ENTRESSEIO

s.m. 1-vão, cavidade, depressão. 2-espaço ou intervalo entre duas elevações. HUMOR, CURIOSIDADES, UTILIDADES, INUTILIDADES, NOTÍCIAS SOBRE CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS CULTURAIS, AQUELA NOTÍCIA QUE INTERESSA A VOCÊ E NÃO ESTÁ NO JORNAL QUE VOCÊ COSTUMA LER, E NEM DÁ NA GLOBO. E PRINCIPALMENTE UM CHUTE NOS FUNDILHOS DE NOSSOS POLÍTICOS SAFADOS, SEMPRE QUE MERECEREM (E ESTÃO SEMPRE MERECENDO)

11 maio, 2009

PARA PENSAR - 11-5-09

Como lidar com as palavras...
Judy Wallman é uma pesquisadora na área de genealogia nos Estados Unidos.
Durante pesquisa da árvore genealógica de sua família deu de cara com uma informação interessante.
Um tio-bisavô, Remus Reid, era ladrão de cavalos e assaltante de trens. No verso da única foto existente de Remus (em que ele aparece ao pé de uma forca) está escrito:"Remus Reid, ladrão de cavalos, mandado para a Prisão Territorial de Montana em 1885, escapou em 1887, assaltou o trem Montana Flyer por seis vezes. Foi preso novamente, desta vez pelos agentes da Pinkerton, condenado e enforcado em 1889."
Acontece que o ladrão Remus Reid é ancestral comum de Judy e do senador pelo estado de Nevada, Harry Reid. Então Judy enviou um email ao senador solicitando informações sobre o parente comum. Mas não mencionou que havia descoberto que o sujeito era um bandido.
A atenta assessoria do Senador respondeu desta forma:
"Remus Reid foi um famoso cowboy no Território de Montana. Seu império de negócios cresceu a ponto de incluir a aquisição de valiosos ativos eqüestres, além de um íntimo relacionamento com a Ferrovia de Montana.
A partir de 1883 dedicou vários anos de sua vida a serviço do governo, atividade que interrompeu para reiniciar seu relacionamento com a Ferrovia.
Em 1887 foi o principal protagonista em uma importante investigação conduzida pela famosa Agência de Detetives Pinkerton.
Em 1889, Remus faleceu durante uma importante cerimônia cívica realizada em sua homenagem, quando a plataforma sobre a qual ele estava cedeu.
"Não é sensacional?
Palavras e números podem ser manipulados para dizer o que o manipulador quiser!
Com certeza, daqui a uns uns 100 anos, um descendente do Lula assim escreverá sobre o ancestral:
Lula da Silva foi um presidente do Brasil, que tinha uma característica incomum. Apesar de possuir o sentido da visão, era cego, nada via, o sentido da audição, era surdo, nada ouvia, o terceiro ano primário, não lia jornais, nada sabia, e apesar de confessar nunca haver lido sequer um livro, foi reeleito. Não deixou prole numerosa, mas um de seus filhos, que quando o pai foi eleito pela primeira vez era um simplório guia de zoológico, ganhando um pequeno salário para mostrar aos visitantes girafas, macacos e jacarés, revelou-se, durante os anos em que o pai foi Presidente da República, um talentoso homem de negócios e pecuarista.
Lula da Silva, apesar da cegueira, era um viajante internacional como nunca se vira outro igual. Visitou centenas de países sempre se fazendo acompanhar pelo ministro das Relações Exteriores, que lhe descrevia os cenários turísticos.
Era recebido no "grand monde" político internacional, onde era tido como uma excentridade. Fez amizades duradouras com os líderes mais importantes do mundo, Fidel Castro, Hugo Chavez e Evo Morales.
Analfaglota, mas perseverante e inteligente, acabou decorando várias palavras e expressões estrangeiras: "ies", "óquêi", "tenqui iu", "gudemornim", "gude ivin" "gude naite", "naice tu miti iu", "gude bai", mas decorou com mais facilidade "blude méri", "drai martine", "rai fai","iscóti" e "quantrô".
Não precisou decorar caipiroska, esse nome ele já sabia, mas quando ía ao Chile optava por um pisco triplo. Adorava uma rodada de dôrra, regada a "xatenêve di papi".
Às vezes confundia-se com a geografia política: "em que país fica a África?". Se Nova Iorqui é a capital dos Estados Unidos, porque a "uaiti rorse" fica em "uóxinton?".
A oposição era cruel com ele, mas ele não tinha culpa, afinal era filho de uma senhora que nasceu analfabeta...
Chegou a alcançar 84% de aprovação popular, segundo enquete realizada entre as pessoas que recebiam o programa bolsa família, que a oposição, duplamente cruel, apelidava de caça votos.
Foi o criador do PAC, programa de aceleração da campanha, mas como era um cidadão humilde, abdicou da paternidade transferindo-a para uma senhora muito doce a quem intitulou mãe do PAC.
Lúcio Wandeck

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