ATUALIDADES - 11-02-09
Hepatite é ameaça em salões de beleza de SP, diz pesquisa
De 100 entrevistadas, 10 foram contaminadas com a doença.
De 100 entrevistadas, 10 foram contaminadas com a doença.
Perigo começa ao fazer as unhas.
Uma pesquisa que acaba de ser concluída em São Paulo dá o alerta. Salões de beleza são focos importantes de transmissão de hepatite. O perigo começa quando você entra no salão de beleza para fazer as unhas. Se as manicures não tomarem certos cuidados, elas e o próprio cliente correm o risco de pegar a doença.
Mas por que fazer as unhas pode representar algum risco? Uma dissertação de mestrado feita por uma enfermeira na Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo mostra que um perigo silencioso ronda as manicures dos salões de beleza - a hepatite, uma inflamação do fígado causada por um vírus. "As manicures geralmente cortam a cutícula, e isso sangra. O sangue contém uma quantidade enorme de vírus. Dez elevado à 13ª potência de vírus por ml, uma coisa brutal. Então uma gota de sangue pode favorecer a transmissão", explica o doutor Roberto Focaccia. O infectologista Roberto Focaccia é uma das maiores autoridades em hepatite no Brasil e orientador da pesquisa. Cem manicures em São Paulo foram entrevistadas e tiveram o sangue analisado. O resultado impressiona: 10% das entrevistadas tinham hepatite B ou C, as formas mais graves desta doença. "Tanto a hepatite B como a C são doenças silenciosas, elas não se exteriorizam durante longos anos. Elas vêm se exteriorizar quando já têm complicações, o indivíduo já está com cirrose, um câncer de fígado, uma insuficiência hepática. Isso leva décadas", explica o dr. Foccacia. A pesquisadora descobriu que muitas vezes as normas de higiene não são respeitadas nos salões de beleza. Isso facilita a transmissão da hepatite através do sangue ou de instrumentos contaminados. Clientes e manicures correm riscos. "Todas as profissionais que foram positivas haviam entrado em contato com sangue durante sua prática profissional e todas faziam suas próprias unhas, ou seja, retiravam suas próprias cutículas a cada sete dias", explica a pesquisadora Andréia Schunck. A reportagem do Fantástico vai acompanhar uma blitz por vários salões de São Paulo para mostrar o que deve ser feito e o que tem que ser evitado. Ao entrar num salão, já foi possível encontrar um erro muito comum e muito perigoso. "A manicure está sem luva fazendo a unha da cliente, sendo que nesse momento da retirada da cutícula pode ocorrer algum tipo de sangramento", observa Andréia. A justificativa não convence. "Eu não costumo machucar a cliente. Eu tomo cuidado para não machucar", respondeu uma manicure. Mas a luva não dispensa outro cuidado: lavar muito bem as mãos com água e sabão. Para fazer esta reportagem, o Fantástico visitou 13 salões de beleza. E encontrou várias falhas. Como uma mesma lixa sendo usada por várias pessoas. P - Essa aqui você também usa? R - "Uso". P - É sua lixa de estimação? R - "É". P - Pode ter lixa de estimação?
"Não, não pode. Após o uso, ela deve ser desprezada. Tem que ser usada uma única vez. Usar uma vez e jogar fora. As toalhas têm de ser uma por cliente”, afirma Andréia.
Materiais de metal como alicates, espátulas e cortadores de unha exigem um cuidado especial. Após cada uso, é preciso limpar bem.
P - Você limpa com o quê? R - "Acetona". R - "Eu limpo ele com álcool". Errado. Esqueça o "alquinho" e a acetona. O certo é esfregar com uma escova usando água e sabão. Depois disso, eles estão prontos para serem esterilizados. P - Quanto tempo você deixa cada alicate no esterilizador? R - "Uns 15, 20 minutos. Mas fica muito quente". Ficar muito quente, significa que matou qualquer risco? "Não, não significa que houve a esterilização", diz Andréia.
Para funcionar, a esterilização deve ser feita em aparelhos especiais, chamados autoclave ou em estufas. O procedimento correto leva de uma a duas horas. E outro detalhe importante:
P - Helena, tem coisa esterilizando aí dentro? Na verdade você não pode abrir a porta da estufa durante o processo, sabia? Ocorre a interrupção do processo e perdeu a esterilização dos materiais. Um cuidado extra que as manicures podem adotar é tomar a vacina contra hepatite B. "O que se recomenda é uma vacinação desses grupos de risco. Temos uma vacina bastante segura, eficaz, que oferece 100% de proteção", explica o dr. Roberto Focaccia. Se tiver dúvida se o seu salão está fazendo tudo direitinho, Andréia dá uma dica. P - Você faz unha no salão? R - "Faço?" P - Como você faz? R - "Eu levo o meu próprio kit com toalha, palito, esmalte", diz a autora da pesquisa.
“A próxima vez que eu vier, a Rosângela vai fazer com o meu material, viu Rosângela? Tudo meu!”, afirma uma cliente em um salão de beleza.
Uma pesquisa que acaba de ser concluída em São Paulo dá o alerta. Salões de beleza são focos importantes de transmissão de hepatite. O perigo começa quando você entra no salão de beleza para fazer as unhas. Se as manicures não tomarem certos cuidados, elas e o próprio cliente correm o risco de pegar a doença.
