ENTRESSEIO

s.m. 1-vão, cavidade, depressão. 2-espaço ou intervalo entre duas elevações. HUMOR, CURIOSIDADES, UTILIDADES, INUTILIDADES, NOTÍCIAS SOBRE CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS CULTURAIS, AQUELA NOTÍCIA QUE INTERESSA A VOCÊ E NÃO ESTÁ NO JORNAL QUE VOCÊ COSTUMA LER, E NEM DÁ NA GLOBO. E PRINCIPALMENTE UM CHUTE NOS FUNDILHOS DE NOSSOS POLÍTICOS SAFADOS, SEMPRE QUE MERECEREM (E ESTÃO SEMPRE MERECENDO)

13 abril, 2009

CULTURA, PATRIMÔNIO CULTURAL E HISTÓRICO - 13-04-09

Lista de Schindler é encontrada na Austrália
A lista contém 13 páginas amareladas, onde estão escritos os nomes e nacionalidades de 801 judeus

A lista preparada pelo industrial alemão Oskar Schindler, que ajudou a salvar mais de mil judeus dos campos de concentração na Segunda Guerra, foi encontrada em uma biblioteca de Sydney, na Austrália, que não sabia que estava de posse do documento.
A lista foi encontrada em meio a notas de pesquisa e recortes de jornais alemães usados pelo escritor australiano Thomas Keneally, autor do livro A arca de Schindler, em que se baseou o filme A lista de Schindler, de Steven Spielberg.
A biblioteca obteve a lista quando comprou o material de pesquisa de Keneally em 1996.
A lista contém 13 páginas amareladas, onde estão escritos os nomes e nacionalidades de 801 judeus e foi descrita como um dos documentos mais poderosos do século 20.
"Ela salvou 801 vidas das câmaras de gás... é uma peça histórica incrivelmente tocante", disse a co-curadora da biblioteca Olwen Pryke.
Segundo Pryke, nem a biblioteca nem o livreiro, de quem comprou o material, se deram conta de que a lista estava entre os documentos.
A lista foi datilografada apressadamente em 18 de abril de 1945, ao fim da Segunda Guerra, e compilada por Oskar Schindler.
Durante a Segunda Guerra, Schindler dirigiu uma fábrica na Cracóvia, Polônia, onde usou mão de obra judia.
Horrorizado com a conduta dos nazistas ele conseguiu convencer oficiais de que seus funcionários eram essenciais para os esforços de guerra e não deviam ser enviados a campos de concentração.
A lista foi entregue ao escritor australiano Thomas Keneally em uma loja em Los Angeles, quase 30 anos, atrás por uma das pessoas que Schindler ajudou a escapar, Leopold Pfefferberg.
Pfefferberg queria que o escritor contasse a história da lista.
Nick Bryant
BBC Brasil -
http://noticias.terra.com.br/mundo/interna/0,,OI3687719-EI294,00-Lista+de+Schindler+e+encontrada+na+Australia.html


