CULTURA, PATRIMÔNIO CULTURAL E HISTÓRICO - 12-8-10
A Casa da Música, situada em Portugal. O prédio do arquiteto Rem Koolhaas
A Casa da Música, situada em Portugal, custou US$111.9 milhões e teve a obra terminada em 2005. Tem espaço para 1.300 lugares em seu interior e foi uma nova forma de repensar a acústica das salas de música. O prédio do arquiteto Rem Koolhaas tem estacionamento subterrâneo para 600 veículos, dez salas de ensaio, bares, restaurante, terraço, além das salas para a administração da instituição Mais Christian Richters
Achado sistema hidráulico utilizado pelos romanos
O sistema de abastecimento de água de Tresminas, Vila Pouca de Aguiar, onde os romanos extraíam ouro das rochas, era “monumental”. A conclusão é de arqueólogos alemães que, através de estudo geomagnético, descobriram 300 quilómetros de condutas.
Dois arqueólogos e dois estudantes de arqueologia da Universidade de Hamburgo terminaram, no final desta semana, um período de prospecções arqueológicas no Complexo Mineiro de Tresminas, um local classificado como Monumento de Interesse Nacional.
O estudo foi patrocinado pela academia alemã, pela Câmara de Vila Pouca e ainda pelo Ministério da Cultura e já se revelou proveitoso. De acordo com Regula Wahl, arqueóloga suíça viúva do engenheiro alemão a que se devem grande parte dos conhecimentos sobre o complexo, os estudos geomagnéticos feitos no local durante quase um mês permitiram descobrir dados relevantes sobre o sistema de abastecimento de água da exploração mineira.
“É uma coisa monumental”, admite a arqueóloga. Segundo Regula Wahl, a água provinha de dois cursos de água que distam entre si cerca de dez quilómetros: o Tinhela e o Frange.
Ao todo, foram descobertos mais de 200 quilómetros de condutas. “Algumas conseguimos ver onde começam e onde acabam, mas outras não”, explica a arqueóloga. Além disso, foram também descobertas três barragens em terra batida e ainda algumas mais pequenas em pedra.
De acordo com Regula Wahl, além de servir para o consumo, a água era especialmente importante para lavar o minério e para abastecer a verdadeira indústria metalúrgica que funcionaria no local para produzir as pontas de ferro das picaretas usadas para o desmonte das rochas onde o ouro se encontrava incrustado. Pelas contas da arqueóloga, estima-se que fossem necessárias mil pontas para cada período de trabalho de 24 horas.
As informações recolhidas durante este período de prospecção foram recolhidas através de equipamentos trazidos da universidade alemã e que permitem observar a composição do solo, sem ser necessário fazer escavações. “Com estes equipamentos consegue-se ver sem destruir”, explica Regula Wahl.
Margarida Luzio
Jornal de Notícias
Preocupação ambiental amplia mercado de trabalho para arqueólogo
Profissional deve ter curiosidade por cultura e história da humanidade.
Nada de múmias, tumbas ou maldições. A profissão de arqueólogo exige, sim, gosto pela aventura, mas acima de tudo é necessário ter curiosidade para recuperar histórias. Diferente do herói do cinema Indiana Jones, o arqueólogo da vida real está interessado em resgatar objetos que tenham valor histórico. Conheça mais sobre esta profissão no Guia de Carreiras desta terça-feira (10).
“Todo adolescente quer ser arqueólogo por causa da imagem aventureira de Indiana Jones. Esta é uma visão equivocada. O arqueólogo é o pesquisador que estuda as evidências materiais decorrentes das antigas ocupações humanas”, diz Lúcia Oliveira Juliani, de 53 anos, arqueóloga da Prefeitura de São Paulo.
Quando Lúcia decidiu fazer faculdade ainda não existia a graduação em arqueologia. Até pouco tempo, os alunos que quisessem seguir esta carreira tinham de optar por um curso inicial - Lúcia escolheu geologia -, e depois se especializar com mestrado ou doutorado. Hoje o cenário mudou, há pelo menos quatro universidades no país que oferecem bacharelado em arqueologia.
Assim como as opções nas instituições de ensino, o mercado de trabalho para os arqueólogos também se expandiu. A onda da consciência ecológica e a exigência dos estudos de impacto ambiental para grandes construções abriram um novo nicho de mercado.
"A arqueologia tinha um mercado restrito. A partir da década de 90, esse panorama mudou muito em função da nova legislação que barra a construção de empreendimentos que podem afetar os sítios arqueológicos (locais que se preservaram materiais associados às ocupações humanas). Existe uma demanda por novos profissionais", afirma a arqueóloga Rucirene Miguel, de 39 anos.
O arqueólogo atua desde a concepção de um projeto, com pesquisa documental e bibliográfica, até a investigação e escavação dos sítios arqueológicos. Imagens aéreas, cartografia e documentos escritos são materiais que auxiliam o trabalho de pesquisa do profissional. Ele também é responsável por organizar e registrar os materiais que serão estudados em laboratórios ou vão compor uma exposição, por exemplo.
"O aluno que optar por esta carreira, tem de gostar das ciências humanas e da terra porque a arqueologia necessita de todos esses conhecimentos para conseguir fazer as interpretações dos achados arqueológicos", diz Rucirene.
A profissão ainda não é regulamentada, por isso não há definição sobre piso salarial ou jornada de trabalho.
Vanessa Fajardo Do G1, em São Paulo
A Casa da Música, situada em Portugal, custou US$111.9 milhões e teve a obra terminada em 2005. Tem espaço para 1.300 lugares em seu interior e foi uma nova forma de repensar a acústica das salas de música. O prédio do arquiteto Rem Koolhaas tem estacionamento subterrâneo para 600 veículos, dez salas de ensaio, bares, restaurante, terraço, além das salas para a administração da instituição Mais Christian RichtersMarcadores: cultura, patr. cultural, patr. histórico
0 Comentários:
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial