EXPOSIÇÕES - 18-8-10
Rio de Janeiro-RJ - Olhares distintos
Instituto Moreira Salles exibe desenhos, esculturas e gravuras de Fred Sandback e fotografias do alemão Hans Günter Flieg
Um escultor americano influenciado pela arte minimalista e um fotógrafo alemão pioneiro da publicidade. Com pouco em comum além do legado artístico consistente, os dois oferecem um programa duplo. A partir de quarta (11), o Instituto Moreira Salles vai abrigar a primeira individual no Brasil de Fred Sandback (1943-2003) e uma sortida retrospectiva de Hans Günter Flieg, 87 anos, alemão radicado em São Paulo desde 1939 e naturalizado brasileiro em 1965.
Composta de 180 trabalhos, a exposição Flieg: Fotógrafo vai ocupar cinco salas. Produzidas entre os anos 40 e 80, as fotografias de instalações industriais, objetos e projetos arquitetônicos guardam um estilo inspirado pelo modernismo europeu. Ainda adolescente, antes de migrar para o Brasil, Flieg fez um curso especializado no Museu Judaico de Berlim. Lá aprendeu a dominar a elaboração formal da imagem e obter um controle absoluto da iluminação, exposição e processamento do filme. Ao desembarcar por aqui, trouxe uma câmera Linhof para grandes formatos e uma Leica de 35 milímetros. Com o equipamento maior, apoiado em tripé, fazia registros de caráter documental. A segunda máquina, portátil, servia para capturar instantâneos sob um viés artístico. Munido de ambas, produziu flagrantes da primeira Bienal de São Paulo, em 1951, e da construção do Masp. Como mostram algumas das imagens expostas, o fotógrafo também colaborou para a modernização da propaganda. Suas bem elaboradas representações de móveis e produtos passaram a tomar o lugar das ilustrações a bico de pena, normalmente usadas nos anúncios.
As obras do escultor Sandback ficarão na galeria do anexo. Incensado pela crítica internacional, o artista construía suas peças usando corda elástica e coloridos fios de lã acrílica. No acervo também estarão criações menos conhecidas, como desenhos e gravuras, realizadas ao longo de sua carreira, iniciada em 1968, quando estudava escultura na Yale School of Art and Architecture, em Nova York.
Fred Sandback e Hans Günter Flieg. Instituto Moreira Salles. Rua Marquês de São Vicente, 476, Gávea, 3284-7400. Terça a sexta, 13h às 20h; sábado, domingo e feriados, 11h às 20h. Estac. Grátis. Até 24 de outubro. A partir de quarta (11). www.ims.com.br. Veja Rio
RIO DE JANEIRO-RJ - ANA HOLCK. Nova convidada do projeto Os Amigos da Gravura, a artista subverte criativamente as regras do evento. Em vez de vender cinquenta serigrafias de uma obra especialmente criada para o projeto, como foi praxe nas dezenove edições anteriores, Ana produziu igual número de miniesculturas inspiradas numa série iniciada em 2009. Com formas hexagonais, elas lembram o fragmento de uma colmeia. Compostas de chapas de latão e ladrilhos, as peças articuladas podem ser usadas como bijuteria. Além do múltiplo, Ana Holck vai exibir em duas salas três exemplares de escultura em acrílico da série Torres, outros objetos da série de contornos hexagonais e uma escultura de grande formato. Museu da Chácara do Céu. Rua Murtinho Nobre, 93, Santa Teresa, 3970-1126. Quarta a segunda, 12h às 17h. R$ 2,00. Estac. Grátis para menores de 12 anos, pessoas com mais de 65, grupos escolares e às quartas. Até 13 de setembro. A partir de sexta (13). www.museuscastromaya.com.br. Veja Rio
RIO DE JANEIRO-RJ - ENRICA BERNARDELLI. Sem realizar uma individual na cidade desde 2002, a artista plástica italiana de 51 anos, radicada no Rio desde a infância, retorna ao circuito com a mostra Filme U. Enrica exibirá a videoinstalação que batiza a exposição, com a projeção de um LP girando em sentido anti-horário e sem som. No acervo também entra a projeção Escultura em Bronze, em que a dimensão da peça de metal varia. Entre os objetos, há Pedra, construído de granito, Instrumento, um piano pendurado de lado, de forma que não se possam usar adequadamente seu teclado nem seus pedais, e Cadeira, cujo assento é substituído por uma chapa transparente de acrílico. A instalação Escultura Dentro da Parede é uma reprodução de figura humana de bronze incrustada na alvenaria, de modo a atenuar a tridimensionalidade da obra. Serão exibidas ainda três séries fotográficas, a exemplo de Imagem Aberta, em que são recortados círculos em reproduções de pinturas clássicas. Dentro das cenas representadas, abre-se outro plano para quem as observa. Galeria Laura Alvim. Avenida Vieira Souto, 176, Ipanema, 2332-2017, a General Osório. X Terça a domingo, 13h às 21h. Grátis. Até 3 de outubro. A partir de quinta (12) Veja Rio
