ENTRESSEIO

s.m. 1-vão, cavidade, depressão. 2-espaço ou intervalo entre duas elevações. HUMOR, CURIOSIDADES, UTILIDADES, INUTILIDADES, NOTÍCIAS SOBRE CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS CULTURAIS, AQUELA NOTÍCIA QUE INTERESSA A VOCÊ E NÃO ESTÁ NO JORNAL QUE VOCÊ COSTUMA LER, E NEM DÁ NA GLOBO. E PRINCIPALMENTE UM CHUTE NOS FUNDILHOS DE NOSSOS POLÍTICOS SAFADOS, SEMPRE QUE MERECEREM (E ESTÃO SEMPRE MERECENDO)

27 outubro, 2008

CULTURA, PATRIMÔNIO HISTÓRICO E CULTURAL - 27-10-2008

Portugal - Dos subúrbios lisboetas chega a cultura popular portuguesa
Ana Bacalhau. Nome peculiar, tal como as histórias a que dá voz no projecto Deolinda. Cantigas ligadas à cultura popular portuguesa, ao fado, aos bailaricos e às procissões, que se tornaram o mais recente fenómeno da música nacional. Mas será Ana Bacalhau também Deolinda?
O nome Ana Bacalhau pode ser estranho para muitos, mas certamente não será o nome Deolinda. Ana Bacalhau é a voz deste novo grupo, vindo de Benfica e da Damaia, que encontrou na música popular portuguesa a sua personalidade. O povo aderiu, sendo que o seu primeiro álbum, editado apenas há seis meses, já atingiu a marca de Disco de Ouro. Ao DN, Ana Bacalhau revela que a personagem que dá nome ao grupo "é uma senhora que mora algures nos subúrbios da capital, num rés-do-chão, tem dois gatos, um peixinho e observa a vida dos seus vizinhos através da sua janela". Mas muitos são os que a confundem com a própria personagem. A cantora revelou que, "não sendo actriz", tem de se socorrer do seu "percurso pessoal" para dar vida a Deolinda. Uma constante nas histórias do grupo é a presença de "mulheres marcantes e fortes", e é também assim que Ana Bacalhau se define. "Não me considero uma mulher fraca ou destruída pela vida." Foi em Benfica que a voz dos Deolinda nasceu e viveu durante largos anos. "Ainda sonho com a minha casa em Benfica", referiu. Para a cantora, este é "um bairro especial": "De certa forma é um subúrbio, mas por outro lado tem marchas populares, o que é próprio dos bairros típicos de Lisboa." Nos Deolinda partilha família: Luís José Martins e Pedro da Silva Martins são seus primos (ambos da Damaia), Zé Pedro Leitão é seu marido. Devido a esta relação familiar, conhece bem a realidade da Damaia. "Apesar de ser um subúrbio conotado com a violência, sempre que ia visitar os meus primos, ao restaurante de família deles, os amigos deles estavam lá, brincávamos imenso, tocava-se guitarra, sentávamo-nos nas escadas dos prédios a falar. Essa vivência foi muito alegre", recorda. Depois, de Benfica, mudou-se para a Amadora, onde descobriu "que nem sempre as pessoas estão isoladas nos subúrbios. Ali sentia-me em Alfama, com as pessoas a falarem de janela para janela, a quererem conhecer-me".Mas nos Deolinda critica o comodismo nacional: "Acho que os portugueses são comodistas, eu pelo menos sou", ao que acrescenta: "Às vezes penso que mais valia ficar no sofá e passar despercebida."A cultura popular que os Deolinda tanto vincam na sua música não surgiu por acaso. "Começa logo na nossa família", explica. "São pessoas trabalhadoras, do povo. Sempre que se juntavam era uma festa, onde se cantava imenso o fado. Havia alguma pessoas na minha família que eram amigos do Alfredo Marceneiro." Há também uma ligação com o interior do País. "A família da minha avó é do interior, o pai dos meus primos é das Frádigas, logo conheço muito bem essa realidade, o ambiente das procissões, dos bailaricos. Sei bem o que é andar a dançar com o rapaz que se gosta e depois trocar de par", contou.Mas antes dos Deolinda, Ana Bacalhau já tinha dado voz ao grupo Lupanar. Essa experiência permitiu-lhe ter consciência que o sucesso de agora "pode desaparecer muito rapidamente", mas mantém "a esperança".

João Moço - Diário de Notícias


Boa Vista-RR - Semana da Cultura Japonesa começa com palestra sobre cooperação internacional
A Prefeitura de Boa Vista e a Anir (Associação Nipo-Brasileira de Roraima) abrem as comemorações da Semana da Cultura Japonesa, pelo Centenário da Imigração Japonesa no Brasil, com uma palestra sobre cooperação internacional ministrada por representantes da JICA (Agência Internacional de Cooperação Japonesa).
O encontro será realizado neste sábado (25), às 10h, no Auditório do Sesi. A entrada é gratuita. O objetivo é apresentar as ações de cooperação desenvolvidas pela Jica no Brasil e fortalecer as parcerias já existentes em Boa Vista.
“É importante que as pessoas participem deste encontro para conhecerem melhor a atuação da Jica no Brasil e as possibilidades de cooperação oferecidas pela Agência”, disse a Assessora de Relações Internacionais do Município, Camila Albuquerque.
Ela lembrou que, em 2007, compôs um grupo de três pessoas que representaram o Brasil no treinamento “Política Administrativa e Serviço Público Local (Desenvolvimento Local Participativo)”, realizado em Kyoto, no Japão. O projeto elaborado por Camila relacionou as principais dificuldades enfrentadas pelas cidades da região Norte, como falta de energia e a questão fundiária.
“Foi uma oportunidade única de mostrar os problemas ainda existentes na região Norte e buscar soluções a partir das experiências já realizadas pelo Governo do Japão”, destacou Camila.
A abertura oficial da Semana pelo Centenário da Imigração Japonesa será realizada neste domingo, a partir das 16h. Até o dia 1º de novembro, serão realizadas palestras, oficinas, apresentações culturais e esportivas, além de uma amostra fotográfica sobre a cultura japonesa e barracas com comidas típicas.
Haverá também uma oficina de culinária japonesa em parceria com o programa Mesa Brasil. Toda a programação acontece no Centro Turístico, Gastronômico e Cultural, Antônio Ferreira de Souza, na Orla Taumanan.
A Semana da Cultura Japonesa é uma realização da Prefeitura de Boa Vista em parceria com a ANIR e o Consulado do Japão. O evento conta com o apoio de: Castelão, Agropesca, Posto Trevo, Escola de dança Cristina Rocha, Lojas Perin, Alegria Foto Estúdio, Casa do Yakisoba, Caçulão, Granja Tsuji, Comaco, Arroz Itikwa, Megafarma, Faculdade Atual, Fecomércio, Sebrae, Sistema Fier, Dell Anno e Jornal Folha de Boa Vista.

