COM ELEIÇÃO NA ESPANHA BRASILEIROS PERDEM
Nas eleições legislativas na Espanha neste domingo, não dá para dizer quem ganhará, mas já é possível saber quem perde: brasileiros com intenções de emigrar, segundo reportagem (íntegra do texto exclusiva para assinantes do jornal e do UOL) do colunista Clóvis Rossi, enviando especial da Folha a Madri, na edição deste domingo.
Se ganhar o candidato da oposição, Mariano Rajoy (do conservador Partido Popular), valerá uma frase que se tornou um dos "hits" da campanha, no quesito imigração: "No cabemos todos" (espanhóis e imigrantes). Se for reeleito o presidente do governo, o socialista José Luis Rodríguez Zapatero, na melhor das hipóteses se manterá a situação atual, cheia de obstáculos. Na pior, mais repatriações: "Sempre que tivermos ilegais, vamos repatriá-los", disse ao jornal "El País".
Na maioria dos casos, os brasileiros que mudam para Madri trabalham na construção civil. Acontece que o estouro da bolha imobiliária que fora o motor do crescimento espanhol nos últimos anos levou a uma crise no setor. Os R$ 2.800 parecem uma fortuna em se considerando o nível dos salários no Brasil. Mas é pouco na Espanha. Mas não importa, por que vale mais a perspectiva de um hospital (público).
E para ter a possibilidade de aceder ao serviço público de saúde basta "empadronarse", o que significa registrar-se junto às autoridades, passo que já foi dado por cerca de 70 mil brasileiros, segundo os dados não tão recentes fornecidos ao consulado do Brasil.
A crise
A crise entre as Chancelarias de Brasil e Espanha ocorreu na semana passada quando a Espanha barrou a entrada dos mestrandos do Iuperj (Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro) Patrícia Rangel e Pedro Luiz Lima. Eles foram impedidos de entrar no país na última quarta-feira e devolvidos ao Brasil. Os dois estavam a caminho de Lisboa para um congresso de Sociologia, primeiro evento internacional de que participariam.
Na sexta-feira, durante visita ao Rio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva associou a proibição da entrada de brasileiros na Espanha ao processo eleitoral daquele país. Ontem, o assessor especial da Presidência, Marco Aurélio Garcia, admitiu que o governo mandou intensificar o controle a espanhóis que chegam ao Brasil --na quinta-feira a Polícia Federal impediu a entrada de um grupo de espanhóis que desembarcaram em Salvador.
Segundo Garcia, não houve retaliação brasileira e, sim, reciprocidade em relação à postura adotada pelo governo espanhol com os brasileiros que chegam à Espanha. "Mantivemos o mesmo critério. Simplesmente intensificamos um pouco mais a rotina. É normal. O país tem que se fazer respeitar", disse. O assessor informou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende entrar em contato com o governo espanhol na próxima semana.
Folha Online
Se ganhar o candidato da oposição, Mariano Rajoy (do conservador Partido Popular), valerá uma frase que se tornou um dos "hits" da campanha, no quesito imigração: "No cabemos todos" (espanhóis e imigrantes). Se for reeleito o presidente do governo, o socialista José Luis Rodríguez Zapatero, na melhor das hipóteses se manterá a situação atual, cheia de obstáculos. Na pior, mais repatriações: "Sempre que tivermos ilegais, vamos repatriá-los", disse ao jornal "El País".
Na maioria dos casos, os brasileiros que mudam para Madri trabalham na construção civil. Acontece que o estouro da bolha imobiliária que fora o motor do crescimento espanhol nos últimos anos levou a uma crise no setor. Os R$ 2.800 parecem uma fortuna em se considerando o nível dos salários no Brasil. Mas é pouco na Espanha. Mas não importa, por que vale mais a perspectiva de um hospital (público).
E para ter a possibilidade de aceder ao serviço público de saúde basta "empadronarse", o que significa registrar-se junto às autoridades, passo que já foi dado por cerca de 70 mil brasileiros, segundo os dados não tão recentes fornecidos ao consulado do Brasil.
A crise
A crise entre as Chancelarias de Brasil e Espanha ocorreu na semana passada quando a Espanha barrou a entrada dos mestrandos do Iuperj (Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro) Patrícia Rangel e Pedro Luiz Lima. Eles foram impedidos de entrar no país na última quarta-feira e devolvidos ao Brasil. Os dois estavam a caminho de Lisboa para um congresso de Sociologia, primeiro evento internacional de que participariam.
Na sexta-feira, durante visita ao Rio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva associou a proibição da entrada de brasileiros na Espanha ao processo eleitoral daquele país. Ontem, o assessor especial da Presidência, Marco Aurélio Garcia, admitiu que o governo mandou intensificar o controle a espanhóis que chegam ao Brasil --na quinta-feira a Polícia Federal impediu a entrada de um grupo de espanhóis que desembarcaram em Salvador.
Segundo Garcia, não houve retaliação brasileira e, sim, reciprocidade em relação à postura adotada pelo governo espanhol com os brasileiros que chegam à Espanha. "Mantivemos o mesmo critério. Simplesmente intensificamos um pouco mais a rotina. É normal. O país tem que se fazer respeitar", disse. O assessor informou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende entrar em contato com o governo espanhol na próxima semana.
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1 Comentários:
Às 1:28 PM , Anônimo disse...
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