ENTRESSEIO

s.m. 1-vão, cavidade, depressão. 2-espaço ou intervalo entre duas elevações. HUMOR, CURIOSIDADES, UTILIDADES, INUTILIDADES, NOTÍCIAS SOBRE CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS CULTURAIS, AQUELA NOTÍCIA QUE INTERESSA A VOCÊ E NÃO ESTÁ NO JORNAL QUE VOCÊ COSTUMA LER, E NEM DÁ NA GLOBO. E PRINCIPALMENTE UM CHUTE NOS FUNDILHOS DE NOSSOS POLÍTICOS SAFADOS, SEMPRE QUE MERECEREM (E ESTÃO SEMPRE MERECENDO)

04 março, 2008

HISTÓRIA DO LIVRO NO BRASIL

CAPÍTULO XVI
Revistas que deixaram saudades
Uma ebulição intelectual só comparável à ânsia transformadora do Modernismo: era uma época em que os jornais eram superficiais e os livros não atendiam a urgência dos debates. É nesse período que surgem as revistas - um meio termo entre jornais e livros.
A Revista Brasiliense foi a mais importante. Estreou em 1955 apresentando uma proposta em forma de manifesto e trazendo à discussão de problemas econômicos, sociais e políticos que inquietavam o país. Nomes como Caio Prado Júnior, Sérgio Buarque de Holanda, Sérgio Milliet, Josué de Castro, Florestan Fernandes. Apesar de seus colaboradores estarem estreitamente ligados ao Partido Comunista Brasileiro, a revista se opunha com frequência à direção do PCB. Considerada uma continuação da Revista do Brasil, de Monteiro Lobato, a Brasiliense foi publicada pela última vez em 1964, quando foi destruída na gráfica a mando do governo.
A Revista Civilização Brasileira surgiu como sucedânea da Brasiliense, tendo atingido 20 mil exemplares vendidos já no segundo número. Nesta época também ocorreram outras manifestações culturais de peso: a explosão da MPB, o Cinema Novo, os grupos teatrais Oficina e Opinião, o surgimento de uma vanguarda nas artes plásticas. Mas devido à repressão a Civilização também acabou por ser censurada e em 1968 se tornou inviável. Dez anos depois Ênio da Silveira voltava à carga com o mesmo formato, sob o nome Encontros com a Civilização Brasileira.
A Tempo Brasileiro, fundada em 1961, pelos irmãos Franco e Fernando Portella, figuravam nomes como Sérgio Paulo Rouanet, Marcílio Marques Moreira e o liberal José Guilherme Merquior.
A edição de revistas, para editoras de perfil combativo e politizadas, como a Brasiliense e a Civilização, era uma forma de engajamento político e de intervenção na sociedade e na opinião pública.
Texto baseado no livro: Momentos do livro no Brasil. comprar
E aqui se encerra esta série.

Marcadores:

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial