CULTURA, PATRIMÔNIO CULTURAL E HISTÓRICO - 15-6-10
Arqueólogos encontram 'sapato mais antigo do mundo' na Armênia
Cientistas estimam que objeto tenha 5.500 anos.
Calçado foi achado em caverna na Armênia.
Um grupo de cientistas internacionais liderados pela Universidade de Cork, na Irlanda, encontraram o que dizem ser o sapato de couro mais antigo do mundo. O objeto, que estava em uma caverna na Armênia, tem idade estimada em 5.500 anos.
Baseado em um único pedaço de couro de boi, o sapato está em perfeito estado de conservação. (Foto: Departamento de Arqueologia da Universidade de Cork, via AP)
O calçado estava recheado de grama, e os pesquisadores ainda não sabem dizer se o vegetal servia para manter os pés aquecidos ou para conservar o formato do calçado enquanto ele estava guardado.
Segundo os pesquisadores, o chão da caverna estava coberto com uma grossa camada de estrume de ovelha, e isso ajudou a conservar o objeto.
Do G1, em São Paulo
Descaso da Cesp poderia acabar com sítio de 7 mil anos
A pesquisa arqueológica que permitiu ao Ministério Público Federal (MPF) questionar judicialmente as ações da Companhia Energética de São Paulo (Cesp) em suas usinas hidrelétricas na divisa com Mato Grosso do Sul é de responsabilidade de Emília Kashimoto e Gilson Martins, ambos professores da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).
Eles levantaram a existência de 333 sítios arqueológicos na região, sendo que pelo menos 169 estão na margem direita do Rio Paraná, ou seja, do lado do nosso Estado. Foram coletadas 80 mil amostras entre pontas de lança, fragmentos de cerâmica e urnas funerárias (uma delas com um crânio).
Os povos que ali moravam viviam de caça, pesca e coleta de alimentos. Acredita-se que boa parte são de antepassados dos Guarani. Todas as peças estão no Museu de Arqueologia da UFMS (Muarq), em Campo Grande.
As usinas de Jupiá e Ilha Solteira foram construídas antes da obrigatoriedade por lei da exigência de estudo de impacto ambiental (em 1988). Sendo assim, explica a assessoria de imprensa do MPF, não havia a preocupação de preservação do meio ambiente e do patrimônio cultural ali localizado.
A Cesp sofreu com situação parecida após inundar o local de habitação tradicional dos índios Ofaié, na região de Três Lagoas e Brasilândia, para a construção da Porto Primavera.
Para o MPF, conforme divulgado em seu site oficial, “a extensa e significativa área arqueológica foi inundada e continua a ser destruída, na faixa de depleção (variação do nível do reservatório), daí o caráter emergencial das pesquisas arqueológicas”.
Em entrevista concedida à assessoria de imprensa do MPF, o estudioso Gilson Martins afirma que "a região impactada pelas três usinas, além de muito extensa, abrange a área de um dos rios mais importantes para a geografia do continente sul-americano. Esta região é de relevância singular na arqueologia e na história do povoamento e dos movimentos migratórios do continente. Provavelmente, centenas de milhares de pessoas têm nas margens do Rio Paraná suas raízes, sua história e seu passado. Enquanto não houver preservação e monitoramento, o material arqueológico que conta toda essa história continuará sendo afetado".
História das usinas
A Usina Engenheiro Souza Dias (Jupiá) foi concluída em 1974. Está localizada no Rio Paraná, entre Andradina e Castilho (SP) e Três Lagoas (MS). Ela tem potência instalada de 1.551,2 MW. Sua barragem tem 5.495 metros de comprimento e o reservatório, 330 km2.
A Usina Hidrelétrica (UHE) Ilha Solteira é a terceira maior do país. Ela fica no Rio Paraná, entre Ilha Solteira (SP) e Selvíria (MS) e foi concluída em 1978. A potência instalada é de 3.444,0 MW, a barragem tem 5.605 metros de comprimento e o reservatório, 1.195 quilômetros quadrados de extensão.
Juntas, Ilha Solteira e Jupiá, compõe o sexto maior complexo hidrelétrico do mundo.
A UHE Engenheiro Sérgio Motta, também conhecida como Porto Primavera, fica no Rio Paraná, 28 km antes da confluência com o Rio Paranapanema. Sua barragem é a mais extensa do país, com 10.186,20 metros de comprimento, e o reservatório tem 2.250 quilômetros quadrados.(Com informações do MPF)
A referência processual é o número 0000789-37.2005.403.6003
Marcelo Eduardo – www.capitalnews.com.br
Incêndio devasta patrimônio histórico de Bragança Paulista
Prédio abrigava colégio no interior de São Paulo.
Internautas registram fogo e lamentam destino do local.
Prédio pegou fogo por volta das 17h30 da quinta (10)
No início da noite de quinta-feira (10) um terrível incêndio devastou seriamente o prédio do antigo Colégio João Carrozzo, que no passado fez parte da história da cidade de Bragança Paulista, no interior de São Paulo.
Por volta das 17h30, as chamas tomaram conta da parte central do prédio que é tombado pelo patrimônio histórico e, infelizmente, está abandonado há anos.
O Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo foi acionado e em conjunto com os Policiais Militares, Guarda Municipal e colaboradores da prefeitura contiveram as chamas que destruía o prédio.
Ainda não foi possível avaliar os danos ao imóvel, mas o fato entristeceu os moradores que acompanharam o episódio.
Alguns ainda lamentam o fato da prefeitura não dar um destino mais nobre ao local.
(Foto: Ana Teresa de Araujo Braga Lonzi/VC no G1)
Daudt Vitorio Junior Internauta, Bragança Paulista, SP
G 1
Minas Gerais – Peça de Aleijadinho é recuperada em Amparo
Escultura é procurada pela Ministério Público de Minas Gerais há 40 anos.
Após quase quatro anos de investigações, o Ministério Público Estadual de Minas Gerais apreendeu na manhã desta sexta-feira (28) em Amparo uma peça sacra do século 18 do artista Aleijadinho, que teria sido retirada da Igreja de São Francisco de Assis de Ouro Preto (MG) há cerca de 40 anos. Não foram divulgadas informações sobre a identidade do colecionador de Amparo e de que forma ele será responsabilizado.
A peça foi levada na noite desta sexta-feira para Ouro Preto (MG), onde ficará sob a guarda do Museu Aleijadinho para provas periciais. Desde 2006 o Ministério Público, por meio da Promotoria Estadual de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico de Minas Gerais e da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Cultural de Ouro Preto, investiga o caso. O promotor Ronaldo Crawfort pediu para que a juíza Janete Gomes indique um perito de confiança para avaliar a peça. Também foi pedido aos moradores de Ouro Preto que entreguem fotos, caso tenham para facilitar o trabalho de perícia.
De acordo com as apurações do MPE, Aleijadinho produziu um conjunto composto por quatro bustos relicários representando os quatro doutores franciscanos: Venerável Duns Scott, Santo Antônio de Pádua, São Tomás de Aquino e São Boaventura. As peças teriam sido transferidas para o Museu Aleijadinho (anexo à Igreja de Nossa Senhora da Conceição de Antônio Dias), na década de 1960, quando uma delas foi deslocada para uma coleção particular na cidade de São Paulo e vendida para um empresário de Amparo. O MPE pleiteia que a peça sacra retorne ao seu local de origem porque os bens culturais da igreja são inalienáveis (que não podem ser vendidos ou cedidos).
O Ministério Público Estadual de Minas Gerais ingressou com ação cautelar de produção antecipada de provas e no dia 26 de maio deste ano, a juíza de Direito de Ouro Preto, Janete Gomes Moreira, determinou a apreensão do busto de São Boaventura para fins de perícia técnica e comparação com as outras três peças que estão em Ouro Preto.
A escultura é conhecida como Busto de São Boaventura e tem 69 centímetros de altura, 41 centímetros de largura e 16 centímetros de profundidade. Ela foi feita em cedro na terceira fase da produção de Aleijadinho (1791/1812).
Silvana Losekann
Defender
Fogo se alastrou por prédio de antigo colégio Prédio foi tombado pelo patrimônio histórico (Foto: Daudt Vitorio Junior/VC no G1)Marcadores: cultura, patr. cultural, patr. histórico
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