ENTRESSEIO

s.m. 1-vão, cavidade, depressão. 2-espaço ou intervalo entre duas elevações. HUMOR, CURIOSIDADES, UTILIDADES, INUTILIDADES, NOTÍCIAS SOBRE CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS CULTURAIS, AQUELA NOTÍCIA QUE INTERESSA A VOCÊ E NÃO ESTÁ NO JORNAL QUE VOCÊ COSTUMA LER, E NEM DÁ NA GLOBO. E PRINCIPALMENTE UM CHUTE NOS FUNDILHOS DE NOSSOS POLÍTICOS SAFADOS, SEMPRE QUE MERECEREM (E ESTÃO SEMPRE MERECENDO)

01 setembro, 2008

CULTURA, PATRIMÔNIO HISTÓRICO E CULTURAL

Curitiba - Museu de Arte Contemporânea do Paraná
Localizado no Centro de Curitiba, o Museu de Arte Contemporânea do Paraná abriga e preserva 1.150 obras de artistas brasileiros, principalmente dos paranaenses. O local também ampara, divulga e estimula a arte contemporânea e suas vertentes, promovendo intercâmbio cultural e artístico com outras entidades do país e do mundo.O prédio, que é tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico do Estado do Paraná, realiza exposições de artes de vanguardas e também mostra seu acervo em exposições temáticas.O evento mais importante e tradicional que o museu promove é o Salão Paranaense, que apresenta tendências da arte, incentivando a produção artística contemporânea. O local tem à disposição do público um serviço de visitas monitoradas e um setor de pesquisa e documentação.Rua Desembargador Westphalen, 16 - Curitiba Centro - Zona 0 - 3222-5172
Guia da semana.com.br
Foto: Ilustração - Getty Images

São Luiz-MA - Centro Histórico será vistoriado
A partir da manhã desta quarta (27), será iniciada a vistoria dos casarões tombados do Centro Histórico. A inspeção servirá para avaliar o estado dos casarões para compor relatório preliminar. Participam da inspeção membros do Iphan, da Fundação Municipal de Patrimônio Histórico, da Secretaria Municipal de Urbanismo e Habitação, do Ministério Público Estadual e Federal.Segundo informações do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o resultado das primeiras inspeções aos prédios tombados do Centro Histórico de São Luís só será divulgado durante coletiva marcada para às 16h30 desta quarta-feira, na sede do Iphan. A permanência do título de Patrimônio da Humanidade, recebido em 1997, deve ser decidida durante a coletiva.
http://www.badaueonline.com.br/2008/8/27/Pagina34953.htm

