ENTRESSEIO

s.m. 1-vão, cavidade, depressão. 2-espaço ou intervalo entre duas elevações. HUMOR, CURIOSIDADES, UTILIDADES, INUTILIDADES, NOTÍCIAS SOBRE CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS CULTURAIS, AQUELA NOTÍCIA QUE INTERESSA A VOCÊ E NÃO ESTÁ NO JORNAL QUE VOCÊ COSTUMA LER, E NEM DÁ NA GLOBO. E PRINCIPALMENTE UM CHUTE NOS FUNDILHOS DE NOSSOS POLÍTICOS SAFADOS, SEMPRE QUE MERECEREM (E ESTÃO SEMPRE MERECENDO)

13 julho, 2009

CULTURA, PATRIMÔNIO CULTURAL E HISTÓRICO - 13-7-09

Cupins e carunchos põem patrimônio histórico em risco
Especialista diz que, se nada for feito, acervo pode se perder em 20 anos
As esculturas, igrejas e imagens do barroco mineiro, representado por obras de mestres como Manuel da Costa Ataíde e Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, correm o sério risco de, em poucas décadas, ficarem apenas na memória. Ávidos por madeira, cupins e carunchos tomaram conta de 100% das edificações históricas de Ouro Preto.
É o que diz um estudo do chefe do Departamento de Biologia Animal da Universidade de Viçosa (UFV), especialista em manejo de pragas florestais, o professor Norivaldo dos Anjos. Há quase 20 anos, ele estuda igrejas de todo o país e identificou o perigo na totalidade dos monumentos em Ouro Preto.
"Fizemos vários levantamentos em todas as edificações, e todas as amostragens dos monumentos, igrejas e obras apresentavam a existência de insetos xilófagos. Ou seja, cupins e carunchos", concluiu o especialista.
Com a conclusão dos estudos, o prognóstico sobre o futuro dessas riquezas históricas é assustador. De acordo com o professor, a ação desses insetos pode acabar com o acervo em menos de duas décadas. "Eu diria que se nada for feito dentro de dez ou 20 anos, toda a memória vai virar matéria orgânica. Começa a cair porque, infelizmente, o suporte de madeira, telhados e das imagens vai ficar totalmente fragilizado", explica o especialista, que trabalhou junto com alunos da Fundação de Arte de Ouro Preto.
Os problemas não acometem apenas a cidade, que, em 1980, foi considerada pela Unesco como Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade. O estudo da UFV também encontrou cupins e carunchos nos monumentos de Mariana, São João Del Rei, Tiradentes e Congonhas. "Nas principais cidades históricas a situação é completamente semelhante. E em outras partes do Brasil também, como no Pelourinho, em Salvador. É um problema nacional", afirmou dos Anjos. A resolução para acabar com as pragas é simples. No entanto, são necessários suporte tecnológico e decisões eficazes por parte das arquidioceses e do poder público. "Tem que ser feito um trabalho globalizado com a participação de todos. E alocar os recursos em lugares que realmente necessitam e são importantes. Não se pode tratar todos os monumentos de uma vez, pingando o dinheiro nas milhares de obras e monumentos que existem em Minas", criticou o especialista.
Inclinada. As infiltrações no solo e o vai-e-vem de veículos pesados que circulam a poucos metros da Igreja Nossa Senhora do Rosário, no distrito de Santa Rita Durão, em Mariana, podem ter contribuído para entortar o monumento histórico do século XVIII. Com um acervo rico em obras de Aleijadinho, púlpitos e pinturas decorativas, o local pede intervenções imediatas. No mês passado, um grupo formado por bombeiros, Ministério Público Estadual, arquidiocese de Mariana e os Institutos do Patrimônio Histórico e Artístico estadual (Iepha) e federal (Iphan) fizeram uma vistoria na igreja para analisar a necessidade de uma interdição e quais ações serão colocadas em prática.
A chefe do escritório técnico do Iphan em Mariana, Laura Rennó, afirma que foi comprovado um leve declive da edificação. No entanto, medidas devem ser tomadas para criar alternativas para os veículos do entorno da área tombada pelo patrimônio. "Chegamos a comentar a possibilidade de fazer uma alça para retirar os caminhões e ônibus dali. Não é que a igreja vá cair amanhã, mas lá é o caso mais preocupante no momento", afirmou.
ImunizaçãoEtapas. Depois da descupinização que mata, além dos insetos, as larvas e os ovos, é necessário imunizar a madeira. O processo trata quimicamente as peças para evitar novos ataques.
Flávia Martins y Miguel
O Tempo