Mas por que fazer as unhas pode representar algum risco? Uma dissertação de mestrado feita por uma enfermeira na Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo mostra que um perigo silencioso ronda as manicures dos salões de beleza - a hepatite, uma inflamação do fígado causada por um vírus. "As manicures geralmente cortam a cutícula, e isso sangra. O sangue contém uma quantidade enorme de vírus. Dez elevado à 13ª potência de vírus por ml, uma coisa brutal. Então uma gota de sangue pode favorecer a transmissão", explica o doutor Roberto Focaccia. O infectologista Roberto Focaccia é uma das maiores autoridades em hepatite no Brasil e orientador da pesquisa. Cem manicures em São Paulo foram entrevistadas e tiveram o sangue analisado. O resultado impressiona: 10% das entrevistadas tinham hepatite B ou C, as formas mais graves desta doença. "Tanto a hepatite B como a C são doenças silenciosas, elas não se exteriorizam durante longos anos. Elas vêm se exteriorizar quando já têm complicações, o indivíduo já está com cirrose, um câncer de fígado, uma insuficiência hepática. Isso leva décadas", explica o dr. Foccacia. A pesquisadora descobriu que muitas vezes as normas de higiene não são respeitadas nos salões de beleza. Isso facilita a transmissão da hepatite através do sangue ou de instrumentos contaminados. Clientes e manicures correm riscos. "Todas as profissionais que foram positivas haviam entrado em contato com sangue durante sua prática profissional e todas faziam suas próprias unhas, ou seja, retiravam suas próprias cutículas a cada sete dias", explica a pesquisadora Andréia Schunck. A reportagem do Fantástico vai acompanhar uma blitz por vários salões de São Paulo para mostrar o que deve ser feito e o que tem que ser evitado. Ao entrar num salão, já foi possível encontrar um erro muito comum e muito perigoso. "A manicure está sem luva fazendo a unha da cliente, sendo que nesse momento da retirada da cutícula pode ocorrer algum tipo de sangramento", observa Andréia. A justificativa não convence. "Eu não costumo machucar a cliente. Eu tomo cuidado para não machucar", respondeu uma manicure. Mas a luva não dispensa outro cuidado: lavar muito bem as mãos com água e sabão. Para fazer esta reportagem, o Fantástico visitou 13 salões de beleza. E encontrou várias falhas. Como uma mesma lixa sendo usada por várias pessoas. P - Essa aqui você também usa? R - "Uso". P - É sua lixa de estimação? R - "É". P - Pode ter lixa de estimação?
"Não, não pode. Após o uso, ela deve ser desprezada. Tem que ser usada uma única vez. Usar uma vez e jogar fora. As toalhas têm de ser uma por cliente”, afirma Andréia.
Materiais de metal como alicates, espátulas e cortadores de unha exigem um cuidado especial. Após cada uso, é preciso limpar bem.
P - Você limpa com o quê? R - "Acetona". R - "Eu limpo ele com álcool". Errado. Esqueça o "alquinho" e a acetona. O certo é esfregar com uma escova usando água e sabão. Depois disso, eles estão prontos para serem esterilizados. P - Quanto tempo você deixa cada alicate no esterilizador? R - "Uns 15, 20 minutos. Mas fica muito quente". Ficar muito quente, significa que matou qualquer risco? "Não, não significa que houve a esterilização", diz Andréia.
Para funcionar, a esterilização deve ser feita em aparelhos especiais, chamados autoclave ou em estufas. O procedimento correto leva de uma a duas horas. E outro detalhe importante:
P - Helena, tem coisa esterilizando aí dentro? Na verdade você não pode abrir a porta da estufa durante o processo, sabia? Ocorre a interrupção do processo e perdeu a esterilização dos materiais. Um cuidado extra que as manicures podem adotar é tomar a vacina contra hepatite B. "O que se recomenda é uma vacinação desses grupos de risco. Temos uma vacina bastante segura, eficaz, que oferece 100% de proteção", explica o dr. Roberto Focaccia. Se tiver dúvida se o seu salão está fazendo tudo direitinho, Andréia dá uma dica. P - Você faz unha no salão? R - "Faço?" P - Como você faz? R - "Eu levo o meu próprio kit com toalha, palito, esmalte", diz a autora da pesquisa.
“A próxima vez que eu vier, a Rosângela vai fazer com o meu material, viu Rosângela? Tudo meu!”, afirma uma cliente em um salão de beleza.
G 1
Marcadores: notícia
1 Comentários:
Às 7:35 PM , Anônimo disse...
As contaminações por hepatite na manicure e pedicure infelizmente são uma constante e nada é feito para preveni-las.
Quando instrumentos de manicure ou pedicure são compartilhados e o serviço é mais do que uma simples pintura de unhas, existem poucas soluções para evitar contaminações por doenças de terceiros. A melhor, porém complicada e de custo alto, é esterilizar os instrumentos como nos tratamentos médicos e dentários, utilizando corretamente a autoclave. Lembrando que todos os outros métodos de esterilização deixam a desejar, pois não são eficientes. Diariamente milhares de pessoas contraem infecções nas manicures das mais comuns e de menor gravidade até hepatites B, C, etc. Nestas hepatites, os anticorpos aparecem no sangue aproximadamente 4 meses após a infeção, e a doença cerca de 20 anos. Portanto o diagnostico é difícil e no mundo muito pouco se pesquisou sobre isto. A outra solução é utilizar somente instrumentos descartáveis ou de uso próprio. Mas, é uma solução cara para a maioria. Para isto, eu criei e patenteei um cortador de unhas com 18 funções que cuida das unhas e mãos, fazendo o tratamento rápido e com perfeição. Este cortador é de baixo custo, mas necessito de um fabricante e distribuidores. Esta solução, como é uma ferramenta para uso pessoal, é a alternativa mais rápida e barata para prevenções destas contaminações.
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