ENTRESSEIO

s.m. 1-vão, cavidade, depressão. 2-espaço ou intervalo entre duas elevações. HUMOR, CURIOSIDADES, UTILIDADES, INUTILIDADES, NOTÍCIAS SOBRE CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS CULTURAIS, AQUELA NOTÍCIA QUE INTERESSA A VOCÊ E NÃO ESTÁ NO JORNAL QUE VOCÊ COSTUMA LER, E NEM DÁ NA GLOBO. E PRINCIPALMENTE UM CHUTE NOS FUNDILHOS DE NOSSOS POLÍTICOS SAFADOS, SEMPRE QUE MERECEREM (E ESTÃO SEMPRE MERECENDO)

14 agosto, 2008

PATRIMÔNIO HISTÓRICO E CULTURAL

Memorial Da Revolução De 1924
O bairro da Luz, desde o século XIX até os dias de hoje, tem como característica a presença de instalações policiais e militares. Junto ao antigo caminho do Guaré (hoje Avenida Tiradentes - parte do mais importante eixo viário no sentido Norte-Sul da cidade) foram sendo instalados, durante o século XIX, o Quartel da Força Pública, a Casa de Detenção e o Hospital Militar. Para iluminar e propiciar o fornecimento de energia para essas edificações, foi construída em 1896 uma usina termoelétrica, pequeno edifício de onde se projetava uma chaminé de 34 metros de altura.
Com um bonito desenho de Ramos de Azevedo, a torre da chaminé, até hoje, se destaca e marca a paisagem local, apesar de todas as modificações e a verticalização que o bairro experimentou. As próprias transformações nas adjacências da usina termoelétrica acabaram por deixar como remanescente do edifício somente a chaminé e umas poucas paredes, que atualmente estão localizadas no canteiro central da Rua João Teodoro.
Foi assim que a chaminé assistiu a todo o crescimento e transformações que a cidade atravessou durante o século XX. Foi contemporânea de diversos acontecimentos importantes, em especial a Revolução de 1924, iniciada no dia 5 de julho daquele ano, pelos tenentes da Força Pública nos edifícios militares, vizinhos da chaminé. Como vanguarda de seu tempo, os tenentes reivindicavam a modernização da economia e das estruturas políticas da República Velha - propostas que o povo daquela cidade, que avançava em direção ao novo, via com muita simpatia.
O apoio que os paulistanos deram ao levante teve, entretanto, um preço muito alto. São Paulo foi bombardeada dia após dia pelos canhões e pela aviação militar do Governo Federal, em especial em seus bairros operários - o Brás, a Mooca, o Cambuci e o Belenzinho. Nos vinte e dois dias em que se deu o confronto, metade dos 700 mil habitantes fugiu da cidade para escapar da devastação - registros oficiais dão conta de 503 mortos, 4846 feridos e inúmeros bairros atingidos. Um cenário de destruição, que felizmente, a cidade nunca mais assistiu.
Por não fazer parte marcante na história das elites e porque São Paulo "não podia parar" - era uma cidade que se reconstruía a cada dia - as cicatrizes de 1924 desapareceram como se esses acontecimentos nunca tivessem ocorrido. Talvez somente a Chaminé da Luz, que está localizada entre os lugares onde aconteceram os maiores conflitos, possa testemunhar de forma marcante esses fatos. Na sua alvenaria ainda hoje estão impressas as marcas das balas que atingiram o bairro, visivelmente perceptíveis.
É ali, ao lado da Chaminé da Luz, que se pretende construir um pequeno memorial da "Revolução Esquecida". Essa iniciativa parte da Secretaria de Cultura do Município, com a intenção de revelar e relembrar esse capítulo da história da cidade de São Paulo. A idéia é que o memorial reintegre a chaminé ao passeio, valorizando sua implantação na cidade, e que estimule quem passa, seja a pé ou de carro, a observá-la mais atentamente.
O partido do projeto se configura em um pequeno edifício-escultura, semi-enterrado, uma sucessão de pórticos - formando um caminho que conduz até chaminé - e onde estarão fixados e projetados textos, imagens e fotografias que informem sobre a revolução e sobre o conteúdo do edifício. O prédio deverá abrigar documentos, livros e equipamentos evocativos da memória da Revolução de 1924, num programa simples, com sala de exposições, projeção e pesquisas, dando ao público a oportunidade de conhecer um pouco mais da história de São Paulo.
José Rollemberg e Lara Melo Souza
Informativo Ladeira da Memória
Departamento do Patrimônio Histórico da
Prefeitura Municipal de São Paulo
São Paulo * Nº 18 * Ano III * 2008



Patrimônio Histórico e Artístico de Sobral em desenho deCampelo Costa no MIS
De 18 de agosto a 18 de setembro, o Museu da Imagem e do Som recebe a exposição “Desenhos” de Campelo Costa.
A partir do dia 18 de agosto o Patrimônio Histórico e Artístico de Sobral entra em cena. É a exposição “Desenhos” de Campelo Costa. São 50 desenhos a lápis, um registro poético que traz a exuberância da arquitetura sobralense, mostrando a lindeza dos casarios singelos e a imponência das igrejas e fazendas. Um olhar estético sobre o patrimônio.
De 29 de junho a 31 de julho Sobral comemorou seus 235 anos com uma diversificada programação de cultura e artes: shows, aboios, corais, intercâmbio da UECE e Escola de Música de Sobral com Mestre Antonio Ferreira do reisado, teatro, música, artes visuais, exposições, concertos de musica medieval, barroca, sacra, cursos, sessões na Câmara de Vereadores. A exposição “Desenhos” de Campelo Costa e o lançamento dos livros: “Sobral, a preservação do sítio histórico a partir do seu tombamento” de Campelo Costa, Andréa Cruz e Maria do Carmo Alves; e “Sobral, da origem dos distritos”, de Campelo Costa e Herbert Rocha, no MIS, em Fortaleza, dão continuidade a esse júbilo.
A exposição “Desenhos” de Campelo Costa traz os desenhos das duas publicações em referência, além de outras obras do artista. Arquiteto premiado e atual Secretário de Planejamento e Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente de Sobral, Campelo Costa começou a desenhar casas, fazendas e, principalmente, igrejas, quando assumiu suas atividades como secretário. A partir de suas observações, Campelo Costa traçou sobre o papel a miscelânea arquitetônica de Sobral, tombado pelo IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional desde 1999, e as qualidades inquestionáveis de uma arquitetura cabocla, anônima, sem realeza, espalhadas pelos quatros cantos do município e distritos vizinhos, herança singular do importante ciclo do gado.
SERVIÇO:
A exposição “Desenhos” de Campelo Costa; e o lançamento dos livros: “Sobral, A Preservação do Sítio Histórico a partir do seu Tombamento”, de Campelo Costa, Andréa Cruz e Maria do Carmo Alves, e “Sobral da Origem dos Distritos”, de Campelo Costa e Herbert Rocha é uma promoção da Secretaria da Cultura e Turismo de Sobral/ECOA, e Secretaria da Cultura do Estado do Ceará/MIS.
Entrada gratuita.
SUGESTÃO DE ENTREVISTA:
Campelo Costa - (88) 8812.2240
INFORMAÇÕES PARA A IMPRENSA:
Rejane Reinaldo - Secretária da Cultura e Turismo – (88) 8812.2246 e (85) 8758.1374
Assessoria de Imprensa: DÉGAGÉ
Jornalistas Responsáveis: Sônia Lage e Eugênia Nogueira
(85)3252.5401 / (85)9989.5876 / (85)9989.3913
degage@degage.com.br - http://www.degage.com.br/
Antônio Viana Online


São Paulo - Para DPH, a Lapa dos trens não tem valor
Entre as áreas na mira do mercado está uma das mais antigas indústrias. A maior parte dos imóveis na região da Lapa cujo processo de tombamento está sendo questionado pela Prefeitura, foi construída na primeira metade do século passado - são 11 casas e sobrados e 6 galpões industriais. A justificativa dos técnicos do Departamento do Patrimônio Histórico (DPH) é de que os imóveis "não apresentam relevância arquitetônica ou histórica" para preservação.
Entre as áreas está uma das mais antigas indústrias da região, a Fábrica de Tecidos e Bordados da Lapa, construída entre o fim do século 19 e o início do 20, na Rua Engenheiro Fox. O galpão da fábrica ainda apresenta elementos originais da época, como as grandes janelas basculantes e as linhas retas da fachada - para o DPH, porém, o lugar está em estado de conservação "irrecuperável" e "aparenta ter sido parcialmente demolido recentemente".
Também há equipamentos culturais entre os imóveis sob análise, como uma praça, na Rua Eugênio Pinto Moreira, onde há um coreto colorido (rosa, verde, azul, amarelo) de concreto armado e linhas modernas - mas insuficientes para convencer os técnicos do DPH, que decretaram o local como "sem interesse de preservação". "Alguns lugares são agradáveis, mas não podemos tombar a cidade inteira. Há praças por toda a cidade. A maioria não merece preservação mesmo", diz o diretor do órgão, Walter Pires.
Entre as casas e sobrados, habitadas por operários ao longo do século 20 e hoje classificadas como "de baixo gabarito" nos relatórios da Secretaria de Cultura, a maioria "não manteve a integridade arquitetônica" e, por isso, recebeu parecer contrário ao tombamento. Outros imóveis que estão na lista que será votada terça já foram demolidos, abandonados, ou estão completamente descaracterizados - como um galpão industrial da Faustolo, onde há um estacionamento.
DIEGO ZANCHETTA e VITOR HUGO BRANDALISE
estadao.com.br


Património cultural fundamental para Beja
Do ponto de vista histórico e patrimonial, estas descobertas arqueológicas agora reveladas podem ser importantes para a cidade de Beja? Conceição Lopes é categórica: "Absolutamente. As estruturas podem ser importantes mas é claro que há aqui problemas de conservação que têm de ser resolvidos e problemas da relação das estruturas com o Conservatório Regional do Baixo Alentejo, por exemplo. E também há o problema de articular a vida actual com a vida do passado – nós não podemos ser fundamentalistas ao ponto de dizer ‘é passado, são estruturas fundamentais, mais ninguém, constrói, mais ninguém faz nada’. Não. A dinâmica das sociedades é mesmo isto, reciclar e construir umas estruturas por cima das outras".
Para a arqueóloga, "tendo em conta o modo como as sociedades agora organizam a sua vida económica, como os cidadãos hoje se relacionam com o património, as ruínas que temos aqui são elementos fundamentais de apropriação dum património colectivo e parece-me que são muito importantes para a cidade de Beja". São importantes a vários títulos: "Por exemplo, 2,4 por cento do PIB da Europa vem da Cultura. Eu acho que programas de desenvolvimento baseados na Cultura, não apenas na arqueologia, mas na Cultura em geral, podem ser instrumentos de desenvolvimento de regiões. Uma articulação do património que estamos a encontrar aqui com o património imaterial, que está a ser bastante bem trabalhado em Beja, com outras escavações que se fizeram na cidade e com outros patrimónios, desde o cantar ao comer, podem ser elementos fundamentais. O património arqueológico é indissociável de todo o outro e, articulado com outro património cultural, num programa bem estruturado de desenvolvimento, pode ser um instrumento fundamental para Beja".
Diário do Alentejo

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