ATUALIDADES - 10-9-09

Sensus indica queda na avaliação de Lula
Pesquisa mostra que desempenho do governo recuou 4,4 pontos percentuais.
A avaliação positiva do governo Lula recuou de 69,8% em maio para 65,4% em setembro, de acordo com pesquisa CNT/Sensus divulgada ontem.

A avaliação negativa passou de 5,8% para 7,2%.

Segundo o diretor do Sensus, Ricardo Guedes, a queda na opinião favorável ao governo ocorre principalmente entre pessoas das regiões Sul e Sudeste.

Já a aprovação ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva baixou de 81,5% em maio para 76,8% em setembro, e a desaprovação subiu de 15,7% para 18,7%. A divisão dos entrevistados por faixa de renda mostra que, entre os mais ricos, que ganham mais de 20 salários mínimos, a aprovação caiu 10,9 pontos percentuais, enquanto oscilou negativamente apenas 2,7 pontos entre os mais pobres, que recebem um salário mínimo ou menos.

O diretor do instituto, além de destacar que as taxas de aprovação ao presidente permanecem altas, citou três possíveis explicações para o desgaste no período: a gripe A, a crise no Senado e o episódio que envolveu a ex-secretária da Receita Lina Vieira e a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Guedes ressalvou, porém, que a pesquisa não contemplou uma pergunta específica sobre o socorro prestado por Lula ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), na chamada crise dos atos secretos.

A pesquisa mostrou que Lula tem um potencial de transferência de votos de 20,8%, que é o total de entrevistados que dizem que só votariam no candidato indicado por ele. Em maio, esse indicador estava em 21,5%. O diretor do Sensus disse que apesar da ligeira queda, o percentual de transferência é “muito alto”, já que tradicionalmente esse índice é de 5%.

Na pesquisa espontânea para a eleição presidencial de 2010, em que os eleitores, sem a apresentação de uma lista, dizem em quem vão votar, Lula aparece disparado em primeiro lugar, com 21,2% das intenções, apesar não poder disputar mais a reeleição. O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), vem na sequência com 7,7%, seguido da ministra Dilma Rousseff, com 4,8%.

Se a eleição fosse hoje, Serra venceria Dilma

Na pesquisa estimulada, Serra venceria Dilma com 39,5% das intenções de voto, enquanto a petista obteria 19%. A CNT/Sensus não simulou cenário em que Serra, Dilma e o deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) disputam o primeiro turno da eleição. Quando Dilma é substituída pelo deputado federal Antonio Palocci (PT-SP), a vantagem de Serra é ainda maior: 42,2% para o tucano contra apenas 7% para o petista.

Ficha técnica
- O levantamento foi feito entre os dias 31 de agosto e 4 de setembro
- Foram ouvidas 2 mil pessoas
- Em 126 municípios de 24 Estados.
- A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.
Zero Hora