ATUALIDADES
Presos 27 em operação contra fraude no Detran
Esquema regularizava carros roubados em três estados. Mais de 300 veículos irregulares já foram identificados.
Do G1, em São Paulo, com informações da TV Cabo Branco
A Polícia Federal prendeu 27 suspeitos de envolvimento em um esquema de regularização e venda de carros roubados em três estados, nesta sexta-feira (29), durante a Operação Cascavel. Segundo a PF, a fraude foi descoberta na Paraíba, em Pernambuco e em Alagoas. De acordo com a investigação, policiais militares e funcionários do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) da Paraíba estariam envolvidos no esquema. Mais de 300 veículos irregulares já foram identificados.
O licenciamento dos veículos era feito com a ajuda de funcionários do Detran e do Instituto de Polícia Científica da Paraíba. Os criminosos também teriam emitido várias carteiras de habilitação de forma fraudulenta.
As investigações começaram em fevereiro de 2008 e tinham o objetivo de investigar um grupo de assaltantes de carros que atuava nos estados da Paraíba e Pernambuco. Durante as investigações, a PF descobriu a organização criminosa que recebia os veículos roubados e adulterava os chassis.
Esquema regularizava carros roubados em três estados. Mais de 300 veículos irregulares já foram identificados.
Do G1, em São Paulo, com informações da TV Cabo Branco
A Polícia Federal prendeu 27 suspeitos de envolvimento em um esquema de regularização e venda de carros roubados em três estados, nesta sexta-feira (29), durante a Operação Cascavel. Segundo a PF, a fraude foi descoberta na Paraíba, em Pernambuco e em Alagoas. De acordo com a investigação, policiais militares e funcionários do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) da Paraíba estariam envolvidos no esquema. Mais de 300 veículos irregulares já foram identificados.
O licenciamento dos veículos era feito com a ajuda de funcionários do Detran e do Instituto de Polícia Científica da Paraíba. Os criminosos também teriam emitido várias carteiras de habilitação de forma fraudulenta.
As investigações começaram em fevereiro de 2008 e tinham o objetivo de investigar um grupo de assaltantes de carros que atuava nos estados da Paraíba e Pernambuco. Durante as investigações, a PF descobriu a organização criminosa que recebia os veículos roubados e adulterava os chassis.
G1
Arqueólogos descobrem grandes áreas urbanas na Amazônia pré-histórica
Grupo encontrou 'cidades' de 700 anos cercadas com muralhas e fossos.
Comunidades lembravam assentamentos medievais ou da Grécia Antiga.
Tire da sua cabeça a velha idéia de que a Amazônia antes de Cabral era um grande vazio, um monte de "mato" com duas ou três tribos indígenas vagando ao léu. Essa visão está indo por terra há tempos, e acaba de levar uma nova pancada num artigo científico publicado nesta sexta (29). Pesquisadores americanos e brasileiros estudaram a região do Alto Xingu, em Mato Grosso, e acharam indícios de uma rede de assentamentos urbanos defendidos por muralhas e fossos, unidos por largas estradas e organizados em torno de centros rituais que lembram os que ainda são usados pelos índios da área. Trechos do Xingu que hoje parecem mata virgem ainda guardam, na verdade, as cicatrizes de "cidades" perdidas de 700 anos, afirmam os cientistas em pesquisa na revista americana "Science" .
As aspas em torno da palavra "cidades" são necessárias porque, ao que parece, os ancestrais dos índios cuicuros e outros povos do Alto Xingu não usavam o espaço da maneira urbana tradicional, empacotando grande quantidade de casas num só lugar. Em vez de um conjunto de arranha-céus, seus assentamentos estão mais para um condomínio fechado com vasta área verde. Eles combinavam uma sucessão de vilas, unidas por estradas (as maiores com até 50 m de largura), com trechos entremeados de lavouras de mandioca, florestas manejadas e mata virgem.
"O problema é que, se você acha esse tipo de coisa na Europa, é uma cidade. Se você acha isso em outro lugar, tem de ser outra coisa", explicou em comunicado oficial o arqueólogo americano Michael Heckenberger, coordenador da pesquisa, que trabalha na Universidade da Flórida em Gainesville. "Elas têm planejamento e organização incríveis, mais do que muitos exemplos clássicos do que as pessoas chamam de urbanismo", diz Heckenberger. O arqueólogo trabalhou, no Xingu, junto com especialistas como os antropólogos Carlos Fausto e Bruna Franchetto, do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro, e com Afukaka Kuikuro, da tribo dos cuicuros, que também assina o estudo.
Polêmica de terminologia à parte, o certo é que, para os pesquisadores, as comunidades urbanas do Mato Grosso pré-Cabral tinham mais ou menos o tamanho de uma cidade média da Grécia Antiga (Esparta, por exemplo, que era relativamente modesta) ou da Idade Média (Coimbra na época em que o reino de Portugal foi fundado, digamos). Tais como essas comunidades antigas, as "cidades" do Xingu se organizavam em torno de uma praça central, com cerca de 150 m de comprimento, que servia para reuniões e atividades religiosas rituais.
Dique para captura de peixes era comum nos assentamento e ainda é usado por índios cuicuros (Foto: Science/AAAS)
Segundo Heckenberger, os assentamentos estavam organizados de forma hierárquica, com "cidades" centrais maiores e vilas subordinadas, dispostas a poucos quilômetros de distância umas das outras, de maneira que uma caminhada de 15 minutos era suficiente para ir de um local a outro. As estradas que cortavam os conglomerados de assentamentos se organizavam de acordo com princípios astronômicos simples, orientando-se de nordeste para sudoeste.
Na região estudada pelos cientistas com a ajuda de aparelhos de GPS e guias indígenas, os assentamentos parecem ter se organizado em duas "ligas" de "cidades" e vilas, cada uma com território de uns 250 quilômetros quadrados e população combinada de 50 mil pessoas. Além das muralhas (feitas com paliçadas), fossos e estradas, elas eram servidas por infraestrutura de pontes, diques para captura e manejo intensivo de peixes e canais usados para o transporte via canoa lado a lado com as estradas.
Culpa de Cabral?
Toda essa complexidade urbana e social traz à baila a questão inevitável: o que aconteceu? Como a região deu lugar às aldeias e tribos relativamente modestas de hoje? O que os arqueólogos sabem é que o apogeu das "cidades" do Xingu foi de 700 a 500 anos atrás. Coincidência ou não, o período se encerra com a chegada dos europeus à América do Sul.
Acredita-se que o declínio das populações indígenas no continente esteja fortemente associado às doenças européias, contra as quais seu organismo não tinha imunidade, e as epidemias de varíola, peste bubônica e outras moléstias apareciam mesmo entre povos que não tinham tido contato direto com os colonizadores -- bastava se encontrar com outros nativos já infectados. Por isso, é bem possível que esses males estejam por trás do fim do urbanismo amazônico.
G 1
Tire da sua cabeça a velha idéia de que a Amazônia antes de Cabral era um grande vazio, um monte de "mato" com duas ou três tribos indígenas vagando ao léu. Essa visão está indo por terra há tempos, e acaba de levar uma nova pancada num artigo científico publicado nesta sexta (29). Pesquisadores americanos e brasileiros estudaram a região do Alto Xingu, em Mato Grosso, e acharam indícios de uma rede de assentamentos urbanos defendidos por muralhas e fossos, unidos por largas estradas e organizados em torno de centros rituais que lembram os que ainda são usados pelos índios da área. Trechos do Xingu que hoje parecem mata virgem ainda guardam, na verdade, as cicatrizes de "cidades" perdidas de 700 anos, afirmam os cientistas em pesquisa na revista americana "Science" .
As aspas em torno da palavra "cidades" são necessárias porque, ao que parece, os ancestrais dos índios cuicuros e outros povos do Alto Xingu não usavam o espaço da maneira urbana tradicional, empacotando grande quantidade de casas num só lugar. Em vez de um conjunto de arranha-céus, seus assentamentos estão mais para um condomínio fechado com vasta área verde. Eles combinavam uma sucessão de vilas, unidas por estradas (as maiores com até 50 m de largura), com trechos entremeados de lavouras de mandioca, florestas manejadas e mata virgem.
"O problema é que, se você acha esse tipo de coisa na Europa, é uma cidade. Se você acha isso em outro lugar, tem de ser outra coisa", explicou em comunicado oficial o arqueólogo americano Michael Heckenberger, coordenador da pesquisa, que trabalha na Universidade da Flórida em Gainesville. "Elas têm planejamento e organização incríveis, mais do que muitos exemplos clássicos do que as pessoas chamam de urbanismo", diz Heckenberger. O arqueólogo trabalhou, no Xingu, junto com especialistas como os antropólogos Carlos Fausto e Bruna Franchetto, do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro, e com Afukaka Kuikuro, da tribo dos cuicuros, que também assina o estudo.
Polêmica de terminologia à parte, o certo é que, para os pesquisadores, as comunidades urbanas do Mato Grosso pré-Cabral tinham mais ou menos o tamanho de uma cidade média da Grécia Antiga (Esparta, por exemplo, que era relativamente modesta) ou da Idade Média (Coimbra na época em que o reino de Portugal foi fundado, digamos). Tais como essas comunidades antigas, as "cidades" do Xingu se organizavam em torno de uma praça central, com cerca de 150 m de comprimento, que servia para reuniões e atividades religiosas rituais.
Dique para captura de peixes era comum nos assentamento e ainda é usado por índios cuicuros (Foto: Science/AAAS)
Segundo Heckenberger, os assentamentos estavam organizados de forma hierárquica, com "cidades" centrais maiores e vilas subordinadas, dispostas a poucos quilômetros de distância umas das outras, de maneira que uma caminhada de 15 minutos era suficiente para ir de um local a outro. As estradas que cortavam os conglomerados de assentamentos se organizavam de acordo com princípios astronômicos simples, orientando-se de nordeste para sudoeste.
Na região estudada pelos cientistas com a ajuda de aparelhos de GPS e guias indígenas, os assentamentos parecem ter se organizado em duas "ligas" de "cidades" e vilas, cada uma com território de uns 250 quilômetros quadrados e população combinada de 50 mil pessoas. Além das muralhas (feitas com paliçadas), fossos e estradas, elas eram servidas por infraestrutura de pontes, diques para captura e manejo intensivo de peixes e canais usados para o transporte via canoa lado a lado com as estradas.
Culpa de Cabral?
Toda essa complexidade urbana e social traz à baila a questão inevitável: o que aconteceu? Como a região deu lugar às aldeias e tribos relativamente modestas de hoje? O que os arqueólogos sabem é que o apogeu das "cidades" do Xingu foi de 700 a 500 anos atrás. Coincidência ou não, o período se encerra com a chegada dos europeus à América do Sul.
Acredita-se que o declínio das populações indígenas no continente esteja fortemente associado às doenças européias, contra as quais seu organismo não tinha imunidade, e as epidemias de varíola, peste bubônica e outras moléstias apareciam mesmo entre povos que não tinham tido contato direto com os colonizadores -- bastava se encontrar com outros nativos já infectados. Por isso, é bem possível que esses males estejam por trás do fim do urbanismo amazônico.
G 1
IBGE: em 30 anos, o Brasil terá 220 milhões de pessoas
A população brasileira deixará de crescer ao final dos próximos 30 anos, quando o País deverá ter em torno de 220 milhões de pessoas. A estimativa foi feita hoje pelo coordenador de População e Indicadores Sociais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Luiz Antônio Pinto de Oliveira. De acordo com ele, isso deve acontecer porque a taxa atual de crescimento da população está em torno de 1,2% e 1,3%, mas a taxa de fecundidade tem recuado expressivamente."Ao final de 30 anos, a população brasileira deixará de crescer. Essa é uma expectativa que o IBGE tem para os próximos anos. A taxa de crescimento vai ficar cada vez menor, aproximando-se de um índice de estabilidade parecida com a dos anos 40 desse século", afirmou Oliveira.O diretor afirmou que quando o País alcançar 220 milhões de habitantes a taxa de filhos por mulher vai ser por volta de 1,5, sendo que atualmente essa relação é de 2 filhos por mulher. "A experiência internacional é que é muito difícil haver um crescimento após isso. Acomoda os valores culturais, econômicos e a população pára efetivamente de crescer. Mas no Brasil isso vai demorar ainda mais de 30 anos", afirmou Oliveira. De acordo com ele, a população de metrópoles como São Paulo e Rio pode até diminuir em até 20 anos, pois já tem taxas de fecundidade baixas e população mais idosa. Em contrapartida, Brasília deverá crescer. "Brasília vai continuar crescendo, tem espaço para crescer e ela vai chegar daqui a 10, 15 anos a ser terceira cidade do País em termos demográficos", afirmou Oliveira.
A população brasileira deixará de crescer ao final dos próximos 30 anos, quando o País deverá ter em torno de 220 milhões de pessoas. A estimativa foi feita hoje pelo coordenador de População e Indicadores Sociais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Luiz Antônio Pinto de Oliveira. De acordo com ele, isso deve acontecer porque a taxa atual de crescimento da população está em torno de 1,2% e 1,3%, mas a taxa de fecundidade tem recuado expressivamente."Ao final de 30 anos, a população brasileira deixará de crescer. Essa é uma expectativa que o IBGE tem para os próximos anos. A taxa de crescimento vai ficar cada vez menor, aproximando-se de um índice de estabilidade parecida com a dos anos 40 desse século", afirmou Oliveira.O diretor afirmou que quando o País alcançar 220 milhões de habitantes a taxa de filhos por mulher vai ser por volta de 1,5, sendo que atualmente essa relação é de 2 filhos por mulher. "A experiência internacional é que é muito difícil haver um crescimento após isso. Acomoda os valores culturais, econômicos e a população pára efetivamente de crescer. Mas no Brasil isso vai demorar ainda mais de 30 anos", afirmou Oliveira. De acordo com ele, a população de metrópoles como São Paulo e Rio pode até diminuir em até 20 anos, pois já tem taxas de fecundidade baixas e população mais idosa. Em contrapartida, Brasília deverá crescer. "Brasília vai continuar crescendo, tem espaço para crescer e ela vai chegar daqui a 10, 15 anos a ser terceira cidade do País em termos demográficos", afirmou Oliveira.
Agência Estado
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