CULTURA, PATRIMÔNIO CULTURAL E HISTÓRICO - 28-9-09

Curitiba-PR - Prefeitura conclui restauro do painel em mosaico
Um dos critérios adotados na execução foi trabalhar de forma a aproximar obra ao máximo da sua concepção original

(foto: Luiz Cequinel/FCC)

As obras de restauração do painel em mosaicos de vidro, localizado na entrada do Cemitério Municipal São Francisco de Paula, foram concluídas. De autoria do artista plástico Franco Giglio (1937-1982), o mural foi recuperado por uma empresa especializada, com recursos do Programa de Recuperação do Patrimônio Histórico do Fundo Municipal da Cultura.

Sob a supervisão da Fundação Cultural de Curitiba, as obras de restauração demoraram um ano. Inicialmente, o painel teve que ser retirado do pórtico do cemitério. Para evitar novos problemas e reconstituir a obra, todas as peças, ou seja, cada pastilha teve que passar por um processo rigoroso de limpeza e recuperação.

O trabalho de restauro propriamente dito teve início em julho de 2008, mas o processo para a recuperação do mural, considerado bem cultural de interesse de preservação, começou em 2005. Com o apoio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, a Fundação Cultural contratou uma empresa com experiência em restauração de obras de arte, para avaliar a situação do mosaico e elaborar uma proposta técnica de intervenção.

Em 2006, foram feitos o levantamento fotogramétrico e a correção planialtimétrica do mural e, em 2007, outra empresa foi contratada para detalhar os serviços necessários. Esses trabalhos serviram de base para a elaboração do edital de licitação e subsidiaram a restauração.

"O painel está salvo. Depois de passar por alto risco de degradação, a obra foi inteiramente recuperada", comemora a historiadora Christine Vianna Baptista, da Fundação Cultural de Curitiba, responsável pelo acompanhamento dos trabalhos. De acordo com Christine Baptista, essa era uma ação emergencial de salvaguarda do patrimônio cultural da cidade. Um dos critérios adotados na execução foi trabalhar de forma a aproximar a obra ao máximo da sua concepção original.

No canteiro de obras, montado junto ao pórtico do cemitério, as pastilhas eram retiradas da sua base anterior e lavadas em ácido, mas isso não era suficiente para a reutilização do material. "A limpeza completa era feita uma a uma, com a ajuda de bisturis e aparelhos odontológicos", conta a mosaicista e restauradora Ângela Damiani.

Coordenando uma equipe de cinco pessoas para ajudá-la nesse processo, Ângela conseguiu recuperar 100% das peças que ainda resistiam no portal. Muitas, como não estavam fixadas adequadamente, já haviam se perdido. Por isso, em relação ao painel original, de 30 a 40% das pastilhas são novas. Essas peças foram adquiridas do mesmo fornecedor da época de Franco Giglio. Depois de uma pesquisa em lotes antigos, foi possível resgatar pastilhas cujas cores e tonalidades mais se aproximavam das originais.

O prognóstico inicial das condições do mural não era favorável. De acordo com o arquiteto Roberto Martins, da Arquibrasil Arquitetura e Restauro, empresa que venceu a licitação, a recuperação desse painel de Giglio foi um dos seus maiores desafios. "Desconheço outros trabalhos da mesma natureza com tal complexidade", diz Roberto Martins, que já havia feito a recuperação de outro mural do mesmo artista.

O arquiteto explica que a base em fibra de vidro, sobre a qual o painel estava fixado anteriormente, além da aplicação de outros materiais inadequados, intensificou o processo de degradação. Agora, esse risco está afastado. Martins destaca que o trabalho foi bem executado pela restauradora Ângela Damiani, o que garante a durabilidade da obra, ainda que ações de manutenção e impermeabilização devam ser feitas periodicamente.

O mural A realização do mural do artista plástico italiano Franco Giglio fez parte de um programa de melhorias para o cemitério, desenvolvido na gestão do prefeito Ivo Arzua, em 1964. A encomenda previa a execução de um mural ornamental sacro, em pastilhas vitrificadas. A obra foi instalada no Cemitério Municipal em 1966, na entrada da antiga capela. Sofreu uma primeira intervenção em 1985. Depois, em 1995, foi transferido para o novo pórtico do cemitério. Em 1997 passou por outros trabalhos de recuperação.

Com 110 m², o mural foi realizado num processo direto - o desenho foi elaborado na argamassa e colocado depois no painel por meio de pastilhas de vidro, numa composição com características estilizadas que lembram os períodos da arte bizantina/gótica. Franco desenvolveu uma narrativa que descreve com maestria e sutileza a cena de almas tentando entrar no céu, guiadas e protegidas por anjos tocando trombetas. Nas extremidades laterais, compõe o painel uma citação de Fagundes Varela. De matizes predominantemente azuis e verdes nas figuras e usando como fundo o branco, o artista obteve a representação de um cenário celestial que o local inspira.O mural foi uma das primeiras obras de Franco Giglio, em Curitiba. Nascido na Itália, o artista veio para o Brasil em 1956, instalando-se na capital paranaense, onde deixou grande parte de sua produção artística.
Bemparaná

Câmara aprova destinar 2% do orçamento para cultura
Uma comissão especial da Câmara dos Deputados aprovou hoje, por unanimidade, a Proposta de Emenda à Constituição 150 (PEC 150), que destina recursos dos orçamentos da União, dos estados e dos municípios para a área da cultura. O texto aprovado, com um substitutivo do deputado José Fernando Aparecido de Oliveira (PV-MG), destina ao setor cultural e à preservação do patrimônio cultural brasileiro 2% dos impostos federais, 1,5% dos impostos estaduais e distritais e 1% da arrecadação com impostos municipais.
A PEC 150, que agora vai a plenário, é uma reivindicação antiga da classe artística e tem o apoio do ministro da Cultura, Juca Ferreira, que festejou ontem a votação. "A aprovação reflete um clima suprapartidário em favor da cultura. Desde a gestão Gil, nós temos trabalhado nesse sentido", disse o ministro ao Estado.
A área econômica do governo, no entanto, se mostra contrária à vinculação de recursos do projeto - atualmente, o orçamento da cultura representa 0,5% das receitas federais, o que equivale a cerca de R$ 1,3 bilhão. Se esse valor subir para 2%, a União seria obrigada a destinar cerca de R$ 5,3 bilhões para o setor. "As Nações Unidas recomendam que nunca seja inferior a 2%", afirmou Juca Ferreira.
Segundo ele, a proposta de reforma da Lei Rouanet não perde o sentido com a iminente aprovação da PEC 150, já que são mecanismos complementares. "A mudança da lei visa a requalificar a distribuição de recursos. A PEC 150 trata dos orçamentos".
Agência Estado
G 1

Bauru-SP - A salvaguarda das estações ferroviárias
Quando vemos iniciativas como as das cidades da região citadas no JC de domingo, 20 de setembro de 2009, surge um fio de esperança em nossos corações e mentes na medida em que é possível ter certeza que as estações ferroviárias ainda são importantes na memória de muitos cidadãos. As estações ferroviárias do nosso Interior são partes integrantes do patrimônio histórico dos municípios, do Estado de São Paulo e do País. Foram a razão do crescimento de muitas cidades, do desenvolvimento da economia estadual e nacional e, mais, testemunhas da história de vida de muitas pessoas. Nem é preciso dizer que merecem ser recuperadas e preservadas. A iniciativa das prefeituras de Dois Córregos, Pederneiras e Lençóis Paulista deve servir de exemplo, pois a verdade é que, se os moradores dessas cidades que guardam parte do patrimônio ferroviário do nosso País não tomar a iniciativa, dificilmente os governos estadual e federal farão alguma coisa pela salva-guarda de tais edificações.

A cidade de Bauru, nestes últimos anos, foi palco de algumas tentativas frustradas de ocupação da Estação Ferroviária da Noroeste (NOB) que, diga-se de passagem, “graças a Deus”, não deram certo. Falamos dessa forma, porque todas as iniciativas, embora cheias de boas intenções, tratavam esse patrimônio como um edifício comum sem considerar, com profundidade, sua condição histórica. Algumas propostas chegaram a sugerir intervenções desprezando sua característica original.

Outros edifícios históricos insistem em ficar em pé a revelia dos maus-tratos. É o caso da primeira Estação Ferroviária de Bauru, pertencente à então Estrada de Ferro Sorocabana. Também é o caso da Estação da Companhia Paulista de Estradas de Ferro. Inclui-se nesse rol os edifícios das oficinas da NOB, construídos em 1921; a Rotunda e outros tão importantes como os citados. Não basta apenas preservar os edifícios históricos. É preciso levar em consideração o seu entorno próximo que, certamente, deve fazer parte do processo de preservação.

As iniciativas para salvar edifícios históricos são sempre bem-vindas e a intenção do prefeito Rodrigo Agostinho, estampada na primeira página do Jornal da Cidade deste 22 de setembro, deve ser comemorada. Porém, essa ação do prefeito deve vir respaldada em conhecimentos técnicos específicos. O que queremos dizer com isso? Queremos dizer que reforma não é a mesma coisa que restauração. Queremos afirmar que o patrimônio histórico deve ser tratado diferentemente de uma edificação comum.

Em função disso, é que as faculdades de arquitetura, de alguns anos pra cá, incluíram em seus currículos disciplina denominada “Técnicas Retrospectivas”. É nessa disciplina que os alunos vão tomar conhecimento dos fundamentos da preservação do patrimônio histórico no mundo todo; das definições de termos como reforma, restauração, revitalização, etc; das teorias de restauro contemporâneas e, assim, vão aprender como fazer uma intervenção em um bem histórico.

As intervenções em edifícios considerados patrimônio histórico devem primar pela preservação das características originais, pela mínima intervenção, pelo uso de materiais contemporâneos nas adições, porém que sejam compatíveis com o material original e pelas intervenções reversíveis, que não danifiquem o bem histórico.

O melhor seria que tais bens sofressem somente intervenções de conservação, mas, diante da situação em que muitos se encontram, dificilmente será possível apenas conservar. Para preservarmos corretamente devemos buscar profissionais habilitados, preferencialmente arquitetos especializados em preservação do patrimônio histórico, que tratarão de todos os aspectos necessários para o resguardo da memória política, social e econômica da Nação. Mas, nada que se diga agora vai empanar o brilho da ótima notícia que o prefeito dá aos bauruenses. A autora, Ludmilla Sandim Tidei de Lima Pauleto, é arquiteta e urbanista
Jornal da Cidade de Bauru


São Paulo-SP - Mercado da Lapa é tombado pelo Conpresp

O Mercado Municipal Rinaldo Rivetti, mais conhecido como Mercado da Lapa, foi tombado pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico (Conpresp) no dia 16 de Setembro, poucos dias depois de completar 55 anos de existência.
Além do mercado outros 19 imóveis aqui da Lapa também se tornaram patrimônio histórico, e os locais deverão preservar todas as características externas e algumas internas.

Na lista de bens históricos estão, além do Mercado da Lapa, o Sesc Pompéia, as igrejas Nossa Senhora da Lapa e a São João Maria Vianney. O Mercado é um dos pontos de referência do bairro. Cerca de 10 mil pessoas circulam por lá diariamente, aproveite para conhecer.
Rua Herbart 47 - Lapa (acesso pelas ruas Nossa Senhora da Lapa ou Guaicurus)

O horário de funcionamento é de segunda à sexta das 8h às 19h e aos sábados das 8h às 18h.

Fone: (11) 3641-3846
Antonio Fonseca - TV da Lapa

Canoas-RS - Villa Nenê no bairro Marechal Rondon agora é prédio tombado
Com a iniciativa, esse já é o terceiro prédio histórico preservado pelo Município.
Canoas - O Setor de Patrimônio Histórico da Secretaria Municipal de Cultura anunciou ontem o tombamento do imóvel conhecido como Villa Nenê, localizado no quarteirão formado pela rua Felipe Noronha e avenida Santos Ferreira, no bairro Marechal Rondon. Com a iniciativa, já é o terceiro prédio histórico preservado pelo Município. O primeiro foi a Vila Mimosa e o segundo, a Casa dos Rosa. Conforme o documento do histórico da família Silveira, que residiu na casa, o imóvel foi construído em 1928 por Antonio Cândido da Silveira. A moradia teria recebido este nome em homenagem à segunda esposa do Antonio Cândido da Silveira, que se chamava Gomercinda Ignácio da Silveira, mas era conhecida por Nenê. Com ela, o proprietário teve dois filhos: Antonio Carlos da Silveira e Luis Fernando da Silveira. O diretor de Cidadania Cultural, Luiz Antônio Inda, observa a importância dessa medida. "Valoriza a cidade e resgata o patrimônio cultural", opina. Segundo Inda, o tombamento acontece através do trabalho da equipe de Patrimônio Histórico e Cultural.
Diário de Canoas

Polêmico candidato egípcio perde eleição na Unesco
PARIS (Reuters) - O ministro egípcio da Cultura, Farouk Hosni, que disse no ano passado que gostaria de queimar livros israelenses, foi derrotado nesta terça-feira na eleição para a direção da Unesco, órgão da Organização das Nações Unidas (ONU) para educação e cultura.
Uma fonte da agência disse que a ex-chanceler búlgara Irina Guerguieva Bokova acabou sendo eleita no quinto e último turno de uma votação que expôs profundas divisões na Unesco.
Bokova, diplomata de carreira, recebeu 31 votos, contra 27 de Hosni. Na véspera, os dois haviam empatado em 29 votos, no quarto turno. A eleição envolveu 58 países do comitê executivo.
Fontes ligadas ao processo disseram à Reuters que durante todo o dia alguns países se empenharam em tirar votos de Hosni, que pretendia se tornar o primeiro árabe à frente da Unesco. O resultado indica que dois países cederam.
A candidatura do egípcio enfrentava forte resistência de organizações judaicas, intelectuais e ativistas, que o acusavam de fazer vista grossa à censura no Egito.
Mas seus apoiadores diziam que era hora de enviar um sinal positivo ao mundo islâmico, e a imprensa árabe o apresentava como um representante ideal para promover o diálogo cultural.
Para muitos países europeus e para os EUA, no entanto, ficou difícil apoiá-lo depois das suas declarações contra Israel.
No ano passado, ele disse, num acalorado debate com um parlamentar, que queimaria livros israelenses se os encontrasse em bibliotecas egípcias. Em outra ocasião, qualificou a cultura israelense como "desumana."
Hosni, que é pintor e ministro há mais de duas décadas, disse em seu site que estava arrependido da frase sobre a queima de livros.
Tamora Vidaillet
O Globo

