ENTRESSEIO

s.m. 1-vão, cavidade, depressão. 2-espaço ou intervalo entre duas elevações. HUMOR, CURIOSIDADES, UTILIDADES, INUTILIDADES, NOTÍCIAS SOBRE CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS CULTURAIS, AQUELA NOTÍCIA QUE INTERESSA A VOCÊ E NÃO ESTÁ NO JORNAL QUE VOCÊ COSTUMA LER, E NEM DÁ NA GLOBO. E PRINCIPALMENTE UM CHUTE NOS FUNDILHOS DE NOSSOS POLÍTICOS SAFADOS, SEMPRE QUE MERECEREM (E ESTÃO SEMPRE MERECENDO)

04 maio, 2009

NOSSA PORCA CLASSE POLÍTICA - 4-5-09

Eles já eram ex-deputados mas receberam passagens
Câmara Federal pagou sobras das cotas de bilhetes aéreos a pelo menos quatro pernambucanos.
Quatro pernambucanos integram a lista dos 28 ex-deputados federais que mais compraram passagens aéreas com recursos da Câmara após o término do mandato. A informação foi divulgada ontem pelo site Congresso em Foco, num balanço referente ao período de fevereiro a dezembro de 2007.
Mesmo fora do cargo, Roberto Freire, presidente nacional do PPS, Jorge Gomes (PSB) - hoje vice prefeito de Caruaru -, Carlos Batata (DEM) e Salatiel Carvalho (DEM) continuaram a utilizar a cota destinada a deslocamento aéreo. Destes, apenas Jorge Gomes não bancou viagem para si. Em compensação foi o campeão entre os pernambucanos (43 bilhetes) e o quarto em âmbito nacional em assegurar vôos a terceiros. No total, 117 parlamentares integram a relação.
Os 28 "campeões" apontados pelo site usaram a cota mais de 20 vezes e asseguraram a emissão de 896 passagens para destinos nacionais.
Jorge Gomes foi também o único a receber a informação com surpresa. Diz que depois de ter deixado o mandato jamais financiou passagens para quem quer que seja. "No mandato, tudo bem. Ajudei muita gente com doação. Quando cheguei à Câmara, nem sabia que a cota existia, mas a prática era que as passagens fossem utilizadas, já que o crédito estava depositado. Mas depois que saí, tenho certeza que não usei. Deve haver algum erro. Garanto isso, mesmo sem uma consulta prévia aos número ou à Câmara".
Os demais confirmaram que utilizaram os recursos porque a prática era generalizada e considerada legal. Salatiel, que comprou 25 passagens, confirma que gastou os cerca de R$ 4 mil que ficaram de crédito em seu nome após o mandato. Embora ressalte que o dinheiro era público, ele explica que o entendimento era de que "uma vez que o crédito era depositado, o deputado poderia usar como quisesse".
"Fui deputado por 17 anos, passei pela Mesa Diretora, e jamais alguém condenou isso ou cogitou mudar o emprego da cota", disse, admitindo ter financiado passagens para parentes e amigos. Batata conta que não tem idéia do valor das sobras do crédito, mas faz questão de destacar que em dois mandatos na Câmara jamais viajou ao exterior sem que fosse em missões oficiais. "Também nunca levei familiares para passear com dinheiro público. Vi que muitos deputados de Pernambuco bancaram passagens para esposa, filhos e sobrinhos, o que é um absurdo. Podem verificar meu histórico. Nunca fiz isso". Freire disse que essa discussão retroage a uma época em que a prática não era tida como imoral. "Tudo era de conhecimento público e transparente", destaca, acrescentando, porém, que concorda com a restrição do uso de passagens aos parlamentares e que a medidas moralizadoras deveriam ter sido tomadas há tempos.
Josué Nogueira

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