ENTRESSEIO

s.m. 1-vão, cavidade, depressão. 2-espaço ou intervalo entre duas elevações. HUMOR, CURIOSIDADES, UTILIDADES, INUTILIDADES, NOTÍCIAS SOBRE CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS CULTURAIS, AQUELA NOTÍCIA QUE INTERESSA A VOCÊ E NÃO ESTÁ NO JORNAL QUE VOCÊ COSTUMA LER, E NEM DÁ NA GLOBO. E PRINCIPALMENTE UM CHUTE NOS FUNDILHOS DE NOSSOS POLÍTICOS SAFADOS, SEMPRE QUE MERECEREM (E ESTÃO SEMPRE MERECENDO)

26 maio, 2010

CULTURA, PATRIMÔNIO CULTURAL E HISTÓRICO - 26-5-10

Encontrado altar romano do segundo século

Foi anunciada ontem pela Autarquia Israelense de Antigüidades a descoberta de um altar romano datado do primeiro/segundo século d.C. O objeto, adornado com cabeças de touros e uma coroa de louros, foi encontrado na área onde será construída uma sala de emergência no hospital Barzilai, em Ashkelon.
A área se tornou foco de intensa polêmica após terem sido encontradas ossadas humanas no local. No entendimento de alguns grupos ortodoxos judaicos, caso os ossos fossem de judeus, a obra deveria ser interrompida.
Diante dessa descoberta, os ossos parecem ser de pagãos (odeio esse termo, mas não pude achar outro melhor).

Museu vai abrigar peças sacras recuperadas em Minas
Imagens recuperadas ganharão sala exclusiva no Museu Mineiro

Um dos gargalos da política de recuperação de peças sacras desaparecidas em Minas está perto de ter uma solução. No próximo semestre, ao ser reinaugurado, o Museu Mineiro, vinculado à Secretaria de Estado de Cultura, em Belo Horizonte, vai ter uma sala exclusiva para abrigar o acervo recuperado pela polícia e outras autoridades, nos últimos anos. Até hoje, os objetos que estavam em leilões, em mãos de colecionadores, sem documentação ou à venda de forma ilegal se encontram longe dos olhos do público, nas reservas técnicas do museu e do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha/MG), na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte.
“Esse é um grande avanço para o nosso trabalho, pois, em exposição permanente, as imagens e outros bens poderão ser visitados e identificados pelos integrantes de comunidades de onde foram retirados”, diz o coordenador da Promotoria Estadual de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico, promotor de Justiça Marcos Paulo de Souza Miranda. Ele participou, terça-feira, na Procuradoria-Geral de Justiça, em BH, do seminário “Preservação do Patrimônio Cultural Sacro: Responsabilidades e Ações", que teve a presença de autoridades civis e eclesiásticas, representantes de universidades, prefeituras e outros setores do patrimônio cultural.
Souza Miranda estima em 600 o número de peças que precisam de identificação para que voltem aos seus locais de origem. “Nosso objetivo é que essa sala, a ser inaugurada, fique vazia o mais rápido possível. O importante é que as peças retornem aos seus verdadeiros donos, que são as igrejas, capelas, museus e demais monumentos de onde foram levados”, informa o promotor de Justiça. O acordo para a abertura do espaço no Museu Mineiro, em fase de restauração, foi acertado, terça-feira, entre o secretário de Estado da cultura, Washington Mello, e o representante do Ministério Público Estadual.
“Com o seminário, estamos fortalecendo a nossa campanha pela preservação do patrimônio de Minas e articulando uma série de ações que serão tomadas. A presença de representantes da Arquidiocese de BH nesse encontro é muito importante, pois pretendemos, no ano que vem, lançar uma campanha chamada Igreja Segura, Igreja Aberta, nos moldes da existente em Portugal”, afirmou Marcos Paulo. “As igrejas representam a religião; a cultura, já que guardam um patrimônio valioso; e são também fonte de turismo. Por isso, temos que investir na sua preservação, pois valorizam as comunidades”, disse a diretora do Museu e Arquivos Históricos da Polícia Judiciária de Portugal e coordenadora do projeto Igreja Segura, Igreja Aberta, Leonor Sá. Para ela, é fundamental que os templos históricos jamais fiquem fechados, pois isso representa degradação e chamariz para ladrões.
Homenagem
Durante o seminário, foi prestada uma homenagem ao fotógrafo Assis Alves Horta, natural de Diamantina, de 92 anos, 35 dos quais na capital. Lúcido e cheio de saúde e bom humor, ele abriu oficialmente uma pequena mostra com o registro de imagens e cidades históricas de Minas em sete décadas, além de equipamentos usados, como velhos chassis de câmeras fotográficas, chapas de vidro, os “vovôs dos negativos” e outros. A exposição ficará aberta até sexta-feira, das 10h às 18h, na Sala do Memorial, na Procuradoria-Geral de Justiça, na Rua Dias Adorno, 367, Bairro Santo Agostinho, na Região Centro-Sul da capital. “Fiz mais de 60 mil fotos nas cidades histórias mineiras”, disse Assis, com orgulho.
Horta tem uma larga folha de serviços prestados à cultura de Minas, desde que começou a trabalhar, em 1937, no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan, ex-Sphan). Fundou o Museu do Diamante e a Biblioteca Antônio Torres, em Diamantina, que estiveram sob sua guarda, juntamente com a Casa do Bonfim. Até 1978, atuou no Iepha. Para ajudar a recuperar o acervo desaparecido, ele forneceu fotografias antigas e informações para abastecer o banco de dados sobre bens culturais sacros furtados do estado. “Em fevereiro, Assis cedeu à Promotoria de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico três fotos inéditas, datadas de 1936, retratando a imagem de Santana Mestra da igreja matriz do distrito de Inhaí, em Diamantina, furtada em 1997 e atualmente procurada pelas autoridades”, disse o promotor Marcos Paulo.
Gustavo Werneck - Estado de Minas

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