ENTRESSEIO

s.m. 1-vão, cavidade, depressão. 2-espaço ou intervalo entre duas elevações. HUMOR, CURIOSIDADES, UTILIDADES, INUTILIDADES, NOTÍCIAS SOBRE CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS CULTURAIS, AQUELA NOTÍCIA QUE INTERESSA A VOCÊ E NÃO ESTÁ NO JORNAL QUE VOCÊ COSTUMA LER, E NEM DÁ NA GLOBO. E PRINCIPALMENTE UM CHUTE NOS FUNDILHOS DE NOSSOS POLÍTICOS SAFADOS, SEMPRE QUE MERECEREM (E ESTÃO SEMPRE MERECENDO)

08 setembro, 2009

CULTURA, PATRIMÔNIO CULTURAL E HISTÓRICO - 8-9-09

Patrimônio em Minas está entre a preservação e a destruição
Casarões que testemunharam evolução da história de Minas registram tendências opostas: a mudança de postura que leva à recuperação e a depredação que sustenta o voraz mercado das madeiras de demolição
Beto Novaes/EM/D.A Press
Onde se constrói- Estudante observa placa com dados sobre restauração do Sobrado do Cartório, em Cocais: depois do abandono, obras começam a devolver brilho ao casarão
Há alguns meses, o cenário era de trágica desolação, bem perto da ruína. Portas fechadas, telhado desabando, madeiras quebradas e sujeira para todo lado. Agora, antes da temporada de chuvas, o clima é outro: trabalhadores carregam esteios, removem camadas de lixo e fazem obras emergenciais.
De frente para o Largo de Santana, no distrito de Cocais, em Barão de Cocais, a 93 quilômetros de Belo Horizonte, o Sobrado do Cartório, de propriedade da prefeitura local, dá sinais evidentes de que será salvo. Um alento em um estado que ainda guarda preciosas marcas da história, muitas remontando ao período colonial. O bom exemplo, porém, é apenas o lado polido de uma moeda que tem também sua face escura: o verdadeiro desmonte de casarões inteiros, consumidos pelo voraz e lucrativo comércio de madeira de demolição, que faz desaparecer fazendas inteiras, especialmente na Zona da Mata mineira.
Em Barão de Cocais, além de voltar aos poucos à paisagem colonial e, no futuro, à cena cultural, o Sobrado do Cartório, prédio do século 19, se torna um dos símbolos de uma nova mentalidade do poder público municipal e das comunidades mineiras em favor da preservação dos bens históricos. Prova dela são dados do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha/MG). Eles indicam que muitos proprietários de imóveis tombados ou de interesse de preservação estão respondendo bem às notificações expedidas. A mudança animadora já pode ser traduzida em números.
Em 2008, logo depois da criação do seu programa de fiscalização Invista, para inspeção e vistoria nos núcleos tombados, o Iepha, via Gerência de Ação Preventiva, notificou 16 donos de imóveis por irregularidades. Desses, dois não se manifestaram. Já este ano, dos 19 proprietários que receberam o documento, entre eles a Prefeitura de Barão de Cocais, só um não procurou o órgão de proteção para resolver as pendências.
Com o programa, os donos dos imóveis recebem orientações sobre a forma correta de regularizar a situação, deixando de lado os “puxadinhos” clandestinos, as interferências inadequadas na fachada e verticalização desastrosa, que, entre outras consequencias, esconde a beleza dos bens culturais de núcleos históricos. “Está havendo mais conscientização”, afirma o diretor de Conservação e Restauração do órgão, Renato César José de Souza.
As notificações não atendidas são encaminhadas ao Ministério Público estadual para elaboração do termo de ajustamento de conduta.Mas, se atitudes como as detectadas pelo Iepha parecem indicar uma mudança de postura, ela pode não ser abrangente e rápida o bastante para salvar preciosas relíquias do patrimônio mineiro de garras gananciosas. Uma das maiores ameaças é o comércio de madeira de demolição, responsável pelo desaparecimento de fazendas centenárias no interior.
Sedes históricas que atravessaram os ciclos econômicos do ouro, da cana-de-açúcar e da agropecuária são lançadas ao chão, da noite para o dia, sem qualquer licença ou estudo. O Estado de Minas também constatou que vários imóveis rurais erguidos nos séculos 18 e 19 foram simplesmente transferidos para outros estados.
A prática, que dilapida a identidade rural mineira, é antiga e há registros que comprovam a demolição de fazendas desde a década de 1960.“São bens que, na maioria, ajudam a fortalecer a memória das cidades. Com o seu desaparecimento, um pedaço da história é arrancado”, lamenta o titular da Coordenadoria das Promotorias de Justiça de Defesa do Patrimônio Histórico, Cultural e Turístico de Minas (Cppc), promotor Marcos Paulo de Souza Miranda. Entre sobrados urbanos, sedes rurais e engenhos, o Ministério Público estadual investiga mais de 100 denúncias de demolições irregulares no estado. “No geral, é o cidadãos comum que denuncia, numa demonstração de cidadania.”
O ávido mercado de madeira de demolição cresce a cada dia. Empresas especializadas na compra de portas, janelas, forros, assoalhos e barrotes estão dispostas a pagar bem pela matéria-prima cobiçada por sofisticados projetos arquitetônicos. “São peças fabricadas com madeiras nobres e raras, tais como o cedro, o pinho-de-riga e a aroeira-do-sertão, que alcançam valor de mercado bastante alto e dão status a seus proprietários”, explica o promotor.
Ricardo Beghini - Estado de Minas
Gustavo Werneck - Estado de Minas

