ENTRESSEIO

s.m. 1-vão, cavidade, depressão. 2-espaço ou intervalo entre duas elevações. HUMOR, CURIOSIDADES, UTILIDADES, INUTILIDADES, NOTÍCIAS SOBRE CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS CULTURAIS, AQUELA NOTÍCIA QUE INTERESSA A VOCÊ E NÃO ESTÁ NO JORNAL QUE VOCÊ COSTUMA LER, E NEM DÁ NA GLOBO. E PRINCIPALMENTE UM CHUTE NOS FUNDILHOS DE NOSSOS POLÍTICOS SAFADOS, SEMPRE QUE MERECEREM (E ESTÃO SEMPRE MERECENDO)

26 abril, 2010

CULTURA, PATRIMÔNIO CULTURAL E HISTÓRICO - 26-4-10

Brasília restaurada aos 50 anos
No seu aniversário, a capital do país tem arquitetura revitalizada para presentear turistas e moradores. Parceria entre o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e o Governo do Distrito Federal garantiu a cidade de cara nova no ano do cinquentenário da capital dos brasileiros

FOTO: SANDRO ARAúJO
Considerada um dos mais importantes cartões-postais de Brasília, a Catedral Metropolitana de Brasília passou por importantes reformas para receber a visita dos turistas



Brasília chega aos 50 anos e quem ganha o presente é a população. Além das festas e comemorações preparadas para a cidade, os monumentos tombados pela Unesco como Patrimônio Cultural da Humanidade foram restaurados. Criticados por turistas e moradores, com as reformas realizadas nos principais pontos turísticos da cidade, agora os monumentos são elogiados pelos visitantes e frequentadores. Moradora há 20 anos na capital, a dona de casa Lucélia Santos Gouveia disse que nunca tinha visto obras como as que estão sendo feitas nos principais símbolos da cidade.
“Desde que vim morar aqui, ao invés de me encantar pela cidade, tive decepção ao ver o tempo passar e a cidade desfalecer. Este ano vi uma transformação na capital quando vários pontos turísticos começaram a ser restaurados. Hoje tenho orgulho de passear pela cidade”, disse.
Joel Pontes Cardoso não conhecia Brasília e decidiu acompanhar as comemorações preparadas para a cidade, mas principalmente para conhecer a arquitetura local. “Nunca tinha visto obras como as que existem em Brasília. Tenho muita vontade de conhecer a Catedral e não vejo a hora para que chegue dia 21 e eu possa visitá-la”, completou.
De acordo com o superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional do DF (Iphan-DF), Alfredo Gastal, o órgão tem trabalhado em parceria com o GDF para que a capital do país esteja de cara nova após 50 anos de história.
“O governo tem trabalhado na restauração de vários monumentos que já estão completando 50 anos. A maioria foi feita às pressas para inaugurar a cidade. A Praça dos Três Poderes foi um dos pontos restaurados para o aniversário de Brasília. Os monumentos têm que ser adaptados aos tempos modernos, mas mantendo sua originalidade”, conta Gastal. Segundo ele, nos últimos cinco anos houve a restauração da capela do Palácio da Alvorada e também do próprio Palácio, que estavam abandonados há muitos anos. “Nunca havia sido feita uma restauração, e hoje, ele está aberto à visitação pública, e também da capela. Agora está sendo terminada a restauração da Catedral de Brasília, com a instauração dos novos vitrais, do Palácio do Planalto, que também haverá dias para as pessoas visitarem o local”, explica.
