ATUALIDADES - 13-7-09
Argentina admite que não soube combater gripe com critério único
O Governo argentino reconheceu que não soube combater a gripe suína com um "critério único" e admitiu que a quantidade de mortos pela doença pode ser superior aos dados das informações oficiais, que até o momento informam de 94 vítimas fatais.
O Governo argentino reconheceu que não soube combater a gripe suína com um "critério único" e admitiu que a quantidade de mortos pela doença pode ser superior aos dados das informações oficiais, que até o momento informam de 94 vítimas fatais.
O ministro da Saúde argentino, Juan Manzur, disse, em entrevista publicada hoje pelo jornal "Clarín" que não se pode tomar "medidas unilaterais" para lutar contra uma pandemia, em tácita alusão a sua antecessora no cargo, Graciela Ocaña, que renunciou no final de junho.
"Não falarei de Ocaña, porque foi muito respeitosa comigo. Neste momento, temos que olhar para frente e impulsionar uma luta em todo o país. Por isso, na segunda-feira passada, nos reunimos com os ministros provinciais e definimos critérios para diagnosticar e tratar a doença", disse.
Manzur insistiu em que está "decidido" a não esconder números em relação à doença e considerou relativa a posição de que a Argentina está entre os países com maior quantidade de mortos pela gripe suína, atrás dos Estados Unidos e do México.
"O número pode chamar a atenção, mas é preciso colocar a informação no contexto. Em julho de 2006, por exemplo, 339 pessoas morreram por causa do vírus sazonal da gripe e esse dado passou despercebido. A gripe mata muita gente a cada inverno", disse.
Afirmou que 40% dos mortos, até o momento, eram pessoas saudáveis e garantiu que nenhum argentino com gripe suína ficará sem tratamento, porque "há antivirais suficientes".
Manzur afirmou que "é provável" que a quantidade de mortos seja superior às 94 mortes confirmadas oficialmente, depois que números extraoficiais indicaram que há mais de 100 vítimas fatais.
Devido à pandemia, a capital e a maioria das províncias decretaram emergência sanitária, além de restringir, e inclusive suspender, as atividades nas escolas, universidades, teatros e tribunais, entre outros.
Apesar do nome, a gripe suína não apresenta risco de infecção por ingestão de carne de porco e derivados.
http://noticias.uol.com.br/ultnot/efe/2009/07/12/ult1766u32242.jhtm
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