PODE CRER, É VERDADE - 13-10-2008
Brasileiro comemora vitória no Ig Nobel, o Nobel da pesquisa bizarra
Arqueólogo da USP mostrou que tatus bagunçam sítios pré-históricos.Sem dinheiro, ele não foi à premiação, mas continua estudos.
Arqueólogo da USP mostrou que tatus bagunçam sítios pré-históricos.Sem dinheiro, ele não foi à premiação, mas continua estudos.
O arqueólogo Astolfo Araujo, primeiro vencedor brasileiro do Ig Nobel (Foto: Arquivo pessoal)
Segundo Araujo, a equipe do IgNobel já estava dando sinais de que ele seria um dos ganhadores desde junho. "Eles me mandaram um e-mail querendo discutir meu trabalho, mas eu vi a assinatura da pessoa com o site do prêmio e logo me dei conta de que tinha a ver com o Ig Nobel", conta ele. Sem dinheiro de financiamento, ele não pôde ir à premiação, que acontece todos os anos num teatro da Universidade Harvard (EUA).
O arqueólogo defende os ganhadores do prêmio. "Não é porque é engraçado que não é boa ciência. Por exemplo, uma das pesquisas vencedoras, aquela das strippers [que ganhou na categoria Economia, mostrando que as dançarinhas de strip-tease recebem mais gorjetas quando estão no período fértil], é muito interessante para entender a relação entre a biologia e o comportamento humano. Isso é superlegal", argumenta Araujo.
Após a vitória, Araujo lembrou a figura de Faiçal Simon, superintendente do Zoológico de São Paulo, já falecido, que deu apoio aos arqueólogos para realizar o experimento. "Era uma pessoa fantástica, entendia tudo de animais. Se não tivesse morrido de repente, certamente daria contribuições científicas até os 90 anos de idade", diz.
Tatus à parte, o pesquisador continua tentando entender a estratigrafia dos sítios arqueológicos brasileiros, em parceria com o antropólogo Walter Neves, também da USP, um dos principais especialistas do mundo na chegada do ser humano às Américas. Com isso, Araujo tem trabalhado na região de Lagoa Santa (MG), área onde estão alguns dos sítios mais antigos do continente, com cerca de 11 mil anos de idade.
Reinaldo José Lopes
Globo.com
"Deve ter gente que fica constrangida com o prêmio, mas eu achei muito legal", declarou ao G1 o arqueólogo Astolfo Gomes de Mello Araujo, da USP, no dia seguinte à sua consagração como um dos vencedores do Ig Nobel. O prêmio, organizado pela revista de humor científico "Annals of Improbable Research" (Anais da Pesquisa Improvável), vai para "pesquisas que não podem, ou não devem, ser reproduzidas" e para experimentos que "primeiro fazem as pessoas rirem e depois as fazem pensar". O primeiro Nobel da pesquisa esdrúxula vencido por um brasileiro é fruto do trabalho de dois arqueólogos, vários tatus e uma multidão de crianças empolgadas.
Crianças? Sim, porque o experimento de Araujo e de seu colega José Carlos Marcelino, do Departamento do Patrimônio Histórico de São Paulo, aconteceu em pleno Zoológico de São Paulo, à luz do dia e em dia de visitas. A dupla simplesmente enterrou pedras lascadas e pedaços de cerâmica no recinto ocupado pelos tatupebas (Euphractus sexcinctus) e esperou 50 dias para reescavar o local e ver o resultado. "As crianças não paravam de gritar 'Tio, o que é isso?' enquanto a gente escavava. Foi uma bagunça", recorda Araujo, que acaba de passar em concurso para integrar a equipe do Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE) da USP.
O resultado foi conclusivo: os arqueólogos deveriam fugir dos tatus como o diabo da cruz. Isso porque aparentemente os mamíferos escavadores bagunçam totalmente a estratigrafia, ou seja, a sucessão de camadas que constituem um sítio arqueológico. Isso é uma potencial dor de cabeça porque a estratigrafia ajuda os arqueólogos a estimar a idade relativa dos artefatos encontrados num dado local. As garrinhas do tatupeba podem muito bem fazer com que uma ponta de flecha de 200 anos pareça ter 2.000 anos, digamos.
