CULTURA, PATRIMÔNIO CULTURAL E HISTÓRICO - 2-7-10
Azulejos em Lisboa
Há muito poucos lugares no mundo que se podem orgulhar de manter a tradição e uso artístico dos azulejos. Cada grupo de azulejos (de “azzelij”, palavra árabe significa pequena pedra polida), contam uma história ou retratam uma tradição. A melhor maneira de conhecer esta bela e singular forma de arte tradicional Portuguesa, é caminhar pela cidade, ou visitar o museu.
História
Os azulejos sempre foram utilizados de uma forma muito original em Portugal. Mesmo que tenham uso noutros países, como Itália, Espanha, Turquia ou Marrocos, os azulejos não têm, em nenhum outro país, o mesmo simbolismo nem a mesma relevância da expressão artística nacional. Em Portugal os azulejos são usados para decorar interiores ou fachadas de casas ou igrejas. Tiveram uma intervenção poética na forma arquitectónica de Lisboa (e outras cidades Portuguesas). Foram submetidos a várias influências, desde a tradição islâmica às influências holandesas, o que moldou e mudou a arte de criar azulejos, as suas características e a sua utilidade.
O Museu do Azulejo
Este museu tem duas características sedutoras, uma é a notável colecção de azulejos que detém dentro, outro é o impressionante edifício. Este antigo Convento Madre de Deus, fundado em 1509 pela Rainha D. Leonor, possui uma Igreja requintada no interior, com as paredes com azulejos e pintadas com folha de ouro. A colecção mostra peças feitas desde o século XV, durante o período arcaico, até o século XXI, mostrando como esta forma de arte se adaptou aos tempos modernos. Para além do edifício e as peças antigas em exposição permanente, pode visitar também o trabalho das fábricas contemporâneas ou dos artistas individuais que estão expostas durante as exposições temporárias.
LOCAL
Rua da Madre de Deus, 4
HORAS
Ter: 14h-18h, Qua - Dom: 10h-18h
TRANSPORTE
Autocarro: 718, 742, 794
PREÇOS
4€ (normal), 2€ (Entre 15-25 e + 65 years old)
CONTACTOS
+351 218 100 340
Azulejo pelos bairros de Lisboa
Os azulejos estão presentes em muitos cantos da cidade, nos miradouros, nas estações de metro, nas fachadas das igrejas, ou nas paredes de edifícios importantes. Faça uma visita da cidade e desfrute de um estudo sobre os azulejos.
Em Alfama, os azulejos mostram imagens de santos. São colocados na entrada das casas como forma de protecção. Nos painéis grandes do Mosteiro de São Vicente de Fora os azulejos descrevem a conquista de Lisboa, com os cristãos a subir a muralha construída pelos muçulmanos. Algumas armas de guerra podem ser vistas, assim como os corpos, descrevendo o que foi vivido durante essa batalha.
Pelo Bairro Alto ou na zona do Chiado, algumas das fachadas das casas estão cobertas desta arte Portuguesa. Cada conjunto conta uma história. Passeie-se pelas ruas e estude os símbolos, as formas e os materiais representados. Pare na Igreja de São Roque ou na casa Ferreira das Tabuletas.
Mas o ponto alto da visita aos museus é na bela cidade de Sintra. Este lugar, de cortar a respiração, tem alguns dos palácios mais importantes e impressionantes de Portugal. Dentro do Palácio Vila ou do Palácio Nacional, poderá ver uma das aplicações mais genuínas da arte de azulejos, uma forma de arte muito popular da monarquia Portuguesa durante muitos séculos.
Shopping
Aqui está uma lista de algumas lojas que poderá querer visitar para comprar ou simplesmente para estudar alguns azulejos:
Casa Alberto Santos, Lda.
Esta loja abriu em 1940 e desde então tem vendido artesanato de diversas partes do país, incluindo painéis de azulejos de pequenos.
Onde Rua dos Restauradores 62-64
Transporte
M: Restauradores
Contactos
+351 213 420 236
Arte Rústica
Desde a sua inauguração em 1960 que é uma loja típica bem conhecida em Lisboa, onde poderá encontrar todo o tipo de artes e artesanato nacional. A segunda loja, no entanto, abriu mais recentemente, em 2007.
Onde
R. Augusta 193 1º e R. do Ouro 246-248
Transporte
M: Baixa/Chiado ou Rossio
Contactos
+351 213 461 004 e +351 213 421 127
Fábrica Sant'Anna
A fábrica existe desde 1741, mas a única loja abriu muito mais tarde, em 1916. É a mais antiga fábrica de azulejos em Portugal e ainda reproduz modelos do XVII e XVIII.
Onde
R. do Alecrim 95
Transporte
M: Baixa/Chiado
Contactos
+351 213 422 537
Loja dos Descobrimentos
No final dos anos 80, esta loja abriu a vender exclusivamente azulejos pintados à mão, 99% dos quais são feitos na loja.
Onde
R. dos Bacalhoeiros 12 A
Transporte
M: Terreiro do Paço
Contactos
218 865 563
Loja 58
Esta loja pertence a uma fábrica em Azeitão que existe desde os anos 60 / 70. Vende cerâmica, mas, principalmente, azulejos, copiando modelos do século XVII e XVIII, mas também restaura antiguidades.
Onde
R. da Conceição 58
Transporte
M: Baixa/Chiado ou Terreiro do Paço
Viúva Lamego
Visite esta fábrica imponente de painéis de azulejos que produz a grande parte para muitos lugares importantes em Portugal e na Europa. Foi a Viúva Lamego que projectou e produziu os azulejos que revestem as paredes do metro de Lisboa. Alguns dos azulejos que produz podem ser comprados numa visita às instalações em Sintra, que é uma experiência muito interessante.
Onde
Zona Industrial de Abrunheira, 2710 - 089 Sintra (15 km de Lisboa)
Transporte
Carro
Contactos
+351 219 151 002
Incêndio destrói museu tombado pelo patrimônio histórico no interior de SP
SÃO PAULO - Um incêndio destruiu o prédio do Museu Histórico e Pedagógico de Rio Claro, a 173 km da capital paulista. Foram mais de 13 horas de trabalho para os bombeiros apagarem as chamas. Cerca de 150 anos de patrimônio foram destruídos.
O museu estava fechado há 5 anos para reforma. A restauração no teto estava quase pronta. Parte das telhas caiu sobre a fiação elétrica. De acordo com os bombeiros, as paredes com barro dificultaram a contenção das chamas.
Uma perícia no local vai ser feita para se descobrir a causa do incêndio. O prédio era tombado pelo Instituto Nacional do Patrimônio Histórico.
O Globo
Iphan promove debate público sobre Normas de Preservação para Ouro Preto
O Iphan apresentou para a comunidade mineira de Ouro Preto, os resultados dos estudos de revisão das Normas de Preservação para a área tombada. A iniciativa é resultado de parceria entre o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan e a Prefeitura Municipal de Ouro Preto para compatibilizar os instrumentos de preservação do patrimônio cultural com os de planejamento e desenvolvimento urbano.
O estudo de revisão integra um conjunto de ações do Departamento do Patrimônio Material e Fiscalização – Depam-Iphan voltados ao tema, que vem desenvolvendo novos entendimentos acerca da gestão de núcleos urbanos tombados; discutindo a construção de diretrizes e normativas atualizadas que considerem a dinâmica das cidades brasileiras, bem como a interface do tombamento com os instrumentos estratégicos de planejamento e desenvolvimento urbano.
Para a equipe do Iphan responsável pela revisão das Normas de Preservação “os resultados apontam para compreensão da preservação do patrimônio cultural urbano, entretanto, articulados com os instrumentos de planejamento urbano”. Participam dos debates representantes de universidades, secretarias municipais, Instituto Estadual do Patrimônio Histórico-Iepha, entidades de classe nas áreas de arquitetura, engenharia e geografia, comerciantes, estudantes e moradores da cidade de Ouro Preto.
Normas de Preservação de Ouro Preto e SNPC.
Um dos principais resultados desta ação de revisão das Normas de Preservação realizada de maneira conjunta com a revisão da Lei de Uso e Ocupação do Solo e com o Plano Diretor da Cidade é um fato que consolida a formação do Sistema Nacional de Patrimônio Cultural-SNPC.
Ouro Preto, patrimônio cultural do Brasil e da Humanidade
Cronologia da proteção e reconhecimento
• 1933 – Ouro Preto foi decretada Monumento Nacional Brasileiro.
• 1938 – apenas um ano após a criação do atual Iphan, o conjunto foi tombado no Livro do Tombo das Belas Artes.
• 1980 – a cidade foi declarada Patrimônio Cultural da Humanidade, pela Unesco.
• 1986 – o conjunto foi também inscrito em ambos os Livros do Tombo do IPHAN: Histórico; e Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico.
Valores apontados para o reconhecimento da Cidade como patrimônio cultural brasileiro e da humanidade:
• “é um exemplo autêntico da civilização urbana aqui implantada pelos colonizadores portugueses”;
• “mantém sua imagem setecentista”;
• “testemunho da mineração do ouro e de outros metais preciosos”;
• ”a cidade contém acervo das obras de Aleijadinho”;
• “representa uma realização artística única, uma obra-prima do gênio criativo humano”;
• “representa um testemunho especial ou no mínimo excepcional de uma civilização ou tradição cultural desaparecida”;
• “há edificações religiosas em situações dominantes, mas em locais menos acidentados, rasgaram-se pequenos largos que favorecem a visibilidade destes monumentos”.
Fonte: Ascom
O futuro da arqueologia brasileira está na Amazônia
Famosa por possuir uma das maiores concentrações de diversidades de espécies animais e vegetais do mundo, a Amazônia também pode se orgulhar por outro motivo menos óbvio. A região foi revelada como um dos mais importantes centros arqueológicos do país e vem sendo desvendada desde então. É o que mostra o professor Eduardo Goes Neves, do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP.
"Há um quadro diferente emergindo que mostra que a Amazônia foi bastante ocupada no passado e que essas populações antigas modificaram sua paisagem", afirma o professor. Estudos e análises têm mostrado que a região não é só uma formação natural e que na verdade possui sítios arqueológicos de até 10.000 anos a serem explorados.
A terra preta da região amazônica, mesmo possuindo um alto nível de umidade, tem a capacidade de conservar em ótimas condições de vasos de cerâmica a ponteiras de metal. Há indícios de que esse tipo de solo tenha sido manejado e produzido de maneira proposital por povos antigos.
Pouco divulgada no Brasil, a arqueologia depende diretamente de financiamentos da FAPESP (Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo) ou ainda de empresas privadas que apoiem as escavações. Uma lei nacional prevê trabalho arqueológico preliminar antes de qualquer tipo de construção, incluindo usinas e gasodutos. Os entornos de Belo Monte, por exemplo, já passaram por uma escavação preventiva, porém caso o projeto saia do papel serão necessárias novas pesquisas.
A profissão de arqueólogo não é regulamentada e por isso passa por dificuldades na formação de novos profissionais. O número atual de trabalhadores na área ainda é pequeno, falta especialização e prática. "Um arqueólogo não fica sem emprego no Brasil, ainda mais se tiver disponibilidade para viajar para a região amazônica", diz Neves. A demanda por trabalhadores é tão grande, devido a quantidade de obras sendo realizadas, que o professor chega a cogitar a necessidade de trazer arqueólogos estrangeiros para trabalharem no país.
A.Brasil
Marcadores: cultura, patr. cultural, patr. histórico
1 Comentários:
Às 10:41 AM , Valdecy Alves disse...
Olá, leia artigo sobre importância de preservar o patrimônio histórico, comente e se for o caso concorra a R$ 1.000,00 em prêmios. Acesse: www.valdecyalves.blogspot.com
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