SAÚDE - 4-11-2008
Ácido em pó é usado para mau cheiro
SÃO PAULO, 3 de novembro de 2008 - Sem autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o ácido bórico em pó está sendo vendido irregularmente em farmácias e usado em receitas caseiras para combater a bromidrose, suor com mau cheiro que ocorre nas axilas e nos pés -conhecida por cê-cê e chulé.
O produto tem ação fungicida e bactericida, mas a Anvisa só permite sua venda na forma líquida (água boricada), na concentração de 3%. O ácido bórico em pó só pode ser comercializado como inseticida e formicida, em embalagens porta-iscas (que não permitem o contato com o produto).
A despeito disso, diversos fóruns de discussão na internet e em sites de relacionamento, como o Orkut, divulgam que banhar-se com o pó de ácido bórico, diluído em água, pode curar a bromidrose. Tanto a Anvisa quanto dermatologistas alertam que a prática pode provocar irritações e feridas na pele.
"Não há estudos nem da eficácia nem da segurança. O uso [do pó de ácido bórico] é empírico, caseiro e, portanto, não é recomendado, porque pode ferir a pele", afirma a dermatologista Flávia Addor, da diretoria da SBD (Sociedade de Brasileira de Dermatologia).
Desde 2001, o uso do ácido bórico é vetado em produtos para crianças, como cremes, pomadas e talcos. Isso ocorreu porque foram constatadas algumas reações adversas decorrentes do uso, como intoxicações no organismo, hipotermia (diminuição da temperatura do corpo abaixo de 30C) e erupções cutâneas.
Gazeta Mercantil
SÃO PAULO, 3 de novembro de 2008 - Sem autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o ácido bórico em pó está sendo vendido irregularmente em farmácias e usado em receitas caseiras para combater a bromidrose, suor com mau cheiro que ocorre nas axilas e nos pés -conhecida por cê-cê e chulé.
O produto tem ação fungicida e bactericida, mas a Anvisa só permite sua venda na forma líquida (água boricada), na concentração de 3%. O ácido bórico em pó só pode ser comercializado como inseticida e formicida, em embalagens porta-iscas (que não permitem o contato com o produto).
A despeito disso, diversos fóruns de discussão na internet e em sites de relacionamento, como o Orkut, divulgam que banhar-se com o pó de ácido bórico, diluído em água, pode curar a bromidrose. Tanto a Anvisa quanto dermatologistas alertam que a prática pode provocar irritações e feridas na pele.
"Não há estudos nem da eficácia nem da segurança. O uso [do pó de ácido bórico] é empírico, caseiro e, portanto, não é recomendado, porque pode ferir a pele", afirma a dermatologista Flávia Addor, da diretoria da SBD (Sociedade de Brasileira de Dermatologia).
Desde 2001, o uso do ácido bórico é vetado em produtos para crianças, como cremes, pomadas e talcos. Isso ocorreu porque foram constatadas algumas reações adversas decorrentes do uso, como intoxicações no organismo, hipotermia (diminuição da temperatura do corpo abaixo de 30C) e erupções cutâneas.
Gazeta Mercantil
Quando remédio faz mal à saúde
Nos últimos meses, saíram de cena dois antiinflamatórios: o Prexige e o Arcoxia (de 120 miligramas) foram associados a crises hepáticas. Além deles, o Acomplia, o tão aguardado comprimido anti-barriga, também foi recentemente retirado das farmácias, apenas dois anos depois de seu lançamento, por aumentar o risco de depressão entre seus usuários. Diante disso, até onde se pode confiar nos medicamentos que continuam em circulação?
Se existe uma boa notícia em terreno tão minado, é a de que, se medicamentos estão saindo do mercado, é porque a vigilância por parte de instituições científicas independentes tornou-se mais eficiente. "Não há dúvida de que o monitoramento intensificou-se bastante nos últimos dez anos", diz o médico João Massud Filho, especialista em pesquisa de novos medicamentos, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
O comportamento do paciente é também decisivo para a segurança e eficácia de um remédio. O último levantamento do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas constatou que os remédios são a principal causa de intoxicação entre os brasileiros - e os benzodiazepínicos, antigripais, antidepressivos e antiinflamatórios são os que lideram a lista. A principal causa é a velha e má auto-medicação. "O mau uso de um remédio pode matar um remédio bom", diz o toxicologista Sergio Graff, da Universidade Federal de São Paulo.
Veja.com
Nos últimos meses, saíram de cena dois antiinflamatórios: o Prexige e o Arcoxia (de 120 miligramas) foram associados a crises hepáticas. Além deles, o Acomplia, o tão aguardado comprimido anti-barriga, também foi recentemente retirado das farmácias, apenas dois anos depois de seu lançamento, por aumentar o risco de depressão entre seus usuários. Diante disso, até onde se pode confiar nos medicamentos que continuam em circulação?
Se existe uma boa notícia em terreno tão minado, é a de que, se medicamentos estão saindo do mercado, é porque a vigilância por parte de instituições científicas independentes tornou-se mais eficiente. "Não há dúvida de que o monitoramento intensificou-se bastante nos últimos dez anos", diz o médico João Massud Filho, especialista em pesquisa de novos medicamentos, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
O comportamento do paciente é também decisivo para a segurança e eficácia de um remédio. O último levantamento do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas constatou que os remédios são a principal causa de intoxicação entre os brasileiros - e os benzodiazepínicos, antigripais, antidepressivos e antiinflamatórios são os que lideram a lista. A principal causa é a velha e má auto-medicação. "O mau uso de um remédio pode matar um remédio bom", diz o toxicologista Sergio Graff, da Universidade Federal de São Paulo.
Veja.com
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