Bauru-SP - Por que os museus vivem vazios?
Os quatro museus de Bauru não cobram entrada, mas só lotam quando há excursão; na Europa eles são atrações turísticas.
Quando os brasileiros viajam para a Europa, costumam ficar extasiados com os tesouros da humanidade que se encontram guardados nos museus do “Velho Continente”. Em cidades como Madri, Paris, Londres, Varsóvia, Amsterdã, Viena e Berlim, os museus estão entre as principais atrações turísticas. Acusados de não cultivar a própria memória, brasileiros são capazes de pagar até seis euros (aproximadamente R$ 15,70) para apreciar as telas de Diego Veslásquez, no Museu do Prado, em Madri. Conhecer pessoalmente a “Mona Lisa”, de Leonardo Da Vinci, no Louvre , em Paris, é um passeio que chega a custar até 14 euros (cerca de R$ 36,70) - sem contar as filas intermináveis. Em Bauru, os museus têm entradas gratuitas, mas dificilmente ficam lotados, a não ser quando recebem alguma excursão. Atualmente, a cidade conta com quatro espaços dedicados à preservação da memória local, sendo que três são mantidos pela prefeitura - o Museu Ferroviário, o Museu Histórico Municipal e o Centro de Memória Regional - e um pela Universidade do Sagrado Coração (USC) - o Núcleo de Pesquisa Histórica (Nuphis). Um quinto local, o Museu da Imagem e do Som (MIS), ainda se encontra em fase de montagem.
Situado na quadra 13 da rua Antônio Alves, o Museu Histórico Municipal costuma registrar, em média, 110 visitantes mensais. O Ferroviário, localizado na quadra 1 da rua 1.º de Agosto, recebe entre 800 e 1.200 pessoas, todos os meses.
O perfil das pessoas que visitam os locais é variado: consiste em pesquisadores, estudantes, idosos interessados em reviver os tempos de juventude e até mesmo pessoas que passam pela calçada e resolvem dar uma espiada no passado. Via de regra, porém, o publico espontâneo costuma ser bastante reduzido nos museus da cidade. “O brasileiro não tem o hábito de buscar a história nos museus”, avalia o diretor do Departamento de Proteção ao Patrimônio Cultural da Secretaria Municipal de Cultura, Jair Aceituno. Na opinião do professor de história Alex Gimenez Sanches, falta à população uma “cultura de museu”. “Muita gente ainda enxerga esses locais como uma espécie de sala de velharias ou mesmo um espaço de curiosidades”, pondera ele, que é diretor da Divisão de Pesquisa e Documentação da Secretaria Municipal de Cultura.
“Existe uma visão muito difundida, inclusive pelos meios de comunicação, de que o brasileiro não tem memória. Oras, poderíamos questionar: isso ocorre de fato ou é uma idéia que nos vem sendo imposta, de uns 40 anos para cá?”, provoca o agente cultural Ricardo Volpi Ortega, que trabalha no Museu Ferroviário.
Na visão dele, a tradição autoritária do País - que enfrentou duas ditaduras ao longo do século passado - contribui ainda mais para afastar o povo de sua memória. A historiadora e coordenadora do Nuphis, Terezinha Zanlochi, lembra que essa forma de lidar com o passado se reflete na própria forma como a história vinha sendo ensinada nas escolas. “Por muito tempo, a aula de história era uma coisa chata, que consistia basicamente em se decorar datas e locais. Era algo separado do presente. Dessa forma, as pessoas não tinham como desenvolver o amor por aquilo que é antigo”, afirma.
De acordo com a pesquisadora, a forma como as pessoas encaram a história muda completamente na medida em que elas conseguem estabelecer uma relação entre os acontecimentos de ontem e de hoje. “O passado existe em interação com o presente. Por exemplo: para explicar a questão dos sem-terra, é preciso retornar às origens do patrimonialismo português, responsável pela enorme concentração fundiária em nosso País; para entender o problema do índio em nossos dias, temos, necessariamente, de analisar período colonial”, diz Zanlochi.
Templo das musas
Vistos por muitos como meras casas de antiguidades, os museus funcionaram por bastante tempo como importantes espaços de produção e difusão de conhecimento (papel hoje desempenhado pelas universidades e centros de pesquisas). As primeiras referências à palavra museu remontam à época do filósofo grego Pitágoras (570 a.C.-460 a.C.), responsável pela fundação de uma espécie de “confraria” de sábios dedicada às musas, deusas das artes e da ciência.
No período do imperador macedônio Alexandre Magno, Aristóteles fundou na Grécia o Liceu, espaço que já trazia em sua essência a idéia da cooperação entre os sábios na investigação científica do mundo. Após a morte de Aristóteles, Teofrasto organizou no interior do Liceu uma estrutura denominada “Museiom”, com salas de aulas, alojamentos para professores e uma vasta biblioteca.
Durante o reinado de Ptolomeu I no Egito, o filósofo Demétrio retomaria a idéia de Teofrasto, ao fundar o Museu de Alexandria. Segundo estudiosos, o local era constituído por dez laboratórios de investigação (cada um dedicado a um assunto diferente), jardins botânicos, um jardim zoológico, salas de dissecação e um observatório astronômico. A instituição era comandada por um grande sacerdote das musas.
Rodrigo Ferrari
Jornal da Cidade de Bauru