Folha de Boa Vista

Mais recursos para a cultura catarinense
O governador Luiz Henrique e o ministro interino da Cultura, Alfredo Manevy, assinaram na última segunda-feira (20) um acordo de cooperação do Programa Mais Cultura, também conhecido como PAC da Cultura, o qual pretende ampliar o acesso a bens e serviços culturais. Além do convênio, o governador lançou ainda o edital Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura e o Prêmio Nacional Cruz e Souza - categoria Romance, em cerimônia realizada no Centro Integrado de Cultura (CIC). Os editais e regulamentos, que representam um investimento de R$ 9,96 milhões do Governo do Estado, estarão disponíveis no site www.fcc.sc.gov.br . "A cultura representa o norte para a criação de um ciclo de desenvolvimento. O que estamos fazendo hoje pelo setor está na essência do nosso plano de governo", disse o governador na solenidade, ressaltando que Santa Catarina é o primeiro estado do Sul ao assinar este convênio com o governo federal. Ao lado do secretário de Estado de Turismo, Cultura e Esporte, Gilmar Knaesel, e da presidente da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), Anita Pires, ainda ressaltou: "este é um trabalho de todos. Nosso avanço representa também o trabalho dos agentes da Cultura", destacou ao mencionar a presença de artistas e profissionais da área no ato da assinatura. O ministro Manevy ressaltou a importância da cultura como estratégica para o desenvolvimento. "Este projeto transforma a cultura em necessidade básica à população. Os investimentos de ambos os governos significa promover a ascenção social no Brasil e em Santa Catarina. E isto se dará de forma sustentável apenas se der base à Cultura", apontou, referindo-se ao aporte de R$ 7,3 milhões do governo federal e contrapartida de R$ 3 milhões do governo catarinense.Após assinatura deste acordo com o Ministério da Cultura, os participantes têm um prazo de 120 dias para elaborar um Plano de Implementação de ações, conforme explica a presidente da Fundação Catarinense de Cultura, Anita Pires. Poderão se inscrever, de 3 de novembro a 19 de dezembro, instituições da sociedade civil voltadas a planos culturais, sem fins lucrativos. O edital concederá apoio financeiro a 60 projetos, por meio de recursos do Programa Mais Cultura - Pontos de Cultura e do Governo do Estado, que promovam a inclusão social e a construção da cidadania com a geração de emprego e renda ou com ações de fortalecimento das identidades culturais. O edital Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura representa um investimento de R$ 6,8 milhões, em parceria com a Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte, Fundação Catarinense de Cultura (FCC) e Conselho Estadual de Cultura. O projeto quer estimular a produção, circulação, pesquisa, formação, preservação e difusão cultural em Santa Catarina. As inscrições, gratuitas, estarão abertas a partir de 26 de outubro até 12 de dezembro. Premiação A edição 2008-09 do Prêmio Cruz e Souza contemplará romances inéditos, escritos por brasileiros em língua portuguesa, em duas categorias: nacional e catarinense. Com as inscrições abertas a partir de terça-feira (21) até 5 de março de 2009, a premiação destinará, em ambas categorias, R$ 50 mil ao primeiro lugar; R$ 20 mil ao segundo e R$ 10 mil ao terceiro. Os autores premiados ainda terão suas obras publicadas pela FCC.
Funcultural Na solenidade, o secretário Gilmar Knaesel anunciou mudanças na captação de recursos para o Fundo de Incentivo à Cultura (Funcultural). "Não será mais necessário captar o aporte financeiro por meio de empresas. Isso será feito direto pelo Fundo", explicou Knaesel. Segundo ele, até o final desta semana, a Lei estará redigida para passar por consulta pública e, em seguida, ser aprovada pela Assembléia Legislativa. Participaram da solenidade o secretário regional da Grande Florianópolis, Valter Gallina; o procurador-geral do Estado, Sadi Lima; o presidente da Santur, Valdir Walendowsky; a coordenadora de ações do Programa Mais Cultura, Mônica Monteiro; presidente do Conselho Estadual de Cultura, Péricles Prade; e o presidente da Fundação Franklin Cascaes, Vilson Rosalino.

Tribuna Catarinense

Rio pode ser 1ª grande cidade a virar patrimônio da humanidade
Título normalmente é concedido a comunidades tradicionais ou a áreas rurais, mas não a uma metrópole
RIO - Se passar pelo crivo da
Unesco, o Rio de Janeiro poderá ser a primeira cidade grande do mundo contemplada com o título de patrimônio da humanidade. O Rio integra a lista indicativa brasileira desde 2001, mas, antes de a candidatura ser lançada oficialmente, será preciso delimitar qual área da cidade será incluída - uma vez que, se ela for aprovada, o município e o País deverão se comprometer a preservá-la.
A lista, que inclui candidatos como o Parque Nacional Pico da Neblina, no Amazonas, o Conjunto Arquitetônico da Pampulha, em Belo Horizonte, e os conventos franciscanos do Nordeste, é revista a cada dez anos. Segundo o presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (
Iphan), Luiz Fernando de Almeida, a relação precisa mesmo ser atualizada.
"Ela não corresponde mais à diversidade do patrimônio cultural brasileiro, pois está muito focada no patrimônio colonial lusitano", explicou Almeida, nesta quarta-feira, 22, em entrevista na cidade. "No caso do Rio de Janeiro, o grande mote é a relação da cidade construída com a natureza. Ainda não estabelecemos um perímetro de gestão. De qualquer maneira, o controle seria muito difícil." Durante a entrevista, Francesco Bandarin, diretor do Centro do Patrimônio Mundial da Unesco, completou: "É difícil, mas não é impossível."
O título normalmente é concedido a comunidades tradicionais e a áreas rurais, mas não a uma metrópole. Buenos Aires chegou a se candidatar, mas voltou atrás. Em 2009, o Brasil apresentará como seu candidato o Caminho do Ouro, em Paraty, no sul fluminense. Almeida, Bandarin e representantes de outros países fizeram um passeio por pontos do centro histórico do Rio, como o Mosteiro de São Bento, a Confeitaria Colombo e o Teatro Municipal.
Eles participaram, na segunda e na terça-feira, de reuniões técnicas promovidas pelo Iphan e pela Unesco para debater possibilidades de fomento a políticas relacionadas ao setor na América Latina, Caribe e países de língua portuguesa da África e da Ásia (o Brasil é porta-voz da América Latina no Comitê do Patrimônio Mundial da Unesco, órgão que delibera sobre o reconhecimento dos bens a serem declarados patrimônio da humanidade).
Durante o encontro, foi discutida a criação do Centro Regional de Capacitação em Patrimônio Cultural, que será sediado no Rio. Na quinta e sexta-feira, será hora de tratar da atualização da lista indicativa.

Roberta Pennafort - O Estado de S.Paulo

Igrejas precisam de rotinas de segurança e conservação
O Director do Secretariado Nacional para os Bens Culturais da Igreja (SNBCI), João Soalheiro, considera que, em matéria de segurança e conservação do património, existem “rotinas simples” que “não se encontram asseguradas”.
No editorial da última edição do semanário Agência ECCLESIA, este responsável lembra práticas indispensáveis como “a verificação do estado dos edifícios, ao menos uma vez por ano, a constatação do estado das entradas e respectivas portas e janelas, o controlo de chaves, a implementação de um registo cadastral/inventário dos bens culturais, o resguardo particular daqueles bens que, por dimensão ou qualquer outro factor, requeiram especial atenção”.
Para o Director do SNBCI, “as notícias, por regra alarmantes, de roubos e de actos de vandalismos trazem os problemas da segurança ao convívio das preocupações quotidianas dos cidadãos, que não apenas dos políticos”.
“O certo, no entanto, é que ainda estamos longe de ver garantida uma atitude de empenhamento colectivo que contrarie este difícil cenário”, lamenta.
Neste contexto, destaca-se o projecto Igreja Segura – Igreja Aberta, promovido pelo Instituto Superior de Polícia Judiciária e Ciências Criminais em parceria com diversas instituições estatais e da sociedade civil.
Para João Soalheiro, a iniciativa “ tem chamado a atenção de todos os interessados para os problemas que afectam a segurança e a conservação de um nicho muito relevante do património cultural português: os templos afectos ao culto católico espalhados um pouco por todo o país”.
“Factores como o envelhecimento das comunidades, sobretudo em espaços rurais, ou como o cada vez menor compromisso em causas sociais alargadas, tão marcantes nos amplos anonimatos das cidades, obrigaram ao encerramento, definitivo ou sazonal, de muitos desses templos, que também por essa via ficaram ainda mais vulneráveis, desde logo ao abandono e aos assaltos”, constata.
Este responsável considera que o principal impacto do projecto será mais ao “nível do despertar de consciências do que propriamente pelos resultados materiais que possa alcançar, sempre magros face à tremenda realidade a enfrentar”.
Agência Ecclesia

Mogi das Cruzes-SP - Prédios aguardam tombamento
Embora a legislação municipal criada especificamente para preservar o patrimônio de Mogi tenha sido aprovada pela Câmara em 2007 e regulamentada em fevereiro deste ano, nem um imóvel da Cidade foi tombado ainda.
A expectativa é de que apenas na próxima reunião do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural, Artístico e Paisagístico (Comphap), em novembro, sejam concluídos os processos de parte dos 31 primeiros bens analisados. A previsão inicial era de que o tombamento fosse finalizado entre agosto e setembro último. O atraso se deve a problemas burocráticos, segundo justifica o presidente do Conselho, Altamir Clodoaldo Rodrigues da Fonseca.
Ele acrescenta que todo o trabalho técnico já foi finalizado há 60 dias. "O que está emperrando o processo é o cartório, que demora para entregar os documentos necessários, já que encontra dificuldades por conta dos imóveis serem muito antigos", explicou.
Enquanto isso, muitos dos bens apresentam condições lastimáveis, com pichações, bolor e até problemas estruturais. É o caso das casas situadas na Rua José Bonifácio, 550.
O principal objetivo com a criação da lei, uma antiga luta do Comphap, é, além de preservar parte da história da Cidade, oferecer incentivos fiscais aos proprietários para estimular a conservação dos locais.
A legislação determina abatimento de até 75% no valor do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) para os imóveis tombados e íntegros arquitetonicamente e 30% aos parcialmente modificados.
Qualquer proprietário de imóvel pode solicitar o benefício. O processo funciona da seguinte forma: a Divisão de Preservação do Patrimônio Histórico (DPH) faz uma avaliação detalhada do bem, levando em conta características arquitetônicas e históricas do local. Com o parecer do órgão, o Conselho vota pelo tombamento ou não do imóvel. O resultado é, então, apresentado ao prefeito, a quem cabe a última decisão.
Enquanto a situação burocrática não é resolvida, Fonseca conta que o Comphap já iniciou a análise de outros imóveis a fim de agilizar os futuros processos.
Imóveis
Entre os 31 primeiros imóveis em fase de tombamento estão locais de valor histórico amplamente noticiado, como o Teatro Vasques, Casarão do Carmo e Santuário Bom Jesus, além de moradias comuns. Há também espaços fora da região central, como a Fazenda Salvador Leite Ferraz, Capela Santo Ângelo, Capela São Sebastião, Capela Santo Alberto e Cine Teatro Santo Ângelo.

Diário de Mogi

Enchente mata 48 e ameaça patrimônio histórico no Iêmen
Pelo menos 48 pessoas morreram ou estão desaparecidas no Iêmen devido a chuvas torrenciais que atingiram o país. A maior parte das mortes aconteceu na província oriental de Hadhramawt, que foi atingida por uma tempestade tropical nesta semana.Há relatos de que as inundações estão ameaçando os prédios de Shibam, que são patrimônio tombado pela Unesco. Shibam foi capital do reino de Hadramaute. Os prédios construídos no século 16 são considerados alguns dos primeiros registros de arranha-céus.Uma operação de resgate aéreo está a caminho. Os danos são grandes porque muitas das casas são feitas de tijolos de lama.

