HISTÓRIA DO LIVRO NO BRASIL
CAPÍTULO XVI
Revistas que deixaram saudades
Uma ebulição intelectual só comparável à ânsia transformadora do Modernismo: era uma época em que os jornais eram superficiais e os livros não atendiam a urgência dos debates. É nesse período que surgem as revistas - um meio termo entre jornais e livros.
A Revista Brasiliense foi a mais importante. Estreou em 1955 apresentando uma proposta em forma de manifesto e trazendo à discussão de problemas econômicos, sociais e políticos que inquietavam o país. Nomes como Caio Prado Júnior, Sérgio Buarque de Holanda, Sérgio Milliet, Josué de Castro, Florestan Fernandes. Apesar de seus colaboradores estarem estreitamente ligados ao Partido Comunista Brasileiro, a revista se opunha com frequência à direção do PCB. Considerada uma continuação da Revista do Brasil, de Monteiro Lobato, a Brasiliense foi publicada pela última vez em 1964, quando foi destruída na gráfica a mando do governo.
A Revista Civilização Brasileira surgiu como sucedânea da Brasiliense, tendo atingido 20 mil exemplares vendidos já no segundo número. Nesta época também ocorreram outras manifestações culturais de peso: a explosão da MPB, o Cinema Novo, os grupos teatrais Oficina e Opinião, o surgimento de uma vanguarda nas artes plásticas. Mas devido à repressão a Civilização também acabou por ser censurada e em 1968 se tornou inviável. Dez anos depois Ênio da Silveira voltava à carga com o mesmo formato, sob o nome Encontros com a Civilização Brasileira.
A Tempo Brasileiro, fundada em 1961, pelos irmãos Franco e Fernando Portella, figuravam nomes como Sérgio Paulo Rouanet, Marcílio Marques Moreira e o liberal José Guilherme Merquior.
A edição de revistas, para editoras de perfil combativo e politizadas, como a Brasiliense e a Civilização, era uma forma de engajamento político e de intervenção na sociedade e na opinião pública.
Uma ebulição intelectual só comparável à ânsia transformadora do Modernismo: era uma época em que os jornais eram superficiais e os livros não atendiam a urgência dos debates. É nesse período que surgem as revistas - um meio termo entre jornais e livros.
A Revista Brasiliense foi a mais importante. Estreou em 1955 apresentando uma proposta em forma de manifesto e trazendo à discussão de problemas econômicos, sociais e políticos que inquietavam o país. Nomes como Caio Prado Júnior, Sérgio Buarque de Holanda, Sérgio Milliet, Josué de Castro, Florestan Fernandes. Apesar de seus colaboradores estarem estreitamente ligados ao Partido Comunista Brasileiro, a revista se opunha com frequência à direção do PCB. Considerada uma continuação da Revista do Brasil, de Monteiro Lobato, a Brasiliense foi publicada pela última vez em 1964, quando foi destruída na gráfica a mando do governo.
A Revista Civilização Brasileira surgiu como sucedânea da Brasiliense, tendo atingido 20 mil exemplares vendidos já no segundo número. Nesta época também ocorreram outras manifestações culturais de peso: a explosão da MPB, o Cinema Novo, os grupos teatrais Oficina e Opinião, o surgimento de uma vanguarda nas artes plásticas. Mas devido à repressão a Civilização também acabou por ser censurada e em 1968 se tornou inviável. Dez anos depois Ênio da Silveira voltava à carga com o mesmo formato, sob o nome Encontros com a Civilização Brasileira.
A Tempo Brasileiro, fundada em 1961, pelos irmãos Franco e Fernando Portella, figuravam nomes como Sérgio Paulo Rouanet, Marcílio Marques Moreira e o liberal José Guilherme Merquior.
A edição de revistas, para editoras de perfil combativo e politizadas, como a Brasiliense e a Civilização, era uma forma de engajamento político e de intervenção na sociedade e na opinião pública.
Texto baseado no livro: Momentos do livro no Brasil. comprar
E aqui se encerra esta série.
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