Longe do Natal, os papais noéis já têm compromisso
Qual a criança que não conta os dias para a chegada do bom velhinho? São momentos de ansiedade e alegria que mexem com a fantasia dos pequenos. E para a alegria deles, muitos papais noéis de Bauru já se preparam para uma das maiores festas do ano, o Natal. Alguns deles já têm a agenda cheia.
Personagem mais aguardado pela criançada na noite de 24 de dezembro, véspera da data, o Papai Noel precisa ter paciência, preparo físico e, acima de tudo, amor incondicional pelos pequenos. O assistente administrativo Ricardo da Trindade Oliveira, 42 anos, conta que entrou no ramo em 2006 por acaso. Nos últimos três anos, ele foi a atração da Casinha do Papai Noel do JC. “Na época eu levava minha filha, que tinha 3 anos, para ver o Papai Noel e eu achava muito chato”, lembra. “Foi aí que surgiu uma oportunidade. Me convidaram e eu aceitei o desafio. Fiz o meu próprio Papai Noel, que é brincalhão, pula, pega a criançada no colo, dança. Tento fazer o momento em que estão comigo diferente e especial”, acrescenta Ricardo. Para conciliar os diversos compromissos do final do ano com o trabalho, Ricardo conta com a ajuda de seu chefe, que o libera nos horários das festas. “Desde o final do ano passado já tenho festas fechadas para este ano. Em 2008, fiz 12 festas no dia 24 e trabalhei das 9h às 3h do dia 25. Espero que este ano seja igual”, revela.
Família ajudante
Para não ficar longe da família, Ricardo leva a filha de 7 anos e a esposa como ajudantes do bom velhinho. “Começou como uma renda extra, mas hoje, ser Papai Noel é uma paixão. Eu brigo com o chefe se ele não colaborar”, afirma. “O Papai Noel é eterno e precisa de muita paciência. Quando me visto com as roupas dele, me transformo, procuro dar atenção para todas as crianças, independentemente do horário. Pessoas da terceira idade também procuram muito o Papai Noel e se emocionam”, complementa. Segundo Ricardo, entre os pedidos mais inusitados que ouviu nestes três anos está o de uma criança que queria uma girafa. “Há também um que pediu um carro de corrida de verdade e um pônei”, relembra. “A parte ruim são os pedidos tristes.
Com o alto número de casais separados, muitas crianças me pedem um Natal junto com o pai, a mãe e o Papai Noel. Como pai de família, esse tipo de pedido me deixa muito triste”, complementa Ricardo. Na maratona do final de ano, Ricardo conta que chega a perder de 900 gramas a 1 quilo por dia. Todo o figurino do Papai Noel pesa cerca de 2,5 quilos. “No primeiro ano usei a roupa que me deram, mas como tomei gosto pela profissão, mandei fazer a minha própria roupa, com minhas medidas. A maquiagem também é especial”, finaliza.
