CULTURA, PATRIMÔNIO CULTURAL E HISTÓRICO - 19-2-10
Bauru-SP - 100 anos do primeiro trem
A Secretaria Municipal de Cultura celebra hoje(18), às 15h, na plataforma e pátio da Estação Ferroviária Paulista de Bauru, no início da rua Rio Branco, em frente à feira do rolo, os 100 anos da chegada a Bauru do primeiro trem da Companhia Paulista de Estradas de Ferro.
Na oportunidade, o prefeito Rodrigo Agostinho e o secretário de Cultura, Pedro Romualdo, apresentarão às autoridasdes bauruenses, imprensa e público interessado o projeto de recuperação da área da ferrovia e utilização cultural e turística do equipamento disponível, com abrangência local e regional.
Além dos dois museus previstos para ocupar espaços do prédio da Estação da Paulista, o complexo deverá reunir o Museu Ferroviário, o Projeto Ferrovia Para Todos e até o turismo ferroviário regional.
A homenagem ao Centenário da Ferrovia Paulsita de Bauru terá participação especial da Orquestra Sinfônica Municipal, que abrirá o evento comemorativo, cuja concretização se deu em 18 de fevereiro de 1910.
O “acontecimento” foi a “mola propulsora” do progresso de Bauru, estabelecendo a cidade como “o maior entroncamento ferroviário do Interior brasileiro”, até da América Latina.
Atualmente, o prédio da antiga estação está cedido ao município e em preparo para a instalação dos museus da Imagem e do Som e Histórico Municipal. De acordo com Jair Aceituno, diretor do Depto de Patrimônio Histórico, a prefeitura, através da Secretaria de Cultura , já tem verbas para as reformas, resultantes de emendas parlamentares, depositadas na Caixa Econômica Federal (CEF).
Jornal da Cidade de Bauru
Rio Grande-RS - Estaleiro-escola restaura embarcação de 103 anos
O restauro da canoa Maria Antonieta, de 103 anos, que está sendo realizado no Estaleiro-Escola do Centro de Convívio dos Meninos do Mar (CCMar) há seis meses em Rio Grande, deve ser concluído ainda este mês. O trabalho é feito pelo construtor naval e professor do Estaleiro-Escola José Vernetti, junto com estudantes do CCMar.
A Maria Antonieta é uma canoa de pranchão, reconhecida como o primeiro modelo de embarcação tradicional propriamente desenvolvido em Rio Grande. E a direção do Centro e do Museu Oceanográfico da Furg está buscando mais informações sobre este tipo. Neste sentido, pede às pessoas que tiverem fotografias de embarcações deste modelo ou que tenham conhecimento dos modos de construção da época em que elas eram usadas na região e de suas tripulações, que façam contato com o estaleiro, pelo telefone (53) 3230-5364 (53) 3230-5364 , ou com o Museu Oceanográfico, pelo (53) 3231-3496 (53) 3231-3496 .
Conforme o diretor do Museu Oceanográfico e do CCMar, Lauro Barcellos, a intenção é obter informações que permitam uma compreensão maior do processo construtivo da canoa de pranchão e da importância que ela teve na região Sul do Estado na parte econômica e social. A Maria Antonieta é maior que as duas canoas deste modelo já restauradas pelos museus Oceanográfico e Náutico e o CCMar, visando ao resgate do patrimônio cultural náutico da região de Rio Grande. Tem 11,3 metros de comprimento. Foi adquirida de João Moreira Neto, de São José do Norte, pelo porto-alegrense Sérgio Alberto Neumann, que a doou ao Museu Oceanográfico. Após o restauro, ficará no píer da instituição com outros barcos.
Barcellos observa que a canoa de pranchão é um modelo único no mundo, pois só em Rio Grande os construtores navais utilizaram este engenhoso método. O casco era construído com pranchões de cedro de 2 polegadas de espessura, falquejados com a ferramenta enxó e fixados uns aos outros com pregos e cavilhas sobre um esparso cavername com três a cinco cavernas mestras. As pranchas eram recortadas e armadas. “É um método construtivo muito especial porque os construtores esculpiam as 49 peças que constituíam o casco e montavam simetricamente a canoa”, diz Barcellos.
Velas vieram de Portugal
Conhecidas como “pano poveiro”, as velas têm forma de trapézio, com verga, adequadas aos ventos da região. “Foram os pescadores portugueses que as trouxeram da Póvoa de Varzim e as adaptaram para a realidade do estuário da Lagoa dos Patos e litoral adjacente”, relata o diretor do Museu Oceanográfico, Lauro Barcellos. As canoas de pranchão foram utilizadas na pesca no estuário e área oceânica adjacente ao longo do século XIX até meados do século XX. Depois, elas foram substituídas por outros modelos. “Por volta de 1930, 1940, alguns patrões experimentaram adaptar motores de popa com longas rabetas em suas canoas, iniciando um processo de mudança sociocultural que se prolongaria nas décadas seguintes. Antigamente, algumas também transportavam produtos das chácaras de horticultores das ilhas próximas às cidades de Rio Grande e São José do Norte”, afirma Barcellos.
Silvana Losekann
Defender
Marcadores: cultura, patr. cultural, patr. histórico
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