BNDES: R$ 8 milhões para projetos de preservação de acervos
Dotação, que era de R$ 6 milhões, passou para R$ 8 milhões, teto máximo para cada um dos 26 projetos contemplados foi de R$ 500 mil para R$ 800 mil.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) divulga o resultado do Edital de Seleção Pública de Projetos de Preservação de Acervos, com novidades. A melhor delas é o aumento do total de recursos a serem investidos no conjunto de 26 projetos contemplados, que passou de R$ 6 milhões para o valor total de até R$ 8 milhões. Também o teto máximo de apoio para cada projeto foi ampliado, saindo de R$ 500 mil para até R$ 800 mil.
Neste ano, o Banco recebeu 207 inscrições, sendo 108 do Sudeste, 39 do Nordeste, 39 do Sul, 13 do Norte e 8 do Centro-Oeste. Entre os 26 projetos selecionados pelo Banco, 34% foram provenientes do Nordeste, empatando com o Sudeste. Ao mesmo tempo, a região Norte, com 13% de propostas contempladas, quase emparelha com a Região Sul, com 15%. A região Centro-Oeste ficou com 4%.
O apoio do BNDES destina-se a projetos relativos a acervos que se enquadrem nas definições de Acervo Arquivístico; (conjunto de documentos textuais, iconográficos, sonoros, audiovisuais ou naturais); Acervo Bibliográfico (conjunto de obras impressas, incluindo livros e periódicos, constituídos exclusivamente por obras raras); Acervo Museológico (conjunto de testemunhos materiais, nos mais diversos suportes, que se encontram sob a proteção de um museu ou de uma instituição de caráter museológico).
A colaboração financeira destina-se a projetos que tenham como finalidade a realização de:

1. Inventário ou catalogação de acervo em base de dados eletrônica. (É desejável que os projetos prevejam a consulta ao catálogo pela Internet).
2. Higienização e acondicionamento de documentos de itens do acervo em material de conservação, armazenamento de acervos em mobiliário adequado, instalação de unidades de armazenamento que permitam melhor acesso, organização e otimização de espaço.
3. Restauração de itens do acervo em qualquer suporte. (Exclusivamente para acervos raros).
4. Gerenciamento ambiental, instalação de sistemas de monitoramento e climatização, visando controle de temperatura, umidade, iluminação, agentes poluentes e biológicos.
5. Instalação de sistemas de detecção e combate a incêndio, prevenção de furtos, inundações e sinistros.
6. Adaptação de instalações para exposição, abrigo de reservas técnicas, laboratórios, salas de consulta, acessibilidade, sinalização e outros.
Resumo dos Projetos Selecionados.:

Região Centro-Oeste:

1 - Retalhos de Memória: Preservação de documentos do Brasil Central (Séc. XVIII ao XX) - Proponente: Sociedade Goiana de Cultura (Goiânia/GO) - O acervo documental do Instituto de Pesquisas e Estudos Históricos do Brasil Central – IPEHBC - possui documentação seriada de três séculos de história do Brasil. Há manuscritos iconográficos e cartográficos que registraram, por meio de documentação eclesiástica, a ocupação do interior do país. Na instituição estão armazenadas as atuações das paróquias, prelazias, dioceses e arquidioceses e os principais momentos de demarcação territorial no processo de povoamento e colonização da região central do país. O objetivo do projeto é preservar e conservar o conjunto de documentos do IPEHBC para benefício da comunidade atendida pelo instituto, como fonte de pesquisas e estudos históricos do Brasil central.
Região Nordeste:

2 - Restauração do Acervo Móvel do Museu de Arte Sacra D. Ranulpho de Silva Farias - Proponente: Sociedade Nossa Senhora do Bom Conselho (Maceió/AL) - Os objetos deste acervo são remanescentes dos séculos XVII, XVIII e XIX. São necessárias restaurações do acervo da imaginária barroca, do mobiliário, objetos litúrgicos em geral e a recuperação de documentos e adereços de arte sacra colonial. O Museu de Arte do Estado de Alagoas é a principal referência museológica do Estado e principal difusor do desenvolvimento cultural local. O espaço recebe, além de visitantes da própria cidade, um público oriundo de outros municípios, Estados e países, que utilizam o acervo como fonte de pesquisa. Os serviços de restauro e reformas que serão empreendidos contemplam ações junto às escolas da região, bem como rampas e plataformas para o acesso de pessoas com dificuldade de locomoção, às dependências do Museu.
3 - Restauração de Obras Raras do Acervo da Santa Casa de Misericórdia da Bahia - Proponente: Santa Casa de Misericórdia da Bahia (Salvador/BA) - A Santa Casa de Misericórdia da Bahia, fundada em 1549, detém importantes obras, como os Livros da Roda dos Expostos, os Livros de Banguê (enterro dos escravos) e os Livros de Registro de Entrada e Saída dos Doentes do Hospital. Seu acervo é regularmente utilizado por profissionais e estudantes que atuam nas áreas de História, Arquitetura, Belas Artes, Sociologia e Antropologia, e realizam pesquisas no Arquivo Histórico para desenvolvimento de trabalhos acadêmicos. O acervo passará por processo de higienização e restauro, a fim de que se evite a deterioração de importante patrimônio sociocultural do país.
4 - Higienização e Acondicionamento do Acervo Arquivístico e Bibliográfico da Biblioteca Comunitária Maria das Neves Prado - Proponente: Associação Biblioteca Comunitária Maria das Neves Prado (Nova Soure/BA) - A Biblioteca Comunitária é composta de mais de 40 mil livros e oito mil recursos audiovisuais, à disposição da população do município de Nova Soure e dos demais do seu entorno. A biblioteca contribui também para o trabalho de um grupo de jovens da comunidade que utiliza seu acervo, instalações e recursos para desenvolver inúmeras atividades voltadas para resgatar manifestações culturais tradicionais em extinção, declínio ou em transformações profundas. O projeto dará continuidade ao apoio recebido do BNDES em 2006.
5 - Preservação do Acervo Djacir Menezes da Universidade Estadual do Ceará - UECE - Proponente: Fundação Universidade Estadual do Ceará - FUNECE (Fortaleza/CE) - A UECE possui um acervo de cerca de 16 mil documentos pessoais, esboços de textos e livros do professor Djacir Lima Menezes sobre diversas áreas de conhecimento, como Filosofia, Filosofia Jurídica, Sociologia, História, Economia Clássica, Literatura Brasileira, Portuguesa, Francesa, Alemã e Inglesa. O estudo, o tratamento e a preservação do acervo de Djacir Menezes contribuirão, por meio da análise de um conjunto de livros, o itinerário e as práticas de leitura de seu proprietário, para a construção de uma história do livro e da leitura no Brasil do século XX. O projeto tem o objetivo de catalogar e inserir o acervo no PLANOR – Plano Nacional de Obras Raras da Biblioteca Nacional – e preservá-lo em ambiente adequado.
6 - Projeto de Revitalização do Laboratório de Conservação e Restauração de Papéis do Arquivo Público do Estado do Maranhão - APEM - Proponente: Associação de Amigos do Arquivo Público do Estado do Maranhão (São Luís/MA) - O Arquivo Público do Estado do Maranhão tem a missão de recolher, organizar, preservar, divulgar e tornar acessíveis os documentos de valor histórico provenientes da administração do Estado do Maranhão. O APEM possui o maior acervo documental do Estado, composto por partituras musicais do Acervo João Mohana, documentos da Arquidiocese do Maranhão, manuscritos e impressos dos períodos colonial, imperial e republicano. Dispõe também de mapas, plantas, discos e microfilmes. Os recursos serão destinados à higienização e condicionamento do acervo, de modo a mantê-lo em condições de uso pelos historiadores, pesquisadores e a comunidade estudantil.
7 - Areia e seus Museus - Proponente: Associação de Amigos de Areia - AMAR (Areia/PB) - O projeto tem como objetivo higienizar, acondicionar e catalogar os acervos do Museu Casa de Pedro Américo, Museu do Brejo Paraibano e Museu Regional de Areia, instalando sistemas de segurança e de gerenciamento ambiental. O Museu do Brejo Paraibano passará, ainda, por obras de infraestrutura. Os três museus são bastante representativos da memória e da história do Brejo Paraibano e de Areia, primeira cidade da Paraíba a ter seu conjunto histórico, urbanístico e paisagístico tombado pelo IPHAN. Nos acervos, destacam-se obras originais do pintor areiense Pedro Américo e peças relacionadas aos abolicionistas Manoel da Silva e Otacílio de Albuquerque. Areia foi a primeira cidade do Brasil a libertar seus escravos.
8 - Projeto de Restauro do Acervo de Obras Raras da Faculdade de Direito do Recife - Proponente: Instituto para o Desenvolvimento Humano - IDH (Recife/PE) - O acervo da biblioteca é composto por cerca de 45 mil exemplares, datados do século XVI aos dias atuais. Há coleções raras, como a de Tobias Barreto e a de Santo Albino, e outros títulos valiosos. Na biblioteca estão obras como a coleção de vinte volumes do jornal Correio Braziliense, de Hyppolito José C. Pereira e o Katecismo Indico da Lingua Kariris, de Fernando Nantes. O projeto tem como objetivo implantar o laboratório de restauro da Faculdade de Direito do Recife, higienizar, acondicionar, catalogar e restaurar parte do acervo de obras raras da Biblioteca do Centro de Ciências Jurídicas da UFPE e realizar obras para instalação de sistema de segurança e gerenciamento ambiental.
9 - Reestruturação Conservação Documental do Acervo de Fernando de Noronha - Proponente: Distrito Estadual de Fernando de Noronha (Recife /PE) - O acervo, que representa a memória documental do Arquipélago de Fernando de Noronha, é composto por documentos históricos e administrativos, com registros dos presídios e de órgãos como Exército, Aeronáutica, EMFA e Governo do Estado de Pernambuco. O projeto tem como objetivo a preservação de 50 mil unidades documentais do acervo administrativo do Arquivo Público Estadual Jordão Emerenciano, por meio da higienização, classificação, catalogação e acondicionamento das obras e da aquisição de equipamentos para climatização.
10 - Restauração e Conservação do Acervo Pertencente ao Arquivo Público Estadual Jordão Emerenciano - Proponente: Estado de Pernambuco (Recife/PE) - O objetivo do projeto é higienizar, acondicionar e catalogar parte do acervo composto por documentos textuais e iconográficos, além de adquirir equipamentos para gerenciamento ambiental. O acervo reflete a ação do poder público em quase cinco séculos da história de Pernambuco, reunindo mais de 13.500 fotografias dos séculos XIX e XX e séries documentais que datam desde o período colonial. Destacam-se 34 volumes de correspondência para a corte portuguesa, ordens régias, ofícios do governo e projetos da antiga Repartição das Obras Públicas.
Região Norte -