O GDF está restaurando o Panteão da Pátria e está sendo estudada a implantação de um projeto para que a área seja transformada em um lugar em que as pessoas possam ter uma verdadeira aula sobre a história do Brasil em forma audiovisual. O único empecilho ainda seria a falta de verba.
O superintendente do Iphan-DF disse também que a conservação é o melhor remédio para que o tombamento da cidade seja preservado. “Sempre tem algo há ser feito em se tratando de restauração dos monumentos da cidade. O melhor é atacar antes que os problemas fiquem sérios, que é o que está sendo feito nos ministérios. Na medida em que há boa vontade de todos, conseguimos fazer uma fiscalização razoável nas obras”, avalia Alfredo Gastal.
Ele destaca que hoje o local que merece maior atenção é a parte interior do Teatro Nacional, onde existem problemas sérios de mofo e é preciso trocar as cadeiras, principalmente por uma questão de funcionamento e conforto do teatro para os frequentadores. “Não se justifica esse tipo de problema em uma capital da República. Capital deve ser exemplo para outras cidades, inclusive, exemplo de conforto para todo o povo”, ressalta.
Fiscalização atua na proteção do patrimônio
Segundo informações da assessoria de imprensa da Agência de Fiscalização do DF (Agefis), as áreas mais afetadas que ferem o tombamento da cidade são os puxadinhos das comerciais locais nas asas Sul e Norte. De acordo com a Agefis, as irregularidades observadas em massa estão presentes na maioria dos blocos com invasões que ferem as características urbanas originais de Brasília. A Agefis informou que, apenas na Asa Sul são 1.332 invasões notificadas. As demais irregularidades, segundo a Agência, são pontuais, como fechamento de pilotis ou cancelas de garagem, no entanto são esporádicas e facilmente coibidas.
A Agefis afirmou também que existe um grupo de trabalho dentro da Diretoria de Planejamento do órgão que pontua as áreas onde o tombamento está sendo ferido e propõe ações fiscalizatórias compilando um levantamento dos principais tópicos e endereços onde as ocorrências são verificadas. Para conter esse tipo de ação na cidade foi criada uma programação fiscal para multar e demolir os puxadinhos que descumprem a notificação. No último dia 13, foi aprovada na Câmara Legislativa do DF uma lei que prorroga até 31 de maio de 2011 o prazo para regularização.
A fiscalização realizada pelo órgão é feita em etapas, oferecendo prazos para os infratores notificados se adequarem por conta própria. Após esta ação é emitida a multa, podendo o estabelecimento ser demolido.
Plano concentra empregos

FOTO: Sebastião Pedra / CedocGastal considera que a concentração de empregos no Plano Piloto é um erro de planejamento

Gastal falou ainda sobre os desafios enfrentados por Brasília para que a cidade seja exemplo para outras. “Na preservação de Brasília, o maior desafio é a melhoria na qualidade de vida e o aumento de empregos nas cidades-satélites. Brasília ficou sendo o centro de tudo. É um erro brutal de planejamento cometido por governos que passaram por Brasília”, reforça.
O superintendente destaca que cerca de 70% dos empregos do Distrito Federal está dentro do Plano Piloto, enquanto a maioria da população está fora do Plano Piloto e isso faz com que muita gente que depende do transporte público para trabalhar no centro seja obrigada a utilizar um transporte sem qualidade e confiabilidade. “Todas as manhãs podem ser observados carros entulhados. O resultado é que a pessoa que poderia utilizar um transporte público por R$ 2 em uma cidade-satélite ou um metrô que viesse da cidade-satélite, um VLT ou um ônibus articulado pagando pouco, e chegar até o Plano Piloto, a pessoa prefere adquirir um carro e vir estacionar nessa loucura em que se transformou o Plano”, verifica.
Para Gastal, o grande problema hoje é equilibrar o emprego no DF. Brasília tem cerca de 350 mil habitantes, ou seja, ela é mais de seis vezes menor do que a população do DF, que é de mais de dois milhões de pessoas. O espaço geográfico do Distrito Federal é 430 vezes maior que Brasília, mas os investimentos são quase todos dentro da capital. “Raramente é visto investimentos realizados no Distrito Federal como um todo. Quando fazem é para estender uma estrada, e não colocar uma linha única de ônibus ou para aumentar e descentralizar o metrô”, comenta. Gastal reforça que a história da cidade é complicada porque ela foi criada em uma época em que o Brasil estava vivendo uma experiência de democracia muito difícil. “Durante vinte anos, Brasília foi uma cidade glamourosa, muito bonita e segura. Você antes sabia quem entrava e quem saía”, completa.
Gastal avalia que, no geral, a preservação dos monumentos de Brasília está muito boa, mas que esses monumentos são pouco conhecidos da própria população moradora do Distrito Federal devido à inexistência de programa de guias turísticos locais. “Brasília não é mais vista como a capital da República do Brasil. Brasília não é a capital dos brasileiros, mas de todos os brasileiros, e é isso que temos que recuperar. Mas a primeira recuperação que temos que fazer é que os habitantes do DF e também do Entorno conheçam Brasília e entendam que essa cidade é deles também”, explica.
Segundo Gastal, essa maior proximidade com a população local estimularia a que usasse mais os museus e teatros, para que os teatros não fiquem com programação apenas para pequenos grupos. Ele destaca que deveria haver ônibus especiais, pelo menos nos finais de semana, para trazer, se possível até de graça, o povo para conhecer a cultura. “Temos que fazer que a cultura seja da gente para a gente”, observa.
Dados do Iphan apontam que Brasília é a única cidade moderna, do século XX, que foi construída, e ainda está inteira até hoje, preservada suas características pelo tombamento de Patrimônio Cultural da Humanidade. “O tombamento é uma legislação que deve funcionar. É importante que as pessoas saibam que esta capital foi construída nos anos 60 com esforço brasileiro, através dos candangos, feito pelo esforço da mão-de-obra do povo brasileiro comum, por arquitetos brasileiros. O Brasil passou a amar a si mesmo e fez algo para si mesmo, que é Brasília”, destaca.
Rafael Mouad
Redação Jornal da Comunidade



Funarte investe R$ 56 milhões em projetos culturais

BRASÍLIA - A Fundação Nacional de Artes (Funarte) com o apoio do Ministério da Cultura investirá R$ 56 milhões em editais de incentivo à cultura. O programa visa premiar com uma bolsa de até R$ 260 mil projetos de produção, formação de público, pesquisa, residências artísticas e produção crítica sobre arte.
O teatro, a dança, o circo, as artes visuais e a fotografia serão as áreas contempladas. Pela primeira vez, a Funarte lançará editais no setor de festivais. Cada área terá um número de trabalhos a ser apoiado. No caso do prêmio de produção crítica à música, serão apoiados dez trabalhos e cada contemplado receberá R$ 15 mil.
Com novas edições, os prêmios Myriam Muniz (teatro), Klauss Vianna (dança) e Carequinha (circo) terão aporte que variam entre R$ 40 mil a R$ 150 mil. As inscrições estão abertas em todo o país e podem ser feitas no site da Funarte onde também estão disponíveis os editais de cada projeto.
DCI


Polícia Federal investiga roubo de imagens sacras em Pernambuco
Elas teriam sido levadas na Semana Santa; até o momento nenhum suspeito foi encontrado.
A PF (Polícia Federal) investiga o furto de três imagens sacras de uma igreja em Goiana, Pernambuco. As imagens, do século 16, compunham o altar principal da capela de Santa Teresa D'Ávilla, ao lado do convento da cidade. Elas teriam sido levadas na Semana Santa, mas até agora nenhum suspeito foi encontrado.
Nemias Falcão, delegado da cidade, diz que os ladrões entraram pela porta dos fundos, na qual foi feito um buraco, e saíram pelo mesmo local. Segundo Nemias, há um matagal na parte de trás da igreja, que pode ter facilitado a fuga dos envolvidos. Além das imagens, os criminosos teriam levado uma quantia de cerca de R$ 300 da capela.
Não há sistema de segurança na capela, que compõe o centro histórico da cidade e é tombada pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). Por se tratar de um edifício protegido pelo órgão, as investigações do caso foram encaminhadas à Polícia Federal.
Gazeta.web.com

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