RIO DE JANEIRO-RJ - LUIZ HERMANO. Com mais de três décadas de carreira e obras em importantes coleções, como Patricia Cisneros, Biblioteca Nacional de Paris e Pinacoteca do Estado de São Paulo, o artista cearense radicado em São Paulo está de volta ao Rio após cinco anos de ausência. A individual Rede Concreta / Trama Orgânica, com curadoria de Daniela Labra, reúne relevos em tecido com motivos abstratos inspirados nos jardins do paisagista Roberto Burle Marx. R$ 14 000,00 a R$ 20 000,00. Galeria Arte em Dobro. Rua Dias Ferreira, 417, sala 205, Leblon, 2259-1952. Segunda a sexta, 10h às 18h; sábado, 12h às 16h. Grátis. Até 17 de setembro. A partir de sexta (13). www.arteemdobro.com.br. Veja Rio
RIO DE JANEIRO-RJ - MARCELA GONTIJO. Mineira radicada na Cidade do México, Marcela já realizou individuais por aqui e em Santa Catarina — também participou de coletivas em São Paulo e na capital mexicana. Na mostra Outros Possíveis São Possíveis ela vai apresentar oito fotocolagens de médios e grandes formatos. A partir de construções e espaços desabitados que fotografa, a artista monta composições de ângulos, formas e cores diferentes. Neste acervo estão imagens registradas no seu atual ateliê no México. R$ 3 000,00 a R$ 12 000,00. Galeria Movimento Arte Contemporânea. Avenida Atlântica, 4240, loja 211 (Shopping Cassino Atlântico), Copacabana, 2267-5989. Terça a sexta, 10h30 às 19h30; sábado, 12h às 18h. Grátis. Até 4 de setembro. A partir de quarta (11). www.galeriamovimento.com.br. Veja Rio
RIO DE JANEIRO-RJ - MARIANA MANHÃES. Escolhida para inaugurar a Sala A Contemporânea do Centro Cultural Banco do Brasil, a artista ocupará os 140 metros quadrados do novo espaço com a obra Dentre. Suas criações fogem às definições clássicas. Em geral compostas de engenhocas mecânicas e circuitos eletrônicos, têm elementos de escultura, vídeo, instalação, arte cinética, eletrônica ou cibernética. Neste trabalho, percorre a parede um trilho de 12 metros, interligado a outras seis estruturas instaladas no piso. O novo espaço foi criado para dar visibilidade à produção de artistas em ascensão. Estão programadas para depois da mostra inaugural individuais de Matheus Rocha Pitta, Ana Holck, Tatiana Blass, Thiago Rocha Pitta e Marilá Dardot. Centro Cultural Banco do Brasil — Sala A Contemporânea. Rua Primeiro de Março, 66, Centro, 3808-2020. X Terça a domingo, 10h às 21h. Grátis. Até 19 de setembro. A partir de terça (10). Veja Rio
RIO DE JANEIRO-RJ - RODRIGO QUEIROZ. Fotojornalista carioca de 39 anos, Rodrigo produziu mais de 600 registros de costumes e lugares da Rocinha em várias incursões realizadas no morro entre novembro de 2008 e setembro de 2009. Desse vasto material, selecionou as 34 fotografias que compõem a individual Rocinha — Cotidiano e Arquitetura. Sem o objetivo de glamourizar a miséria, as imagens pretendem mostrar pormenores das construções e as diversas soluções alternativas dos moradores para driblar problemas arquitetônicos. Há ainda antigos retratos da reserva ecológica que estava no morro antes da ocupação desordenada. Na cenografia, o curador Marco Antonio Portela incluiu ambientação sonora com fragmentos de gravações de rádios piratas da região e uma instalação com 200 monóculos, com os quais os visitantes podem observar detalhes das casas. Centro Cultural Justiça Federal. Avenida Rio Branco, 241, Centro, 3261-2550. X a Cinelândia. Terça a domingo, 12h às 19h. Grátis. Até 26 de setembro. A partir de quarta (11). www.ccjf.trf2.gov.br. Veja Rio
RIO DE JANEIRO-RJ - SERGIO RODRIGUES — UM DESIGNER DOS TRÓPICOS. Junto ao urbanista Lucio Costa, ao arquiteto Oscar Niemeyer e ao paisagista Roberto Burle Marx, o moveleiro — como gosta de ser chamado — Sergio Rodrigues emprestou seu estilo essencialmente brasileiro à construção da imagem de Brasília, cujo cinquentenário de fundação se comemora em 2010. Nesta mostra, com curadoria de Marta Micheli e Veronica Rodrigues (filha do designer), estarão presentes cerca de setenta móveis, a exemplo da famosa poltrona Mole, considerada sua obra-prima. Caixa Cultural. Avenida Almirante Barroso, 25, Centro, 2544-7666, a Carioca. X Terça a sábado, 10h às 22h; domingo, 10h às 21h. Grátis. Até 18 de setembro. A partir de terça (10). www.caixacultural.com.br. Veja Rio
Instalação sem título de Sandback: espaços delimitados por fios de lãFotografia de Flieg para a Olivetti: abordagem inovadora na publicidadeMarcadores: Exposições
0 Comentários:
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial