ATUALIDADES - 23-7-10
Conferência de Viena apresenta gel que reduz infecções por HIV em 39%
Um gel inodoro, incolor e praticamente insípido se transformou na nova grande esperança na luta contra a Aids, com um poder de prevenção tal que os especialistas consideram que "pode alterar o curso da epidemia de HIV".
A apresentação de um estudo que estima em 39% a capacidade deste remédio de reduzir as infecções foi a estrela de hoje da Conferência Internacional Aids 2010, realizada em Viena até sexta-feira.
A eficácia inicial desta nova arma na luta contra a Aids foi demonstrada em um primeiro estudo conduzido por pesquisadores de Caprisa, um centro de pesquisa da universidade sul-africana de Kwazulu-Natal e da americana de Columbia.
Este microbicida foi desenvolvido a partir do Tenofovir, um conhecido anti-retroviral já usado por via oral e que em sua nova forma está desenhado para ser aplicado na vagina 12 horas antes e 12 horas depois da relação sexual.
A apresentação dos resultados do estudo foi recebida com uma ovação por centenas de delegados e pelo público que acompanha o encontro, que desde domingo reúne 25 mil especialistas, ativistas e delegados para debater novas estratégias contra o HIV na capital austríaca.
"Esta nova tecnologia tem o potencial de alterar o curso da epidemia do HIV, especialmente na África do Sul, onde as mulheres carregam a maior carga desta devastadora doença", ressaltou Quarraisha Abdool Karim, uma das responsáveis pelo estudo.
A especialista sul-africana insistiu em destacar a importância que esta nova medida de prevenção tem para as mulheres.
"Há mulheres para as quais a abstinência não é uma opção, que são fiéis, mas seus maridos podem não ser, e que não podem convencer seus companheiros a usar preservativo", sentenciou.
"É oferecer algo frente a nada", afirmou a cientista.
"São necessárias pesquisas adicionais de forma urgente para confirmar e inclusive estender os resultados desta investigação", ressaltou Salim Abdool Karim, co-diretor do estudo.
Por exemplo, ele se referiu à necessidade de estudar o grau de eficácia do gel quando usado somente após as relações sexuais, uma questão importante levando em conta os riscos de infecção após estupro.
O experimento demonstrou também que os resultados melhoravam quanto mais este gel era usado.
Assim, as mulheres que utilizaram o microbicida em 80% de suas relações sexuais, conseguiram uma proteção de 54%, enquanto as que usaram em menos da metade das ocasiões obtiveram uma proteção de 28%.
O estudo com o novo gel, o primeiro microbicida eficaz na prevenção da transmissão do HIV, foi realizado por 30 meses com 899 mulheres; a metade recebeu o gel e o resto um placebo (produto sem efeitos medicinais).
No final do estudo foram registradas 60 infecções de HIV no primeiro grupo (placebo), enquanto no segundo só foram registrados 38 casos, o que representa um índice de proteção de 39%.
O anúncio da eficácia deste gel entrou para a agenda do terceiro dia da conferência Aids 2010, uma reunião com pouco conteúdo científico e um programa focado na defesa dos direitos humanos e na necessidade de desenvolver estratégias novas contra a doença.
Hoje à noite a conferência deve se transferir para as ruas de Viena na forma de uma grande marcha liderada pela cantora Annie Lennox para exigir que os Governos que não diminuam seus esforços para combater esta epidemia.
EFE
Venezuela anuncia rompimento de relações com a Colômbia
"Em uma guerra com a Colômbia, teria que ir chorando, mas teria que ir", diz Chávez
O presidente venezuelano, Hugo Chávez, decidiu nesta quinta-feira romper relações diplomáticas com a Colômbia. A medida vem em resposta às denúncias feitas a Organização dos Estados Americanos (OEA) de que guerrilheiros que atuam em território colombiano recebem apoio da Venezuela.
O chanceler venezuelano, Nicolas Maduro, impôs 72 horas de prazo para que a embaixada da Colômbia no país seja fechada e seus funcionários se retirem.
— Vejo-me obrigado a romper relações com o governo da Colômbia por dignidade. É o mínimo que podemos fazer e estaremos em alerta porque o presidente Álvaro Uribe é um doente e está cheio de ódio — disse Chávez, durante um ato presidencial.
Chávez pediu que as autoridades fiquem em alerta máximo nas fronteiras porque acredita que "há muita loucura no Palácio de Nariño (sede do governo colombiano) e isso é muito perigoso e vai ser muito perigoso nos dias seguintes".
— Alerto à comunidade internacional que nós não aceitaremos nenhum tipo de agressão nem violações à nossa soberania.
Chávez se referiu a Uribe com dureza e o chamou de "presidente mafioso, que está caminhando para a lixeira da história e é amigo do império norte americano". E disse que, "em uma guerra com a Colômbia, teria que ir chorando, mas teria que ir".
Sem se referir de maneira direta às denúncias do embaixador americano na OEA, Chávez disse que "se há algum acampamento guerrilheiro na Venezuela, é sem autorização do governo".
Pouco depois, durante um ato no estado de Cojedes, Chávez disse que recebu ligações de Luiz Inácio Lula da Silva, do secretário da União de Países Sul-americanos (Unasul) e do ex-presidente argentino Néstor Kirchner. Os três teriam demonstrado preocupação com a crise entre os dois países.
— Aí está um governo belicoso, violador dos direitos humanos e desrespeitoso do direito internacional, impulsionado pelo governo imperialista dos Estados Unidos.
Maduro disse à imprensa que o governo venezuelano está preparando ``outro conjunto de decisões econômicas, aeronáuticas e comerciais para defender a dignidade do país''.
Ele adicionou ainda que a Venezuela solicitou uma reunião de urgência à Unasul uma reunião de urgência para avaliar a crise diplomática.
A ruptura entre as duas nações se dá em um ano em que o governo venezuelano mandou "congelar" os laços com Bogotá em função de uma aliança militar entre a Colômbia e os Estados Unidos.
Entenda o caso
A Colômbia denunciou nesta quinta-feira à Organização dos Estados Americanos (OEA) que grupos guerrilheiros estão "consolidados" e "ativos" em território venezuelano, durante uma reunião no organismo em Washington para debater a presença de rebeldes na Venezuela.
O representante da Colômbia na OEA, Luis Hoyos, denunciou a "presença consolidada, ativa e crescente destes grupos terroristas no país irmão da Venezuela".
Hoyos apresentou nesta quinta-feira ao organismo continental um extenso dossiê com "coordenadas precisas, dados muito contundentes" que provariam a presença de grupos guerrilheiros colombianos na Venezuela.
A Colômbia espera "que o governo venezuelano aceite sua obrigação de impedir em seu território a presença de grupos que não são atacados nem perseguidos como deveriam ser", disse Hoyos no início a sessão.
Bogotá denunciou há uma semana a presença de líderes guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e do Exército de Libertação Nacional (ELN) na Venezuela, o que voltou a comprometer as já complicadas relações entre ambos os países.
AP E AFP
Venezuela anuncia rompimento de relações com a Colômbia
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O presidente venezuelano, Hugo Chávez, decidiu nesta quinta-feira romper relações diplomáticas com a Colômbia. A medida vem em resposta às denúncias feitas a Organização dos Estados Americanos (OEA) de que guerrilheiros que atuam em território colombiano recebem apoio da Venezuela.
O chanceler venezuelano, Nicolas Maduro, impôs 72 horas de prazo para que a embaixada da Colômbia no país seja fechada e seus funcionários se retirem.
— Vejo-me obrigado a romper relações com o governo da Colômbia por dignidade. É o mínimo que podemos fazer e estaremos em alerta porque o presidente Álvaro Uribe é um doente e está cheio de ódio — disse Chávez, durante um ato presidencial.
Chávez pediu que as autoridades fiquem em alerta máximo nas fronteiras porque acredita que "há muita loucura no Palácio de Nariño (sede do governo colombiano) e isso é muito perigoso e vai ser muito perigoso nos dias seguintes".
— Alerto à comunidade internacional que nós não aceitaremos nenhum tipo de agressão nem violações à nossa soberania.
Chávez se referiu a Uribe com dureza e o chamou de "presidente mafioso, que está caminhando para a lixeira da história e é amigo do império norte americano". E disse que, "em uma guerra com a Colômbia, teria que ir chorando, mas teria que ir".
Sem se referir de maneira direta às denúncias do embaixador americano na OEA, Chávez disse que "se há algum acampamento guerrilheiro na Venezuela, é sem autorização do governo".
Pouco depois, durante um ato no estado de Cojedes, Chávez disse que recebu ligações de Luiz Inácio Lula da Silva, do secretário da União de Países Sul-americanos (Unasul) e do ex-presidente argentino Néstor Kirchner. Os três teriam demonstrado preocupação com a crise entre os dois países.
— Aí está um governo belicoso, violador dos direitos humanos e desrespeitoso do direito internacional, impulsionado pelo governo imperialista dos Estados Unidos.
Maduro disse à imprensa que o governo venezuelano está preparando ``outro conjunto de decisões econômicas, aeronáuticas e comerciais para defender a dignidade do país''.
Ele adicionou ainda que a Venezuela solicitou uma reunião de urgência à Unasul uma reunião de urgência para avaliar a crise diplomática.
A ruptura entre as duas nações se dá em um ano em que o governo venezuelano mandou "congelar" os laços com Bogotá em função de uma aliança militar entre a Colômbia e os Estados Unidos.
Entenda o caso
A Colômbia denunciou nesta quinta-feira à Organização dos Estados Americanos (OEA) que grupos guerrilheiros estão "consolidados" e "ativos" em território venezuelano, durante uma reunião no organismo em Washington para debater a presença de rebeldes na Venezuela.
O representante da Colômbia na OEA, Luis Hoyos, denunciou a "presença consolidada, ativa e crescente destes grupos terroristas no país irmão da Venezuela".
Hoyos apresentou nesta quinta-feira ao organismo continental um extenso dossiê com "coordenadas precisas, dados muito contundentes" que provariam a presença de grupos guerrilheiros colombianos na Venezuela.
A Colômbia espera "que o governo venezuelano aceite sua obrigação de impedir em seu território a presença de grupos que não são atacados nem perseguidos como deveriam ser", disse Hoyos no início a sessão.
Bogotá denunciou há uma semana a presença de líderes guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e do Exército de Libertação Nacional (ELN) na Venezuela, o que voltou a comprometer as já complicadas relações entre ambos os países.
AP E AFP
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