Museu do Ceará inicia projeto “Ação Educativa em Museus”
O Museu do Ceará, equipamento cultural ligado à Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Secult), por meio da Associação de Amigos do Museu do Ceará (Asmuce), deu início, no último dia 15, ao projeto “Ação Educativa em Museus”. O projeto foi contemplado no Programa de Preservação do Patrimônio Histórico Urbano/Monumenta, do Ministério da Cultura (MinC), que incentiva ações que ajudem na preservação do patrimônio histórico com desenvolvimento econômico e social.
A “Ação Educativa em Museus” deve realizar-se não só em instituições públicas, mas nos mais diversos espaços. O Museu do Ceará se propõe a levar as discussões relativas ao patrimônio e memória para as salas de aula e para as demais unidades museológicas do interior do Estado. Com a ação nas unidades museológicas, o museu se efetivará enquanto espaço educativo propício à construção de memórias plurais. Desta forma, pretende-se ampliar as funções e usos dos museus, concretizando a atuação dessas unidades como espaço público e de reflexão sobre a memória coletiva e a formação social de nossa cultura, a partir dos objetos presentes em seu acervo e de suas ações educativas.
Dividido em duas fases, o projeto promove até o mês de novembro cursos de capacitação para educadores do ensino formal (professores das redes pública e particular de ensino) e não-formal de Fortaleza e cursos para a formação dos quadros técnicos das unidades museológicas do interior do estado vinculadas, ou não, ao Sistema Estadual de Museus do Ceará (SEM– CE).
Na primeira ação, serão capacitados aproximadamente 375 professores, que serão multiplicadores das metodologias e ações educativas desenvolvidas pelo Museu do Ceará nas áreas de ensino, pesquisa em história, museologia e educação patrimonial. A segunda ação será realizada nas cidades de Iguatu, Juazeiro do Norte, Sobral, Poranga, Russas e Tauá. A proposta é que os quadros técnicos dos museus da região se desloquem de seus municípios até as cidades onde se realizarão as oficinas com o objetivo de capacitar profissionais para o desenvolvimento de atividades educativas em Museus e escolas públicas e particulares do interior do Ceará.
Retrospectiva - Existe uma grande lacuna no Ceará no que diz respeito à qualificação técnica para o trabalho educativo utilizando museus. A ausência de cursos superiores na área de museologia, aliada à falta de meios e oportunidades de qualificação nesta área, deixa nossas instituições carentes de profissionais capacitados para o trabalho pedagógico no interior dos museus e nas escolas, utilizando-se das novas concepções museológicas.
A partir de 2005, com a implantação do Sistema Estadual de Museus do Ceará (SEM-CE), criado e coordenado pelo Museu do Ceará/Secretaria de Cultura do Estado do Ceará e vinculado ao Sistema Brasileiro de Museus (SBM), houve um maior contato e articulação entre as unidades museológicas do estado, que evidenciou esta demanda por qualificação profissional presente entre funcionários de museus.
Serviço
Curso “Ação Educativa em Museus”
Público-alvo: profissionais de unidades museológicas
Carga Horária: 16 h/a
Locais: Unidades museológicas no interior do estado
Inscrições: Museu do Ceará e locais dos cursos
29 e 30 de agosto:
Museu Dom José – Sobral
Endereço: Av. Dom José, 878 – Centro
Fone: 88 3611-3525
11 e 12 de setembro:
Museu Regional dos Inhamuns – Tauá
Endereço: Praça Duque de Caxias s/n, bairro Luiz Antônio
Fone: 88 3437-2115
27 e 28 de setembro:
Museu da Fundação Memorial Padre Cícero – Juazeiro do Norte
Endereço: Praça do Cinqüentenário, s/n – bairro: Socorro
Fone: 88 3587-1292
10 e 11 de outubro:
Museu Padre Pedro de Alcântara – Russas
Endereço: Centro Cultural Padre Pedro de Alcântara
Rua José Ramalho, 1626, Centro
Fone: 88 3411-0509 / 8827-7213
25 e 26 de outubro:
Museu da Imagem e do Som de Iguatu
Endereço: Rua 13 de maio s/n (vizinho ao SESC)
Fone: 88 3581-7649
Curso “Como visitar um museu histórico”
Público-alvo: Docentes, educadores e demais interessados.
Carga Horária: 4 h/a
Local: Sala Paulo Freire - Museu do Ceará
Inscrições: 85 3101-2610 / 3101-2609
Assessoria de Imprensa da Secult:
Bianca Felippsen (
bianca@secult.ce.gov.br - 3101-6761/3101-6759/ 8878.8805)