Terremoto afeta monumentos na Itália
Roma, 6 abr (EFE).- O terremoto que atingiu a região central da Itália na madrugada de hoje causou danos em monumentos e obras de arte, e o fato fez com que o Ministério da Cultura local decidisse nomear um funcionário para coordenar os trabalhos nas áreas afetadas.
"Vamos reproduzir o modelo adotado em outras oportunidades, como no terremoto que causou graves danos à Basílica de Assis. Pretendemos preservar e reconstruir os bens culturais, além dos edifícios afetados", disse o subsecretário de Bens Culturais, Francesco Giro.
Segundo Giro, o secretário-geral de Bens Culturais, Giuseppe Proietti, deve coordenar estas operações.
Fontes da Superintendência de Bens Arqueológicos de Roma confirmaram hoje à Agência Efe que o local conhecido como Termas de Caracalla, em Roma, sofreu danos em decorrência do terremoto. Uma rachadura já existente foi agravada pelo incidente.
No entanto, as mesmas fontes informaram que outros monumentos da capital, como o Coliseu e o monte Palatino não sofreram danos. Abril.com
São Paulo-SP - Imóvel de taipa de pilão vira sítio arqueológico
São Paulo - Construída no fim do século 19, uma casa de taipa de pilão, agora em ruínas, será objeto de estudo arqueológico da Secretaria Municipal da Cultura, em parceria com a Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente de São Paulo. O espaço é conhecido como Casa do Periquito e estava de pé até a década de 1980. A invasão das plantas e a ação das chuvas destruiu a estrutura. Somente em 2003 a Secretaria do Verde, que se preparava para criar a Área de Proteção Ambiental (APA) Bororé-Colônia, tomou conhecimento do lugar e deu início à preservação do espaço.
Em 2004, a casa foi tombada pelo patrimônio histórico. Árvores que ameaçavam destruir ainda mais a estrutura foram retiradas do entorno da edificação e uma tenda para proteger as paredes, feitas principalmente de barro, foi colocada no local. Para impedir que as ruínas sejam ainda mais deterioradas, procurou-se a Secretaria de Cultura para realizar um estudo arqueológico e transformar a casa em um espaço para a comunidade, possivelmente um museu da imigração alemã.
Existem apenas 11 casas de taipa de pilão no município de São Paulo. “São achados importantes, cada vez mais raros”, explica a arqueóloga Lúcia Juliani. Segundo ela, acreditava-se que todas as casas do tipo já haviam sido encontradas na década de 1950. “Para as comemorações do quarto centenário da cidade, investiram bastante para recuperar o passado de São Paulo.”
A descoberta da Casa do Periquito foi uma surpresa para a arqueóloga, mas já era bastante conhecida pela comunidade. “Um primo meu indicou a casa para os pesquisadores da APA. Na região, que eu saiba, é a única construção da época”, comenta Celso Glasser Bueno. Foi seu tataravô João Frederico Glasser o construtor da propriedade, que por muito tempo acabou habitada por sua família. “Pelo que meu avô conta, fizeram essa casa em 1870 e a família, que era muito grande, morou na residência. Quando eu era criança ainda, brincava dentro da casa.”
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Governo quer nova Lei Rouanet em vigor ainda em 2009
BRASÍLIA - Confiante de que a nova lei de incentivo e fomento à Cultura será aprovada ainda este ano pelo Congresso Nacional, o Ministério da Cultura pretende, nos próximos dois anos, inverter a lógica de financiamento do setor. O alvo é reduzir a predominância de projetos sustentados por meio de renúncia fiscal e fortalecer o Fundo Nacional de Cultura para democratizar o acesso à verba.
Secretário do ministério desde o início do governo Lula e ministro desde a saída de Gilberto Gil no ano passado, Juca Ferreira acredita que há consenso entre os parlamentares para levar o projeto a votação ainda em tempo de implementar, em 2009, as mudanças na Lei Rouanet (Lei 8313/91).
"Certamente setores contrários às mudanças irão acionar parlamentares para fazer resistência, mas o nível de consenso já é bastante grande", avaliou Ferreira após participar, no final do mês passado, de audiência no Senado Federal sobre os projetos do ministério para o ano. Mesmo a área econômica do governo, que para o ministro foi a mais de difícil de convencer, reconhece a urgência do projeto.
A resistência viria de grupos que têm conseguido obter a maior parte dos recursos angariados por meio de renúncia fiscal. Dados do ministério apontam que a modalidade é responsável por aproximadamente 70% do financiamento do setor, mas apenas 3% dos projetos captam 50% deste total. A principal razão para esta concentração seria o fato de os patrocinadores preferirem projetos que garantam retorno em marketing, reforçando a imagem da empresa.
Para Ferreira, isso significa dar vantagens ao setor privado com recursos públicos, uma vez que o se trata de dinheiro inicialmente destinado a impostos. O modelo, segundo o ministro, teria produzido o seguinte perfil de contemplados: ou projetos de artistas famosos, ou oriundos dos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo, ou voltados para consumidores de maior poder aquisitivo.
Com a nova lei, o governo pretende inserir critérios que considerem mais a diversidade e a visão pública de gestão do que o retorno em imagem. Para isso, os projetos serão inseridos em faixa de 30%, 60%, 90% e 100% de renúncia e não apenas 30% e 100%, como atualmente. Assim, as empresas passariam a ter que dispor de algum montante essencialmente privado no patrocínio dos projetos. A proposta também prevê mecanismos para que a sociedade participe da escolha dos projetos que terão maior porcentagem em renúncia.
Outra mudança é o maior rigor sobre intermediários do processo de captação de verba. Os institutos ligados a patrocinadores deverão, por exemplo, demonstrar que investem pelo menos 20% de seus recursos em produções independentes. Para o ministério, o aumento na fiscalização sobre os intermediários poderá, ainda, inibir ilegalidades na liberação dos recursos.
Fundo Nacional de Cultura
Ainda que haja a mudança nos critérios para a concessão do benefício da renúncia fiscal, a grande aposta do governo para dar equilíbrio e democratizar a distribuição dos recursos é a reestruturação do Fundo Nacional de Cultura, ao qual o ministro qualifica, atualmente, como “horroroso”. O número de artigos do capítulo que trata sobre o assunto na nova lei ilustra o empenho: 12 contra 3, da lei em vigor. “Depois de tanta briga, não conseguimos democratizar a renúncia fiscal, mas o fundo é quase justiça distributiva”, destacou Ferreira.
O último dado consolidado sobre os recursos do fundo é de 2007 e aponta que havia no caixa aproximadamente R$ 280 milhões, 12% do orçamento total disponível para projetos culturais. Com as mudanças na lei, o ministério pretende chegar a 70%. Para tanto, serão incluídos recursos de mais cinco fontes além das previstas na lei atual. Entre elas está a Loteria Federal da Cultura, a ser criada por lei específica, e o lucro gerado por eventos patrocinados pelo ministério. A iniciativa privada também poderá investir por meio de parcerias e convênios. Porém, o ministro, pessoalmente, não espera muito retorno por esta via. “Eles devem continuar investindo por meio da renúncia”, avalia.
Outra inovação é a criação de seis fundos setoriais: das Artes, que engloba o Teatro, o Circo, a Dança, as Artes Visuais e a Música, entre outros; da Cidadania, Identidade e Diversidade Cultural; da Memória e Patrimônio Cultural Brasileiro; do Livro e Leitura; e de Equalização; além do Fundo Setorial do Audiovisual, que já existe. A proposta prevê que cada um receba de 10% a 30% do valor global do fundo.
A medida deve resolver a distorção evidenciada por dados do ministério. Os números mais recentes apontam que os quatro maiores segmentos (de artes integradas, de teatro, de edição de livros e de música erudita) concentram 44% da captação de recursos enquanto os trinta menores segmentos, entre eles a pesquisa, os circos e a cultura indígena, recebem apenas 14%.
O ministro também prevê menor desigualdade em termos regionais. “Hoje, cerca de 30% do fundo vai para o Sudeste, o que é natural porque tem maior densidade populacional, desenvolvimento cultural, número de grupos culturais”, explicou, ponderando que, ainda assim, o fundo é democrático, uma vez que o menor repasse por região teria sido de 14%. No caso da renúncia fiscal, 60% da verba foram destinadas ao Sudeste.
Frutos da Lei Rouanet
Apesar das críticas ao modelo atual de financiamento, dependente da renúncia fiscal, o ministro reconhece que a Lei Rouanet foi o instrumento que subsidiou o desenvolvimento da maioria dos projetos culturais brasileiros nos últimos 17 anos. Porém, ele acredita que o momento é de reforçar a importância da gestão do Estado sobre as políticas públicas essenciais, como seria o caso da cultura.
“O desenvolvimento cultural depende de uma estrutura que é obrigação do Estado prover. Achamos que a concentração na renúncia fiscal não é suficiente para atender a todas as demandas e necessidades da área”, observa Ferreira. “A renúncia fiscal foi implementada quando a visão era de transferir a responsabilidade do Estado para o setor privado, mas a própria crise financeira mostra que o Estado tem um papel intransferível”, completa.
O projeto de lei poderá ser discutido no Congresso Nacional em meados de maio, após passar pela consulta pública, aberta há duas semanas. De acordo com o ministério, as contribuições têm chegado em números animadores, tendo, nos cinco primeiros dias, provocado sobrecarga no sistema.
Último Segundo


Porto Alegre ganha novo centro cultural

Instituto Cultural Brasileiro Norte-Americano inaugura hoje seu complexo de auditório, galeria de exposição e salas multiuso.
Mirando o futuro com os olhos no passado, o Instituto Cultural Brasileiro Norte-Americano (ICBNA) inaugura hoje seu complexo de auditório, galeria de exposição e salas multiuso. O espaço vem somar ao Centro de Porto Alegre nova opção de uma iniciativa que só cresceu nos últimos anos e que contrasta com o histórico abandono da região (veja matéria ao lado).
O projeto retoma a vocação de estímulo da produção cultural e troca de informações, nada menos que o embrião do ICBNA. Fundado em 1938 com o objetivo de difundir a cultura – e, de quebra, o way of life – dos EUA no Rio Grande do Sul, o instituto foi responsável por trazer não só professores estrangeiros para seu curso de línguas (algo inédito à época), mas também artistas.
Bancado em parte pelo Consulado dos Estados Unidos, o ICBNA trouxe músicos do quilate dos pianistas brasileiros Nelson Freire e Jean-Louis Steuerman, da cantora vencedora de três Grammy Karrin Allyson e do violinista Leonard Felberg, entre outros. Com o patrocínio oficial minguando a partir da década de 1970, as atrações também foram diminuindo até serem extintas nos anos 90, sobrando ao instituto apenas os cursos de idiomas.
Agora, andando com as próprias pernas, o ICBNA pretende novamente ser um centro voltado não só para o ensino do inglês. Motivos, segundo a diretora cultural da instituição, a artista plástica Liana Timm, não faltam.
– Contamos com espaços bons demais para ficarem ociosos, e bem no centro de Porto Alegre. Gente querendo mostrar seu trabalho e gente querendo assistir também há.Para que esse encontro seja bem-sucedido, Liana garante o mínimo possível de burocracia. O deque que liga o bar do Cultural à altura do número 1.257 da Rua Riachuelo é prova dessa vontade de integração.
– Queremos acesso total de público e artistas. Temos uma comissão para avaliar os pedidos de quem quiser se apresentar nas nossas dependências, e todos são bem-vindos.O lançamento da programação oficial será hoje, apenas para convidados. Ao público, o complexo do ICBNA abre as portas a partir de 16 de abril, com o show de Arthur de Faria e Seu Conjunto. Além de música, o espaço compreenderá mostras de teatro, cinema, artes visuais, cursos, saraus e também oficinas.
– Por enquanto estamos trabalhando com uma gama ampla de atrações, mas, a partir do próximo semestre, a ideia é dividir o projeto em grandes temas – projeta Liana.
PROGRAME-SE
Música Shows de artistas de todos os gêneros, sempre às quintas-feiras, a partir das 20h.
Filmes
Exibições todas as quartas-feiras, às 19h30min.
Teatro
Sextas e sábados, às 21h, e domingos, às 19h.
Artes plásticas
Exposições temporárias na Gallery of Arts Dante Sfoggia, com programação a definir. Cursos
De oficinas de poesia e haicai a debate sobre as obras de Graciliano Ramos e João Guimarães Rosa, com horários ainda a serem definidos.
Gustavo Brigatti gustavo.brigatti@zerohora.com.br
Zero Hora