Último Segundo

Pequim critica leilão de relíquias chinesas de Yves Saint Laurent
PEQUIM (AFP) — Autoridades culturais chinesas expressaram sua indignação com a venda de dois tesouros de seu patrimônio histórico em um leilão em Paris da coleção de arte do falecido rei da moda Yves Saint Laurent, informou a imprensa oficial da China, neste sábado.
As peças, esculturas de animais que, durante séculos, decoraram o Antigo Palácio de Verão de Pequim, poderão conseguir até 12 milhões de dólares cada uma no leilão parisiense, informou o jornal "China Daily".
As esculturas, uma cabeça de coelho e outra, de rato, de cerca de 35 cm, foram alvo de pilhagem, quando as forças francesas e britânicas destruíram o famoso complexo de palácios e jardins, em 1860. As autoridades chinesas já solicitaram a devolução das peças, diversas vezes, sem sucesso.
"Estamos tomando medidas para tentar trazer as duas peças de volta para a China", declarou ao jornal o subdiretor do Fundo Chinês de Recuperação de Relíquias Culturais Perdidas, Niu Xianfeng.
Niu Xianfeng disse que o órgão tentou recuperar as peças em 2003 e em 2004, mas foi informado de que teria de pagar 10 milhões de dólares por cada uma delas.
"Achamos que o preço proposto não é razoável, nem aceitável", comentou.
O governo chinês está decidido a não participar do leilão, organizado pela Christie's e programado para fevereiro, apesar de seu grande interesse em recuperar as esculturas.
"Sempre mantivemos a mesma postura no que diz respeito a relíquias culturais perdidas no estrangeiro", explicou Song Xinchao, um alto funcionário da Administração Estatal do Legado Cultural.
"Não vamos comprar algo que já nos pertence", justificou.
O leilão de fevereiro, em Paris, incluirá cerca de 700 obras de arte colecionadas ao longo de mais de quatro décadas pelo estilista francês Yves Saint Laurent, que morreu em junho passado, e por seu companheiro, Pierre Bergé.
Especialistas do mercado de arte estão chamando esse leilão de "venda do século", com a expectativa de arrecadar pelo menos 500 milhões de dólares.

AFP
Rio de Janeiro-RJ - Centro pode formar especialistas em conservação
O Rio pode ganhar, em 2009, um Centro Regional de Capacitação em Patrimônio Cultural para pesquisa e formação de mão-de-obra especializada em conservação. Na segunda-feira, o presidente do Iphan, Luiz Fernando de Almeida, participa de reuniões no Rio com a embaixadora da Espanha na Unesco, María Jesús San Segundo, e representantes de experiências semelhantes em Turim (Itália), Andaluzia (Espanha) e Bahrein (Oriente Médio). O centro seria feito em parceria com o governo do Estado. A Fundação Getúlio Vargas já assinou com o Iphan um protocolo de intenções para o desenvolvimento da estrutura organizacional.O Iphan também relança o Atlas dos Monumentos Históricos e Artísticos do Brasil, obra de referência escrita por Augusto Silva Telles e hoje esgotada. Ainda serão lançados mais três livros dentro do Programa Monumenta: Art Nouveau em Belém, de Célia Coelho Bassalo, As Fortalezas e a Defesa de Salvador, de Mário de Oliveira, e O Conjunto do Carmo de Cachoeira, de Maria Helena Flexor.
Estadao.com
Um modelo para as bibliotecas de São Paulo
Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo anuncia projeto de criação de uma biblioteca modelo de incentivo à leitura, na Av. Cruzeiro do Sul
Na cerimônia oficial do Dia Estadual da Leitura, realizada no domingo 12 de outubro, na Casa das Rosas, em São Paulo, Adriana Ferrari, representando João Sayad, secretário estadual da Cultura, anunciou que o projeto da Biblioteca Modelo de Incentivo à Leitura está em andamento. O governador José Serra já assinou o decreto que entregou à Secretaria de Cultura um espaço de 4.000 m² no Parque da Juventude (Av. Cruzeiro do Sul, 2.630 – São Paulo/SP) que pretende abrir as portas com 15 mil títulos, além de revistas, jornais, DVD’s, CD’s e Games.
O plano é ampliar esse espaço gradativamente e o objetivo é que mensalmente novos títulos sejam adquiridos. “Queremos que o visitante encontre na biblioteca os mesmos livros que estão sendo lançados e vendidos nas melhores livrarias”, comenta Adriana Ferrari. As principais listas de Mais vendidos e uma equipe que analisará permanentemente o que está sendo produzido e comentado no mercado editorial brasileiro e mundial serão as principais fontes de informação na escolha do que será adquirido regularmente para o acervo.
A proposta da Biblioteca Modelo é integrar as diversas mídias num ambiente completo, onde o visitante possa interagir com os livros de maneira integral e moderna. Adriana acredita que as diversas mídias, como DVD’s e Games, sejam um atrativo para os menos afetos da literatura, que podem acabar entrando no mundo dos livros pela porta das mídias diversas. A Biblioteca Modelo contará também com uma bem equipada sessão de equipamentos de informática. Ainda segundo Adriana, o conceito tem sido defendido pelos representantes do programa Acessa São Paulo e já implantado em mais de 130 bibliotecas em diversas cidades do Estado.
A idéia é montar o Acessa São Paulo dentro das bibliotecas já estabelecidas na cidade. “Alguns prefeitos já estão mudando as bibliotecas para uma área maior a fim de abrigar também o Acessa São Paulo”. O objetivo é que a biblioteca seja, como o nome indica, o modelo de bibliotecas do Estado.
Ricardo Costa
Publishnews

Portugal - Até onde vai o analfabetismo cultural de Lisboa!
Certamente a ninguém tem passado despercebido o intenso trabalho, esforço e altruísmo que, há vários anos, a Associação Cultural e Pedagógica “Ponte nas Ondas”, com o apoio de muitas entidades públicas e privadas da Galiza e do Norte de Portugal, vem desenvolvendo com vista à classificação pela UNESCO das tradições orais galaico--portuguesas como património da Humanidade.
Este labor culminou com a apresentação ao Ministério da Cultura de Portugal, e seguindo as instruções recebidas da UNESCO, de quatro áreas concretas do património imaterial a candidatar: 1 - Cancioneiro tradicional; 2 - Festas e rituais do Ciclo de Inverno; 3 - Lendas e mitos dos castros; 4 - Tradições agro-marítimas.
Relativamente à Região transmontana era a grande oportunidade dos Caretos de Podence e de outras manifestações rituais da nossa cultura, poderem obter a classificação pela UNESCO há muito almejada. Os Rituais de Inverno com Máscaras decorrem em Portugal no Nordeste Transmontano (Festa dos Rapazes de Aveleda; Festa dos Rapazes de Varge; A Mesa de Santo Estêvão de Rebordãos; As Festas de Inverno de Parada de Infanções; A Festa de Santo Estêvão de Ousilhão; A Festa de Santo Estêvão em Torre de D. Chama; A Festa de Santo Estêvão em Grijó de Parada; A Festa do Chocalheiro ou do Velho de Vale de Porco; A Festa dos Velhos de Bruçó; O Chocalheiro de Bemposta; A Festa da Mocidade em Constantim; A Festa dos Reis de Baçal; A Festa dos Reis de Rio de Onor; A Festa de Reis de Salsa; A Festa de Reis de Rebordainhos; Festas de Santo Estêvão de Vale das Fontes; A Festa do Santo Menino de Tó; A Festa do Menino Jesus de Vila Chã de Braciosa; O Entrudo de Lazarim; O Entrudo de Podence; A morte e os diabos de Vinhais) e nas duas regiões mais próximas a norte, na Galiza (Viana do Bolo; Vilariño de Conso; Manzaneda; Laza; Verín ou Xinzo de Limia; localidades do município de Chantada, Lugo), e a Este, na região de província de Zamora (El Tafarrón de Pozuelo de Tábara; El Zangarrón de Sanzoles; La Filandorra de Ferreras de Arriba; El Pajarico y el Caballico de Villarino Trás La Sierra; Los Diablos de Sarracín de Aliste; La Obisparra de Pobladura de Aliste; Los Cencerrones de Abejera; El Zangarrón de Montamarta; Los Carochos de Rio Frio de Aliste; Los Carnavales de Villanueva de Valrojo).
Se tudo isto não é património cultural profundamente identitário de um espaço transnacional, então é o quê?
Por mais incrível que pareça, o Ministério da Cultura, através do Instituto dos Museus e da Conservação (IMC), tal não achou. E questionou sobre quem financiaria as acções de salvaguarda propostas, demonstrando, assim, que o Ministério lavaria à partida daí as mãos; questionou o serem quatro áreas de património, quando deveria ser apenas uma; invocou não existirem ainda inventários de património imaterial em Portugal; considerou que o conceito de “Euro-região” Galiza-Norte de Portugal apenas nasceu para fins de aplicação dos fundos comunitários, insinuando que não existe, sequer, identidade cultural entre as duas regiões (!). E mais, apenas respondeu cinco dias antes do fim do prazo de candidaturas à UNESCO (terminava a 30 de Setembro e a resposta chegou a 25), não permitindo já qualquer espécie de réplica ou reformulação.
