ATUALIDADES
Incêndio destrói Cultura Artística; diretora do teatro fala em luto
A diretora artística do Cultura Artística, Gioconda Bordon, estima que grande parte do patrimônio físico do teatro foi destruída em decorrência do incêndio que atingiu o teatro, localizado na altura do número 200 da rua Nestor Pestana, na região central de São Paulo, neste domingo (17).
Além da sala principal, a Esther Mesquita, com capacidade para 1.156 lugares, a aparelhagem técnica, de iluminação, palcos, platéia, todos os camarins e cenários das duas peças em cartaz foram completamente destruídas.
Dois pianos Steinway & Sons, de Hamburgo, um deles doado pela família Baungart e estimado em US$ 100 mil, e o outro comprado pela Secretaria de Estado da Cultura com o auxílio da Cesp (Companhia Energética de São Paulo), também devem ter sido devorados pelo fogo, segundo Bordon. Os pianos Steinway são conhecidos como os instrumentos de mais alta qualidade da área e também os mais caros.
O Cobom (Corpo de Bombeiros) afirma ainda não ser possível determinar a causa do incêndio, que atingiu no começo da manhã as instalações do teatro. Inicialmente, uma explosão em um prédio vizinho ao teatro foi apontada como a causa do fogo, já extinto. As equipes dizem que devem fazer o trabalho de rescaldo durante todo o dia, e ainda assim não conseguir terminá-lo.
Além disso, engenheiros da Prefeitura de São Paulo vão fazer uma vistoria no local para saber se a estrutura do prédio foi comprometida.
Apesar da força das chamas, o painel de 48 metros de largura por 8 metros de altura assinado por Di Cavalcanti, que fica na fachada do teatro, não foi atingido. Histórico, o teatro Cultura Artística foi inaugurado em março de 1950 com a apresentação do maestro Heitor Villa-Lobos.
Luto
Mesmo sabendo que o estrago foi grande, Bordon afirma ainda ser muito cedo para falar qualquer coisa a respeito de prejuízos. "Não temos condições de entrar lá, a área está interditada e a perícia ainda não chegou para saber os danos de fato."
Segundo ela, o fogo pode ter começado no andar de cima, já que um dos guardas sentiu cheiro forte de fumaça vinda daquela direção, já quando atingia os últimos camarins. No entanto, a diretora descarta a possibilidade do fogo ter sido provocado pelas instalações do próprio teatro, que havia recebido perícia do corpo de bombeiros 15 dias antes.
Ainda de acordo com a diretora, a sala onde é mantido um rico acervo fonográfico pode ter se mantido intacta, pois é localizada próximo às salas administrativas e ao saguão, que, segundo os bombeiros, são áreas que não foram atingidas.
A sala Rubens Sverne, menor e com capacidade para 339 lugares, também não foi atingida, mas entra na estimativa de estragos por ter ficado alagada em virtude do trabalho dos bombeiros em apagar o fogo.
Sobre a possibilidade do incêndio ter sido proposital ou criminoso, Bordon afirma não ter nenhuma informação que leve a qualquer informação precisa.
A diretora foi informada sobre o incêndio pelo também diretor do teatro Pedro Herz, às 7h. "Fiquei sem palavras. Nunca havia perdido algo meu em uma calamidade, é algo terrível, muito triste. Estamos todos muito abalados."
Depois do cálculo dos estragos, o próximo passo da diretoria é ver como será feita a retomada das agendas, que estava programada com espetáculos até novembro. "Você não sabe o que fazer, é um luto estranho, e um momento muito difícil para ver as conseqüências dessa perda", disse a diretora.
Espetáculos
A notícia se espalhou rapidamente pelo meio artístico, facilitando a transferência do espetáculo da Orquestra Filarmônica de Liège, que se apresentaria no Cultura Artística amanhã (18) e na terça (19). "A orquestra chegou nesta madrugada, tínhamos que dar um jeito."
O evento foi transferido para o Teatro Municipal, na segunda-feira (18), às 21h, e para a Sala São Paulo, na terça (19), no mesmo horário. Quem já adquiriu os ingressos, podem apresentá-los na entrada dos teatros.
As apresentações das duas peças teatrais em cartaz no Cultura Artística, "O Bem Amado", com Marco Nanini, e "Toc Toc", de Alexandre Reinecke, estão canceladas neste domingo. Já as datas das próximas apresentações estão indefinidas. De acordo com a diretora, quem já comprou ingressos para apresentações futuras será ressarcido.
Além da sala principal, a Esther Mesquita, com capacidade para 1.156 lugares, a aparelhagem técnica, de iluminação, palcos, platéia, todos os camarins e cenários das duas peças em cartaz foram completamente destruídas.
Dois pianos Steinway & Sons, de Hamburgo, um deles doado pela família Baungart e estimado em US$ 100 mil, e o outro comprado pela Secretaria de Estado da Cultura com o auxílio da Cesp (Companhia Energética de São Paulo), também devem ter sido devorados pelo fogo, segundo Bordon. Os pianos Steinway são conhecidos como os instrumentos de mais alta qualidade da área e também os mais caros.
O Cobom (Corpo de Bombeiros) afirma ainda não ser possível determinar a causa do incêndio, que atingiu no começo da manhã as instalações do teatro. Inicialmente, uma explosão em um prédio vizinho ao teatro foi apontada como a causa do fogo, já extinto. As equipes dizem que devem fazer o trabalho de rescaldo durante todo o dia, e ainda assim não conseguir terminá-lo.
Além disso, engenheiros da Prefeitura de São Paulo vão fazer uma vistoria no local para saber se a estrutura do prédio foi comprometida.
Apesar da força das chamas, o painel de 48 metros de largura por 8 metros de altura assinado por Di Cavalcanti, que fica na fachada do teatro, não foi atingido. Histórico, o teatro Cultura Artística foi inaugurado em março de 1950 com a apresentação do maestro Heitor Villa-Lobos.
Luto
Mesmo sabendo que o estrago foi grande, Bordon afirma ainda ser muito cedo para falar qualquer coisa a respeito de prejuízos. "Não temos condições de entrar lá, a área está interditada e a perícia ainda não chegou para saber os danos de fato."
Segundo ela, o fogo pode ter começado no andar de cima, já que um dos guardas sentiu cheiro forte de fumaça vinda daquela direção, já quando atingia os últimos camarins. No entanto, a diretora descarta a possibilidade do fogo ter sido provocado pelas instalações do próprio teatro, que havia recebido perícia do corpo de bombeiros 15 dias antes.
Ainda de acordo com a diretora, a sala onde é mantido um rico acervo fonográfico pode ter se mantido intacta, pois é localizada próximo às salas administrativas e ao saguão, que, segundo os bombeiros, são áreas que não foram atingidas.
A sala Rubens Sverne, menor e com capacidade para 339 lugares, também não foi atingida, mas entra na estimativa de estragos por ter ficado alagada em virtude do trabalho dos bombeiros em apagar o fogo.
Sobre a possibilidade do incêndio ter sido proposital ou criminoso, Bordon afirma não ter nenhuma informação que leve a qualquer informação precisa.
A diretora foi informada sobre o incêndio pelo também diretor do teatro Pedro Herz, às 7h. "Fiquei sem palavras. Nunca havia perdido algo meu em uma calamidade, é algo terrível, muito triste. Estamos todos muito abalados."
Depois do cálculo dos estragos, o próximo passo da diretoria é ver como será feita a retomada das agendas, que estava programada com espetáculos até novembro. "Você não sabe o que fazer, é um luto estranho, e um momento muito difícil para ver as conseqüências dessa perda", disse a diretora.
Espetáculos
A notícia se espalhou rapidamente pelo meio artístico, facilitando a transferência do espetáculo da Orquestra Filarmônica de Liège, que se apresentaria no Cultura Artística amanhã (18) e na terça (19). "A orquestra chegou nesta madrugada, tínhamos que dar um jeito."
O evento foi transferido para o Teatro Municipal, na segunda-feira (18), às 21h, e para a Sala São Paulo, na terça (19), no mesmo horário. Quem já adquiriu os ingressos, podem apresentá-los na entrada dos teatros.
As apresentações das duas peças teatrais em cartaz no Cultura Artística, "O Bem Amado", com Marco Nanini, e "Toc Toc", de Alexandre Reinecke, estão canceladas neste domingo. Já as datas das próximas apresentações estão indefinidas. De acordo com a diretora, quem já comprou ingressos para apresentações futuras será ressarcido.