Paulo, 17 anos como Noel: ‘É uma paixão’No ano em que completa 50 anos, o porteiro Paulo Roberto Miguel Melleiro pensou em deixar a profissão de Papai Noel. Mas o amor às crianças o impediu. Há 17 anos como “bom velhinho”, ele tem muita história para contar e se emociona ao relembrar de algumas delas. Paulo, que já foi Papai Noel da Casinha do JC, revela que tem contratos fechados para o Natal deste ano desde o fim de 2008. “Criança é a melhor coisa do mundo, e comecei a ser Papai Noel em uma brincadeira.
Estava em uma festa de fim de ano quando o Noel contratado não apareceu. Como era o único gordinho, pediram para que eu me vestisse”, relembra. “Tive um pouco de receio de decepcionar a criançada, mas queria muito. Aceitei o desafio, me vesti e durante a brincadeira eu parecia mais uma criança do que o Papai Noel”, acrescenta. Em 17 anos como Noel, Paulo conta, emocionado, que até hoje o pedido de uma menina de 8 anos, na Casinha do Papai Noel do JC, foi o que mais o comoveu. “Eu perguntei se ela tinha escrito uma cartinha para o Papai Noel e ela disse que a única coisa que queria era que os pais parassem de brigar e que eles tivessem ao menos arroz em casa para comer”, conta Paulo, que não conteve as lágrimas. “Isso me comoveu muito, é de cortar o coração ver uma criança de 8 anos pedindo comida. Claro que tiveram outros pedidos parecidos, mas este certamente ficou marcado. Eu, se tiver duas coisas para comer e quatro pessoas com fome, vou repartir com as quatro. Não me importo de comer um pedacinho se eu puder repartir com o outro”, complementa. Para os novatos, Paulo dá algumas dicas. “É preciso paciência e dar atenção para todas as crianças. Existem horas que você está com quatro, cinco crianças e todas falando ao mesmo tempo. Você tem que ouvir todas”, afirma.
No final do ano, para conciliar a profissão de porteiro com a de Noel, Paulo conta com a ajuda dos companheiros. “Me envolvi de tal modo que não consigo mais parar. Ser Papai Noel é uma paixão”, finaliza.
Profissão requisitada
Uma pesquisa divulgada pela Associação Brasileira das Empresas de Serviços Terceirizáveis e de Trabalho Temporário (Asserttem) mostra que entre os profissionais mais solicitados para o final do ano está o Papai Noel. Neste ano, a expectativa é de que 123 mil postos de trabalho temporários para o Natal sejam abertos no Brasil, alta de 7% se comparado com o mesmo período do ano passado. Apenas o Estado de São Paulo deve abrir 39.791 novas vagas.
Segundo o levantamento, os outros profissionais mais solicitados serão fiscais de loja, empacotadores, atendentes, estoquistas, operadores de telemarketing, auxiliar de crédito e analista de crédito.
As chances de emprego temporário estarão concentradas no setor de confecção, que sempre lidera as vendas no final do ano. Além disso, haverá oportunidades no setor de eletrodomésticos e no automobilístico devido à redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).
Juliana Franco
Jornal da Cidade de Bauru