Crianças? Sim, porque o experimento de Araujo e de seu colega José Carlos Marcelino, do Departamento do Patrimônio Histórico de São Paulo, aconteceu em pleno Zoológico de São Paulo, à luz do dia e em dia de visitas. A dupla simplesmente enterrou pedras lascadas e pedaços de cerâmica no recinto ocupado pelos tatupebas (Euphractus sexcinctus) e esperou 50 dias para reescavar o local e ver o resultado. "As crianças não paravam de gritar 'Tio, o que é isso?' enquanto a gente escavava. Foi uma bagunça", recorda Araujo, que acaba de passar em concurso para integrar a equipe do Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE) da USP.
O resultado foi conclusivo: os arqueólogos deveriam fugir dos tatus como o diabo da cruz. Isso porque aparentemente os mamíferos escavadores bagunçam totalmente a estratigrafia, ou seja, a sucessão de camadas que constituem um sítio arqueológico. Isso é uma potencial dor de cabeça porque a estratigrafia ajuda os arqueólogos a estimar a idade relativa dos artefatos encontrados num dado local. As garrinhas do tatupeba podem muito bem fazer com que uma ponta de flecha de 200 anos pareça ter 2.000 anos, digamos.
Segundo Araujo, a equipe do IgNobel já estava dando sinais de que ele seria um dos ganhadores desde junho. "Eles me mandaram um e-mail querendo discutir meu trabalho, mas eu vi a assinatura da pessoa com o site do prêmio e logo me dei conta de que tinha a ver com o Ig Nobel", conta ele. Sem dinheiro de financiamento, ele não pôde ir à premiação, que acontece todos os anos num teatro da Universidade Harvard (EUA).
O arqueólogo defende os ganhadores do prêmio. "Não é porque é engraçado que não é boa ciência. Por exemplo, uma das pesquisas vencedoras, aquela das strippers [que ganhou na categoria Economia, mostrando que as dançarinhas de strip-tease recebem mais gorjetas quando estão no período fértil], é muito interessante para entender a relação entre a biologia e o comportamento humano. Isso é superlegal", argumenta Araujo.
Após a vitória, Araujo lembrou a figura de Faiçal Simon, superintendente do Zoológico de São Paulo, já falecido, que deu apoio aos arqueólogos para realizar o experimento. "Era uma pessoa fantástica, entendia tudo de animais. Se não tivesse morrido de repente, certamente daria contribuições científicas até os 90 anos de idade", diz.
Tatus à parte, o pesquisador continua tentando entender a estratigrafia dos sítios arqueológicos brasileiros, em parceria com o antropólogo Walter Neves, também da USP, um dos principais especialistas do mundo na chegada do ser humano às Américas. Com isso, Araujo tem trabalhado na região de Lagoa Santa (MG), área onde estão alguns dos sítios mais antigos do continente, com cerca de 11 mil anos de idade.
Reinaldo José Lopes
Globo.com
Venezuela fecha todos os McDonald's no país por 48 horas
O governo da Venezuela decidiu fechar todos os restaurantes da rede McDonald’s no país por 48 horas, alegando irregularidades tributárias. O diretor da Receita Federal venezuelana, José David Cabello, disse que há problemas nos balanços da rede americana de fast-food e também nos impostos recolhidos pela empresa. Os 115 restaurantes McDonald’s da Venezuela foram fechados na quinta-feira e permanecerão assim até sábado. O presidente venezuelano Hugo Chávez é conhecido por ser um crítico feroz dos Estados Unidos e recentemente havia fechado temporariamente os escritórios na Venezuela de outra multinacional americana, a Pepsi. Chávez também determinou a nacionalização das operações de empresas de petróleo americanas que operavam no país. No mês passado, tanto a Venezuela como a Bolívia expulsaram seus respectivos embaixadores americanos, acusando Washington de interferir em assuntos internos da Bolívia. O governo americano respondeu expulsando os embaixadores dos dois países de Washington e bloqueando os ativos que três aliados de Chávez têm nos Estados Unidos.
