ENTRESSEIO

s.m. 1-vão, cavidade, depressão. 2-espaço ou intervalo entre duas elevações. HUMOR, CURIOSIDADES, UTILIDADES, INUTILIDADES, NOTÍCIAS SOBRE CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS CULTURAIS, AQUELA NOTÍCIA QUE INTERESSA A VOCÊ E NÃO ESTÁ NO JORNAL QUE VOCÊ COSTUMA LER, E NEM DÁ NA GLOBO. E PRINCIPALMENTE UM CHUTE NOS FUNDILHOS DE NOSSOS POLÍTICOS SAFADOS, SEMPRE QUE MERECEREM (E ESTÃO SEMPRE MERECENDO)

17 agosto, 2010

CULTURA, PATRIMÔNIO CULTURAL E HISTÓRICO - 17-8-10

Bienal do Livro aborda gastronomia pela primeira vez
Divulgação/Bienal do Livro

A Bienal do Livro, que acontece de 9 a 22 de agosto, em São Paulo, pela primeira vez aborda temas gastronômicos. Durante o evento chamado de Cozinhando com Palavras, serão feitos 40 workshops e mesas de debates sobre gastronomia em livros. E não é só no Pavilhão de Exposições do Anhembi que acontecerão os workshops. O evento promove um grande sarau literário com 16 restaurantes e um bar.
De uma forma divertida e saborosa, o evento lembrará os nomes de grandes figuras da literatura, com pratos inusitados, únicos para cada restaurante participante. Serão homenageados autores como Jorge Amado, Raquel de Queiroz, Isabel Allende, Vinícius de Moraes, Eça de Queiroz, Monteiro Lobato, Pablo Neruda e vários outros que em suas obras citaram a comida como referência literária.
Grandes chefs e outras personalidades do mundo editorial estarão em sintonia com a ideia de que não somos apenas o que comemos, mas “comemos a partir do que somos”. O objetivo do evento não é mostrar apenas a técnica, mas também abordar reflexões.
Exemplo deste conceito de expressão literária e gastronômica, o chef Chakall apresentará A Cozinha do Mundo através dos Livros, que analisa o Gourmand Awards Cookbook, prêmio máximo da categoria, que tem várias editoras brasileiras. Entre as ganhadoras dos últimos anos está À Mesa com Eça de Queiroz, desenvolvido pelo chef português Vitor Sobral.

Museu Lasar Segall ganha mais peças do artista
Último lote de obras, móveis e documentos foi doado ontem pela família do pintor

Rua Berta. Imóvel de 700 metros quadrados na zona sul de São Paulo foi cedido definitivamente à instituição idealizada pela mulher do pintor
O Museu Lasar Segall, na Vila Mariana, único museu federal em São Paulo, recebeu oficialmente em doação ontem, da família do pintor Lasar Segall, o último lote de expressivas obras, documentos, mobiliário, matrizes e objetos. Além da cessão definitiva da casa anexa, de 700 metros quadrados, projeto do arquiteto Jorge Wilheim. O lote passa a integrar agora o acervo da instituição, hoje com mais de 3 mil obras, que é público.
Atualmente gerido pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), ligado ao Ministério da Cultura, o museu foi idealizado por Jenny Klabin Segall em 1967 e implementado pelos filhos do pintor, Mauricio e Oscar Klabin Segall (já falecido).
Mauricio Segall, seus filhos e Beatriz Segall (nora do pintor), além de convidados como o ensaísta e crítico literário Antonio Candido, participaram da cerimônia de doação de todo o lote - 8 mil documentos, 5.304 fotografias, 501 objetos - incluindo peças pessoais de trabalho do artista -, 171 matrizes de gravuras, 12 móveis e mais 8 obras. Também presente ao evento, Na ocasião, o ministro da Cultura, Juca Ferreira, anunciou a doação de uma 9.ª obra: uma aquarela de 1956.
Transição. Sérgio Segall, neto do pintor que discursou em nome da família (além do filho Mauricio, nove netos estavam presentes), elogiou o final da transição de uma instituição que foi criada de forma familiar para a gestão pública, mas também pediu que o governo federal mantenha o modelo idealizado pelo pai - especialmente a manutenção do conselho de notáveis que o caracteriza, que tinha na cerimônia o presidente, Celso Lafer.
Oficialmente, desde janeiro o Museu Lasar Segall não pertence mais à família. Foi quando foram derrubadas as últimas salvaguardas que mantinham o patrimônio do museu ainda passível de ser retomado pela família - como a sede da instituição, projeto modernista de Gregori Warchavchik, residência de 1936, onde viveu Lasar Segall.
Presidida por Jorge Schwartz, a instituição estuda a transferência de sua biblioteca para um outro local, para se dedicar com mais força à divulgação da obra pictórica do artista.
Contribuição. O ministro Juca Ferreira disse que Lasar Segall, que nasceu na Lituânia, poderia ter sido um artista de peso no ambiente de vanguarda da Europa, mas preferiu instalar-se no Brasil, onde "disseminou conhecimento técnico sofisticadíssimo" e demonstrou em sua obra grande comprometimento com a cultura brasileira.
"Este foi um fato excepcional na história da arte no Brasil, a passagem da esfera privada para a pública, com a doação e a preservação de grande parte do acervo do artista", disse Jorge Schwartz.
"É importante mostrar que o setor público é confiável, que pode gerir com responsabilidade uma obra dessa importância", completou José do Nascimento Júnior, presidente do Ibram.
QUEM FOI LASAR SEGALL PINTOR E ESCULTOR MODERNISTA
Segall nasceu em 1891 em Vilna, hoje capital da Lituânia. Em 1923, veio para o Brasil e ajudou a criar o modernismo no País. Morreu em 1957.
A partir de 2011, dinheiro da cultura será "blindado"
O dinheiro da cultura, em nível federal, não poderá mais sofrer contingenciamento. Decreto do presidente Lula promoveu a "blindagem" do Fundo Nacional de Cultura (que inclui reservas de museus e patrimônio) para o ano de 2011. Com isso, parte substancial das verbas a serem investidas no setor fica de fora das mudanças de prioridades. Atualmente, só duas fontes de recursos federais são impedidas de entrar em contingenciamentos: o Fundo de Ciência e Tecnologia e o Fundo de Mudanças Climáticas.
Segundo o ministro da Cultura, Juca Ferreira, essa era a maior dificuldade que ele enfrentava para convencer a área cultural de que o setor não sofreria mudanças bruscas de investimentos no futuro. Eduardo Saron, do Itaú Cultural, considera "o maior gol" do MinC neste mandato.
Segundo Alfredo Manevy, secretário executivo do Ministério, a incerteza orçamentária vinha sendo a marca de épocas sucessivas na gestão cultural. "A falta de previsibilidade levou a uma inconstância nos investimentos. Agora, os artistas terão confiança de que conseguirão realizar seus projetos." O governo diz ainda que deve ser aprovada nos próximos meses a Lei de Incentivo à Cultura, que prevê fundos diretos de investimento.
Jotabê Medeiros - O Estado de S.Paulo
Cozinhando com Palavras homenageia grandes nomes da literatura

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