Cuiabá-MT - Ponte de Ferro será entregue à população na próxima terça-feira
Em comemoração aos 290 anos de Cuiabá, o Governo do Estado através da Secretaria de Estado de Cultura, presenteia a população cuiabana com a restauração da Ponte de Ferro do Coxipó.
O aniversário da capital do estado é no dia 8 de abril, porém a solenidade acontecerá na próxima terça-feira (07), a partir das 14h30, no Distrito do Coxipó, com a presença do Secretario de Estado de Cultura Paulo Pitaluga. Participam da solenidade a fanfarra da Escola Estadual Souza Bandeira com cerca de 500 alunos. A fanfarra irá tocar boa parte do seu repertório musical. Participarão também do evento, cururueiros, o grupo Passos Miudinho com a apresentação do tradicional Siriri, o artista Júlio Carcará, que levará seus bonecos e pernas de Pau e a comuniade em geral. O investimento foi de aproximadamente R$ 400 mil, através do Programa Estadual de Recuperação e Revitalização do Patrimônio Histórico de Mato Grosso, da Secretaria de Estado de Cultura. A obra foi realizada em parceria com a Secretaria de Estado de Infraestrutura.
A recuperação total da Ponte contou com a restauração da estrutura metálica original, a reforma de pilares de sustentação, parte elétrica, piso da ponte, paisagismo, entre outras ações. Da memória ao cotidiano Tombada como Patrimônio Histórico e Cultura de Mato Grosso, a Ponte de Ferro localizada no distrito do Coxipó em Cuiabá passou por uma restauração e agora se torna mais um ponto de visitação na Capital, além de já estar sendo usada como travessia pelos pedestres. No final do século XIX, quando foi construída (começou a ser construída no ano de 1896), a Ponte foi uma das vias de acesso mais importantes de nossa cidade.
A Ponte de ferro foi tombada pelo Patrimônio Histórico e Cultural do Estado de Mato Grosso no ano de 1984. Um dos fatores que validam a importância da restauração da ponte de ferro é a sua contribuição histórica. A sua estrutura metálica foi importada da Europa, onde já se tinha na época uma tecnologia de construção avançada.
Sua estrutura seguia os padrões da Torre Eiffel, assim como outras obras construídas no mundo naquele período. Além do valor arquitetônico a ponte, foi uma importante via por onde aconteceram as relações comerciais por um longo período histórico, com a penetração de capitais, mercadorias, técnicas e imigrantes, pois era a ligação entre a Serra de São Vicente e Santo Antônio de Leverger, que viria a ser fundada em 1899. A ponte também foi muito importante na vida da comunidade, facilitando o acesso á concentração urbana. Dona Domingas, moradora de São Gonçalo Beira Rio, relembra os casos contados pelos seus pais e frisa que a ponte é muito importante para todos os cuiabanos. “Eu fiquei muito feliz com a restauração da ponte por que ela é um patrimônio nosso”.
Domingas conta com saudosismo as histórias de bois e boiadas que cruzavam as estradas do Coxipó. Assim como na época de sua inauguraçao, a ponte de ferro repete e concretiza hoje o seu valor para a sociedade, como sendo uma via de passagem importante para a cidade - se antes era utilizada para escoar a economia do estado, hoje é utilizada como fora segura para os pedestres que realizam cotidianamente a travessia no Coxipó, já que o fluxo de carros na ponte “principal” é bem maior.
A ponte foi destruída em 1995 por uma enchente. Após essa enchente, os destroços da ponte, que já estava desativada (a mesma fora substituída em 1984) ficaram nas margens do rio Coxipó. A restauração da ponte de ferro faz parte do Programa de Restauração do Patrimônio Histórico e Cultural de Mato Grosso, desenvolvido pelo governo do Estado e coordenado pela Secretaria de Cultura. O Governo do Estado iniciou em 2006 as obras com um investimento de cerca de R$ 400 mil reais. Em um trabalho conjunto com a Secretaria de Estado de Infra-estrutura (SINFRA) a reconstrução da ponte obedeceu a sua estrutura original, utilizando os metais que foram retorcidos pela água das chuvas. Na última etapa, ganhou iluminação e bancos nas mediações, o que permite aos turistas e até mesmo aos antigos moradores vivenciar novamente esse patrimônio da cultura de Mato Grosso.
No final do século XIX, precisamente em 1896, O presidente de Estado de Mato Grosso, Antônio Corrêa da Costa, contratou os serviços do engenheiro Jaques Marckwaldar para construção da primeira ponte metálica sobre o rio Coxipó-Mirim, possibilitando a lamejada ligação entre Cuiabá e o resto do país. A primeira edificada sobre o rio Coxipó foi fabricada na Inglaterra e seus ferros transladados do antigo continente, via Oceano Atlântico, através do Estuário Rio da Prata, penetrando no continete brasileiro. O rio Paraguai se constitui no principal fluxo hídrico responsável pelo comércio internacional, que beneficiou, após 1870, a então província de Mato Grosso.
Após muitos anos de trabalho, essa ponte foi inaugurada em 20 de junho de 1897, e representou um momento impar na história de Cuiabá, visto que muitas famílias residente em Capital mantinham sítios e chácaras á beira do Coxipó e onde passavem as férias. Sua estrutura contava com 54 metros de comprimento por 4,20 metros de largura, assentada sobre pilares de pedra canga, cimento e alvenaria, sendo a primeira no gênero construída em Cuiabá. A entrega da reforma da ponte acontecerá em uma solenidade em homenagem ao aniversário de Cuiabá.
A solenidade acontecerá na próxima terça-feira, 07 de abril ás 14:30.
Olhar Direto

Rio de Janeiro - Centro precisa de moradores para sobreviver
RIO - Conhecido desde sempre como área comercial e financeira, o Centro do Rio está na contramão. Segundo especialistas, a saída para o caos urbano e para a colocação em prática da lei municipal de 25 anos que criou o Corredor Cultural – determinador de proteção paisagística e ambiental para áreas tomadas pela desordem, como Cinelândia, Praça Tiradentes e Praça Quinze – é justamente a ocupação por moradias dos imóveis preservados pelo patrimônio.
– A grande oportunidade do Centro é a ocupação com habitação. Hoje algumas parcelas da população, como designers, músicos, pessoas ligadas à cultura, já reconhecem que o Centro é um local importante – exemplifica o subsecretário de Patrimônio do município, Washington Fajardo. – A ocupação só do térreo, como acontece pelo comércio, é danosa. É necessária a ocupação com habitações dos pavimentos superiores dos imóveis preservados, destinados na maioria aos estoques de estabelecimentos comerciais.
Cristalização burocrática
Mas existem entraves. Segundo Fajardo, o problema está justamente na cristalização da burocracia que perdura desde os tempos de colônia. Muitos imóveis pertencentes ao Corredor Cultural, que deveriam ser preservados e, dessa forma, melhorar o aspecto e ajudar na revitalização do Centro, estão presos administrativamente e colaboram para a degradação da área.
– Como trazer um patrimônio para uso se não se sabe muitas vezes quem é o dono do imóvel? O problema é burocrático, não é urbanístico. É preciso uma quebra de paradigma – ressalta.
Evelyn Furquim Werneck Lima, arquiteta e doutora em história social, faz coro com Fajardo e defende a ocupação do Centro com habitação, modelo já de sucesso em cidades como Paris, Nova York e Buenos Aires.
– Existe uma carência muito grande de habitação no Rio e o Corredor Cultural tem muitos pontos positivos, como isenção de IPTU para aqueles que preservam os imóveis. Mas não adianta ter essa área preservada se ninguém vai de noite, por exemplo, porque tem medo – lembra. – O uso misto do espaço valoriza as áreas. Aqui no Rio, morar no Centro é depreciativo, e não deveria ser. Os vazios urbanos precisam ser ocupados.
No entanto, os problemas que geram o esvaziamento do Centro são os mesmos que não deveriam existir se a lei do Corredor Cultural tivesse sido aplicada desde que foi sancionada, em 1984: há duas gestões municipais, a preservação e renovação urbana da área desapareceram da pauta.
– Não sei explicar por que a estrutura do Corredor estava sucateada, mas vivemos hoje uma situação de excelente diálogo com o governo estadual e com a União, o que favorece a vinda de novos projetos para o Centro, apesar das limitações financeiras que vivemos – diz Fajardo.
Hoje, o Centro convive diariamente com estacionamento de carros nas calçadas, comércio informal e má conservação do patrimônio, que não são problemas exclusivos da recém-criada Secretaria Especial de Ordem Pública. Mas o espaço abrangido pelo Corredor, que inclui ruas marcadas pela desordem, como a Buenos Aires e a Gonçalves Dias, deveria estar conservado, preservado e dotado até de espaços físicos de recreação e lazer, que, quando existem, estão ocupados por moradores de rua ou pedintes.
– Apesar das qualidades e atributos na preservação histórica no Centro do Rio, (o Corredor Cultural) não possui mais o prestígio e o reconhecimento que marcaram seus primeiros anos – afirma a arquiteta e urbanista Denise de Alcântara, pesquisadora de desenho urbano com foco na qualidade do lugar. – Nas áreas sob proteção ou tutela do Corredor, que por sua vez passam por um processo de redescoberta boêmia, especialmente na Lapa-Lavradio e na Praça Quinze, o espaço público se transforma em estacionamento ilegal e controlado por grupos de guardadores autônomos que cobram o que querem e ocupam qualquer espaço vago da rua ou calçada.
Mas o problema não é só do poder público – apesar dos 25 anos de existência e esquecimento da lei do Corredor Cultural.
– Nada funciona se só o governo for responsável. Se a comunidade não entende que a área tem valor, não vai fazer nada para preservar. É preciso ter atitudes simples, como educar o cidadão desde a escola – defende o arquiteto Paulo Afonso Rheingantz, coordenador do Grupo Qualidade do Lugar e Paisagem da UFRJ. – As pessoas pouco esclarecidas são as que fazem obras irregulares, não é só um problema do poder público. O caminho possível é a educação, porque as consequências da falta dela vão ser compartilhadas por todos.
Bruna Talarico
JB Online


Outros países podem ajudar Itália a reconstruir sítios culturais
ROMA (Reuters) - Outros países podem ajudar a Itália a reconstruir sítios culturais destruídos no terremoto que atingiu a região central do país esta semana, disse nesta quarta-feira o primeiro-ministro Silvio Berlusconi.
Em coletiva de imprensa, Berlusconi disse que a Itália rejeitou ofertas de ajuda humanitária imediata para as vítimas do terremoto, que, de acordo com as cifras mais recentes, deixou 260 mortos.
Mas ele revelou que discutiu com alguns líderes estrangeiros um plano para que governos se ofereçam a pagar a restauração de igrejas ou sítios de patrimônio cultural individuais que tenham sido danificados ou destruídos.
"O sítio poderia então ser rebatizado com o nome do país que ajudou a restaurá-lo, por exemplo, 'Igreja Americana'", disse Berlusconi em L'Aquila, a cidade mais afetada.
Fontes diplomáticas comentaram que Berlusconi mencionara a ideia ao presidente norte-americano, Barack Obama, em telefonema na terça-feira e que Obama expressou interesse.
O terremoto devastou algumas das igrejas antigas menos conhecidas, mas igualmente preciosas do país e danificou levemente os Banhos Romanos de Caracalla, a 100 quilômetros do epicentro do terremoto.
O Ministério da Cultura disse que o abalo destruiu parcialmente pelo menos quatro igrejas romanescas e renascentistas e um castelo do século 16.
Parte da nave da Basílica de Santa Maria di Collemaggio, uma das igrejas mais conhecidas da região, desabou.
Com sua bela fachada decorada em rosa e branco, que combina as arquiteturas romanesca e gótica, a igreja foi onde o papa Celestino 5 foi coroado em 1294 e atrai milhares de peregrinos todos os anos.
Mais ao norte, o campanário da basílica renascentista de San Bernardino também desabou.
A cidade montanhesa de L'Aquila tem um histórico de terremotos fortes, tendo quase sido varrida do mapa por um deles em 1703.
Philip Pullella
Abril.com

Irmão Divanil, o monge-artista
Deus deu início ao processo inventivo do mundo tendo a Arte de criação povoando a Terra com seres humanos. E hoje nós, filhos Dele, dentre tantas coisas que podemos criar, temos uma das mais valiosas, a Arte.
Artistas do mundo todo desafiam as leis cientificas e a premissa de que nada se cria, tudo se transforma. Um religioso que vive no interior do Mosteiro de Nossa Senhora de São Bernardo, em São José do Rio Pardo, também derruba esta tese.
Irmão Divanil de Oliveira é um dos poucos artistas que na infância não obteve contato com técnicas artísticas. Nascido em Itaporanga (SP), não imaginava que um dia a Arte viesse morar em sua vida.Filho de pedreiro, ele em sua infância apenas observava o trabalho do pai, não tendo acesso à profissão, e mesmo assim trouxe para sua maioridade a Arte de construir.
Aos 21 anos, decidiu buscar o caminho da santidade, chegando ao mosteiro de nossa cidade em janeiro de 1992, numa quinta-feira, às 15h30, há exatos 17 anos.
Os anos se passaram e alguns problemas de saúde começaram a invadir a vida do dedicado monge, dando motivos para que a Arte passasse a ocupar um espaço em sua vida, talvez como forma de dispersar dos seus problemas.
Irmão Divanil já tinha certa experiência com trabalhos em papel de encadernação, pois se dedicava a esta ocupação no mosteiro. Certo dia acabou por fazer uma caixinha de papelão, depois outra e mais outra. Resolveu enfeitá-las com portas e janelas para ver o resultado.
Começava ali, intuitivamente, a desenvolver experimentos artísticos com maquetes, reproduzindo fielmente casas e lugares.
Exatamente no dia 20 de novembro de 1995, sua primeira maquete ficou pronta. Não poderia ser outra, era uma reprodução da Igreja Matriz de São Roque.
Depois fez a Matriz de São José, em seguida a Ponte de Euclides com mais de dois metros de comprimento, depois a cabana, depois...
Conseguindo matéria-prima em uma gráfica parceira, hoje a construção de maquetes tornou-se um hobby para Divanil, que desenvolveu suas próprias técnicas, aprimoradas a cada trabalho concluído.
Depois de tempos construindo maquetes apenas para si, observado pelos irmãos do mosteiro, o monge-artista foi descoberto ao acaso, após um trabalho em grupo na Escola Euclides da Cunha. O objetivo era exatamente construir maquetes de pontos turísticos da cidade, uma das especialidades de irmão Divanil. Desse trabalho surgiu a belíssima reprodução da Casa Euclidiana, tão rica em detalhes, que hoje integra o acervo da entidade.
A divulgação do seu trabalho foi imediata após a apresentação e a partir daí ele adquiriu a possibilidade de ter sua própria exposição, incentivada e orientada por Bene Trevisan, então curador do Museu Rio-Pardense, que resultou em uma mostra com 30maquetes.
O monge acredita em dom e nada mais que isso. Ele diz também que a mão de Deus o ajuda a cada processo de trabalho e nos preparativos para seu início.Artista que sabe separar seus trabalhos com Arte do seu trabalho para Deus, Irmão Divanil diz que tanto em um quanto noutro leva Deus à frente. "Do contrário somos tomados pelo orgulho”, explica.Cerca de 40 maquetes ocupam espaço no mosteiro, por isso ele pretende cedê-las para a Casa Euclidiana, que já tem em exposição três de seus trabalhos.
Sua opinião soa forte quando diz que em nossa cidade a Arte é bem divulgada, em comparação com a sua cidade, Itaporanga, onde poucos a conhecem.Ele acredita também que é por Deus que adquiriu este dom e que não existe explicação, nem lógica. Dom que foi dado para, que a exemplo de Deus, o homem também possa criar.
GABRIEL VICENTE
O Democrata

