CULTURA, PATRIMÔNIO CULTURAL E HISTÓRICO - 8-6-10
Ação obriga ALL a restaurar corretamente ponte na Serra do Mar Obrigatoriedade da restauração foi resultado de ação civil pública proposta pela Procuradoria Geral do Estado do Paraná (foto: Divulgação / AEN)
A ALL - América Latina Logística – foi condenada pelo juiz Fernando Andriolli Pereira, da Comarca de Morretes, a restaurar a ponte ferroviária sobre o Rio São João, na Serra do Mar. A ponte é considerada um bem de notável valor histórico-cultural para os paranaenses. A obrigatoriedade da restauração foi resultado de ação civil pública proposta pela Procuradoria Geral do Estado do Paraná.
Na ação, a procuradora de Meio Ambiente e Patrimônio Histórico do Estado do Paraná, Heloisa Bot Borges, revela que na madrugada do dia 19 de julho de 2004, a ponte localizada entre as estações Véu da Noiva e Marumbi da estrada de ferro Curitiba-Paranaguá, foi seriamente danificada por um trem da ALL.
Por excesso de velocidade, o trem disparou e, ao se chocar com a ponte, destruiu a sua estrutura lateral. Alguns vagões tombaram sobre o Rio São João e a carga de soja, milho e açúcar que estava sendo transportada espalhou-se sobre do rio, contaminando boa parte do leito.
A ALL firmou com o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e Ibama um termo de ajustamento de conduta e assumiu o compromisso de submeter à Secretaria de Estado da Cultura um projeto de restauração da ponte, que desde 1986 faz parte do parte do patrimônio cultural do Estado e do tombamento da Serra do Mar.
“A empresa não poderia ter feito o restauro da ponte sem que o projeto fosse aprovado pelo Conselho Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico, órgão da Secretaria de Estado da Cultura. A ponte ficou completamente diferente do que era antes do acidente. É preciso devolver à ponte as características anteriores. Ela ficou com uma estética diferenciada”, destacou a procuradora do Estado responsável pela ação.
Diante disso, a Secretaria da Cultura acionou a Procuradoria Geral do Estado para interpor ação civil pública contra a empresa, para que providenciasse a reparação dos danos e que fosse condenada a compensações e ao dano moral resultante do período em que privou a coletividade do valor cultural, bem como à multa prevista na Lei Estadual 1211/53, que trata de danos causados ao patrimônio histórico.
O juiz Fernando Andriolli Pereira julgou procedentes todos os pedidos formulados pelo Estado do Paraná, condenando a ALL a restaurar corretamente a ponte, mediante a apresentação de projeto de restauro à Secretaria da Cultura em noventa dias, sob pena de multa diária no valor de R$ 100.000,00.
A ALL também foi condenada ao pagamento da multa prevista na Lei Estadual de Tombamento e a indenizar o dano moral ambiental por ela causado, este no valor correspondente a 1% (um por cento) do seu faturamento líquido do ano de 2009.
Em sua sentença, o juiz destaca que “não restam dúvidas de que a ponte sobre o Rio São João tem grande valor histórico e cultural e mantém viva a memória daqueles personagens que ousaram edificar a estrada de ferro na Serra do Mar”. E, reconhece que as obras executadas pela ALL promoveram claramente grande modificação no padrão arquitetônico da obra.
“Os documentos revelam, a título de exemplificação, que as vigas do apoio situado na cabeceira sentido Curitiba são diferentes daquelas que constavam originalmente. A nova junção entre o vão de acesso e o vão central é visivelmente diferente daquela que existia no local com sobreposição de chapas e utilização de grande número de rebites, o que dava a impressão de robustez da estrutura. É fácil perceber também a grande diferença existente entre as torres de apoio da estrutura”.
A estrada de ferro Curitiba-Paranaguá é um dos mais extraordinários feitos da engenharia brasileira, pois superou as dificuldades naturais da Serra do Mar, em uma época em que a tecnologia disponível era limitada, ligando o litoral ao planalto. Já a Ponte São João, inaugurada em 26 de junho de 1884, é uma verdadeira obra de arte na avaliação dos arquitetos e engenheiros brasileiros, pois transpõe o Vale Marumbi e alcança a Serra do Itupava, trecho considerado o maior obstáculo à continuação dos trilhos até o planalto. Ainda, tem características construtivas e estéticas peculiares que justificam a sua proteção.
Bem Paraná
Belas Artes busca parcerias com faculdades da América do Sul
A Faculdade Belas Artes de São Paulo quer parcerias para oferecer a seus alunos cursos de extensão na Argentina, Uruguai, Chile e Colômbia. A instituição é uma das cerca de 1 mil presentes a Guadalajara, no México, onde acontece o segundo encontro de reitores promovido pelo banco Santander, via seu braço de apoio à educação de ensino superior, o Universia. Segundo o pró-reitor administrativo da Belas Artes, Sidney Ferreira Leite, o objetivo é conseguir universidades para cursos nas áreas de arquitetura e design.
A Belas Artes já possui convênios com faculdades na Itália, Inglaterra e Portugal. Segundo o pró-reitor, os cursos de extensão oferecidos no exterior são uma prática comum em outros países e que está crescendo no Brasil. "Os alunos do ensino médio já são instruídos por suas escolas a procurar faculdades que ofereçam estes programas no exterior", disse.
Leite afirmou que só no primeiro semestre deste ano a Belas Artes foi procurada por cerca de 10 universidades da Europa e Estados Unidos para fazer parceria de intercâmbio de alunos. Segundo ele, os convênios buscados no evento de Guadalajara podem ser concluídos e colocados à disposição dos alunos brasileiros ainda no próximo semestre.
O jornalista viajou a convite do banco Santander
GUSTAVO CASADIO
Direto de Guadalajara
Terra
Coliseu, em Roma, abrirá corredores subterrâneos para visitação
RIO - O Coliseu, em Roma, em breve terá mais uma área aberta ao público. Autoridades italianas anunciaram nesta semana que as galerias subterrâneas, onde ficavam as jaulas dos animais que eram mortos pelos gladiadores na arena do anfiteatro. A previsão é as galerias, que também era onde ficavam os escravos e onde os lutadores se preparavam, seja aberta ao público em agosto.
O custo do projeto foi de US$ 28 milhões e agora o minucioso trabalho de proteger as frágeis estruturas está quase no fim. As áreas subterrâneas eram consideradas muito frágeis, e por isso estavam fechadas.
O trabalho maior de restauração, no entanto, ainda precisa ser posto em prática. De acordo com Piero Meogrossi, diretor técnico da área de arqueologia do ministério da Cultura da Itália, faltam verbas para isso. Para isso, as autoridades procuram patrocinadores.
- Mais que patrocinadores, nós queremos parceiros, pois também queremos ser envolvidos. Até agosto nós vamos reabrir a arena e o subterrâneo, além da galeria entre o segundo e o terceiro andar - afirmou à Agência de Notícia AFP.
Maceió-AL - Escola Geraldo Melo realiza atividades no Dia da Encadernação do Livro Didático
Alunos participam nesta terça-feira (25) de gincana que vai premiar turma que mais recuperar e encadernar livros
Ricardo Rodrigues
A Escola Estadual Geraldo Melo dos Santos, localizada no Conjunto Graciliano Ramos, promove nesta terça-feira (25), várias atividades para marcar o Dia da Encadernação do Livro Didático. Segundo o professor Claudio Gomes, que é um dos coordenadores do projeto, esta é a segunda vez que atividades dessa natureza acontecem na escola. “Desta vez, além de ensinar os alunos a recuperar e encapar os livros didáticos, vamos realizar uma gincana para premiar a turma que encapar a maior quantidade de livros”, explicou o professor.
A iniciativa tem o apoio da Secretaria de Estado da Educação e do Esporte (SEE). O objetivo é despertar a comunidade escolar para a importância de conservar os livros fornecidos pelo Ministério da Educação e distribuídos gratuitamente aos alunos da rede pública de ensino.
“Da entrega dos livros até a sua devolução à escola no final do ano letivo, o aluno precisa entender que outros colegas irão receber os livros que ele recebeu, por isso esse material didático precisar estar bem conservado para ser aproveitado”, destacou Gomes.
Segundo o professor, a programação em torno do Dia da Encadernação do Livro Didático vem sendo trabalhada com algumas semanas de antecedência para preparação dos alunos que vão participar da gincana. “Essa programação envolve a formação de três comitês de alunos multiplicadores. De cada sala de aula foram escolhidos dois alunos que aprenderam a técnica de encadernação e receberam a missão de passar essa aprendizagem para os demais colegas de turma”, explicou Claudio Gomes.
O professor disse ainda que foram formados os comitês de restauração, políticas públicas sobre livro didático e encadernação artística. No laboratório de informática, os alunos tiveram acesso às informações sobre os recursos usados para aquisição de livros didáticos e como é feita a escolha dos títulos. Na biblioteca, foram realizadas oficinas com alunos do comitê de restauração. Na sala de artes, o terceiro comitê aprendeu a fazer encadernação artística, utilizando as cores e os motivos da Copa do Mundo 2010.
“Enquanto os multiplicadores desenvolviam essas atividades, os professores estavam nas salas de aula, orientando os demais alunos sobre a importância da conservação dos livros e realizando oficinas de encadernação”, acrescentou Claudio
Gomes, que é professor de História e trabalha na biblioteca da escola. Segundo ele, além da gincana, será apresentada ao público,
no pátio da escola, uma peça teatral denominada “Livro, sem você não vivo”. A peça será encenada pelo grupo de
Para Gabriela Santos, 15 anos, aluna do 9º Ano “B”, a oficina de encadernação do livro didático, além de
interessante, irá ajudá-la a conservar melhor o seu material escolar. “Depois dessa oficina, passarei a dar uma atenção maior ao meu material didático e já estou pensando em recuperar os livros de literatura, que tenho em casa”, afirmou a aluna, que estuda na mesma escola desde a 5ª série. A Escola Estadual Geraldo Melo tem cerca de 2 mil alunos matriculados nos três turnos.
Ricardo Rodrigues
Marcadores: cultura, patr. cultural, patr. histórico
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