Rio de Janeiro - Cassino da Urca vira Patrimônio Histórico e Cultural
Rio - O Cassino da Urca virou Patrimônio Histórico e Cultural. O prédio foi tombado pela Câmara Municipal do Rio. Os vereadores derrubaram por unanimidade o veto do prefeito Eduardo Paes. O cassino, que começou a funcionar na década de 30, foi palco de shows, jogos de azar e, mais tarde, estúdios de televisão. O projeto do vereador Eliomar Coelho (PSOL) exige que o imóvel seja usado apenas para atividades ligadas à história da Urca. Por isso, o Instituto Europeu de Design não vai poder continuar no local.
O Dia

Portugal - Telas de igreja em reparação
O Município de Óbidos deu início à intervenção de conservação de duas telas do arco da portaria da igreja de Santa Maria que se encontravam em mau estado de conservação. Destacamento do suporte, oxidação dos elementos metálicos, escurecimento das pinturas, rasgões e desidratação das telas, são alguns dos motivos que levaram o Município e a Paróquia de Óbidos a avançar com uma intervenção efectuada por uma empresa qualificada de conservação.
Esta intervenção está inserida no Programa de Conservação do Património Cultural de Óbidos, que o Município está a constituir e que permitirá, em conjugação com as entidades da tutela, responder de forma mais ágil às necessidades de conservação do Património Cultural de Óbidos.
A análise deste programa está baseada em alguns dos trabalhos da Rede de Investigação, Inovação e Conhecimento de Óbidos e nos levantamentos dos técnicos do Município e faz parte da estratégia Óbidos Criativa.
Jornal das Caldas

Rio de Janeiro - E o funk vira patrimônio cultural!
O deputado Chico Alencar se não me engano é esse o nome do desocupado que teve a idéia brilhante e resolveu criar um projeto de Lei que define o Funk como Patrimônio Cultural do Brasil

É hoje estava eu conversando com dois amigos no MSN e surgiu o assunto sobre o projeto de lei visa transformar o funk em "manifestação cultural"
E já adianto só saiu merda nessa conversa, tais como o comentário do Biel sobre funk ser ensinado no colégio:
PROJETO DE LEI No 4124, DE 2008(Do Sr. Chico Alencar) Define o funk como forma de Manifestação cultural e dá outras providências. O Congresso Nacional decreta:

Art. 1º Fica definido que o funk constitui forma demanifestação cultural popular, e enquanto tal, digna do cuidado e proteção porparte do Poder Público, na forma da Lei. Art. 2º Os artistas do funk são agentes da cultura popular, e como tais, terão seus direitos respeitados e assegurados conforme a legislação em vigor.
Agora vem a melhor parte a justificação:
JUSTIFICAÇÃO
Considerado como uma fusão do Soul, Jazz e Rithm & Blues(R&B), os músicos norte americanos inicialmente chamaram de Funk uma música com um ritmo lento, solto, dançante e caracterizada por frases musicais repetidas.
Funky, termo originalmente de conotação sexual, era o adjetivo da língua inglesa usado para descrever estas qualidades musicais. Com as inovações introduzidas por James Brown e outros, nos anos 60 é que o funk passou a ser consideradoum gênero musical específico.
Os estudiosos mostram que o funk seguiu sua trajetória como uma versão radical do soul, utilizando arranjos mais agressivos ecom um ritmo mais pesado. Parei no James Brown, é até pecado comparar o funk que domina o Rio de Janeiro com o trabalho de James Brown, eu sei que isso que toca nos baile funk, não é o verdadeiro funk, mas quando se trata do funk brasileiro é sim o que temos como exemplo.
E como se tudo isso não bastasse ao abrir o G1 como de costume me deparo com isso:
"Deputados e funkeiros dançam funk após revogação de lei que proibia bailes"
Eu não sei qual o futuro do nosso país, só sei que depois de ler isso aqui:
Projeto que torna funk movimento cultural vai à votação nesta terça
Objetivo é incluir gênero musical nas escolas e comunidades, diz deputado.Votação da Alerj pode derrubar também lei que proíbe festas nas favelas.
Andy Lima
http://gasesintestinais.blogspot.com/2009/09/e-o-funk-vira-patrimonio-cultural.html