Belo Horizonte-MG - Prédio da Assembleia Legislativa de Minas agora é Patrimônio Histórico
Poucos o conhecem como Palácio da Inconfidência, mas a importância histórica do prédio da Assembleia Legislativa de Minas, na Rua Rodrigues Caldas, 30, no Bairro Santo Agostinho, Região Centro-Sul de BH, foi reconhecida pelo município devido ao seu relevante valor cultural e referência para a memória da capital mineira. Projetado pelos arquitetos Richard Kohn e Paul Martiyn Liberman, que em 1963 venceram um concurso nacional, o imponente prédio, que faz jus à importância do Poder Legislativo, foi inaugurado em 1º de maio de 1972. Agora, a edificação faz parte do Livro do Tombo Histórico e será protegida, devendo passar por uma série de modificações para preservar e garantir suas características originais.
De acordo com a resolução do Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural de Belo Horizonte, publicada quinta-feira no Diário Oficial do Município (DOM), em hipótese alguma o imóvel poderá ser destruído ou mutilado, raspado, pintado ou restaurado sem autorização prévia. A construção de outros prédios no entorno que impeçam ou reduzam a visibilidade da Assembleia também fica proibida, assim como a colocação de anúncios ou cartazes. "O prédio deverá manter os elementos característicos da linguagem modernista, em especial o espelho d'água, os espaços vazios que correspondem a pés-direitos com vãos livres, os revestimentos típicos e o mobiliário inventariado como bem móvel", diz a resolução, assinada pela presidente do Conselho do Patrimônio Cultural, Thaís Velloso Cougo Pimentel. Os arquitetos Álvaro Hardy e Mariza Coelho têm autorização para fazer alterações para manter a simetria constante na planta do palácio, principalmente no Espaço Político-cultural Gustavo Capanema, alterado com a construção do Teatro da Assembleia e Mezanino. "A manutenção do espelho d'água deverá contemplar projeto de restauração compatível com os ambientes já existentes, em especial, a biblioteca.
O atual espelho d'água passará por modificações no seu desenho para sua reativação, tais como altura da lâmina d'água", diz a resolução. Além da restauração do espelho d'água, o projeto paisagístico assinado por Burle Marx será retomado. Os jardins voltarão ao nível dos passeios das ruas Dias Adorno e Martim de Carvalho. Um exemplar de pau-brasil, plantado no Largo da Bandeira e também inventariado, passa a ter a proteção da lei. A árvore, que simboliza o nacionalismo e que teve alguns galhos podados recentemente, deverá ser substituída imediatamente por outra da mesma espécie, caso seja cortada.
O projeto de Burle Marx, segundo a decisão, deverá ser executado, preferencialmente, em conjunto com a restauração da Praça Carlos Chagas, por agregar valor ao bem cultural protegido. Na fachada do prédio, paredes com revestimento em pedra (itacolomito, mármore bege bahia e preto veiado) e em lambri de madeira devem ficar sempre à mostra, sendo proibida a fixação de placas ou quadros. A capela da Assembleia passa despercebida para muitos que circulam pelo pavimento semienterrado do prédio. Agora, os seus vitrais, também inventariados como bem integrado protegido, poderão ser instalados em outro local com mais movimento. O revestimento e mobiliário da Sala Presidente Manoel Costa (Salão Vermelho) devem voltar a ser como antes, com retirada das intervenções que descaracterizaram o ambiente, como divisórias fixadas na parede revestida de mármore. Os móveis colocados no local e que não constam no inventário de objetos protegidos devem ser retirados.
O Salão Amarelo ficará livre para a circulação de pessoas. No Largo da Bandeira, a escultura em ferro fundido de Amilcar de Castro tem espaço garantido. O artista cortou e dobrou uma chapa de ferro e fez surgir um triângulo, que marca o início dos trabalhos da Constituinte mineira em 1988.
Jornal de Uberaba
Florianópolis-SC - Falta de conservação ameaça patrimônio histórico
Convênio liberará R$ 1,5 milhão para restauração de igreja no Sul da Ilha de Santa Catarina.

Moradores do Ribeirão da Ilha, no Sul da Ilha de Santa Catarina, reclamam da falta de conservação da Igreja de Nossa Senhora da Lapa, construída há 203 anos.Fechada há oito meses, a igreja, que é patrimônio histórico de Florianópolis, está com a pintura danificada, rachaduras, parte de seu teto caiu, e plantas crescem em frestas da parede. O governo estadual promete para sábado a assinatura de um convênio que liberará R$ 1,5 milhão para obras de restauração da igreja. A empresa responsável será a mesma que fez as obras na Catedral Metropolitana de Florianópolis. A expectativa é que a igreja seja reaberta em um ano.
Jornal de Santa Catarina

Sorocaba-SP - Antigo abrigo de bondes é patrimônio histórico
Notícia publicada na edição de 09/07/2009 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 1 do caderno B - o conteúdo da edição impressa na internet é atualizado diariamente após as 12h.

ADIVAL B. PINTO Ontem, o abrigo recebeu pintura em função das comemorações da Revolução Constitucionalista de 1932
O antigo abrigo de bondes situado na praça 9 de Julho, que se transformou em banheiro público atualmente desativado, é agora patrimônio histórico municipal. O decreto, datado de 3 de julho e que entrou em vigor ontem com a publicação no Jornal do Município de Sorocaba, estabelece que a preservação será em sua totalidade, previsto pelo Grau de Preservação 1 (GP1). Para quem trabalha ao redor da praça, a esperança é a de que a preservação traga maior segurança ao local, ainda muito frequentado por desocupados. Ontem, o local recebia pintura em função das comemorações da Revolução Constitucionalista de 1932.
Assinado no dia 3 de julho pelo prefeito Vitor Lippi (PSDB), o decreto foi baseado pelo conceito de que é dever do Poder Público preservar a identidade e a memória cultural da população, além do seu valor arquitetônico do estilo art-noveau.
De acordo com o GP1, a preservação é integral, compreendendo o interior e exterior do prédio, bem como a volumetria, fachadas, cobertura e respectivos elementos ornamentais ou utilitários. De acordo ainda com o segundo parágrafo do decreto de número 16.690, que a área em volta é compreendida pelos limites da praça.
Mais segurança
Sem ainda se saber o que acontecerá na prática após o tombamento, as pessoas que trabalham ao redor da praça esperam que haja maior segurança, sem a presença indesejada de desocupados.
Para o taxista Ginez Martins, que há doze anos trabalha naquele ponto, normalmente dorme gente dentro do antigo abrigo de bonde. Outro taxista, talvez o mais antigo daquele ponto, Dorival Zuim, declarou ser favorável à reabertura dos banheiros públicos, visando assim acabar com a sujeira no local.
Desde 69 trabalhando como taxista na praça 9 de Julho, Zuim lembrou que antes dois funcionários se dividiam em dois períodos, das 6h às 14h e das 14h às 22h, e os banheiros eram mantidos limpos e não havia toda essa sujeira. O comerciante Ricardo Crispim de Oliveira, que tem uma banca de revista próximo do ponto dos taxistas, falou que até banho na torneira em frente do seu comércio chegam a tomar.
Um pouco da história
O pesquisador da história ferroviária, e membro do Instituto Histórico Geográfico Genealógico de Sorocaba (IHGGS), Aparício Tarcitani recebeu a notícia do tombamento com grande satisfação, por entender que o abrigo é a única coisa que existe de recordação da época dos bondes.
Conhecedor da era dos bondes, Aparício Tarcitani recordou que o abrigo foi construído, na década de 40, especialmente para atender os estudantes das escolas estadual Júlio Prestes de Albuquerque (Estadão) e a municipal Getúlio Vargas. O abrigo foi construído em 1942.
A era dos bondes, iniciada em 30 de dezembro de 1915, chegou ao fim à meia-noite de 28 de fevereiro de 1959, quando o último bonde foi recolhido na garagem da Prefeitura, na rua Pedro Jacob, no Além Ponte.
Adriane Mendes
Jornal Cruzeiro do Sul

Unesco denuncia danos sofridos pela Babilônia durante a ocupação do Iraque
PARIS, França (AFP) — A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) denunciou nesta quinta-feira os graves danos sofridos pelo sítio arqueológico da Babilônia durante a invasão do Iraque por uma coalizão dirigida pelos Estados Unidos.
Os vestígios arqueológicos da cidade sofreram deteriorações graves durante "escavações, desmantelamentos e nivelações de terreno", diz um informe elaborado pelo Comitê Internacional de Coordenação da Unesco para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural do Iraque (CIC-Irak), divulgado nesta quinta-feira.
Durante a guerra de 2003, a cidade arqueológica foi saqueada. Houve roubos e destruições nas coleções dos museus dedicados a Hamurábi e a Nabucodonosor, assim como na Biblioteca e nos Arquivos da Babilônia.
O sítio arqueológico da Babilônia foi utilizado como base militar pelas forças armadas da coalizão no período 2003-2004.
É "como se tivesse sido estabelecido um acampamento militar nas proximidades da Grande Pirâmide do Egito ou do pré-histórico Stonehenge na Grã-Bretanha", segundo um informe do Museu Britânico de 2005.
Foram produzidos danos consideráveis em alguns elementos estruturais importantes, como a Porta de Ishtar e a Via Processional.
Situada a 90 km ao sul de Bagdá, a cidade da Babilônia foi a capital de dois famosos reis da Antiguidade: Hamurabi (1792-1750 a.C.) e Nabucodonosor (604-562 a.C.).
Hamurabi é o autor de um dos primeiros códigos jurídicos da humanidade, e Nabucodonossor foi o rei que mandou construir os Jardins Suspensos da Babilônia, uma das Sete Maravilhas do Mundo.
AFP

Estrada Real pode virar patrimônio cultural da humanidade

Renato Weil/EM/D.A Press
Ouro extraído das minas mineiras, desde o século 17, era levado por mais de 1,6 mil quilômetros de trilhas e estradas até o Rio de Janeiro e o porto de Paraty