Mas, pior que tudo isso, é que a resposta do Ministério aparece cheia de erros. Erros que envergonhariam qualquer aluno do “secundário” (“Tratam-se de áreas de intervenção”; “Tratam-se de manifestações”…), e erros de quem revela um total desconhecimento daquilo que é (e do significa) o Património Imaterial de um povo.
Por exemplo, relativamente ao lendário castrejo, o Ministério embora reconheça que “o projecto é interessante”, afirma que “o corpus não se apresenta como específico desta região, sendo possível encontrar versões paralelas um pouco por todo o país”. Como pode um Ministério da Cultura revelar tamanha ignorância? É do conhecimento geral, e não apenas dos especialistas, que existe uma área geográfica específica bem delimitada entre o Norte de Portugal e toda Galiza, que na antiguidade se denominava Gallaecia, com uma altíssima densidade de povoamentos castrejos e de lendário associado, que não se verifica em nenhuma outra região da Península Ibérica.
E a propósito das expressões e rituais em que se inserem os Caretos de Podence, o parecer do Ministério da Cultural afirma que “tais manifestações não são exclusivas do Nordeste Trasmontano, mas documentam-se em muitas outras regiões, inclusive no Sul de Portugal”, consistindo a diferença apenas em que umas têm máscaras, outras não. Ou seja, para os “sábios” do Ministério, a ritualidade destas manifestações e a simbologia que as arrasta desde tempos anteriores à nacionalidade, nada contam. O que conta são as máscaras!
Perante isto, o que podemos esperar, nós transmontanos, que tanto orgulho temos nos nossos valores culturais, na nossa memória colectiva, na nossa identidade, de um Ministério da Cultura que pensa desta maneira?
Um Ministério da Cultura que, pela via do reconhecimento público, com repercussões nacionais e internacionais, das nossas singularidades culturais, elevando-o à categoria de Património Imaterial da Humanidade, podia ter produzido, em simultâneo vário efeitos virtuosos.
O primeiro era proeminenciar o berço da cultura, da língua, das tradições que constituem o ADN da nossa realidade actual como Povo e Pátria.
A segunda era criar a oportunidade para esta região ibérica se afirmar na sua especificidade, publicitando-se e, por essa via, perenizar-se, sobrevivendo ao turbilhão arrasador de uma padronização sem alma e sem ethos que tende a obliterar as culturas locais de cada povo.
A terceira era lançar os alicerces para que as autoridades locais e regionais de Portugal e da Galiza pudessem afirmar-se no mercado globalizado das indústrias culturais e do turismo com mais este trunfo, num tempo em que voltam a estar na moda as genuinidades como repúdio às culturas massificadas, sem alma e sem paternidade.
A quarta consistia em fortalecer a auto-estima de Gentes que não desprezam a sua raiz identitária e teimam em a proclamar contra todas as hostilidades de uma cultura padrão, pouco tolerante com a diferença.
Foi tudo isto que os actuais responsáveis do Ministério da Cultura não perceberam.
Pelo menos que se compenetrem de uma coisa: eles serão transitórios e passageiros, as manifestações culturais que reclamavam pelo seu reconhecimento de Património da Humanidade estão muito mais perenes do que a sua arrogância lhes faz suspeitar, apesar de contarem já em milénios o tempo da sua existência.
Adão Silva
Alexandre Parafita

Semanário Transmontano

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