Arqueólogos iraquianos trazem à tona tesouros da Babilônia
Arqueólogos iraquianos descobriram 4.000 artefatos, em sua maioria da antiguidade babilônia, incluindo carimbos reais, talismãs e tabuletas de argila marcadas em escrita cuneiforme sumeriana, a mais antiga forma conhecida de escrita.O Ministério do Turismo e das Antiguidades anunciou na quarta-feira que os tesouros foram encontrados após dois anos de escavações em 20 lugares diferentes nas regiões entre os rios Tigre e Eufrates, a terra descrita pelos gregos da antiguidade como Mesopotâmia.
O Museu de Bagdá, que receberá os 4.000 artefatos recém-descobertos


Além de artefatos babilônios, foram encontrados artefatos do império persa da antiguidade e outros de cidades islâmicas medievais, mais recentes.
"Os resultados destas escavações indicam que as antiguidades iraquianas não vão se esgotar no futuro próximo", disse um porta-voz do Ministério do Turismo e das Antiguidades, Abdul-Zahra al Telagani.
"Eles também nos incentivam a continuar o trabalho de reabilitação de nossos sítios antigos, para convertê-los em atrações turísticas.
"Os artefatos serão transferidos para o Museu Nacional em Bagdá, que precisa ser reabastecido desde que saqueadores roubaram dele aproximadamente 15 mil artefatos após a invasão de 2003 liderada pelos EUA. Desde então, cerca de 6.000 dos itens roubados foram devolvidos.
Situado no coração de uma região descrita pelos historiadores como berço da civilização, o Iraque espera que a redução da violência para níveis não vistos desde o final de 2003 incentive turistas a visitar seus sítios antigos.
Alguns dos destaques potenciais incluem a cidade bíblica da Babilônia, famosa por seus Jardins Suspensos, a cidade assíria de Nínive, ao norte, relíquias de muitas cidadelas islâmicas medievais e alguns dos santuários e mesquitas mais sagrados do islã xiita.
O Iraque recebeu o primeiro grupo de turistas ocidentais no mês passado, e as autoridades esperam que venham outros.
Abbas Fadhil, chefe da equipe responsável pelas escavações, acha que alguns dos artefatos encontrados podem ter significado enorme.
Dos dois talismãs raros encontrados, um mostra um rosto esculpido em estilo sumeriano, emoldurado por um triângulo. O outro é uma pedra vermelha com um antílope correndo gravado nela.
Qais Hussein Rasheed, diretor interino do comitê de antiguidades e patrimônio histórico, disse a jornalistas que o país ainda tem um problema sério com saqueadores assaltando sítios arqueológicos.
"Esses sítios são vulneráveis a roubos intermináveis cometidos por ladrões, contrabandistas e quadrilhas organizadas, porque não são protegidos", disse ele. "Pedimos aos ministérios relevantes que mandem policiais para vigiá-los, mas não recebemos muitos até agora."
Khalid al-AnsaryEm Bagdá
http://cienciaesaude.uol.com.br/ultnot/reuters/2009/04/01/ult4296u728.jhtm

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2 Comentários:

  • Às 2:10 PM , Anonymous Anônimo disse...

    Silvio, maravilhoso é pouco para dizer de teu blog.
    Mas gostaria de uma ajuda sua:
    O estilo arquitetônico da Igreja Nsª da Lapa no bairro da Lapa, seria qual?
    Agredeço desde já caso possa me dizer.

     
  • Às 7:02 PM , Anonymous Silvio A. Neves disse...

    Antônio
    Estou pesquisando este assunto e te respondo aqui durante a semana próxima. Não encontrei um e-mail para me comunicar diretamente com você. Obrigado pelos elogios e pela visita.

     

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