A Estrada Real se une a Paraty (RJ) para concorrer ao título de patrimônio cultural da humanidade, concedido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) espera entregar ao órgão internacional, nos próximos dois anos, o dossiê da candidatura. No documento, deverá constar a justificativa do valor excepcional do bem e as estratégias de preservação. A decisão foi tomada depois da reunião do Comitê do Patrimônio Mundial, órgão que delibera sobre o reconhecimento dos bens, na Espanha, no mês passado. Na quarta-feira, o presidente do Iphan, Luiz Fernando de Almeida, representante do Brasil no comitê, esteve em Ouro Preto, na Região Central do estado, para a inauguração das intervenções de qualificação urbanística da Praça Tiradentes e de um terminal de ônibus no Centro da cidade. Almeida está confiante no reconhecimento da Estrada Real. “Os assessores da Unesco avaliaram que, na perspectiva de itinerário cultural, o município de Paraty deveria apresentar algo mais amplo. Por isso, a proposta para o município agora se divide em duas: uma da cidade de sítio misto, ou seja, um local que reúne arquitetura e sítio urbano e ambiental e outra da Estrada Real”, afirma Almeida. O país é um dos 21 signatários no comitê e tem uma lista de indicações há 12 anos. A relação está sendo revista e deverá ser apresentada em fevereiro do ano que vem. Como Paraty já integra a lista, a Estrada Real não precisará passar por uma pré-seleção para viabilizar a candidatura. A próxima reunião do comitê está marcada para julho do ano que vem, em Brasília. O superintendente do Iphan em Minas Gerais, Leonardo Barreto, comemora a novidade. “A ideia é que até o encontro estejamos com as informações prontas para integrar o dossiê. Esse título é uma aspiração de toda a sociedade mineira, que tem uma série de esforços consolidados e parcerias estabelecidas. Vamos concretizar um trabalho que está sendo feito em Minas, Rio e São Paulo. O próximo passo é estreitar as relações entre as superintendências dos três estados para que tenhamos unicidade nas atividades”, diz. O itinerário da Estrada Real, apresentado como a rota do ouro, tem 1.632 quilômetros e, desde o século 17, ligava Diamantina e Ouro Preto (MG) ao Rio de Janeiro e Paraty (RJ), para escoamento de ouro e diamantes em direção a Portugal. No caminho estão 198 municípios de três estados, sendo 168 em Minas Gerais, 22 em São Paulo e oito no Rio de Janeiro. Nesse roteiro, há 50 quilômetros de trechos calçados de pedras, remanescentes do período colonial, além de cidades e monumentos reconhecidos pela Unesco, como Ouro Preto, Diamantina e o Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas, e outros tombados pelo Iphan. A cidade histórica de Mariana, na Região Central de Minas, a 115 quilômetros de Belo Horizonte, também está na briga para se tornar patrimônio da humanidade. O município deverá integrar a lista indicativa, a partir de fevereiro.
Junia Oliveira - Estado de Minas


Deficientes visuais já podem estudar música com o auxílio de ferramenta tecnológica
No ano em que se comemora o bicentenário do francês Louis Braille, criador do sistema de leitura para cegos, os deficientes visuais ganharam um presente em uníssono com as suas necessidades. Foi lançado nesta quarta-feira, na Biblioteca Nacional de Brasília, o primeiro programa de computador em língua portuguesa capaz de transcrever partituras para a linguagem de cegos – o software Musibraille. A solenidade contou com as presenças do governador José Roberto Arruda; do secretário da Cultura, Silvestre Gorgulho; do ministro da Cultura, Sérgio Rezende, e dos criadores do projeto, os professores Dolores Tomé e Antônio Borges. “Com o programa será possível ensinar a parte teórica da mesma forma para todos. É importante que o professor capacitado ajude o aluno cego a ter acesso ao material. Com a partitura dentro das universidades, conservatórios e escolas de música, o cego não pode ser um mero aluno ouvinte. Agora, ele terá as ferramentas para ler as partituras”, comemorou Dolores Tomé, flautista e especialista em musicografia braile.
Para divulgar e implementar o programa, começou hoje e vai até sexta-feira (10), na própria Biblioteca Nacional, um curso de capacitação para profissionais de educação que lidam diretamente com músicos e estudantes cegos. No total, são 87 inscritos. O mesmo trabalho será realizado em outras cinco capitais: Recife, Belém, Rio de Janeiro e Porto Alegre. Durante os encontros são distribuídos o livro em tinta para os professores e o caderno de exercício em Linguagem Braile para aplicar ao aluno deficiente e vice-versa.
Contente com a iniciativa, o governador Arruda fez questão de abrir as portas da Biblioteca Nacional para a inclusão social. “Uma sociedade civilizada mede-se pelo grau de inclusão. Nossa biblioteca não possui apenas livros. Temos tecnologia moderna de inclusão também para deficientes visuais. Desejamos que essas partituras braile estejam disponíveis na Biblioteca Nacional de Brasília para que mais pessoas, por meio deste centro de cultura, possam enriquecer as suas atividades humanas com a beleza que é produto dessa atividade".
Matriculado no curso, o pianista Josenei Ferreira da Costa, 28 anos, tem um projeto. “Meu sonho é trabalhar na Escola de Música de Brasília para ajudar a difundir o programa entre os deficientes visuais. Isso não é impossível, diz o morador de Ceilândia Norte.
Agência Brasília


