ENTRESSEIO

s.m. 1-vão, cavidade, depressão. 2-espaço ou intervalo entre duas elevações. HUMOR, CURIOSIDADES, UTILIDADES, INUTILIDADES, NOTÍCIAS SOBRE CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS CULTURAIS, AQUELA NOTÍCIA QUE INTERESSA A VOCÊ E NÃO ESTÁ NO JORNAL QUE VOCÊ COSTUMA LER, E NEM DÁ NA GLOBO. E PRINCIPALMENTE UM CHUTE NOS FUNDILHOS DE NOSSOS POLÍTICOS SAFADOS, SEMPRE QUE MERECEREM (E ESTÃO SEMPRE MERECENDO)

05 outubro, 2009

CULTURA, PATRIMÔNIO CULTURAL E HISTÓRICO - 5-10-09

Amador encontra maior tesouro anglo-saxão da Grã-Bretanha
Entre os artefatos encontrados está um anel de ouro adornado com uma pedra preciosa
Foto: Staffordshire Hoard/Divulgação.
Um inglês que caçava objetos antigos no campo usando um detector de metais encontrou o que especialistas dizem ser a maior coleção de ouro anglo-saxão já descoberta na Grã-Bretanha. São 1,5 mil peças em ouro e prata, a maioria delas artefatos de guerra adornados com pedras preciosas, que os especialistas acreditam datar do século VII.
O tesouro foi encontrado em julho, em uma fazenda no condado de Staffordshire, no oeste da Inglaterra, pelo inglês Terry Herbert. O achado deve ser assunto de décadas de debates entre arqueólogos e historiadores. "Isto vai alterar nossa percepção da Inglaterra anglo-saxã", disse a especialista Leslie Webster, ex-funcionária do Departamento de Pré-História e Europa do Museu Britânico.
As peças estão sob a guarda do Birmingham Museum and Art Gallery, na cidade inglesa de Birmingham. Uma seleção com alguns dos objetos mais importantes vai ficar em exposição no Birmingham Museum entre o dia 25 de setembro até o dia 13 de outubro. Depois da exposição, a coleção segue para o Museu Britânico para ser avaliada por especialistas, um processo que pode demorar mais de um ano.
DramaEm termos de quantidade, a descoberta é sem precedentes - cerca de cinco kg de ouro e 2,5 kg de prata. É impossível, no momento, saber ao certo a história do tesouro. Os especialistas suspeitam, no entanto, de que a história esteja repleta de drama e, possivelmente, sangue.
O arqueólogo Kevin Leahy, responsável por catalogar o material, disse que a qualidade das peças indica que teriam pertencido à realeza anglo-saxã. São centenas de objetos, entre eles, peças usadas para adornar espadas e fragmentos de elmos (capacetes de armaduras medievais). O tesouro inclui também três cruzes e uma placa de ouro trazendo uma inscrição bíblica.
"Parece uma coleção de troféus, mas é impossível saber se o tesouro resulta de saques feitos após uma única batalha ou se foi acumulado ao longo de uma longa e bem-sucedida carreira militar", disse Leahy. "Não sabemos como (o tesouro) acabou sendo enterrado naquele campo, talvez tenha sido um tributo aos deuses pagãos", especula o arqueólogo. "Ou talvez tenha sido escondido por conta de uma ameaça muito real".
Para Leahy, a terrível ameaça que levou alguém a enterrar o tesouro provavelmente se concretizou, já que as peças nunca foram desenterradas. "Quando fizermos mais estudos sobre o maerial, poderemos dizer mais", disse.
http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI3994865-EI238,00-Amador+encontra+maior+tesouro+anglosaxao+da+GraBretanha.html

Vereador propõe tombar sotaque da Mooca como patrimônio histórico
Pedido será apreciado pelo Conpresp e pode se tornar primeiro bem imaterial de São Paulo

As vilas operárias da Mooca abrigavam italianos que chegavam ao Brasil para trabalhar na indústria.
Autor do pedido para tombar o sotaque italiano da Mooca como patrimônio histórico da cidade de São Paulo, o vereador Juscelino Gadelha (PSDB) foi enfático e "mooquense" ao defender a proposta: “Esse sotaque é muito bonito, ceeerto? É único no mundo, bélô!”. Para ele, as peculiaridades da fala dos moradores da Mooca devem ser preservadas em gravações e transcrições, pois ajudam a compreender a história da imigração italiana na cidade.
O vereador, que já foi membro do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico (Conpresp), disse que a ideia surgiu após o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) reconhecer o acarajé e a voz do sambista Jamelão como bens imateriais do patrimônio histórico nacional. Segundo ele, a história dos italianos em São Paulo “não pode se perder” e justificou sua proposta dizendo que outras comunidades de imigrantes da cidade não têm um modo de falar tão peculiar. “Espanhóis, japoneses e bolivianos não têm um sotaque tão característico”.

Localizada na Mooca, a extinta Hospedaria dos Imigrantes recebeu as primeiras
levas de italianos da cidade.
Para Gadelha, o sotaque da Mooca originou o acento italiano em outros bairros tradicionais da cidade. De acordo com o vereador, “toda a italianada que chegou no porto de Santos foi primeiro para a Mooca. O Brás, por exemplo, é filho da Mooca.”. Morador do bairro, Juscelino Gadelha contou que as primeiras levas de italianos que chegaram ao local demoraram para aprender o português. Muitos tinham dificuldades para pronunciar a letra ‘s’ e, segundo ele, criaram um jeito de falar que se espalhou pela cidade. “Três pastel e um chopps é um exemplo engraçado desse estilo”, contou.
Além disso, o vereador apresentou um pedido para tombamento da tradicional Festa de San Gennaro, também na Mooca. De acordo com ele o bairro é um dos mais antigos da cidade e a “cultura italiana que surgiu no local tem que ser preservada”. Efusivo como seus antepassados italianos, Gadelha não esconde o orgulho com suas origens: “Eu sou da Mooca, meu. É da Mooca para o mundo!”.
Época

Santos-SP - Casa do Trem conta a história dos fortes

Casa do Trem Bélico - Vanessa Rodrigues

Menos bélica, mais cultural. Tem nova destinação a mais antiga edificação pública de Santos, construída entre 1640 e 1656 para servir como depósito das armas e munições que abasteciam fortalezas e quartéis do litoral paulista. Acertivamente, agora a Casa do Trem abriga exposição sobre o antigo Sistema de Defesa do Porto de Santos por meio dos fortes da região. Dispõe ainda de área para o desenvolvimento de ações educativas e mostras temporárias, além de cafeteria, setor administrativo e sanitários.As obras de ampliação e restauro, que integram o processo de revitalização do Centro Histórico santista, foram viabilizadas por meio da Lei Rouanet de Incentivo à Cultura e entregues no último dia 29, na presença de diversas autoridades dos setores público e privado. “Este feito extrapola os limites do município, porque permite a consolidação do circuito turístico dos fortes”, declarou o prefeito João Paulo Papa. Um dos destaques do evento foi o anúncio da inclusão de Santos no Plano de Ação das Cidades Históricas, do qual apenas 11 municípios brasileiros participam. O projeto, que consiste em incentivar cidades que cuidam de sua arquitetura histórica e cultural, tem o intuito de integrar urbanismo, cultura e desenvolvimento local dentro de uma estratégia conjunta. A boa notícia foi dada por Anna Beatriz Ayrosa Galvão, representante do Ministério da Cultura e superintendente do Iphan-SP (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). Ela falou da importância arquitetônica da Casa do Trem: “Essa reinauguração é um trabalho exemplar que beneficia todo o Estado de São Paulo”.

Novo arsenal na Casa do Trem

O antigo arsenal de guerra cedeu lugar ao novo arsenal cultural, em que contos de piratas não são mera ficção. Foi especialmente para defender a costa brasileira de corsários franceses, holandeses e ingleses que surgiram as inúmeras fortalezas apresentadas nos painéis luminosos. Com 9 m2, o do salão principal, denominado Linha do Tempo, traça um paralelo da construção dos fortes em relação ao contexto da arquitetura mundial. À maneira de “estórias” em quadrinhos, na parte superior vai desfiando episódios da História Geral desde 1490, quando Giuliano da Sangallo projeta a Vila Medicea de Poggio a Caiano, e por 1492, quando Colombo descobre a América, até chegar em 1822, com a Independência do Brasil.
A parte inferior faz referência aos acontecimentos no Brasil. A tira tem início com o mapa da Terra Brasilis (1490), fundação de São Vicente (1532), construção do Engenho dos Erasmos, em Santos (1531), e começo da povoação de Santos (1536), passa por edificações jesuíticas para finalizar com a conclusão das obras da Casa do Trem (1738).
Outro painel indica no mapa os dez equipamentos responsáveis pela Defesa do Porto de Santos: Fortalezas de Itaipu e de Santo Amaro da Barra Grande, Fortes da Vila ou Monserrate, Vera Cruz de Itapema, São João de Bertioga ou de São Tiago, de São Felipe, de São Luiz de Bertioga, da Estacada, dos Andradas ou do Monduba e Fortim do Góes.
O Forte Vera Cruz de Itapema, o de São João da Bertioga, o de São Luiz de Bertioga e a Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande dispõem de painéis especiais, em que constam localização e histórico. Eles estão expostos nas demais salas do espaço cultural, assim como o da Casa do Trem e a maquete da cidade de Santos em 1850, feita em 2007 pelos alunos da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo de Santos.Texto redigido pela organização Ama-Brasil ressalta que esse conglomerado defensivo pode ter diversas leituras.
Evidente é o aspecto religioso, já que seis fortes receberam nomes de santos. Também salienta a leitura “ a partir da organização política, onde o sistema das capitanias hereditárias é representado pelo Forte de São João; o domínio espanhol, pela Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande; e o iluminismo pombaliano, pela construção do Forte São Luiz”.
Pela vertente dos ciclos econômicos, a visão teria tido início no bandeirismo, passando pelo ciclo do ouro, com a ampliação dos fortes Vera Cruz de Itapema e Santo Amaro, e alcançando o ciclo do café, que implantou instalações mais modernas ( Fortaleza de Itaipu e Forte dos Andradas). “ E, por fim, pelo viés da evolução da história militar e do sistema de defesa do porto de Santos”.
Sobriedade Arquitetônica
Típica da arquitetura militar portuguesa da fase colonial, a construção em pedra e cal registra, sobre a entrada principal, o ano de 1734, que tanto pode fazer referência a uma importante reforma quanto a uma ampliação do prédio original.
A escadaria externa, formada por rochas, que também dá acesso ao imóvel pela Rua Tiro Onze, foi totalmente restaurada. As paredes têm 1 metro de largura. Depois da prospecção cromática para determinar as cores originais, as portas de madeira almofadada – emolduradas por umbrais de pedra - foram pintadas de verde. O mesmo aconteceu com as janelas, que contam com grades de ferro e, no andar superior, dispõem de conversadeiras.
O piso de pedra do pavimento inferior foi substituído por cimento em uma das salas. Em outras duas ele foi conservado, após trabalho de prospecção que resgatou interessantes peças arqueológicas. As vigas de madeira do teto suportam as tábuas corridas do piso do andar superior, aonde se chega por meio de escada helicoidal. Esse pavimento é coberto por telhas apoiadas em madeiramento sustentado por tesouras.
A funcionalidade do equipamento foi garantida com a construção de um prédio anexo, que dispõe de cafeteria, escritório para o setor administrativo, sanitários masculino, feminino e para pessoas com deficiência, para quem também foi instalada rampa metálica externa, na área traseira. Área onde se preservou, a bem da história, um pedaço do muro original de pedra e algumas tranquitanas restantes de algumas demolições da cidade, em que se pode ver a inscrição das datas 01 – 12 – 1900 e 01 – 08 – 1905.
O projeto de restauro é do Ipham (Instituto Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).
Responsável pela captação dos recursos para o restauro, a Ama-Brasil (Organização de Desenvolvimento Cultural e Preservação Ambiental) obteve o patrocínio do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e Finabank, o copatrocínio da Rede Drogasil e Tecondi/Termares, além do apoio do Ministério da Cultura.
Um trem de coisas...
A construção da Casa do Trem Bélico aconteceu logo após a restauração da Coroa Portuguesa.
Atendeu a dois objetivos: o simbólico e o militar. Simbolicamente, representava a soberania da metrópole sobre a região. Militarmente, demonstrava a importância estratégica da Vila de Santos como um lugar com instalações militares, devidamente armado e preparado para a defesa da região.
Seu nome deriva do fato de se destinar a depósito de trem-de-guerra, onde “trem” significa “objeto” ou “equipamento”. Tinha a finalidade de abrigar munições e acessórios da artilharia, abastecendo quartéis e fortes. Possuía seu próprio ancoradouro, conhecido como Porto Geral da Casa do Trem Real.
Sofreu algumas reformas, sendo que suas características atuais datam, provavelmente, de 1734. Após a Guerra do Paraguai, em 1870, houve uma diminuição da importância da Praça Militar, resultando, no ano de 1880, na extinção do Comando Militar de Santos e consequente desocupação da casa. Logo em seguida, o imóvel foi ocupado pelo Corpo de Polícia Permanente e, pouco depois, por uma escola pública. Em 1893, devido à Revolta da Armada Nacional, novamente o local serviu para fins militares, como sede do Comando do IV Distrito Militar e, no ano seguinte, voltou a ser depósito de material bélico.
Com a construção da Fortaleza de Itaipu, a região, mais uma vez, aumenta sua importância e a velha Casa do Trem passa a ser ocupada por um destacamento do exército. Em 1908, o local tornou-se sede do Tiro de Guerra n. º 11, razão pela qual a rua onde está localizado passou a se chamar Tiro Onze. Com a sua extinção, no ano de 1945, o edifício foi transformado em depósito do 38° Batalhão de Caçadores da Infantaria do Exército, assim permanecendo até 1949.
Em 1950, teve início seu último período de utilização para fins militares, quando serviu como Entreposto de Subsistência do Exército, sendo definitivamente desativado em 1956. Abandonada, a velha Casa do Trem passou a sofrer depredações, ficando em situação degradante e servindo de abrigo a desocupados.
Finalmente, no ano de 1977, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) restaurou o imóvel, deixando-o em plenas condições de uso.
Agora MS

Tango é declarado patrimônio cultural da humanidade
BUENOS AIRES, 30 SET (ANSA) - A Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) declarou o tango Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. O anúncio foi feito hoje, durante a quarta reunião do Comitê Intergovernamental para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial da Unesco, que acontece em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes. A candidatura do tango foi apresentada em conjunto pela Argentina e pelo Uruguai, que compartilham o nascimento e a tradição da dança.
O secretário da Cultura de Buenos Aires, Hernán Lombardi, já havia adiantado a decisão da Unesco na última segunda-feira. O Ministério da Cultura de Buenos Aires decidiu celebrar o título no próximo fim de semana com um baile de tango na tradicional esquina das ruas San Juan e Boedo.
O evento terá a participação de artistas argentinos, como Susana Rinaldi e Rubén Rada. Em agosto, a capital argentina promoveu o Festival de Tango e Mundial de Baile, que teve a participação de mais de 500 músicos e bailarinos. (ANSA)
Ansalatina.com.br

Candombe afrouruguaio é patrimônio cultural da humanidade
"Seguimos festejando logros: el 30 de setiembre la UNESCO declaró al Candombe Patrimonio Imaterial de la Humanidad. Nosotras como afrodescendientes y candomberas nos sentimos felices de este reconocimiento al legado mas grande que nos dejaron nuestros ancestras. El CANDOMBE AFROURUGUAYO ahora sí oficialmente compartido con la humanidad!!!! Para que nuestra historia no sea olvidada: no dejemos de bailar, de cantar, de tocar y de sentir el Candombe!!!! Candombe fue,es y seguirá siendo Resistencia Negra y Combate al Racismo! AXÉ!!!" (Por Denise Mota, da Folha UOL).
"O candombe é o ritmo popular por excelência do Carnaval afro-uruguaio, paixão que lembra o samba e que ocupa as ruas e os teatros da capital ao lado das murgas --agrupações que satirizam acontecimentos e personalidades, sobretudo políticas, em espetáculos que unem atuação e música.
As apresentações duram 40 dias --dos fins de janeiro ao início de março--, o que faz os uruguaios se gabarem, não sem uma boa parcela de auto-zombaria, de ter "o maior Carnaval do mundo". O melhor do candombe vem logo no início dos festejos: nas primeiras semanas de fevereiro, Montevidéu pára para ver e ouvir as "Llamadas", noite em que os mais de 30 grupos de candombe da cidade dançam pelas ruas dos bairros Sur e Palermo, perto do centro, com seus tambores e estandartes. As calçadas e casas que conformam o perímetro do desfile ficam lotadas de admiradores e turistas.
Para conseguir um lugar de onde seja realmente visível a passagem dos grupos, é necessário alugar uma das varandas com antecedência. As "Llamadas" reproduzem e recordam um ritual herdado da escravidão negra, quando os cativos, na falta de outras possibilidades mais diretas de comunicação, chamavam e alertavam seus companheiros com o toque dos tambores.
No Carnaval uruguaio, as sonoridades de três deles permaneceram como baluartes: o "repique", o "chico" e o "piano", base sonora sobre a qual dançam as "vedetes" --mulheres nem sempre esculturais, mas com a mesma energia e orgulho das passistas brasileiras-, a "mama vieja" (personagem que simboliza as velhas escravas e que porta saia rodada, leque e pano na cabeça), o "gramillero" (companheiro da "mama vieja", figura encurvada que dança de chapéu e com a ajuda de uma bengala) e o "escobero" (bailarino que faz malabarismos com uma haste enquanto executa ágeis passos de dança).
Se para sambar bem o segredo está em conseguir coordenar, com graça, naturalidade e ritmo, o gingado dos quadris e o movimento de pernas e pés, no candombe a ordem é manter cintura e pés em segundo plano, enquanto os braços ganham destaque, alternando-se suave e sincopadamente. Aprender não custa, literalmente, nada. Durante todo o ano, grupos saem às ruas para ensaios ou por pura diversão --especialmente nos bairros Sur e Palermo, redutos históricos da população negra de Montevidéu--, e então é possível entender melhor como é que funciona essa história de ouvir um batuque e sair balançando os braços, e não as cadeiras, por aí".
Tania Ramirez
http://cidinhadasilva.blogspot.com/2009/10/candombe-afrouruguaio-e-patrimonio.html

Bairro de Lisboa é aula de história sobre descobrimentos
Ser um bairro conhecido no mundo todo como berço de um dos doces mais gostosos da culinária portuguesa já seria motivo suficiente para entrar no roteiro de lugares a conhecer numa visita a Lisboa.
Mas Belém, subdistrito histórico de Lisboa onde o historiador e escritor romântico Alexandre Herculano (1810-1877) foi presidente da Câmara, reserva encantos além dos afamados -e algo secretos- pastéis de Belém.

Torre de Belém, construída como fortaleza no rio Tejo
Isso porque Belém fica na foz do rio Tejo, onde as águas do rio se encontram com o mar. Era de lá que partiam as caravelas para as viagens dos descobrimentos. E era para lá que elas voltavam, fomentando uma era áurea em Portugal, que seguiu até meados do século 17.
Para conhecer um pouco dessa história, entre uma mordida e outra nos irresistíveis pastéis de Belém, não deixe de visitar o mosteiro dos Jerônimos e a torre de Belém.

Veja ainda o Padrão dos Descobrimentos, de 1960. Nessa gigantesca caravela estilizada, d. Henrique, o Navegador (1394-1460), ergue-se à proa com uma diminuta nau em mãos. A ele, unem-se 33 esculturas de personalidades lusas, como Camões (1524-1580) -com um exemplar de "Os Lusíadas"- e o pintor Nuno Gonçalves, bem como famosos navegadores, cartógrafos e reis.
Ali, passe no museu da Electricidade, no edifício da Central Tejo, que forneceu energia à Lisboa do início do século 20.
Hoje, ele explica as energias renováveis, a produção e a distribuição de eletricidade. Na década de 1990, Belém iniciou uma onda de revitalização que incluiu a abertura do Centro Cultural de Belém (
http://www.ccb.pt/) e de um hotel cinco estrelas da rede Altis (http://www.altishotels.com/) onde há um spa e restaurantes de alta gastronomia.
MÁRCIO SAMPAIO
enviado especial da Folha de S.Paulo a Lisboa
MÁRCIO SAMPAIO viajou a Lisboa a convite do Altis Belém Hotel & SPA
http://www1.folha.uol.com.br/folha/turismo/noticias/ult338u602516.shtml

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