´"REMÉDIO PARA COLESTEROL REDUZ RISCO DE ALZHEIMER", DIZ ESTUDO
Medicamentos que ajudam no tratamento do colesterol alto podem ajudar a proteger contra o mal de Alzheimer, segundo um estudo da Escola de Medicina da Universidade de Washington, nos Estados Unidos.
Na última edição da revista especializada Neurology, os pesquisadores afirmam ter descoberto as primeiras provas de que medicamentos do grupo das estatinas (usados por milhões de pessoas no mundo) podem impedir a doença.
Em 2002, um estudo em larga escala da Universidade de Boston já tinha descoberto que os medicamentos poderiam reduzir o risco de Mal de Alzheimer em até 79% mesmo em pessoas geneticamente predispostas ao problema.
A autora do novo estudo, Gail Li, afirma que a sua pesquisa foi a primeira a comparar os cérebros de pessoas que receberam as estatinas com os cérebros de pessoas que não receberam.
Doadores
A equipe da professora-assistente de psiquiatria e ciências comportamentais da Universidade de Washington em Seattle realizou autópsias em cérebros de 110 pessoas com idades entre 65 e 79 anos, que doaram seus cérebros para pesquisa depois de suas mortes.
Estas pessoas eram normais, sem problemas cognitivos, quando se inscreveram em um programa de estudos voltado para adultos.
O mal de Alzheimer tem duas "marcas registradas": a presença de "placas" e "nós", depósitos de proteína que parecem estar espalhados pelo cérebro dos portadores. Mesmo assim, a causa exata da doença ainda não foi completamente compreendida.
Os pesquisadores encontraram uma quantidade significativamente menor desses nós nos cérebros de pessoas que tomaram estatinas, em comparação com os que não consumiram o remédio.
"Pessoas com Alzheimer são diferentes. Estatinas provavelmente ajudam mais a evitar a doença em certos tipos de pessoas do que em outras", disse Gail Li.
"Algum dia, poderemos saber de forma mais precisa quais indivíduos vão se beneficiar de quais tipos de estatinas para evitar as mudanças do mal de Alzheimer", acrescentou.
Derrame
Um estudo em pequena escala da Universidade de Santiago de Compostella, na Espanha, também descobriu que pacientes que pararam de tomar as estatinas depois de um derrame corriam um risco muito maior de morte.
A pesquisa espanhola também foi publicada na Neurology. Os pesquisadores espanhóis seguiram a evolução de 89 pacientes que tiveram derrames e que já estavam sob a medicação.
Nos primeiros três dias depois do derrame, 46 pacientes não receberam mais estatinas e outros 43 continuaram tomando doses normais.
Depois de três meses, 27 pessoas (60% dos que não estavam sob estatinas) morreram ou ficaram incapacitadas, dependendo de ajuda para viver, em comparação com apenas 16 pessoas do grupo que obteve permissão para tomar as estatinas.
"Estes resultados dão grande respaldo à recomendação médica de continuar o tratamento à base de estatinas durante a fase mais aguda de um derrame isquêmico", disse o pesquisador-chefe, Jose Castillo.
Anthony Rudd, médico britânico do Hospital Guys' and St. Thomas, em Londres, especializado em derrames, afirmou que os benefícios das estatinas para pacientes com derrame são contraditórios.
"Este é um estudo muito pequeno e acredito que precisamos de pesquisas maiores antes de tirar conclusões mais concretas", disse.
BBC Brasil
Na última edição da revista especializada Neurology, os pesquisadores afirmam ter descoberto as primeiras provas de que medicamentos do grupo das estatinas (usados por milhões de pessoas no mundo) podem impedir a doença.
Em 2002, um estudo em larga escala da Universidade de Boston já tinha descoberto que os medicamentos poderiam reduzir o risco de Mal de Alzheimer em até 79% mesmo em pessoas geneticamente predispostas ao problema.
A autora do novo estudo, Gail Li, afirma que a sua pesquisa foi a primeira a comparar os cérebros de pessoas que receberam as estatinas com os cérebros de pessoas que não receberam.
Doadores
A equipe da professora-assistente de psiquiatria e ciências comportamentais da Universidade de Washington em Seattle realizou autópsias em cérebros de 110 pessoas com idades entre 65 e 79 anos, que doaram seus cérebros para pesquisa depois de suas mortes.
Estas pessoas eram normais, sem problemas cognitivos, quando se inscreveram em um programa de estudos voltado para adultos.
O mal de Alzheimer tem duas "marcas registradas": a presença de "placas" e "nós", depósitos de proteína que parecem estar espalhados pelo cérebro dos portadores. Mesmo assim, a causa exata da doença ainda não foi completamente compreendida.
Os pesquisadores encontraram uma quantidade significativamente menor desses nós nos cérebros de pessoas que tomaram estatinas, em comparação com os que não consumiram o remédio.
"Pessoas com Alzheimer são diferentes. Estatinas provavelmente ajudam mais a evitar a doença em certos tipos de pessoas do que em outras", disse Gail Li.
"Algum dia, poderemos saber de forma mais precisa quais indivíduos vão se beneficiar de quais tipos de estatinas para evitar as mudanças do mal de Alzheimer", acrescentou.
Derrame
Um estudo em pequena escala da Universidade de Santiago de Compostella, na Espanha, também descobriu que pacientes que pararam de tomar as estatinas depois de um derrame corriam um risco muito maior de morte.
A pesquisa espanhola também foi publicada na Neurology. Os pesquisadores espanhóis seguiram a evolução de 89 pacientes que tiveram derrames e que já estavam sob a medicação.
Nos primeiros três dias depois do derrame, 46 pacientes não receberam mais estatinas e outros 43 continuaram tomando doses normais.
Depois de três meses, 27 pessoas (60% dos que não estavam sob estatinas) morreram ou ficaram incapacitadas, dependendo de ajuda para viver, em comparação com apenas 16 pessoas do grupo que obteve permissão para tomar as estatinas.
"Estes resultados dão grande respaldo à recomendação médica de continuar o tratamento à base de estatinas durante a fase mais aguda de um derrame isquêmico", disse o pesquisador-chefe, Jose Castillo.
Anthony Rudd, médico britânico do Hospital Guys' and St. Thomas, em Londres, especializado em derrames, afirmou que os benefícios das estatinas para pacientes com derrame são contraditórios.
"Este é um estudo muito pequeno e acredito que precisamos de pesquisas maiores antes de tirar conclusões mais concretas", disse.
BBC Brasil
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