11 - Centro de documentação e Pesquisa Indígena - Proponente: Comissão Pró Índio do Acre (Rio Branco/AC). O acervo reúne livros, matérias de jornais, revistas e documentos históricos sobre a reconquista dos territórios indígenas no Acre e conquistas no âmbito de políticas públicas. Serão recuperadas teses de consultores da Comissão Pró Índio do Acre e rica produção indígena, como literatura, desenhos, registros audiovisuais e sonoros de festas e rituais tradicionais indígenas. O acervo representa um patrimônio cultural e intelectual produzido, em sua maioria, pelos próprios povos da floresta, o que contribui para valorizar e fortalecer sua identidade. Os recursos se destinam a higienizar, acondicionar e catalogar parte do acervo e instalar sistemas de segurança e de gerenciamento ambiental.
12 - Preservação da Memória do Acervo de Películas do Museu da Imagem e do Som do Pará - Proponente: Instituto Amazônico de Planejamento e Gestão Urbana e Ambiental - IAGUA (Belém/PA) - O acervo conta com produções do cineasta paraense Milton Mendonça, consideradas as mais importantes de não-ficção do Pará. Mendonça registrou, através dos Cinejornais, acontecimentos sociais e políticos do Pará entre as décadas de 50 e 60. Outro grande nome que faz parte do acervo é Libero Luxardo, que realizou a partir de 1939 produções locais, entre as quais o primeiro longa-metragem paraense, "Um dia qualquer". Além de ser uma raridade como registro cinematográfico, o filme tem trilha sonora composta por Pixinguinha. O projeto tem como objetivo a higienização, o acondicionamento e a catalogação de parte do acervo, constituído por mais de três mil títulos, e a restauração de 20 películas de elevado valor histórico.
13- Inventário Nacional de Bens Móveis e Integrados - Belém/PA - Proponente: Fundação Instituto para o Desenvolvimento da Amazônia - FIDESA (Belém/PA) - O projeto visa à preservação do acervo artístico de 18 monumentos religiosos e museológicos paraenses, através do inventário de seus bens móveis e integrados. A medida é considerada essencial à proteção do patrimônio histórico-cultural. Os monumentos (igrejas, capelas, museus, praças públicas), fundados nos séculos XVIII e XIX, são tombados e estão sob proteção e fiscalização do IPHAN. Os bens a serem inventariados, estimados em mais de cinco mil objetos, fazem parte do acervo de monumentos de grande relevância histórica, artística e cultural para o Estado.
Região Sudeste.:

14 - Higienização e Acondicionamento do Acervo Arquivístico do Museu de Arte de Pampulha - Proponente: Associação Cultural dos Amigos do Museu de Arte da Pampulha - AMAP (Belo Horizonte/MG) - O acervo é composto por cerca de 30 mil peças: documentos, plantas, fotografias, cromos, slides, DVDs, CDs, fitas de vídeo e cassetes. O projeto visa higienizar e melhorar a qualidade de armazenamento desses documentos. Sediado no antigo cassino de Belo Horizonte, o Museu de Arte da Pampulha tem sido palco de grandes eventos relacionados à cultura do país, atraindo, a cada ano, um número maior de visitantes e de artistas do mundo todo. O museu hoje é o berço da arte contemporânea mineira e possui acervo documental desde a trajetória da criação, construção e finalidade do conjunto arquitetônico da Pampulha, idealizado por Juscelino Kubitscheck e vislumbrado por Oscar Niemeyer como um marco modernista.
15 - MPB, Uma Paixão Nacional: A Necessidade de Preservação - Proponente: Instituto Cultural Cravo Albin - ICCA (Rio de Janeiro/RJ) - Os recursos serão utilizados na higienização, acondicionamento e gerenciamento ambiental do acervo, composto por discos raros de vinil, partituras, fitas cassete, livros, fotografias, roteiros e gravações de programas de rádio, televisão, de espetáculos musicais e de entrevistas. Ao acervo original, com cerca de 30 mil itens doados pelo pesquisador e historiador Ricardo Cravo Albin, o Instituto vem agregando outras doações, como as coleções de Ney e Renato Murce, Ivon Curi, Geraldo Case, Ana Bentes Bloch, Roberto Assumpção, Nélida Piñon, Silvana Gontijo e Lula Vieira.
16 - Programa de Conservação Preventiva dos Acervos de Darcy Ribeiro e Berta Gleizer Ribeiro - Proponente: Fundação Darcy Ribeiro (Rio de Janeiro/RJ) - O acervo é detentor da Declaração de Utilidade Pública pelo Conselho Nacional de Arquivos e é composto por cerca de 20 mil livros, produções científicas, pesquisas etnológicas desenvolvidas junto aos índios, documentos iconográficos, registros sonoros e audiovisuais. Um dos destaques é a película em 35mm do filme "Um dia na vida de uma tribo na floresta tropical", produzida por Darcy Ribeiro e pelo cineasta Heinz Foerthmann entre os Urubu-kaapor, em 1949. Os recursos são destinados a higienizar, acondicionar, catalogar e restaurar o acervo de Darcy e Berta Ribeiro, implantar sistemas de segurança, de gerenciamento ambiental e de consulta informatizada às obras.
17 - Coleção Rádio Nacional: Preservação das Partituras Manuscritas -Proponente: Associação dos Colaboradores da Fundação Museu da Imagem e do Som – ACMIS (Rio de Janeiro/RJ) - A "Coleção Rádio Nacional" doada ao Museu da Imagem e do Som – MIS, em 1972, constitui uma parcela do arquivo histórico da emissora. A coleção é composta por 3.371 discos em 78 RPM, com músicas, novelas e scripts de programas de auditório, e 20 mil partituras para orquestras. Há 1.873 gravações musicais inéditas da própria Rádio Nacional, além dos discos com efeito sonoro, 88 prefixos, 82 com jingles e 5.171 programas radiofônicos, todos de conceituados roteiristas como Almirante, Paulo Gracindo, Renato Murce, Max Nunes e outros. As 20 mil partituras manuscritas (orquestrações) foram feitas para as orquestras da rádio que acompanhavam os grandes cantores da MPB. O projeto é destinado à higienização e acondicionamento das partituras originais de arranjos manuscritos da Coleção Rádio Nacional, utilizando técnicas de conservação e guarda adequadas.
18 - Décima Preservação e Catalogação do Acervo Fonográfico de Rádio MEC – Proponente: Sociedade dos Amigos Ouvintes da Rádio MEC – SOARMEC (Rio de Janeiro/RJ) - A Rádio MEC foi fundada em 1923 como Rádio Sociedade, e transformada em emissora educativa em 1936. Seu acervo traduz esse caráter nas mais diversas áreas, tais como musical, programas culturais e jornalísticos. Também reúne toda a produção de programas como Roda de Choro; Seresta Viva; Fole e Viola; RCA Convida; Ao Vivo Entre Amigos; Nossa Música; Ecos de Uma Era; Concerto MEC e outros. O projeto prevê higienização, acondicionamento e catalogação de parte do acervo fonográfico da Rádio MEC composto por fitas de rolo, cassetes, MDs, DATs e CDs, contendo mais de 450 mil horas de transmissão.
19 - Acervo Sonoro do Arquivo Nacional - Higienização, Acondicionamento e Armazenamento – Proponente: Associação Cultural do Arquivo Nacional - ACAN (Rio de Janeiro/RJ) - O acervo sonoro do Arquivo Nacional é composto de documentos recolhidos dos órgãos da Administração Pública Federal, de doações de arquivos privados e um conjunto de 18 mil itens entre discos e fitas magnéticas, referentes ao período de 1902 a 1985. Os materiais que constituem os suportes dos discos são goma laca sobre vidro, acetato sobre alumínio e vinil, o que representa de maneira significativa as tecnologias utilizadas pela indústria fonográfica da época. O acervo conserva discursos de presidentes que estiveram no poder entre 1935 a 1975. Os recursos se destinam à higienização e acondicionamento do acervo sonoro.
20 - Projeto Acervo documental de Gerência Regional do Patrimônio de União do Rio de Janeiro - GRPU/RJ - Proponente: Cittá Brasil (Rio de Janeiro/RJ) - As terras do Brasil se constituíram, originalmente, em Patrimônio da Coroa Portuguesa e, a partir de 1534, a ocupação do solo foi sendo titulada pelo Sistema de Capitanias Hereditárias, nas Juntas das Fazendas das Capitanias e, posteriormente, nos Órgãos Fazendários Provinciais. Esse acervo histórico e comprobatório se encontra hoje na sede da Gerência Regional do Patrimônio da União/Rio de Janeiro e possui desde um catálogo de imóveis incorporados desde 1800 a uma mapoteca com registros do povoamento do Brasil. Outra documentação interessante são os livros de arrendamento das chácaras da Lagoa Rodrigo de Freitas, indicando o histórico fundiário dos atuais bairros do Leblon, Ipanema, Gávea, Jardim Botânico, Humaitá e Lagoa, na cidade do Rio de Janeiro. O acervo passará por higienização e catalogação e receberá sistema de segurança e equipamentos para gerenciamento ambiental.
21 - Atelier de Pintura do Sítio Roberto Burle Marx - Proponente: Associação Centro Cultural Moacyr Bastos - CEDEM (Rio de Janeiro/RJ) - No final de sua vida, Roberto Burle Marx fez construir dentro de seu sítio, em um terreno de nível mais alto que o de sua casa, um atelier onde pretendia pintar e desenvolver outras atividades, como a escultura. O espaço seria usado, também, para aulas e exposições. Hoje, neste sítio se encontram expostas peças de uso pessoal, tapeçarias, vidraria de Murano, coleções de mobiliário, desenhos, pinturas e um painel em azulejo, na parede externa. Os recursos serão destinados à recuperação de uma tapeçaria, quadros a óleo sobre tela, o painel de azulejo e desenhos artísticos, todos de autoria de Burle Marx. Serão feitas obras preventivas de conservação do atelier, implantação de sistema de segurança e readequação do mobiliário da reserva técnica. Burle Marx doou, em vida, o espaço ao IPHAN.
22 - Museu Casa do Pontal - Preservação, Adaptação e Modernização - Proponente: Associação dos Amigos da Arte Popular Brasileira (Rio de Janeiro/RJ) - Na Casa do Pontal se encontra um acervo composto pelas obras de grandes figuras da cultura popular, como os mestres da cerâmica do Vale do Jequitinhonha, Mestre Vitalino e outros. São obras raras produzidas no século XX, que não possuem mais similar na produção atual brasileira. O objetivo do projeto é a modernização de parte dos painéis e módulos expositivos do acervo, composto por 8.000 obras de arte popular coletadas durante mais de 40 anos de pesquisas e viagens por todo país pelo designer francês Jacques Van de Beuque. Serão recuperados a cobertura da reserva técnica e o piso da exposição permanente, instalado um elevador, rampas e outros equipamentos que facilitem a acessibilidade.
Região Sul:

23 - Momentos de História do Paraná: Preservação do Acervo do Museu David Carneiro - Proponente: Sociedade de Amigos do Museu Paranaense - SAMP (Florianópolis/PR) - Fruto de 60 anos de pesquisa do professor David Carneiro, o museu passará por higienização e acondicionamento de parte do acervo, com cerca de 500 mil peças que ilustram a história do Paraná nos períodos Pré-colonial, Colonial, Imperial e Republicano. As peças ilustram a história do Estado, mostram a presença dos portugueses no litoral e dos espanhóis vindos do Oeste, e a fundação de vilas e cidades da região da Província do Guaíra. Os recursos se destinam também à aquisição de equipamentos para o laboratório de restauração/conservação e instalação de um sistema interno de segurança nos principais acessos do museu. Serão restaurados dois pianos históricos e telas.
24 - Restauração de documentos Raros de Misericórdia de Porto Alegre: Registros de Óbitos "Das Pessoas Livres" de 1850-1882 - Proponente: Centro Histórico-Cultural da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre (Porto Alegre/RS). O objetivo do projeto é higienizar o acervo documental manuscrito, relativo aos sepultamentos de livres no Rio Grande do Sul, entre 1850 e 1882, custodiados no Centro Histórico-cultural Santa Casa de Porto Alegre. São 19 códices (relações de documentos de fontes primárias), com mais de 16 mil registros de óbito. Seus bens históricos constituem o produto das várias atividades da instituição ao longo dos seus mais de 200 anos de trajetória. Existem coleções distintas sobre os pacientes atendidos em enfermarias especiais desde 1843, séries que acompanham a evolução da Medicina a partir da criação da primeira Faculdade de Medicina do Rio Grande do Sul. Há também crônicas das Irmãs Franciscanas e algumas cartas de alforria e outros documentos sobre comércio de escravos.
25 - Ambientação e Infra-Estrutura para o Acervo do Museu Zoobotânico Augusto Ruschi - Proponente: Universidade de Passo Fundo - FUPF (Passo Fundo/RS)- O projeto tem como objetivo acondicionar parte do acervo e adquirir equipamentos para gerenciamento ambiental, a fim de torná-lo acessível ao público. Com registros de mais de 20 mil peças, o acervo é composto por coleções de zoologia, botânica, geologia, paleontologia, além de exemplares reservados como coleção didática, para exposições e empréstimos a escolas e professores. As coleções de zoologia e botânica contêm exemplares ameaçados de extinção, um dos motivos que faz o museu ser referência no Estado para estudo e pesquisa de seu patrimônio natural e da biodiversidade regional.
26 - Preservação de Memória do Rio Grande do Sul - Proponente: Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul (Porto Alegre/RS) - O acervo do Instituto é composto por cerca de 100 mil documentos dos séculos XIX e XX. Destacam-se os arquivos de Antônio Augusto Borges de Medeiros, com mais de 30 mil documentos, que revelam aspectos da história da Primeira República, e o do cientista e inventor Padre Roberto Landel de Moura, com textos científicos, filosóficos e teológicos, e desenhos de seus experimentos, além das suas patentes registradas nos Estados Unidos. Os recursos serão utilizados no acondicionamento e acesso aos documentos e na instalação de sistemas de segurança.
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