ENTRESSEIO

s.m. 1-vão, cavidade, depressão. 2-espaço ou intervalo entre duas elevações. HUMOR, CURIOSIDADES, UTILIDADES, INUTILIDADES, NOTÍCIAS SOBRE CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS CULTURAIS, AQUELA NOTÍCIA QUE INTERESSA A VOCÊ E NÃO ESTÁ NO JORNAL QUE VOCÊ COSTUMA LER, E NEM DÁ NA GLOBO. E PRINCIPALMENTE UM CHUTE NOS FUNDILHOS DE NOSSOS POLÍTICOS SAFADOS, SEMPRE QUE MERECEREM (E ESTÃO SEMPRE MERECENDO)

26 fevereiro, 2008

HISTÓRIA DO LIVRO NO BRASIL

CAPÍTULO XIV
A arte chega aos livros
O livro brasileiro perdia em comparação com os estrangeiros, até a década de 30. Mais uma vez estava lá, José Olympio, e seu colaborador, Tomás Santa Rosa, que foram os reponsáveis pela primeira revolução estética no mercado editorial brasileiro. A ausência de um acabamento mais esmerado era comum.
A admiração pela edições francesas luxuosas e ilustradas despertaram os editores brasileiros. O paraibano Santa Rosa, que até então fizera desenhos de capa, era pintor, produtor gráfico, cenógrafo, ilustrador. Trabalhando sempre inspirado por Portinari, Rosa, além do trabalho para editoras comerciais, passou a ser responsável pela arte visual das publicações do governo federal. Outros dois nomes merecem destaque: Poty Lazzaroto e Luís Jardim, que a partir de 1942, executariam regularmente desenhos para a "Casa", e que, após a morte de Rosa, assumiu seu lugar. Entre outros colaboradores, estavam os modernistas: Anita Mafatti, que ilustrou Iracema, de José de Alencar; Tarsila do Amaral, ilustradora de A moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo. Este foi considerado o período áureo da ilustração no Brasil.
Em 1942, surgiu a sociedade dos Cem Bibliófilos do Brasil, que existiu até a morte de seu fundador, Raymundo de Castro Maia. Os grandes nomes da arte brasileira, como Iberê Camargo, Carybé, Cícero Dias, e Goeldi, também contribuiram para ilustrar as obras consagradas pelos bibliófilos.
Ênio da Silveira, o fundador da Editora Civilização Brasileira, também inovou ao contratar Eugênio Hirsch como produtor. Com ele, as cores vibrantes, os desenhos coloridos, passaram a dominar as capas. Os espaços em branco deixaram de ser vistos como desperdício de papel para ganhar status estético. Assim, o conceito de arte se inseriu nos livros e a diagramação também foi transformada para ajustar a funcionalidade à beleza.
Texto baseado no livro: Momentos do livro no Brasil. comprar

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