Sergipe recupera cidades históricas
Quarta cidade mais antiga do País, São Cristóvão é candidata a patrimônio da humanidade


Cidades históricas, Laranjeiras e São Cristóvão se tornaram um dos eixos prioritários do governo de Sergipe, que pretende ampliar o fluxo de turistas. Projetos de recuperação histórica, financiados pelo programa Monumenta, pretendem dar nova feição aos sítios sergipanos. Entre as metas, está a de integrar a conservação a atividades educacionais e culturais.
Para assinalar a prioridade, o governador Marcelo Déda (PT) criou a subsecretaria do Estado para o Patrimônio Histórico e Cultural, atualmente dirigida pelo professor e antropólogo Luiz Alberto dos Santos. As intervenções são acompanhadas pela secretarias de Cultura e de Turismo, com a articulação da Casa Civil. O Palácio Olímpio Campos, em Aracaju, também é alvo de minucioso restauro.
Em entrevista a Terra Magazine, o secretário da Casa Civil, Oliveira Júnior, fala dos projetos para o patrimônio e comenta a candidatura de São Cristóvão, a quarta cidade mais antiga do Brasil (fundada em 1590), a patrimônio da humanidade.
- O governo está fazendo campanhas de marketing, está mobilizando os estudantes, implantando nas escolas aquilo que a gente chama de educação patrimonial. Para fazer com que a cidade tenha amor a seu patrimônio. Essa é a primeira grande meta. O segundo é a chegada do turista, porque promove uma recuperação econômica que faz com que o cidadão dê valor ao patrimônio - diz o secretário do governo Déda.
Confira a entrevista:
Terra Magazine - As reformas são direcionadas para cidades históricas e sítios na capital?

Oliveira Júnior. - O governo foi feliz, principalmente a partir de uma experiência na cidade de Laranjeiras, em fazer investimento em patrimônio e vincular a recuperação dos prédios a um programa que dê vida aos sítios. Por conta disso, surgiu em Laranjeiras o campus da cultura, que é uma extensão do campus da Universidade Federal de Sergipe. Passou a sediar quatro cursos superiores na área de cultura - arqueologia, dança, teatro e arquitetura - e esses imóveis se integraram à vida da cidade, promovendo uma recuperação urbana, com sentido estruturante para a ação cultural. Não se limita à mera recuperação do prédio em si, mas produz um novo espaço.
De onde veio o financiamento?

Tanto a cidade de Laranjeiras como a de São Cristóvão são financiadas pelo programa Monumenta, do Iphan. Nesse programa, o governo tem uma forte participação de recursos e, a partir daí, a gente tem buscado esse trabalho de articular políticas de recuperação do patrimônio com outras ações culturais.
Nos últimos anos, o Estado brasileiro tem demonstrado desinteresse pela preservação de áreas históricas.

Como se deu o desenvolvimento desse projeto do governo estadual?
Aí nós temos duas circunstâncias felizes. A primeira é a ligação muito forte do governador com a área de cultura. Ele é uma pessoa com uma certa vocação intelectual, pessoalmente tem preocupação com o tema. O caso de Laranjeiras tem um fato mais curioso, que é a própria intervenção do ministro Gilberto Gil à época. Ele conhecia o sítio e fez muita questão de recomendar ao Iphan que procurasse políticas de articulação e de recuperação cultural, com o aproveitamento do espaço. No caso de Laranjeiras, é uma cidade bastante antiga, que o teve o período áureo com a exploração da cana-de-açúcar, mas que estava numa decadência muito grande por conta da mudança de pólo econômico. De repente, você tinha lá bonitos imóveis, bonitos casarões, e não tinha mais a população com a riqueza antiga. A cidade estava se esvaziando mesmo. Quer dizer, com a chegada da universidade, a gente mudou o pólo econômico da cidade. Com isso, você tem a chegada do núcleo de serviços, que muda a característica econômica da cidade.
E no caso de São Cristóvão?

