PT EM SÃO PAULO: A MENTIRA COMO MÉTODO
Os paulistanos viram Marta Suplicy no horário político do PT. Sim, Gilberto Kassab fez o mesmo no horário do DEM. Os promotores e juízes eleitorais nada podem fazer porque eles não prometeram resolver nada — e, então, isso não caracterizaria propaganda eleitoral antecipada. O prefeito destacou as suas realizações. A ex-prefeita, exibiu o que considera problemas — que, suponho, ela pretende resolver (Deus nos livre!!!).
Então vejam que coisa: contra a propaganda eleitoral antecipada DE FATO, mas mascarada, em veículos que são concessões públicas, os promotores ficaram inermes. Eles preferem acionar jornais e revistas, que não são concessionários, por publicarem... ENTREVISTAS!
Não é do balacobaco? Na propaganda, políticos falam sozinhos. Em entrevistas, são confrontados. A campanha antecipada correu solta na TV e no rádio, e a VEJA São Paulo, o Estadão e Folha foram acionados judicialmente por fazerem jornalismo. Ionesco perde. Podem chamar o rinoceronte da sala de "meu louro". Mas este e só um desabafo. Quero tratar de outro assunto.
Toda campanha eleitoral mente, é claro. Costuma ser uma mentira nascida, sei lá, da megalomania, de números fantasiosos, da ignorância da realidade, do proselitismo... Ah, escolham aí. Vocês sabem: é aquele papo meio caricato de quase todos os políticos. Há, ainda, mentiras que têm origem numa ideologia meio vagabunda e perturbada. Por exemplo: mostre um acampamento do MST com crianças descalças e depois uma grande área com soja e diga que o agronegócio rico fez aqueles pobres. É mentira. A origem, no entanto, é a suposição estúpida, mas convicta em sua estupidez, de que, se todo mundo tivesse um pedaço de terra, o mundo seria um paraíso. Não seria: a humanidade estaria reduzida à metade, vitimada pela fome.A mentira do programa petista é de outra natureza. É contra o fato em seu fenômeno, entendem? Em seu programa de TV, Marta mostrou duas áreas da cidade: uma rica e outra muito pobre. E afirmou que a gestão Kassab investiu muito mais recursos per capita na área rica do que na pobre.
É MENTIRA. MENTIRA DESLAVADA. Trata-se de uma falácia, já denunciada por mim aqui, contada com a ajuda de uma ONG — ONG de que Oded Grajew, ex-assessor especial de Lula, é chefe. Querem ver? Eu mesmo escrevi a respeito no dia 24 de abril deste ano (e já havia escrito antes, em 25 de janeiro):
A MENTIRA PROPAGADA POR UMA ONG
É inacreditável!
O negócio é repetir uma mentira até que ela se torne verdade.
Já desmoralizei duas vezes, com números, não com opinião, uma certa ONG chamada Movimento Nossa São Paulo. É uma ocupação que distrai Oded Grajew, ex-empresário do setor de brinquedos, que depois brincou de assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e que, hoje, brinca de grande pensador do urbanismo brasileiro. A tal ONG disfarça o seu petismo congênito com o apoio do um monte de entidades por aí.
Como já escrevi aqui no dia 25 de janeiro, "a sua ONG reúne 400 (!!!) entidades: entre elas, estão a 'burguesa' Fiesp, a 'cúpida' Bovespa e a muito 'social' cooperativa de catadores de lixo sei lá de onde. Essas ilusões pluralistas sempre me deixam muito comovido. E só não paro de escrever para chorar porque decidi ter o coração mais duro do que o do faraó..."Em janeiro, Grajew e sua ONG vieram com a BOBAGEM de que a Prefeitura de São Paulo investe mais nas áreas ricas da cidade do que nas pobres. Demonstrei aqui o engodo. Não é que eles estão de volta com a mesma cascata? E não é que ganharam espaço no noticiário do UOL e, talvez, estejam amanhã nos jornais?
O portal comprou inteiramente a versão dos valentes. Leiam:
"Uma pesquisa realizada pela ONG Movimento Nossa São Paulo e divulgada nesta quinta-feira (24) traduz em números a desigualdade econômica e social entre as diferentes regiões da capital paulista. O estudo, feito com dados oficiais, fornecidos pela Prefeitura de São Paulo, revela que enquanto bairros de classe média como os de Pinheiros e Jardins têm serviços de saúde, educação e cultura semelhantes aos de países desenvolvidos, bairros da periferia da capital apresentam total carência de serviços essenciais.
O estudo revela quanto a Prefeitura efetivamente investe em cada uma das 31 subprefeituras da cidade. Ao analisar o orçamento de cada subprefeitura em 2006 e dividi-lo pelo número de habitantes atendidos, a ONG conseguiu detectar que o volume de recursos que chega aos bairros ricos é em média 4 vezes maior que chega aos bairros pobres. "
Acontece que essa é uma conta de energúmenos ou de malandros. Vocês decidem. Sabem por quê? O orçamento das Subprefeituras CORRESPONDE A MENOS DE 4% DO ORÇAMENTO DA CIDADE. Pegar uma fatia ínfima do Orçamento e tratá-lo como se representasse 100% é uma estupidez.