São Paulo-SP - Igreja barroca de 1810 é restaurada no Centro
Trabalho na Igreja de Nossa Senhora da Boa Morte começou em 2006. R$ 6,5 milhões foram gastos nas obra do prédio, que é tombado.

Fachada da Igreja de Nossa Sra da Boa Morte, na região central da capital paulista (Foto: Patrícia Araújo/G1)
Após cerca de três anos, foi concluída a restauração da Igreja de Nossa Senhora da Boa Morte, na região central de São Paulo. A construção, inaugurada em 1810 e tombada pelo órgão estadual de proteção ao patrimônio, o Condephaat, é uma das poucas remanescentes do barroco paulista e desde 2005 estava fechada, em estado avançado de deterioração. O prédio restaurado foi apresentado nesta quarta-feira (8).
Foram gastos R$ 6,5 milhões na restauração estrutural e estética do edifício, que foi todo configurado com base na imagem que os arquitetos acreditam que a igreja tinha no início do século XX. “Escolhemos essa data porque foi quando a igreja já estava com sua construção totalmente concluída e assumiu características definitivas“, contou Cássia Miccioli, arquiteta de apoio do restauro. A obra foi custeada com incentivo da Lei Rouanet, por meio do Ministério da Cultura e do governo do estado de São Paulo. De acordo com Cássia, o trabalho mais difícil foi a recuperação da estrutura de madeira, que é base de toda a igreja. Segundo ela, as grossas toras de madeira talhadas a machado estavam infestadas de cupins. Foi feito o saneamento da estrutura, a praga foi controlada e foi dado um reforço estrutural.
As paredes laterais da construção, feitas de taipa de pilão, sofreram um trabalho de prospecção (retirada com bisturi das camadas consecutivas de pintura) para se descobrir qual a cor que possuíam no início do século passado. Em alguns pontos da igreja, os arquitetos optaram por deixar visível esse processo de retirada das camadas, para que as pessoas possam ver as alterações históricas que a construção sofreu. A igreja será reinaugurada em cerimônia no sábado (11) e a primeira missa e reabertura para a comunidade devem ocorrer no domingo (12). A partir de agora, a administração da paróquia ficará por conta da comunidade Aliança da Misericórdia.
Patrícia Araújo
G 1

São Paulo-SP -
Concurso ABER de Encadernação Artística
A ABER (Associação Brasileira de Encadernação e Restauro), promoveu no fim do ano de 2008 o 5º concurso ABER de Encadernação Artística. Patrocinada pela Editora Cosac Naify, pelo Instituto Goethe e pelo Centro Cultural São Paulo. O concurso consistia em encadernar uma obra do escritor alemão Ernest Jünger, intitulada Nos penhascos de mármore, que foi lançada e cedida pela Editora Cosac Naify para o concurso.
Em junho deste ano foi aberta a exposição realizada no Centro Cultural São Paulo com todas as obras participantes, com cerca de 30 livros encadernados, dentre as categorias amador e profissional.
Foram premiadas ao todo três obras na categoria profissional, duas na amadora e uma menção honrosa concedidas pelo júri composto pelos encadernadores ingleses
Dominic Riley e Michael Burke.
Algumas fotos da Exposição:





Foi o primeiro concurso de encadernação que participamos e mesmo não tendo ganhado foi muito gratificante ver nosso livro exposto junto com tantos outros trabalhos de qualidade.
Uma foto melhor do nosso trabalho:


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