ENTRESSEIO

s.m. 1-vão, cavidade, depressão. 2-espaço ou intervalo entre duas elevações. HUMOR, CURIOSIDADES, UTILIDADES, INUTILIDADES, NOTÍCIAS SOBRE CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS CULTURAIS, AQUELA NOTÍCIA QUE INTERESSA A VOCÊ E NÃO ESTÁ NO JORNAL QUE VOCÊ COSTUMA LER, E NEM DÁ NA GLOBO. E PRINCIPALMENTE UM CHUTE NOS FUNDILHOS DE NOSSOS POLÍTICOS SAFADOS, SEMPRE QUE MERECEREM (E ESTÃO SEMPRE MERECENDO)

22 junho, 2010

CULTURA, PATRIMÔNIO CULTURAL E HISTÓRICO - 22-6-10

Cemitério Israelita de Cubatão será tombado como Patrimônio Cultural em agosto deste ano

Conselheiros e Secretária de Cultura e Turismo se reuniram na capital com representantes da Associação Chevra Kadisha, que administra os cemitérios israelitas no estado. O Conselho obteve total apoio.
As inscrições nas lápides - “Saudades eternas” e “Paz” - sugerem tratar-se de um cemitério como qualquer outro. Mas por trás de cada inscrição e foto, o Cemitério Israelita de Cubatão absorve uma história centenária que remonta a um capítulo pouco lembrado do passado: a imigração judaica. E esse local cercado de mistérios e curiosidades deverá ser tombado como patrimônio ainda este ano pelo Condepac – Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural da cidade. Nesta segunda-feira (14/6), conselheiros do Condepac e a Secretária de Cultura e Turismo, Patrícia Campinas, se reuniram na capital com representantes da Associação Chevra Kadisha, que administra os cemitérios israelitas em São Paulo. O Condepac obteve total apoio da Associação no processo.
Instalado dentro do cemitério municipal, o Cemitério Israelita tem 800 metros quadrados e 75 sepulturas feitas em granito (55 de mulheres e 20 de homens). A lápide mais antiga data de 1924 e a mais recente é de 1966. A curiosidade habita no fato de lá estarem enterradas em sua maioria, as chamadas “polacas”, mulheres judias que no início do século XX deixaram o leste europeu atingido pelo anti-semitismo em direção à América com a promessa de casamentos, mas acabaram sendo exploradas na região. “É brilhante a idéia de conservar os ‘campos-santos’ como patrimônios culturais, pois reconta a história da imigração judaica, e reconhece o trabalho de preservação feito por nós”, afirmou o vice-presidente da Associação, Rubens Muszkat.

A Chevra Kadisha cuida dos cemitérios israelitas no estado desde 1923. Além de Cubatão, administra, também, os “campos-santos” de Embu, Santana e da Vila Mariana. A Chevra assumiu o de Cubatão em 1996 e na época, o local se encontrava em completo estado de abandono, com sepulturas deterioradas e solo quebradiço. As obras de restauração incluíram o conserto e recuperação dos matzeivot (túmulos), ajardinamento, pavimentação das ruas, instalação de lavatório, colocação de placa indicativa no portão e de local apropriado para o acendimento de velas. O cemitério foi, então, reinaugurado em 1997, preservando de forma mais íntegra a história da comunidade judaica na Baixada Santista.
Tombamento deve acontecer em breve - de acordo com o presidente do Condepac, Welington Borges, o tombamento do Cemitério Israelita de Cubatão deve acontecer em agosto, quando a Prefeita Márcia Rosa assinar o decreto. O processo por si só garante apenas o reconhecimento, mas a idéia é implantar um Projeto de Educação Patrimonial ali, com a recuperação e restauração das lápides, reabertura do espaço para visitação pública com monitores e inclusão do espaço em roteiros históricos. Cubatão é uma rota para o litoral e o Cemitério Israelita seria um ponto de parada na própria história da imigração de outros povos no Brasil.
A idéia foi completamente apoiada pela Secretária de Cultura e Turismo, Patrícia Campinas e, ainda, pelos conselheiros Augusto Muniz Campos (vice-presidente), Maria do Carmo Araújo Amaral (1º Secretária), Rubens Alves de Brito (coord. do órgão Técnico de Apoio) e José Fabiano Madeira. Depois dessa reunião, o Condepac vai dar continuidade ao processo tombamento, anexando informações e laudos técnicos que comprovam a importância histórica e cultural do espaço. Daí, então, o documento segue para o Executivo.

Uma das poucas cidades que valoriza a imigração judaica - o reconhecimento do Cemitério Israelita como patrimônio cultural torna Cubatão uma das poucas cidades brasileiras a possuir bens imóveis tombados com relação ao tema judaico, de acordo com Roney Cytrynowicz, participante da Chevra e doutor em História pela USP, que também esteve no encontro. “Temos o Cemitério de Inhaúmas no Rio de Janeiro, o Memorial Judaico em Vassouras (RJ) e o prédio da antiga Singagoga, no Recife (PE) como patrimônios tombados pela sua relevância histórica e cultural. O ‘campo-santo’ de Cubatão vai ser um deles”, garantiu Roney. Observando o Cemitério Israelita hoje, vemos que pouca gente conhece o que há por trás daqueles portões adornados com enormes estrelas de Davi... mas depois do tombamento, essa história será completamente diferente.
Texto: Morgana Monteiro

Restaurando memórias: Ponte Hercílio Luz
De todos os patrimônios históricos tombados em Florianópolis, talvez nenhum deles cause tanta admiração como a Ponte Hercílio Luz. Fundada em 13 de maio de 1926 e idealizada por Hercílio Pedro da Luz, o principal cartão postal da Capital catarinense há mais de 10 anos vem enfrentando sérios problemas, o que acarretou a corrosão superficial acentuada e a deterioração dos aparelhos móveis das torres fundamentais.
“A Ponte Hercílio Luz é uma obra belíssima e é uma estrutura única no mundo de muito apreço. Sinto que não tenho condições tecnológicas hoje, para dar um parecer sobre a real situação da ponte. O que eu posso dizer é que é uma obra que já compõe o visual estético da paisagem.”, diz Colombo Machado Salles, construtor da segunda ponte que interliga à Ilha ao continente e que leva seu nome.
A restauração que iniciou em meados dos anos 60 está sendo realizada até hoje com alguns intervalos e paralisações. No mês de maio de 2010 foi anunciado pelo governador Leonel Pavan a liberação de R$ 15 milhões para a manutenção das obras e a tentativa de captar outros R$ 75 milhões para a conclusão da reforma. Segundo o Departamento Estadual de Infra estrutura, o DEINFRA, o contrato de recuperação expira em julho de 2012. Porém o governo de Santa Catarina pretende apressar e finalizar as obras de recuperação em 2011. O povo de Florianópolis espera por este momento há quase trinta anos.
O Decreto nº 637/92, que determinava o tombamento da Ponte Hercílio Luz como Patrimônio Histórico, Artístico e Arquitetônico de Florianópolis foi assinado em 04 de agosto de 1992 pelo então Prefeito, Antônio Henrique Bulcão Vianna. Quando um imóvel é tombado, ele não pode ser demolido, nem mesmo reformado. Ele pode apenas ser restaurado, seguindo normas específicas, para preservar as características originais da época em que foi construído.
Devido à falta de incentivos públicos e privados o processo de tombamento não garante a imortalidade das obras tombadas. A primeira legislação brasileira que normatiza o tombamento do patrimônio cultural é o decreto-lei nº 25, de 30 de novembro de 1937, que criou o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o Iphan, e ainda vigora. No Brasil, ele é o órgão responsável pela definição de regras e proteção do patrimônio histórico e cultural da humanidade. Mundialmente, essa responsabilidade fica por conta da Organização das Nações Unidas para a Cultura, Ciência e Educação, a UNESCO.
Principais Patrimônios Históricos de Florianópolis
Antiga Alfândega,
Igreja de São Sebastião
Casa Natal de Victor Meirelles
Mercado Público Municipal
Catedral Metropolitana
Palácio Cruz e Sousa
Fortalezas
Ponte Hercílio Luz
Igreja de N.Sª. da Conceição
Praça XV de Novembro
Igreja de N.S. da Lapa
Teatro Álvaro de Carvalho
Sandra Bonatti e Silvia Lavigne

Denúncia - Com permissividade do Iphan, prefeitura de Porto Velho derruba prédio histórico da Madeira Mamoré

As recentes obras da prefeitura de Porto Velho vêm demonstrando uma serie de erros primários e que muitas vezes não tem os motivos explicados à comunidade. Projetos faraônicos que se arrastam durante um longo período de tempo, causando transtorno a todo aos moradores da capital.
Como se não bastasse as ruas, bairros e condomínios da capital de Rondônia, que estão esquecidos e deteriorados pelo abandono e ação do tempo, a Prefeitura de Porto Velho iniciou um louvável trabalho de revitalização do sitio histórico da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, um patrimônio pertencente ao Governo Federal, a historia de Porto Velho e principalmente ao seu povo, porém, como se desconhecessem as normas e as leis que protegem patrimônios da magnitude da Madeira Mamoré, a prefeitura vem realizando mais uma serie de erros no que se refere a uma obra como essa.
Após denuncias recebidas pela equipe de reportagem do RONDONIAOVIVO obtivemos a informação de que, em uma atitude que demonstra uma total falta de respeito, conhecimento e trato com a historia da capital de Rondônia, a obra comandada pela prefeitura, literalmente levou ao chão o primeiro prédio construído em Porto Velho, localizado dentro da área tombada pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
O prédio
Construído entre 1907 e 1912, com madeira Pinho de Riga, nativas da Austrália e exportada direto dos Estados Unidos, o local era conhecido como “Plano Inclinado”, foi um dos pontos mais importantes da Ferrovia Madeira Mamoré. Durante muito tempo era utilizada como ponto comercial de uma conhecida sorveteria portovelhense, mas sempre manteve sua característica intacta. Com o inicio da reforma do local, todos os comerciantes foram retirados do entorno da Estrada de Ferro.


 
Pelas fotos tiradas dentro do local, foi notado que estão construindo um novo prédio em cima do antigo, porém mesmo se for uma replica, não adianta, pois o fato é que mais uma atrocidade foi cometida contra o patrimônio histórico brasileiro. Isso com permissividade do Iphan, regido em Porto Velho pelo funcionário publico Alberto Bertagna.
A responsabilidade
São varias as normas, leis e regras que regem patrimônios como a Madeira Mamoré, porém algumas em especial deixa mais clara de quem é a responsabilidade por zelar o patrimônio federal.
O sitio histórico da Estrada de Ferro Madeira Mamoré foi tombado pelo Patrimônio Histórico na década de 80. No dia 11 de novembro essa área, incluindo o prédio derrubado foi tombada pelo conselho de notáveis do Iphan e depois homologada pelo então ministro da cultura, Gilberto Gil.
A portaria Iphan nº 231 datada em 17 de julho de 2007, define os critérios para controle de intervenções sobre o conjunto histórico arquitetônico e paisagístico da madeira mamoré tombada pelo Iphan no decreto 25/37.
Algumas dessas normativas incubem claramente a responsabilidade do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) e do MPF (Ministério Publico Federal) em zelar e defender o patrimônio do povo brasileiro, principalmente de uma das ferrovias mais importantes do mundo.
O laudo

Em janeiro de 2010 a 4º Câmara de Brasília, emitiu um laudo de informação técnica, nº36/10 – 4ºCCR entre os dias 18 e 19 de janeiro onde consta o anuncio da demolição do plano inclinado. De acordo com o próprio laudo coordenado pela analista pericial em arquitetura Ana Gabriella Castelo Branco dos Santos, o arquiteto da prefeitura de Porto Velho José Augusto Barcelo, devido a precariedade apresentada o plano inclinado seria demolido e reconstruído no local outro idêntico e que a demolição contava com a aprovação do Iphan, porém a coordenadora afirma no próprio laudo que o Iphan até aquele momento não tinha apresentado nenhum documento que comprovasse a autorização.
Mas o principal ponto é que pela foto mostrada recentemente, pode ser provado que o Plano Inclinado não precisava ser demolido e que a prefeitura poderia realizar um trabalho de restauração do local.
No ultimo dia 10 de maio de 2010 a AMMA (Associação Amigos da Estrada de Ferro Madeira Mamoré) pediu a anulação dessas periciais.
Todos os órgãos federais responsáveis em defender o patrimônio, simplesmente aceitaram a situação e calaram-se mediante tal crime.
MPF/RO
Em contato com o Ministério Publico Federal de Rondônia, tentamos falar com a Procuradora da 4ª Câmara de Coordenação e Revisão (CCR) matéria Meio Ambiente e Patrimônio Cultural, Nádia Simas Souza, porém fomos informados que ela estava de férias e retorna apenas no inicio do próximo mês.
Iphan
Também foi tentado contato com o Superintendente do Iphan Rondônia, Beto Bertagna, porém após vários minutos de espera não conseguimos contato com ele e nenhuma informação referente a denuncia foi apresentada.
A Estrada de Ferro Madeira Mamoré, conta não apenas a historia de Rondônia como também traz um forte legado histórico que envolve três nações, pois representa a força da revolução industrial e maquinaria dos Estados Unidos da América no inicio do século XX e a historia da formação do território boliviano e brasileiro. Por esse motivo existe a grande preocupação de todos em cuidar e proteger esse rico patrimônio antes que seja dilapidado e demolido por usurpadores que não tem comprometimento nenhum com a raiz do nosso estado e da nossa nação.
Rondoniaovivo


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1 Comentários:

  • Às 11:22 AM , Anonymous Anônimo disse...

    Site porcalhão defende sujeira e abandono na EFMM: http://t.co/SZ4GbdJ

     

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