Portugal - Tribunal de Contas guarda 600 anos de história
Tribunal de Contas possui um arquivo onde preserva móveis, pergaminhos e livros que remontam ao séc. XVII.
Expressões como "estamos quites" ou "ter em linha de conta" surgiram no ãmbito de uma instituição que, embora tenha tido várias designações ao longo dos tempos, conta já com 600 anos: o Tribunal de Contas.
No Departamento de Arquivo, Documentação e Informação do Tribunal de Contas estas e outras curiosodades têm sido objecto de uma cuidada inventariação e divulgação públicas.
A instituição que visa fiscalizar e garantir que os dinheiros públicos, saídos dos impostos que todos pagamos são bem geridos, tem, nos últimos anos, aliado a esta competência uma redobrada preocupação cultural. A salvaguarda do seu património histórico é a prova disto mesmo, assim como também o são as apostas na inventariação do acervo e na digitalização dos milhares de documentos, alguns deles com vários séculos de história.
O actual Tribunal de Contas entronca numa longa sucessão de instituições a mais antigas das quais documentada no reinado de D. Dinis (sec. XIII). Começou por se chamar Casa dos Contos (sec XIV), passou a designar-se Contos do Reino e Casa (sec XVI), e Erário Régio, entre 1761-1832. A actual designação data de 1930.
No Departamento de Arquivo, Documentação e Informação (DADI) há um precioso número de documentos, objectos, peças de mobiliário que fazem a história de vários séculos da instituição. Algumas tão emblemáticas e de presença tão esmagadora que não deixam ninguém indiferente. Exemplo desse património é a famosa cadeira de braços onde o Marquês de Pombal se sentaria aquando no exercício das suas funções de Inspector-Geral do Erário Régio. A peça não prima pela discrição - basta atentar que tem mais de 1,60 metros de altura e quase um metro de largura. Um móvel de proporções tão grandes como a importância do cargo da personalidade que nele se sentava. A cadeira tem sido uma das peças mais requisitadas pelos inúmetos museus nacionais sempre que estes organizam exposições temáticas sobre mobiliário português do século XVIII.
Igualmente curiosa é a caixa do correio expressamente utilizada, no século XIX, para a correspondência dirigida ao Tribunal de Contas. A peça, em mogno polido, tem mais de metro e meio de altura e é atribuída à marcenaria Vítor de Alcântara Knotz. Esta é uma das peças que faz sempre parte de qualquer roteiro expositivo que se faça sobre o Tribunal de Contas. Assim aconteceu, no ano passado, com a mostra "Contas com História", que esteve patente em Lisboa, no Ministério das Finanças, e no Porto, no edifício da Alfândega.
"A melhor forma de dar a conhecer o sentido da evolução geral da instituição é divulgá-la junto do grande público", lembra a propósito Judite Paixão, directora do DADI e que foi também comissária da última exposição.
Outra das vertentes do acervo do Tribunal de Contas diz respeito a inúmeros documentos de época, alguns deles de surpreendente beleza plástica como são os casos de algumas amostras de cetins lavrados, fios de seda, de espiguilho etc, oriundos da Real Fábrica das Sedas, do Rato, criada no tempo de D. João V, ou o livro de conta corrente de dois irmãos tesoureiros gerais em 1752, com letras profusamente ilustradas.
Outro documento interessante diz respeito à Fábrica de Ferro de Nova Oeiras, em Angola, que funcionou ente 1764 e 1772. Na sequência de sucessivos desaires humanos, é enviada, em 1797, uma comissão a Nova Oeiras para pesquisar o motivo da morte dos mestres enviados de Portugal. A redacção do relatório final é acompanhada por ilustrações que explicam os factos.
ANA VITÓRIA
Sapo.pt


Santos-SP - Centro de ouro
Bem que estranhei quando olhei o céu santista por volta das 19 h do sábado passado e vi aquela Lua pela metade. Hoje não deveria ser Lua Cheia (pensei)? Mas, aqui no Brasil, a Lua nasceu eclipsada e eu estava vendo justamente a segunda metade do eclipse lunar. Aos poucos, nosso satélite natural foi saindo do cone de sombra da Terra para se mostrar inteiro. Primeiro um pouco menos brilhante (como a medalha de bronze), mas às 21 h, já completamente fora de penumbra. Então, imediatamente lembrei da emocionante medalha de ouro do nosso atleta, César Cielo, conquistada com recorde olímpico na prova de 50 m nado livre, no último dia 15 de agosto, em Beijing.
No pequeno espaço da telinha, não percebi se o céu chinês estava muito cinzento. Aliás, o que interessava naqueles minutos era o que acontecia na água. Entretanto, o repórter do UOL, Rodrigo Bertolotto, mostrou a vista de seu quarto de hotel no Parque Olímpico de Pequim (Beijing). A atmosfera embaçada não permite enxergar muita coisa. Preço do progresso...