BBC
Em crise, Islândia é colocada à venda em leilão
A Islândia, que pediu à Rússia um empréstimo de 4 bilhões de euros (US$ 5,49 bilhões) para ajudar seus bancos falidos, foi posta à venda no site eBay na sexta-feira.
A Islândia, que pediu à Rússia um empréstimo de 4 bilhões de euros (US$ 5,49 bilhões) para ajudar seus bancos falidos, foi posta à venda no site eBay na sexta-feira.
Os lances começaram em 99 pences, mas chegaram até a 10 milhões de libras (US$ 17,28 milhões) na manhã de sexta.
A cantora Bjork, que é islandesa, não foi "incluída" na venda, de acordo com o anúncio, mas mesmo assim houve 26 lances anônimos e 84 não-anônimos.
"Localizada na faixa meio-atlântica do norte do oceano Atlântico, a Islândia oferece um ambiente habitável, cavalos islandeses e, admite-se, uma situação financeira um pouquinho atribulada", dizia o texto da oferta.
Entre as perguntas feitas pelos aspirantes a comprador, estavam: "Vocês oferecem seguro contra vulcões e terrremotos?" e "Existe a possível de meu pagamento ser congelado?", além de "Posso pagar só quando a encomenda chegar?".
Reuters
A cantora Bjork, que é islandesa, não foi "incluída" na venda, de acordo com o anúncio, mas mesmo assim houve 26 lances anônimos e 84 não-anônimos.
"Localizada na faixa meio-atlântica do norte do oceano Atlântico, a Islândia oferece um ambiente habitável, cavalos islandeses e, admite-se, uma situação financeira um pouquinho atribulada", dizia o texto da oferta.
Entre as perguntas feitas pelos aspirantes a comprador, estavam: "Vocês oferecem seguro contra vulcões e terrremotos?" e "Existe a possível de meu pagamento ser congelado?", além de "Posso pagar só quando a encomenda chegar?".
Reuters
Namorado de mulher presa no vaso ganha na loteria
O americano Kory McFadden esteve perto de ser preso no início no ano com a divulgação do caso de sua namorada, que passou 2 anos sentada no vaso sanitário de sua casa em Ness City, no Estado americano do Kansas. No entanto, a sorte dele mudou desde então, uma vez que ele ganhou duas vezes na loteria, informa nesta quarta-feira o diário online Metro.
O americano Kory McFadden esteve perto de ser preso no início no ano com a divulgação do caso de sua namorada, que passou 2 anos sentada no vaso sanitário de sua casa em Ness City, no Estado americano do Kansas. No entanto, a sorte dele mudou desde então, uma vez que ele ganhou duas vezes na loteria, informa nesta quarta-feira o diário online Metro.
Na última segunda-feira, McFadden foi o vencedor de um prêmio de aproximadamente R$ 80 mil da loteria estadual do Kansas na cidade de Great Band. Esta é a segunda vez neste ano que ele tem uma aposta premiada.
Em março deste ano, Kory McFadden, 37 anos, informou a polícia que a sua namorada, Pam Babcock, estava há 2 anos sem sair do banheiro de sua casa, devido a uma fobia. As autoridades a encontraram presa ao vaso sanitário. O objeto então foi arrancado do banheiro e ela só foi retirada dele no hospital.
Inicialmente, Pam recusou a ajuda. Dizia que estava bem e que não queria sair dali. Mas foi convencida pelo namorado de que precisava de atendimento médico.
Em julho, McFadden recebeu pena de 6 meses de prisão condicional por negligência e mau tratamento de um adulto dependente.
Redação Terra
Em março deste ano, Kory McFadden, 37 anos, informou a polícia que a sua namorada, Pam Babcock, estava há 2 anos sem sair do banheiro de sua casa, devido a uma fobia. As autoridades a encontraram presa ao vaso sanitário. O objeto então foi arrancado do banheiro e ela só foi retirada dele no hospital.
Inicialmente, Pam recusou a ajuda. Dizia que estava bem e que não queria sair dali. Mas foi convencida pelo namorado de que precisava de atendimento médico.
Em julho, McFadden recebeu pena de 6 meses de prisão condicional por negligência e mau tratamento de um adulto dependente.
Redação Terra
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