Camila Neumam - Folha Online
Corpo de Dorival Caymmi é enterrado no Rio
O corpo do cantor e compositor baiano Dorival Caymmi foi enterrado no cemitério São João Batista, em Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro por volta das 15h50 deste domingo, 17. O cortejo foi acompanhado por cerca de 200 pessoas.
Por volta das 14h50 o corpo de Caymmi deixou a Câmara dos Vereadores e seguiu para o cemitério em carro aberto dos bombeiros. Uma multidão aplaudiu o momento em que o caixão foi retirado da Câmara.
O corpo do cantor e compositor foi velado na Câmara dos Vereadordes, no centro do Rio, desde a tarde do sábado, 16. Anônimos e famosos se revezaram para velar o corpo do artista baiano. Lá estiveram, entre outros, os novelistas Gilberto Braga e Glória Peres, a cantora Daniela Mercury, os filhos Nana e Danilo Caymmi (também cantores) e os netos.
Em uma rápida conversa com os jornalistas, Nana contou que o pai andava triste desde o dia 29 de abril, quando a companheira de tantas décadas, Stela Maris, que Caymmi conheceu nos estúdios da Rádio Nacional, entrou em coma e foi internada no Hospital Pró-Cardíaco. O estado de saúde do pai, que já não era bom, se agravou a partir da última quarta-feira, quando ele “desistiu de viver”, na definição da filha.
“Nós passamos esta semana toda tentando melhorar o moral dele, mas ele estava em uma grande melancolia, numa tristeza muito grande. Desistiu de comer, desistiu de tudo. É mais ou menos como dizia minha cunhada: um caso de Romeu e Julieta”, comparou Nana.
“A ausência de minha mãe desde 29 de abril, com ele sendo obrigado a completar os seus 94 anos de idade sem ela, foi terrível. Até quarta-feira passada, ele estava ouvindo música com a gente, mas depois a vela apagou”.
Nana disse que guardará do pai, que gravou 20 discos ao longo da carreira, a simplicidade e a musicalidade. “Tenho tanto para lembrar do meu pai. Desde a música e poesia até os grandes conselhos. Como ele costumava dizer: tem que ter estilo. Tenho uma sorte muito grande porque eu tive pai ‘burra velha’ e estou aqui”.
O filho Danilo admitiu que a família vive um momento complicado desde a internação da mãe. “A gente mais ou menos estava esperando e aconteceu do jeito que a família toda desejava: que ele morresse em casa e com tranqüilidade. Infelizmente perdemos um grande cantor e um grande compositor, mas fica aí uma obra, um legado muito grande”.
Lembrando que o pai era um homem que “usou a simplicidade como meio de vida”, Danilo pinçou uma frase lida em uma antiga agenda do pai na semana passada para exemplificar o momento presente: "Passo a passo, passando... passo!”
Danilo também destacou o grande amor que o pai tinha pelo Rio de Janeiro. “Ele viveu estes anos 50 intensamente o Rio de Janeiro. Era um baiano-carioca que amava esta cidade. Embora tenha esta carga toda da Bahia, ele sentia orgulha de, além de ser o grande baiano que era, ter sido também um grande carioca”.
*Com informações da Agência Estado e do G1
EFE
Por volta das 14h50 o corpo de Caymmi deixou a Câmara dos Vereadores e seguiu para o cemitério em carro aberto dos bombeiros. Uma multidão aplaudiu o momento em que o caixão foi retirado da Câmara.
O corpo do cantor e compositor foi velado na Câmara dos Vereadordes, no centro do Rio, desde a tarde do sábado, 16. Anônimos e famosos se revezaram para velar o corpo do artista baiano. Lá estiveram, entre outros, os novelistas Gilberto Braga e Glória Peres, a cantora Daniela Mercury, os filhos Nana e Danilo Caymmi (também cantores) e os netos.
Em uma rápida conversa com os jornalistas, Nana contou que o pai andava triste desde o dia 29 de abril, quando a companheira de tantas décadas, Stela Maris, que Caymmi conheceu nos estúdios da Rádio Nacional, entrou em coma e foi internada no Hospital Pró-Cardíaco. O estado de saúde do pai, que já não era bom, se agravou a partir da última quarta-feira, quando ele “desistiu de viver”, na definição da filha.
