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15 outubro, 2009

ATUALIDADES - 15-10-09

Ipea: hábitos modernos prejudicam qualidade de vida no Brasil
O estudo Qualidade de Vida: Suas Determinantes e sua Influencia sobre a Seguridade Social, divulgado nesta quarta-feira pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), aponta que os hábitos modernos estão baixando a qualidade de vida do brasileiro, fazendo com que ele se apoie precocemente no sistema de seguridade social.
A pesquisa que analisou os hábitos da vida moderna, suas precárias condições de trabalho, e como esses determinantes influenciam na seguridade social, como o auxílio-doença e a aposentadoria por invalidez.
Segundo o estudo, o Brasil precisa buscar alternativas tanto de sistema previdenciário como de hábitos cotidianos que permitam uma melhor qualidade de vida do cidadão e um menor gasto da seguridade social, principalmente da Previdência.
As doenças crônicas como um todo, principalmente as cardiovasculares, foram as grandes responsáveis pelas mortes no início do século 21, no Brasil e nos demais países do continente americano e na Europa, também abordados no estudo a título de comparação.
Segundo projeção apresentada no estudo do Ipea, há uma expectativa de que ocorram elevações preocupantes dessas doenças em países como Brasil e México, apesar de, nas próximas décadas, haver expectativa de queda em alguns países europeus e na Argentina.
As projeções para 2030 apresentam um quadro diverso. A Espanha tem uma projeção de queda de 0,58%, e o Chile, com projeção de aumento de 0,90%. Para o Ipea, esse cenário é considerado "relativamente constante". Portugal apresenta expectativa de queda, enquanto Brasil apresenta uma projeção de aumento de mortes causadas por doenças crônicas, passando dos atuais 72,1% para 75,8%.
Por outro lado, ao focalizar a análise no Brasil no período entre 1979 e 2004, o Ipea verificou queda forte (57,12%) na incidência de doenças transmissíveis e aumento na incidência de câncer (66,67%) e doenças do sistema nervoso (40,01%). Segundo o Ipea, "a queda na incidência de doenças transmissíveis tende a estar correlacionada ao aumento de saneamento básico e elevadas taxas de vacinação encabeçadas por políticas públicas".
Agência Brasil

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