A quarta cidade mais antiga do Brasil. São Cristóvão é candidata a patrimônio da humanidade. Teve sucesso um projeto de muitos anos, que foi submetido à Unesco, e o governo optou por fazer alguns investimentos estruturantes, desde aspectos de infra-estrutura de esgotamento sanitário a aspectos de embelezamento da cidade e de conservação do meio ambiente e do próprio sítio histórico. A visitação turística sofreu um pouco, porque, para serem restaurados, os prédios precisaram ficar fechados. Mas agora estamos na fase de inaugurar o Museu de Sergipe, um prédio histórico que vai ser entregue à população. A gente espera que a cidade encontre um momento de maior aproveitamento pelo turismo, reapresentando esse patrimônio numa forma mais conservada. São sete igrejas importantes. Sete sítios estão sendo restaurados e a abertura disso pra visitação pública vai permitir um novo momento.
No Brasil, as linhas de financiamento para essas ações de recuperação histórica são suficientes? É um processo difícil?É verdade, é muito dificultoso. O que nós tivemos de novidade aí no cenário nacional, no caso, é esse volume de investimentos - a origem dele é do Bid (Banco Interamericano de Desenvolvimento), o Iphan é o órgão brasileiro que organiza o programa. Um dos exemplos é a viabilização do financiamento para os imóveis privados. Até mesmo o proprietário de imóvel privado pode se candidatar. Agora, como tudo no Brasil, infelizmente você tem razão quando diz assim: é um tema difícil. Muitas vezes o próprio proprietário do imóvel histórico não quer a preservação, porque isso restringe o uso do imóvel e reduz o valor de mercado dele. O que tem que fazer é articular a política com a organização de eventos ligados à atividade produtiva, pra que você recupere junto o patrimônio e a vida urbana, pra que as pessoas não se sintam desvalorizadas por estarem num imóvel histórico. Que compreendam aquele valor.
Está prevista a próxima etapa?

O governo se prepara para, nesse momento de verão, que é o pico do movimento turístico de Sergipe, ter esses imóveis abertos pra visitação pública. Com o envolvimento da própria cidade. O governo está fazendo campanhas de marketing, está mobilizando os estudantes, implantando nas escolas aquilo que a gente chama de educação patrimonial. Para fazer com que a cidade tenha amor a seu patrimônio. Essa é a primeira grande meta. O segundo é a chegada do turista, porque promove uma recuperação econômica que faz com que o cidadão dê valor ao patrimônio e note que aquilo ali faz sentido para pessoas que querem conhecer. Isso gera renda. E o terceiro é a interligação disso com as políticas públicas. A política de cultura serve de eixo para integrar os programas de governo. Você tem uma sinergia de ações e aí dá pra juntar programas culturais com os da educação, de aproveitamento desses espaços para fins culturais, apresentações musicais, teatrais, mobilização da comunidade... Tudo isso faz parte de nosso projeto de candidatura de São Cristóvão. É a reaproximação da cidade com sua origem. A gente está chamando São Cristóvão de "berço eterno", porque foi a primeira capital do Estado, mas que hoje precisa ser fator de uma recuperação da auto-estima.
Como está, em Sergipe, a integração da cidade moderna com esses sítios históricos? Não costuma ser uma relação pacífica.Não, não é uma coisa pacífica, é muito conflituosa. Nesse caso, tanto São Cristóvão como Laranjeiras são cidades muito próximas ao núcleo urbano de Aracaju. Mas, em todas as duas, os sítios históricos ficam numa parte central que está relativamente descontaminada desses aspectos da expansão urbana. Em São Cristóvão, por exemplo, você tem muitos conjuntos populosos, onde a população tem faixa de renda relativamente baixa, mas que não estão no núcleo histórico. Então, a atividade a que o Estado está se propondo é justamente tentar ver alguns serviços de infra-estrutura e até mesmo do plano diretor da cidade, pra que esses sítios sejam preservados. O fato de a expansão urbana ter ocorrido na periferia permite que a região mais tradicional tenha ficado alheia a esse movimento de ocupação populacional.


