "Temos muitos governantes que não conhecem o Estado. De Belém a Novo Progresso são 2.000 quilômetros. Até Faro, são 1.800 quilômetro. Isso não é justo", afirma.
Os projetos circulam em Brasília, mas as divisões só acontecerão se forem aprovadas em plebiscitos frente à população paraense. "A pobreza somada às distâncias, que são imensas, faz com que a representação popular dessas regiões defenda a divisão", diz o deputado Zequinha.
O senador Mário Couto faz as contas: as regiões que virariam novos territórios - e teoricamente teriam mais interesse nas divisões - somam quase três milhões de habitantes, pouco menos da metade da população do Pará. "Vai ser pau a pau, e a população precisa saber que a mudança depende dela."
Karen Cunsolo
Terra Magazine
Comentário do Silvio: Mais estados, mais governadores, mais deputados estaduais e federais, entendam porque há interesse em dividir o Pará. É uma tremenda farra !!!!
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