EXPOSIÇÕES - 30-8-10
Rio de Janeiro-RJ – Exposição Edgard de Souza na Galeria Arthur Fidalgo
A série dos móveis resgata um tema do início da carreira do artista, no final da década de 1980. “As mesas eram então mais zoomórficas”, compara ele, “agora se tornaram mais simples”. A parte animal parece ter passado para a série que simula pelagens de vacas transgênicas ou geneticamente modificadas.
Esse imaginário que passa pela pele e pelo corpo, cheio de erotismo, tem outro ponto seminal no design. As esculturas do artista podem remeter tanto a troncos e flancos como a objetos e móveis. As duas séries apresentadas nessa exposição realizam esse encontro de modo sedutor e intrigante. Na série das mesas, o mobiliário torna-se, literalmente, móvel; em “Manchas falsas”, o nu de outras obras torna-se, literalmente, epiderme, ou melhor, pelagem, com manchas acentuadamente gráficas.
Edgard de Souza não faz uma exposição individual no Rio de Janeiro desde 1991. Entre as exposições individuais do artista estão: Galeria Luisa Strina, São Paulo (2010, 2004, 2002 e 2000), L A Louver Gallery, Los Angeles, EUA (2005 e 2003), Pinacoteca do Estado de São Paulo (2004). Galeria OMR, Ciudad de Mexico (2002), Museu de Arte da Pampulha, Belo Horizonte (2001), Jack Shainman Gallery, New York (2000), Project Room, ARCO/99, Madrid (1999). Seus trabalhos pertencem, entre outras, às coleções do Museu Inhotim, MAM – SP, Gilberto Chateaubriand – MAM – Rio e Pinacoteca do Estado de São Paulo. O artista vive e trabalha em São Paulo.
Curitiba-PR - Museu Alfredo Andersen inaugura cinco exposições
Como parte das comemorações dos 150 anos de Alfredo Andersen, o museu que carrega seu nome inaugura mostras
O Museu Alfredo Andersen, espaço da Secretaria estadual da Cultura, abre cinco exposições. Homenageando Alfredo Andersen em seus tempos de professor, inaugura as mostras O Precursor do Ensino na Arte do Paraná e Projeto Andersen na Escola. Utilizando materiais como óleos, acrílicos, lápis e papéis colados sobre tela, Rones Dumke expõe suas obras em A Arte Silenciosa de Rones Dumke. A artista Soraia Savaris apresenta suas peças de cerâmica produzidas nos últimos três anos na exposição Ser Fruto. Além do artista Osvaldo Gaia, do Pará, com a mostra Percepção. As exposições permanecem no Museu até o dia 24 de outubro e a entrada é franca.
Como parte das comemorações dos 150 anos de Alfredo Andersen, o museu que carrega seu nome inaugura a exposição O Precursor do Ensino na Arte do Paraná, que traz fotos e obras do artista nos tempos em que lecionava. Além das suas aulas no atelier, Andersen desde o início ensinava desenho na Escola Alemã e no Colégio Paranaense. Em 1909, a convite da direção da Escola de Artes e Indústrias, inicia um curso de desenho e, por volta de 1914, já tinha dado aula para mais de três mil crianças e adultos.
Ainda homenageando Alfredo Andersen como professor, o Projeto Andersen na Escola é formado por uma seleção de obras de alunos de diversas escolas que visitam o Museu em períodos letivos, participam de oficinas e conhecem um pouco mais sobre a história e estilo do artista, agregando conhecimentos em um ambiente diferente do escolar.
Dumke
Para a exposição A Arte Silenciosa de Rones Dumke, o artista selecionou três séries de obras que traduzem sua trajetória artística. A primeira é a série Geometria do Silêncio, que constitui uma síntese das lições recebidas dos surrealistas, metafísicos italianos e dos construtivistas russos. “A bela cabeça de Antínoo está lá, aureolada por um nimbo luminoso. A Vênus de nádegas luxuriosas habita um triângulo negro na obra o Teorema do Mar. Hermes encontra-se suspenso vagando encerrado em sua caixa preta”, descreve Dumke.
Segundo o artista, o ponto de partida para o desenvolvimento da série Calidoscópio do Sonho foi a construção da imagem na qual um personagem voa virtualmente com uma cadeira. Já a ideia da última série, Aparições, surgiu de um sonho de Dumke, que tinha como protagonistas mulheres selvagens do antigo mundo grego.
Cerâmica
Soraia Savaris trabalha com cerâmica desde 1992 e agora, em sua segunda mostra individual, ela percebe o amadurecimento de suas obras. Nas anteriores, a artista utilizou temáticas de casulos e lágrimas, que considera as sementes do fruto que acaba de nascer, a exposição Ser Fruto. São três salas com poucas peças, para que, de acordo com Soraia, o visitante possa sentir a energia do ambiente.
Na primeira sala são mais ou menos sete peças entre paredes e chão, que representam pinhas e gomos de frutas cortadas, feitas em vários tons de argila. Representando frutos que nascem do chão, a segunda sala é composta por uma montagem com nove peças, todas em cerâmica esmaltada. A terceira sala é coberta por um tecido preto, com várias peças brancas penduradas, contrastando as cores.
Gaia
A exposição Percepção, do artista paraense Osvaldo Gaia, é dividida em três salas. Gaia acredita que a natureza o inspira para todos os trabalhos que produz. Por isso, se preocupa com a preservação dela. Em um dos espaços, uma instalação representa um espinhal, objeto utilizado por pescadores para aumentar o número de anzóis, e, em volta disso, fósseis de peixes. “Isso é para que as pessoas percebam que a preservação é essencial, caso contrário, só restarão os fósseis”, explica Gaia.
A exposição também conta com desenhos, pinturas e esculturas, com várias peças inéditas. O artista já expôs em galerias internacionais e, agora, apresenta sua primeira mostra individual em Curitiba.
Serviço:
Museu Alfredo Andersen (Rua Mateus Leme, 336), em Curitiba. Horário de visitação: de terça a sexta-feira, das 9h às 18h. Sábados, domingos e feriados, das 10h às 16h. A exposição fica até o dia 24 de outubro e a entrada é gratuita.
Bem Paraná
(foto: SEEC) Edgard de Souza apresenta na Galeria Artur Fidalgo trabalhos recentes que exploram a corporeidade, como é constante em sua obra. Dessa vez, porém, as formas não remetem diretamente ao corpo humano, mas ao mobiliário, que, por sua vez, ganha um movimento animal e disfuncional. As mesas são elegantes quadrúpedes anímicos que por vezes copulam na galeria. A exposição apresenta também a série “Manchas falsas”: trabalhos bidimensionais que inventam padronagens artificiais em pele de vaca. Móveis e superfícies criam um mundo de erotismo meio animal, meio design. Marcadores: Exposições
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