Afrescos do Palácio Olimpio Campos, em Aracaju, foram recuperados (Foto: Márcio Dantas)

Como o Palácio Olímpio Campos, em Aracaju, se integrou a esse projeto mais amplo?
O Palácio Olímpio Campos é um monumento da República em Sergipe. Porque o principal período histórico do palácio coincide com o momento da República. Nós já fizemos com recursos do governo do Estado o trabalho de reformar, pra se tornar um paradigma de recuperação arquitetônica. Os afrescos e o mobiliário, que dão maior valor ao palácio, foi todo ele restaurado, por pessoas especializadas. Nós pretendemos, no final do ano e início do próximo, no máximo, entregar ao público com visitação. O palácio vai seguir um conceito que está sendo muito usado de "palácio-museu". Ou seja, ele vai ter simultaneamente o funcionamento pra atos solenes do governo, vai ter recursos da Casa Civil - ele continua tendo sua sobrevivência assegurada, isso viabiliza a conservação adequada -, mas simultaneamente vai estar aberto ao público.
Ele ainda é utilizado?

Ficou fechado por vários anos. Tem mais de dez anos que não é ocupado permanentemente e as reformas feitas nos últimos 30 anos foram apenas de conservação do ponto de vista da engenharia civil. Na verdade, uma repintura ocular, uma mera conservação física, sem nenhuma preocupação com o valor histórico do prédio em si. A novidade é que esse palácio foi redescoberto, debaixo de dezenas de camadas de pintura a gente conseguiu recuperar a forma como ele era pintado possivelmente na primeira, segunda década do século XX. Toda essa pintura foi feita preservando cores, o ambiente. A parte estrutural do palácio estava relativamente bem conservada. Conjuntamente, houve a restauração das peças do mobiliário, cerca de 400 peças. Todo esse material está sendo utilizado no sentido de contar a história da República em Sergipe.
Qual é a avaliação que já se faz da recuperação do centro histórico de Aracaju?

A recuperação do Palácio é um elemento do centro histórico. Existem outras intervenções que o governo está fazendo, em fase de licitação, como a recuperação do Ateneuzinho, que é como a gente chama um antigo colégio. São duas intervenções, há outras em fase de projeto que vão ser objetos do governo no futuro.
Claudio Leal
Terra Magazine


Achado fragmento inédito do Codex

Codex, a Bíblia mais antiga do mundo (Foto: Reuters)
Um fragmento do Codex Sinaiticus, considerado a Bíblia mais antiga do mundo, foi encontrado por acaso na biblioteca de um monastério egípcio. O achado foi feito por Nikolas Sarris, um estudante grego de 30 anos que está fazendo um doutorado em conservação na Grã-Bretanha e que participou do projeto de digitalização do Manuscrito Aleph, como também é conhecido o Codex.
Sarris inspecionava fotografias de uma série de encadernações compiladas no século XVIII por dois monges do monastério de Saint Catherine, no Monte Sinai, quando se deparou com partes do Livro datadas de aproximadamente 350 d.C. "Foi um momento muito emocionante", lembra o acadêmico, segundo o jornal Independent. "Embora não seja minha área de especialidade, eu ajudei no
projeto online, de forma que o Codex ficou fortemente impresso na minha memória".
O estudante conta que começou a analisar as letras e colunas e rapidamente percebeu que se tratava de um fragmento do Aleph. Ele então mandou um e-mail para o padre Justin, bibliotecário do monastério, e sugeriu que desse uma olhada mais atenta na encadernação, o que confirmou as suspeitas. Acredita-se que o trecho encontrado, com apenas um quarto visível, pertence a Josué, Capítulo 1, Versículo 10.
Ao longo dos séculos, os monges do monastério de Saint Catherine reutilizaram com frequência pergaminhos antigos, sobretudo devido a dificuldade de obter novos na região. Isso faz com que a descoberta de Sarris seja ainda mais significativa, pois, segundo ele, há ainda 18 outras encadernações compiladas pelos mesmos dois monges que reaproveitaram partes do Codex. "Não sabemos se iremos encontrar mais do Codex nesses livros, mas, definitivamente, valerá a pena procurar".
Veja

SOBRAL-CE - CIDADE HISTÓRICA ESTÁ ENTRE AS CINCO QUE RECEBERÃO RECURSOS DO PAC
Sobral, Viçosa do Ceará, Aracati, Icó e Fortaleza receberão verbas do PAC por serem consideradas cidades históricas. A informação foi passada pelo presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Luis Fernando de Almeida.
O correspondente Walter Lessa tem outras informações. Clique no ícone a seguir para ouvir a participação de Walter na edição de hoje(03) do Jornal Alerta Geral.
Marjorie Castro
Ceará Agora

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