Como já escrevi aqui no dia 25 de janeiro, "a sua ONG reúne 400 (!!!) entidades: entre elas, estão a 'burguesa' Fiesp, a 'cúpida' Bovespa e a muito 'social' cooperativa de catadores de lixo sei lá de onde. Essas ilusões pluralistas sempre me deixam muito comovido. E só não paro de escrever para chorar porque decidi ter o coração mais duro do que o do faraó..."Em janeiro, Grajew e sua ONG vieram com a BOBAGEM de que a Prefeitura de São Paulo investe mais nas áreas ricas da cidade do que nas pobres. Demonstrei aqui o engodo. Não é que eles estão de volta com a mesma cascata? E não é que ganharam espaço no noticiário do UOL e, talvez, estejam amanhã nos jornais?
O portal comprou inteiramente a versão dos valentes. Leiam:
"Uma pesquisa realizada pela ONG Movimento Nossa São Paulo e divulgada nesta quinta-feira (24) traduz em números a desigualdade econômica e social entre as diferentes regiões da capital paulista. O estudo, feito com dados oficiais, fornecidos pela Prefeitura de São Paulo, revela que enquanto bairros de classe média como os de Pinheiros e Jardins têm serviços de saúde, educação e cultura semelhantes aos de países desenvolvidos, bairros da periferia da capital apresentam total carência de serviços essenciais.
O estudo revela quanto a Prefeitura efetivamente investe em cada uma das 31 subprefeituras da cidade. Ao analisar o orçamento de cada subprefeitura em 2006 e dividi-lo pelo número de habitantes atendidos, a ONG conseguiu detectar que o volume de recursos que chega aos bairros ricos é em média 4 vezes maior que chega aos bairros pobres. "
Acontece que essa é uma conta de energúmenos ou de malandros. Vocês decidem. Sabem por quê? O orçamento das Subprefeituras CORRESPONDE A MENOS DE 4% DO ORÇAMENTO DA CIDADE. Pegar uma fatia ínfima do Orçamento e tratá-lo como se representasse 100% é uma estupidez.
Repito aqui o que escrevi no dia 25 de janeiro:
"Sabem o que é impressionante? Grajew vendeu essa mesma tese às rádios há três meses. O dinheiro das subprefeituras é só para a manutenção de aparelhos públicos — não é investimento. Escrevi então: "Nas contas perturbadas (...), simplesmente não entram os investimentos das outras secretarias, prioritariamente voltados para as áreas pobres da cidade. O Hospital do M'Boi Mirim, por exemplo, entra na conta (...)? Não! As 60 AMAs (unidades de saúde) da periferia entram? Não! E os 24 novos CEUs? Também não. (..) É absolutamente razoável que se gaste mais em Pinheiros, nesse quesito, do que na Capela do Socorro. Porque Pinheiros não terá muito além dessa verba de manutenção, eis a verdade.".
"Sabem o que é impressionante? Grajew vendeu essa mesma tese às rádios há três meses. O dinheiro das subprefeituras é só para a manutenção de aparelhos públicos — não é investimento. Escrevi então: "Nas contas perturbadas (...), simplesmente não entram os investimentos das outras secretarias, prioritariamente voltados para as áreas pobres da cidade. O Hospital do M'Boi Mirim, por exemplo, entra na conta (...)? Não! As 60 AMAs (unidades de saúde) da periferia entram? Não! E os 24 novos CEUs? Também não. (..) É absolutamente razoável que se gaste mais em Pinheiros, nesse quesito, do que na Capela do Socorro. Porque Pinheiros não terá muito além dessa verba de manutenção, eis a verdade.".
Voltei
Olhem aqui: eu tenho cá as minhas convicções — e jamais as escondi. Esquerdista bom, se existe, é na oposição. Com esforço, talvez ele consiga falar a verdade. Mas a mentira deslavada... Bem, isso não deveria mais ter lugar na política. E tem. Pior de tudo: esta, em particular, foi criada por uma ONG — que, como se vê acima, pauta o jornalismo, que repete suas contas pilantras.
Espero que os adversários da sra. Marta Suplicy tenham juízo e façam o possível para evitar o retorno de uma administração que foi ruinosa para a cidade. Basta lembrar que a gestão Serra/Kassab pegou a cidade com uma dívida de curtíssimo prazo de R$ 2 bilhões — e cofres raspados. Os credores davam volta no quarteirão. A cidade recuperou suas finanças e voltou, finalmente, a investir em metrô. Mas isso fica pra outra hora.
O que é inadmissível é a mentira como método.
Razevedo
Espero que os adversários da sra. Marta Suplicy tenham juízo e façam o possível para evitar o retorno de uma administração que foi ruinosa para a cidade. Basta lembrar que a gestão Serra/Kassab pegou a cidade com uma dívida de curtíssimo prazo de R$ 2 bilhões — e cofres raspados. Os credores davam volta no quarteirão. A cidade recuperou suas finanças e voltou, finalmente, a investir em metrô. Mas isso fica pra outra hora.
O que é inadmissível é a mentira como método.
Razevedo
Marcadores: cidade de São Paulo, política
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