“Nós passamos esta semana toda tentando melhorar o moral dele, mas ele estava em uma grande melancolia, numa tristeza muito grande. Desistiu de comer, desistiu de tudo. É mais ou menos como dizia minha cunhada: um caso de Romeu e Julieta”, comparou Nana.
“A ausência de minha mãe desde 29 de abril, com ele sendo obrigado a completar os seus 94 anos de idade sem ela, foi terrível. Até quarta-feira passada, ele estava ouvindo música com a gente, mas depois a vela apagou”.
Nana disse que guardará do pai, que gravou 20 discos ao longo da carreira, a simplicidade e a musicalidade. “Tenho tanto para lembrar do meu pai. Desde a música e poesia até os grandes conselhos. Como ele costumava dizer: tem que ter estilo. Tenho uma sorte muito grande porque eu tive pai ‘burra velha’ e estou aqui”.
O filho Danilo admitiu que a família vive um momento complicado desde a internação da mãe. “A gente mais ou menos estava esperando e aconteceu do jeito que a família toda desejava: que ele morresse em casa e com tranqüilidade. Infelizmente perdemos um grande cantor e um grande compositor, mas fica aí uma obra, um legado muito grande”.
Lembrando que o pai era um homem que “usou a simplicidade como meio de vida”, Danilo pinçou uma frase lida em uma antiga agenda do pai na semana passada para exemplificar o momento presente: "Passo a passo, passando... passo!”
Danilo também destacou o grande amor que o pai tinha pelo Rio de Janeiro. “Ele viveu estes anos 50 intensamente o Rio de Janeiro. Era um baiano-carioca que amava esta cidade. Embora tenha esta carga toda da Bahia, ele sentia orgulha de, além de ser o grande baiano que era, ter sido também um grande carioca”.
*Com informações da Agência Estado e do G1
EFE
Vietnamita seqüestrado volta pra o hotel onde estava hospedado
RIO - O vietnamita Vu Thanh Nam, conselheiro da embaixada do Vietnã em Brasília, voltou na tarde deste domingo, em um táxi, para o hotel onde estava hospedado em Copacabana. Vu Thanh Nam e três chineses haviam sido seqüestrados na manhã deste sábado, na Estrada das Paineiras por um grupo de 12 homens armados. O vietnamita teria fugido dos bandidos, que o levaram para uma das favelas do Complexo do Alemão. Policiais chegaram a fazer uma blitz neste sábado na comunidade.
Ainda não há pistas sobre o paradeiro dos três chineses que foram levados junto com o vietnamita. A polícia trabalha com a hipótese de que os chineses já foram libertados pelos bandidos e estão perdidos na cidade.
Desde o seqüestro, cerca de 60 policiais do Batalhão de Policiamento Turístico (BPTur), do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e do Batalhão Florestal, com apoio dos 1º, 2º e 6º batalhões, e Cia de Cães, fizeram buscas na Estrada das Paineiras e na favela Cerro-Corá, que fica próxima ao local do crime.
RIO - O vietnamita Vu Thanh Nam, conselheiro da embaixada do Vietnã em Brasília, voltou na tarde deste domingo, em um táxi, para o hotel onde estava hospedado em Copacabana. Vu Thanh Nam e três chineses haviam sido seqüestrados na manhã deste sábado, na Estrada das Paineiras por um grupo de 12 homens armados. O vietnamita teria fugido dos bandidos, que o levaram para uma das favelas do Complexo do Alemão. Policiais chegaram a fazer uma blitz neste sábado na comunidade.
Ainda não há pistas sobre o paradeiro dos três chineses que foram levados junto com o vietnamita. A polícia trabalha com a hipótese de que os chineses já foram libertados pelos bandidos e estão perdidos na cidade.
Desde o seqüestro, cerca de 60 policiais do Batalhão de Policiamento Turístico (BPTur), do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e do Batalhão Florestal, com apoio dos 1º, 2º e 6º batalhões, e Cia de Cães, fizeram buscas na Estrada das Paineiras e na favela Cerro-Corá, que fica próxima ao local do crime.
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