WEIMAR RECUPERA BIBLIOTECA ANNA AMALIA, DEVORADA PELAS CHAMAS
Em 2004, incêndio destruiu 50 mil livros e deixou 62 mil obras seriamente danificadas. Trabalho de recuperação do acervo está sendo considerado "milagre" da restauração.
A cidade alemã de Weimar reabriu hoje (24) a Biblioteca da Duquesa Anna Amalia, devastada pelo fogo três anos atrás e apresentada agora como um milagre da restauração, apesar de as chamas terem devorado milhares de livros.
A biblioteca na "capital dos clássicos", terra dos poetas Johann Wolfgang Goethe e Friedrich Schiller, abre suas portas após uma recuperação de seus salões em estilo rococó e de seu patrimônio bibliográfico.
Na noite de 2 para 3 de setembro de 2004, o fogo destruiu grande parte de seu telhado e a galeria superior. Cerca de 50 mil livros viraram cinzas e outros 62 mil foram seriamente danificados. Apenas 28 mil se salvaram das chamas, no mais devastador incêndio de uma biblioteca alemã desde o fim da Segunda Guerra Mundial.
O incêndio foi causado por uma avaria elétrica. Mas as imagens do acidente e o desespero de seu diretor, Michael Knoche, tentando resgatar alguns livros, lembraram aos alemães os tempos da guerra.
Uma cadeia humana, formada por funcionários e moradores da cidade, conseguiu tirar da biblioteca centenas de volumes, esculturas e quadros. Foi uma tentativa desesperada de salvar as obras não só das chamas, mas também de água utilizada pelos bombeiros.
Os 380 mil litros de água usados para apagar o fogo nas paredes e no telhado tiveram sobre os livros um efeito quase tão devastador quanto o das chamas.
O incêndio aconteceu semanas antes do início das obras de restauração do edifício, construído em 1691.
A sala principal se transformou em biblioteca em 1761, por decisão da duquesa. Goethe foi seu diretor durante três décadas, período em que se adquiriu boa parte de seu acervo bibliográfico, especialmente os clássicos.
A biblioteca da duquesa Anna Amalia continha volumes dos séculos XVI a XIX, conservava uma ampla amostra de originais de Shakespeare, e a maior coleção do mundo de edições de "Fausto", com quase 3.900 volumes. Além dos livros, continha 2 mil manuscritos medievais e 8.400 mapas históricos. O acervo incluía coleções privadas de livros das famílias de Franz Liszt e Friedrich Nietzsche.
Parte dessas peças se perdeu. Mas Knoche conseguiu salvar uma Bíblia de Lutero, um dos tesouros da casa.
Dos 62 mil livros danificados, só 28 mil foram recuperados. Na inauguração, terão voltado às estantes 50 mil volumes, entre os restaurados e os salvos das chamas. Até 2015, graças às mais avançadas técnicas de restauração, mais 10 mil devem voltar às prateleiras. O resto é irrecuperável.
A maioria dos livros voltará ao seu espaço original, a sala rococó principal. Cerca de 10 mil originais danificados retornarão à torre da histórica biblioteca, declarada Patrimônio da Humanidade pela Unesco.
EFE
http://www.aber.org.br/
A cidade alemã de Weimar reabriu hoje (24) a Biblioteca da Duquesa Anna Amalia, devastada pelo fogo três anos atrás e apresentada agora como um milagre da restauração, apesar de as chamas terem devorado milhares de livros.
A biblioteca na "capital dos clássicos", terra dos poetas Johann Wolfgang Goethe e Friedrich Schiller, abre suas portas após uma recuperação de seus salões em estilo rococó e de seu patrimônio bibliográfico.
Na noite de 2 para 3 de setembro de 2004, o fogo destruiu grande parte de seu telhado e a galeria superior. Cerca de 50 mil livros viraram cinzas e outros 62 mil foram seriamente danificados. Apenas 28 mil se salvaram das chamas, no mais devastador incêndio de uma biblioteca alemã desde o fim da Segunda Guerra Mundial.
O incêndio foi causado por uma avaria elétrica. Mas as imagens do acidente e o desespero de seu diretor, Michael Knoche, tentando resgatar alguns livros, lembraram aos alemães os tempos da guerra.
Uma cadeia humana, formada por funcionários e moradores da cidade, conseguiu tirar da biblioteca centenas de volumes, esculturas e quadros. Foi uma tentativa desesperada de salvar as obras não só das chamas, mas também de água utilizada pelos bombeiros.
Os 380 mil litros de água usados para apagar o fogo nas paredes e no telhado tiveram sobre os livros um efeito quase tão devastador quanto o das chamas.
O incêndio aconteceu semanas antes do início das obras de restauração do edifício, construído em 1691.
A sala principal se transformou em biblioteca em 1761, por decisão da duquesa. Goethe foi seu diretor durante três décadas, período em que se adquiriu boa parte de seu acervo bibliográfico, especialmente os clássicos.
A biblioteca da duquesa Anna Amalia continha volumes dos séculos XVI a XIX, conservava uma ampla amostra de originais de Shakespeare, e a maior coleção do mundo de edições de "Fausto", com quase 3.900 volumes. Além dos livros, continha 2 mil manuscritos medievais e 8.400 mapas históricos. O acervo incluía coleções privadas de livros das famílias de Franz Liszt e Friedrich Nietzsche.
Parte dessas peças se perdeu. Mas Knoche conseguiu salvar uma Bíblia de Lutero, um dos tesouros da casa.
Dos 62 mil livros danificados, só 28 mil foram recuperados. Na inauguração, terão voltado às estantes 50 mil volumes, entre os restaurados e os salvos das chamas. Até 2015, graças às mais avançadas técnicas de restauração, mais 10 mil devem voltar às prateleiras. O resto é irrecuperável.
A maioria dos livros voltará ao seu espaço original, a sala rococó principal. Cerca de 10 mil originais danificados retornarão à torre da histórica biblioteca, declarada Patrimônio da Humanidade pela Unesco.
EFE
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