ENTRESSEIO

s.m. 1-vão, cavidade, depressão. 2-espaço ou intervalo entre duas elevações. HUMOR, CURIOSIDADES, UTILIDADES, INUTILIDADES, NOTÍCIAS SOBRE CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS CULTURAIS, AQUELA NOTÍCIA QUE INTERESSA A VOCÊ E NÃO ESTÁ NO JORNAL QUE VOCÊ COSTUMA LER, E NEM DÁ NA GLOBO. E PRINCIPALMENTE UM CHUTE NOS FUNDILHOS DE NOSSOS POLÍTICOS SAFADOS, SEMPRE QUE MERECEREM (E ESTÃO SEMPRE MERECENDO)

14 junho, 2010

CULTURA, PATRIMÔNIO CULTURAL E HISTÓRICO - 14-6-10

Descoberta de múmia atrasa as obras do Metrô em São Paulo

A polícia científica foi acionada e, ao ouvir a descrição de um dos operários, imediatamente notificou o Departamento de Arqueologia da Universidade Federal. Dois professores foram enviados ao local e após uma breve análise, constataram se tratar de uma urna funerária.
Após 12 dias de cuidadosas escavações, os arqueólogos conseguiram remover o artefato. A grande surpresa veio quando ele foi aberto, havia uma múmia muito bem preservada. “Esta é com certeza a maior descoberta arqueológica já feita no Brasil” afirmou o professor Isaac Koenig.
Um teste preliminar com carbono 14 estimou que a múmia tem entre 760 a 810 anos de idade. De acordo com os professores, sabe-se que nativos da tribo Guarani Tupac Amaru viveram nessa região entre os anos 1100 a 1530, entretanto nenhuma prova ou evidência de mumificação tinha sido encontrada.
A múmia foi levada até a sede do Departamento de Arqueologia, onde foi submetida a exames mais complexos. Não foram revelados detalhes, mas fontes seguras afirmaram ser um tipo de múmia nunca antes visto. Segundo informações, a múmia apresenta 7 cores espalhadas pelo corpo. Os responsáveis negam as informações “Não temos nada a declarar por enquanto”, disse o professor Moisés Hollanda.
Após 3 meses de sigilosos estudos, algumas fotos, chapas de raios X e relatórios vazaram da Universidade Federal e confirmaram que as informações sobre as 7 cores no corpo da múmia. Também pode ser notado um estranho objeto em sua mão, com 7 objetos fossilizados das mesmas cores. O exame de raio X revelou ainda objetos semelhantes na região abdominal da múmia.
O professor Moisés Hollanda e outros arqueólogos responsáveis foram procurados pela reportagem, mas nenhum deles quis se manifestar sem uma autorização oficial da reitoria da universidade.
Enquanto o mistério permanece, sabe-se que o “Tatuzão”, escavadeira de grande porte, está proibido de operar e as escavações no trecho que continuam sendo feitas manualmente. Sinal claro de que deve haver mais descobertas.
Sidney Welson

Ministério da Cultura fomenta livros para pessoas cegas
O Ministério da Cultura publicou hoje (7) no Diário Oficial da União o Edital de Fomento à Produção, Difusão e Distribuição de Livros em Formato Acessível voltado para apoiar entidades privadas sem fins lucrativos. Serão investidos R$ 1 milhão em projetos que fomentem a produção, difusão e distribuição de livros em formato acessível para pessoas com deficiência visual, ou seja, livros convertidos por meio de técnicas especializadas de adaptação, que proporcionem descrição ou narração das possíveis representações gráficas presentes na obra, nos formato Daisy, Braille, livro falado (voz humana ou sintetizada) ou outro formato que permita o acesso de todas as pessoas, prioritariamente aquelas com deficiência visual, ao seu conteúdo, excetuados os livros didáticos. As inscrições encerram no dia 22 de julho.
O edital tem três categorias: infraestrutura de produção de livros em formato acessível; produção e distribuição de livros em formato acessível e capacitação e difusão em livros em formato acessível. De acordo com dados do IBGE (Censo 2000), o Brasil tem 2,5 milhões de pessoas cegas ou com deficiência visual severa.
Pesquisa recente da Fundação Getúlio Vargas (FGV), encomendada pelo Ministério da Cultura, revelou que apenas 9% das bibliotecas públicas municipais possuem seção Braille. Aliado a isso, durante o ano passado, a Diretoria de Direitos Intelectuais da Secretaria de Políticas Culturais juntamente com a Diretoria do Livro, Leitura e Literatura, da Secretaria de Articulação Institucional, realizou uma série de reuniões com associações que representam pessoas com deficiência visual e entidades que trabalham com a produção de livros acessíveis e constatou a carência de obras literárias em formatos acessíveis disponíveis para pessoas cegas ou com baixa visão. “A democratização do acesso ao livro passa também pela necessidade de oferta de formatos acessíveis. Por isso que os editais do Ministério da Cultura, na área de livro e leitura, têm contemplado a exigência de livros nestes formatos”, afirma o diretor de Livro, Leitura e Literatura da Secretaria de Articulação Institucional do MinC, Fabiano dos Santos Piúba. O diretor de Direitos Intelectuais da Secretaria de Políticas Culturais do MinC, Marcos Alves de Souza, acrescenta que “não é possível aumentar a demanda sem que se invista também em estruturas de produção e distribuição destes livros, garantindo uma rede descentralizada e que considera as particularidades regionais”.
Na categoria infraestrutura de produção de livros em formato acessível serão selecionadas, no mínimo, três propostas, de até R$ 160 mil cada uma. Os recursos poderão ser usados para a criação de um centro de produção de livros em formato acessível ou sua ampliação. Os livros deverão ser distribuídos exclusivamente a pessoas com deficiência visual ou entidades que lhes atendam (associações, bibliotecas, entre outras).
A segunda categoria, voltada à produção e distribuição destes livros, contemplará projetos de adaptação e reprodução de livros que deverão ser distribuídos gratuitamente para o público atendido pela instituição. Serão selecionadas, no mínimo, duas propostas, no valor máximo de R$ 200 mil cada.
A terceira categoria do edital é destinada à capacitação e difusão, sendo selecionadas, no mínimo, duas iniciativas, no valor máximo de R$ 60 mil cada. Os projetos poderão ser de capacitação (por meio de cursos, treinamentos e outras atividades visando a transcrição, adaptação operação de programas e equipamentos que envolvam a produção e reprodução de livros em formato acessível) e difusão (de informações sobre livros acessíveis, entidades produtoras, acervos existentes ou práticas bem sucedidas nessa esfera).
As inscrições deverão ser feitas por correio eletrônico e toda a documentação deve ser enviada por correio postal. A seleção dos projetos será feita por uma comissão. Após a divulgação dos resultados de cada etapa de seleção, o proponente terá prazo de cinco dias úteis para interpor recurso. O resultado será publicado no Diário Oficial da União e no site www.cultura.gov.br, sendo de total responsabilidade do proponente acompanhar a atualização de informações em ambos.
Outras iniciativas de apoio à acessibilidade
Até o próximo dia 15 de junho, o Ministério da Cultura está com Edital Mais Cultura de Apoio a Bibliotecas aberto. Neste edital, além da exigência em todas as categorias de um percentual mínimo de livro acessíveis, há uma categoria específica para o segmento, voltada para o apoio a bibliotecas acessíveis. Serão investidos R$ 85 mil para cada projeto, totalizando 30. O valor poderá ser aplicado para a compra de acervo e de equipamentos e mobiliário destinados a pessoas com deficiência; capacitação de funcionários voltados para aperfeiçoar a gestão e o atendimento e serviços oferecidos aos usuários com deficiência; ampliação ou reforma física do espaço, adequando-o aos portadores de necessidades especiais, e a criação de programação sócio-cultural.
Junto com a Associação Nacional de Cegos do Rio Grande do Sul (Acergs), o MinC desenvolve o projeto piloto para uma Rede Nacional de Produção de Livros Acessíveis para pessoas com deficiência visual. O projeto prevê a estruturação do centro de produção de livros em formatos acessíveis e a qualificação de recursos humanos para trabalhar nesta produção. Junto com a Associação Brasileira de Assistência ao Deficiente Visual (Lamara), desenvolve o “Projeto inclusão no mundo da cultura através do acesso à escrita e à leitura Braille”, que prevê a compra e adaptação de máquinas de escrever Braille e a produção de material explicativo para possibilitar que 15 mil estudantes cegos tenham acesso ao mundo da leitura por meio do Braille.
Além disso, na regulamentação da Lei do Livro, a acessibilidade também está contemplada ao exigir que toda obra publicada em território nacional deva estar disponível pelas editoras para venda ao consumidor interessado, por meio de versões em formato acessível ou em arquivo em formato digital, bem como ao prever a expansão de bibliotecas acessíveis.
Confira aqui os valores financiados pelo MinC no Edital que está sendo lançado
Categoria
Valor máximo da parte do projeto que será apoiada pelo MinC (R$)
Número mínimo de propostas selecionadas
I – Infraestrutura de produção de livros em formato acessível
160.000,00
3
II – Produção, distribuição e difusão de livros em formato acessível
200.000,00
2
III– Capacitação e difusão em livro em formato acessível
60.000,00
2
MS Notícias

Pernambuco – História resgatada nos azulejos

Na capital pernambucana, a umidade do ar é um grande problema na conservação dos quadrados azuis e brancos. As moléculas de água impregnam de sais minerais os azulejos, estragando-os com o passar dos anos. Além disso, as colônias de fungos e a aceleração na construção de edificações e ruas no Bairro do Recife, a partir dos anos 1940, contribuíram para o deterioramento das peças. Resultado: os desenhos vão se apagando.
É aí que entra o trabalho de restauração. Augusto Borges, técnico da empresa Grifo, a responsável pela execução da obra de conservação, é um dos profissionais que trabalha na reintegração dos azulejos. Ele recompõe as imagens nas peças a partir de referências fotográficas. É um trabalho que exige intuição e, sobretudo, concentração. “Minha vida hoje está azul e branca”, brinca.
A reintegração é apenas a última fase de um processo que dura até dois meses por peça. Após a identificação e a proteção com papel dos ladrinhos, eles são retirados da parede para serem limpos. Um banho com água deionizada durante 35 dias retira os sais minerais e o congelamento a dezoito graus negativos por mais 10 dias mata os fungos. Depois, a massa de cada azulejo quebrado é recomposta e nivelada para caber perfeitamente na composição. Só aí é que entra o trabalho dos artistas que restauram o desenho original.
A expectativa é que 6 mil das mais de 29 mil peças do Convento de Santo Antonio e da Capela Dourada estejam como novas até o mês de dezembro deste ano. Até lá, há um longo caminho a percorrer para os profissionais do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). “Esse é um trabalho minucioso de resgate da história pernambucana”, destacou o superintendente do Iphan em Pernambuco, Frederico Almeida.
Silvana Losekann
Defender

Casa de Juscelino pede socorro em Diamantina Localizado na Rua São Francisco, 241, imóvel faz parte do conjunto urbano tombado pelo Iphan

No ano em que Brasília (DF) comemora meio século, parte da memória do seu fundador, o presidente Juscelino Kubitschek (1902-1976), corre o risco de desaparecer na sua terra natal, Diamantina, no Vale do Jequitinhonha. Preocupado com a falta de recursos para garantir aberta e em funcionamento a Casa de Juscelino, misto de museu, biblioteca, bar e praça de eventos, no Centro Histórico da cidade, o dirigente da instituição, Serafim Jardim, de 74 anos, conclama o empresariado a ajudá-lo a preservar a história do mineiro que foi prefeito de Belo Horizonte (1940-1945), governador de Minas (1951-1955) e chefe da República (1956-1961), além de médico.
A crise na Casa de Juscelino, sociedade civil sem fins lucrativos que completará 25 anos em dezembro, começou em 2009, a partir de problemas no repasse de verbas pela Secretaria de Estado da Cultura (SEC). Até então, diz Jardim, a instituição se beneficiava da Lei 9.722/88, que autorizava a ajuda financeira pelo estado, algo em torno de R$ 150 mil por ano. “Ficamos sem receber esse valor durante seis meses, no ano passado, e a situação ficou muito difícil, pois temos sete empregados, custos de manutenção, encargos sociais, fazemos uma revista bimensal e não há receita para arcar com os gastos”, afirma. Para Jardim, preservar a casa é mais do que uma missão, pois, 13 dias antes de morrer, JK lhe pediu que comprasse o imóvel, então em poder de uma família, e zelasse por ele.
Jardim explica que houve mudanças no sistema de repasse de verbas e que, agora, para ter direito a elas, é obrigado a firmar convênios com a SEC. Recentemente, o secretário Washington Mello liberou recursos considerados “insuficientes” para resolver a questão. “Acredito que a campanha SOS JK vai sensibilizar os patrocinadores que entendem a importância de Juscelino na vida do país. Este aqui é o Memorial JK de Minas”, afirma, lembrando que a casa de 120 anos, onde o presidente viveu dos 3 aos 19 anos, é de propriedade do governo de Minas, embora a gestão esteja a cargo de uma organização de sociedade civil de interesse público (Oscip). O imóvel fica em área tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e reconhecida como patrimônio da humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco).
A visitação mensal gira em torno de 1 mil pessoas, mas, nos fins de semana, feriado, época de vesperata e férias de julho, o turismo atinge o seu pico, com a média de 320 pessoas por dia. No restante do ano, o número cai para 30 visitantes diários. “No carnaval, quando a cidade recebe muitos turistas, decidimos não mais abrir a casa, pois entravam foliões bêbados, que se deitavam na cama de Juscelino e causavam confusão”, conta Jardim. Com ingresso custando apenas R$ 2, o movimento de visitantes rende parcos R$ 1 mil mensais, quantia bem distante dos R$ 12 mil necessários para fechar as contas e deixar os responsáveis respirando aliviados.
Para o secretário Washington Mello, “a Casa de Juscelino é um patrimônio que precisa ser preservado a qualquer custo”. Ele adianta que toda a questão relacionada à SEC será formalizada em documento, sendo toda a liberação de recursos feita na época apropriada e periodicamente.
Gustavo Werneck - Estado de Minas
L-zulaich, a pedra polida. É dessa palavra árabe que se originou o termo azulejo, chegado à Europa por meio das conquistas muçulmanas na península ibérica. No Recife, o Convento de Santo Antônio e a Capela Dourada, pertencentes à Ordem Primeira e à Ordem Terceira de São Francisco, respectivamente, abrigam uma das mais importantes coleções das pedras no país. E foi para tratar melhor da conservação dessas peças tão raras que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) de Pernambuco reuniu cerca de 80 restauradores de todos o país no Recife para trocar experiência sobre o assunto.
Uma das maiores descobertas arqueológicas já feitas aconteceu onde menos se esperava: nas obras do Metrô. No dia 13 de fevereiro passado, operários escavavam manualmente uma galeria, num trecho entre as duas novas estações na Zona Oeste, quando esbarraram em algo incomum e assutador.

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