No dia 9 de agosto, o repórter escreveu que “a expressão smog foi criada quando a Inglaterra era o galpão fabril do mundo. É a mistura de smoke (fumaça) com fog (névoa). Como a China é hoje quem fabrica no planeta, o smog migrou para cá e cobre a vista de meu quarto. O hotel está localizado dentro do Parque Olímpico. O estádio Ninho de Pássaro está a 200 metros, mas ele é só um borrão à esquerda na foto. O Cubo De Água, local de competição da natação, é o outro borrão à direita. Em primeiro plano, está o Ginásio Nacional, do outro lado da rua, mesmo assim em meio à neblina. Depois de dias ensolarados em Pequim, voltou a poluição.”
Segundo pesquisadores da Equipe Brasil Escola, a maioria das cidades que apresenta altos níveis de contaminação do ar e da água se encontra em países com rápido desenvolvimento como a China e a Índia. Os
problemas de poluição ambiental evidenciam-se nas cidades onde a infra-estrutura não acompanhou o ritmo de crescimento industrial, o grande fluxo de pessoas e de mercadorias e a urbanização desordenada.
Por outro lado, a poluição visual também prejudica a cidade nas áreas que sofrem desvalorização e esvaziamento de atividades econômicas. A má conservação e o uso inadequado de vários imóveis antigos em bairros santistas como o Centro, o Valongo e o Paquetá ameaçam o patrimônio cultural. Desta forma, toda a paisagem (natural e cultural) da cidade portuária sofre: os elementos naturais (estuários, rios, mangues, ilhas, montanhas, fauna e flora) e os construídos.
Desde o final do século passado, a administração municipal de Santos procura revitalizar o Centro. Nas duas últimas décadas, algumas tentativas públicas apontaram para o alvo da co-gestão porto/cidade. Elaboraram-se planos para a requalificação urbana da área central de Santos, incluindo a faixa do cais do Valongo. A Lei nº 1891 de 2000 instituiu o “Dia do Centro” : 16 de agosto.
Até o dia 22 deste mês estará ocorrendo a Semana de Arquitetura e Cultura com reuniões e debates na Universidade Santa Cecília e na Oficina Cultural Pagu (Pça. dos Andradas, s/nº). Temas como a revitalização da região central de Santos, a implantação de equipamentos culturais em diversas partes do mundo e a recuperação de outras cidades históricas brasileiras estarão sendo apresentados. O evento é totalmente gratuito e a participação aberta aos estudantes, professores, pesquisadores e profissionais das áreas de arquitetura, arte e cultura. Vale conferir.
Casa de Câmara e Cadeia – postal BxP
Iris Geiger da Silva
Pernambuco - Jovens artesãos expõem trabalhos na Fundarpe
A recepção da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco - Fundarpe - ficou mais colorida esta semana. O espaço abriga, até esta sexta-feira, a exposição de trabalhos do Programa Jovem Artesão - vinculado ao Ponto de Cultura Arte Fazendo Parte - que pretende criar uma rede de núcleos para a iniciação profissional de jovens.
No espaço estão dis-poníveis objetos e acessórios de cerâmica e papel, todos produzidos por jovens entre 15 e 21 anos, ligados a instituições sociais, culturais e educativas, inseridas em comunidades da Região Metropolitana do Recife. A mostra fica na entrada da Fundarpe, e pode ser visitada no horário de funcionamento da Fundação, das 8 às 17h.
Mercado - A proposta do programa é que, após passarem pela formação de dois anos, os jovens sejam inseridos no mercado de trabalho, participando de grupos de artesãos independentes, como a Sociedade Alternativa do Barro, que agora trabalha em parceria com o programa. A entidade também expõe seus trabalhos com cerâmica e fibras naturais na sede da Fundarpe.
Além das oficinas ministradas por artistas plásticos e arte-educadores, os alunos participam de visitas orientadas a exposições, ateliês de artistas e artesãos, monumentos e de vivências em eventos, feiras, lojas e bazares, para adquirirem experiência na comercialização dos produtos.
Para a aluna do projeto, Jacymary Costa, há um ano e meio, esta é uma oportunidade de conseguir uma profissionalização. "Fiquei sabendo do projeto pela escola. Lá descobri minha paixão pelo artesanato", afirma. Segundo ela, um dos pontos principais é a convivência dentro do programa, que também oferece aos jovens acompanhamento psicológico para aliar desenvolvimento profissional, pes-soal e social.
Núcleos - O programa Jovem Artesão teve início em 2004 no Museu do Homem do Nordeste. Desde então, o projeto já possui núcleos em Araçoiaba, Piedade e Coelhos. O mais recente núcleo está sendo montado no Nascedouro de Peixinhos, em Olinda. Dentro das comunidades, o projeto promove o fortalecimento e a valorização da identidade cultural dos grupos, oferecendo oportunidades de futuro.
Diário Oficial - PE

São Paulo - Iphan quer transformar bairro em patrimônio cultural
BRASÍLIA - A diversidade do bairro do Bom Retiro, em São Paulo, deve virar patrimônio cultural do Brasil. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que vem estudando o reconhecimento da importância do local desde 2004, apresentou projeto, nessa quarta-feira, a lideranças das várias comunidades e etnias que vivem no bairro.
Segundo Simone Toji, coordenadora da pesquisa do Iphan sobre o Bom Retiro, a idéia do instituto é registrar as ruas do local como um bem imaterial do país já no ano que vem. É nelas, explicou ela, que muitos imigrantes italianos, judeus, árabes, coreanos, bolivianos e paraguaios que ingressaram no país desde o final do século 19 ou que continuam chegando se relacionam, transformando assim a cultura do bairro em uma riqueza nacional.
- Para muita gente, muita gente, o Bom Retiro é só um lugar de compras, mas ele é muito mais do que isso. - afirmou Flávia Brito do Nascimento, arquiteta e uma das pesquisadoras envolvidas no projeto. - No bairro, imigrantes do mundo inteiro se reuniram devido à proximidade com a estação do trem, e trouxeram consigo seus costumes.
Ela explicou que nas ruas do Bom Retiro realizam-se diversas feiras, manifestações culturais e religiosas que precisam ser preservadas. Existem também restaurantes, lojas e sedes de associações e grupos culturais que ajudam a definir a identidade multifacetada do bairro.
Com o reconhecimento do Iphan, o governo federal se tornará co-responsável pela manutenção do local e de suas características. Além de apoio financeiro, algumas ações para a organização de projetos de preservação passarão a ser financiadas pela União.
De acordo com Toji, o Iphan estuda também o tombamento histórico de seis edifícios do bairro: duas escolas, um antigo abrigo de imigrantes, duas igrejas e mais um teatro. Os prédios, segundo ela, também representam parte da diversidade do local e, por isso, devem ser incluídos no rol de lugares cujas características não podem ser modificadas.
Agência Brasil
JB Online

Belo Horizonte - Demolição do Imaco depende da Câmara
A demolição do prédio que abrigou durante décadas o Colégio Imaco, localizado No Parque Municipal Américo Renné Gianetti, na Região Central de Belo Horizonte, depende agora dos legisladores da cidade. O Projeto de Lei (PL) 1.832/08, de autoria do Executivo, em tramitação na Câmara, foi publicado ontem no Diário Oficial do Município (DOM). A proposta revoga a Lei 1.538, de 26 de setembro de 1968, que proíbe edificações na área de um dos locais mais freqüentados da capital e libera a derrubada do imóvel e a construção, no mesmo local, de uma arena. O PL proíbe ainda qualquer tipo de construção que descaracterize o parque e permite a construção de um memorial comemorativo ao centenário da morte de Afonso Pena, numa área limite com a avenida de mesmo nome. Em abril, a associação de ex-alunos e ex-professores do Imaco conseguiu, na Justiça, a suspensão da demolição, alegando que a área é tombada pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG). Mas a Gerência de Patrimônio Histórico Urbano de BH afirma que o prédio do colégio não faz parte do livro do tombo. O procurador-geral do município, Marco Antônio de Rezende Teixeira, recorreu e conseguiu decisão favorável à prefeitura. A expectativa é de que as obras comecem ainda este ano para serem entregues em 2010. De acordo com a Prefeitura de BH (PBH), o local será transformado em um espaço de educação e cultura, para palestras, eventos, apresentações musicais e teatrais, exposição de fotos, quadros e outras obras de arte, além de uma biblioteca. Haverá palco ao ar livre e ambientes fechados. A edificação foi erguida em um dos primeiros lotes da cidade, no qual Aarão Reis e sua comissão fizeram um canteiro para as obras de construção de BH. A reforma faz parte do programa de revitalização do Centro. O imóvel deverá abrigar ainda os ensaios da Orquestra Sinfônica de BH. A escola foi desativada e os alunos transferidos para um edifício onde funcionava um estabelecimento de ensino particular, no Bairro Lourdes
Junia Oliveira - Estado de Minas

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