CULTURA, PATRIMÔNIO CULTURAL E HISTÓRICO - 4-10-10
Arqueólogos descobrem língua perdida em manuscrito no Peru
Esse pode ser um registro escrito da língua que os espanhóis da era colonial chamavam de pescadora
Pesquisadores dizem que rabiscos encontrados no verso de uma carta descoberta num sítio arqueológico do século XVII revela uma língua indígena até agora desconhecida.
Reprodução/Reuters
Números anotados com nomes em língua perdida
Uma equipe internacional de arqueólogos encontrou a carta sob uma pilha de tijolos de adobe numa igreja que desmoronou perto de Trujillo, 560 km ao norte da capital, Lima. O complexo havia sido habitado por dominicanos durante 200 anos.
"Nossas investigações determinaram que esse pedaço de papel registra um sistema numérico numa língua que se perdeu há centenas de anos", disse o arqueólogo Jeffrey Quilter, do Museu Peabody de arqueologia e Etnologia de Harvard.
'Descobrimos uma língua que ninguém vê desde o século XVI ou XVII", disse ele, acrescentando que o idioma parece ter sido influenciado pelo quíchua, a antiga língua ainda falada por milhões de andinos.
Ele disse que esse pode ser um registro escrito da língua que os espanhóis da era colonial chamavam de pescadora, porque era usada pelos pescadores do norte do Peru. Até hoje, nenhum registro da língua pescadora era conhecido.
REUTERS
Estadão.com.br
Busca com Google Earth leva a descoberta de cratera de meteoro
Uma busca realizada com a ferramenta Google Earth levou à descoberta, em um deserto na África, de uma cratera causada por um meteorito, no que está sendo considerado como um dos mais bem preservados locais do gênero já encontrados.
A cratera de Kamil, localizada entre a Líbia, o Egito e o Sudão, tem 45 metros de diâmetro e 16 metros de profundidade.
Ela tinha sido localizada em 2008 pelo mineralogista italiano Vincenzo De Michele, enquanto realizava uma busca por formas naturais usando o Google Earth.
Após a descoberta, De Michele contatou o físico Mario Di Martino, do observatório do Instituto Nacional de Astrofísica, em Turim, que comandou uma expedição ao local em fevereiro deste ano.
Segundo pesquisadores, o buraco foi formado pelo choque de um meteorito ocorrido há não mais de dez mil anos. O corpo celeste, composto de ferro, teria dez toneladas e 1,3 metro de diâmetro, tendo atingido a Terra a uma velocidade superior a 12 mil km/h.
Bola de fogo – Os estudiosos afirmam que o impacto do meteorito causou uma bola de fogo e uma coluna de fumaça visíveis a mil quilômetros de distância. Os pesquisadores ficaram surpresos ao descobrir que a cratera passou tando tempo sem ser notada por humanos.
“A cratera (…) potencialmente tem menos de alguns milhares de anos. O impacto pode até ter sido observado por humanos, e pesquisas arqueológicas em antigos assentamentos próximos (ao local) podem ajudar a determinar a data”, disse Luigi Folco, do Museu Nacional da Antártida, em Siena (Itália), em entrevista ao site da Agência Espacial Europeia.
A expedição à cratera de Kamil durou duas semanas e foi formada por 40 pessoas, entre elas cientistas italianos e egípcios. A equipe coletou mais de uma tonelada de fragmentos metálicos, incluindo um pedaço de ferro de 83 kg, que poderia ter se partido do meteorito.
G 1
Encontrado esqueleto coberto com folhas de ouro em tumba grega
Arqueologistas gregos localizaram uma esqueleto antigo, todo coberto com folhas de ouro, em uma tumba na ilha de Creta, na antiga cidade de Apolônia. A descoberta foi anunciada nesta terça-feira.
O professor de arqueologia Nicholas Stampolidis e equipe disseram que encontram mais de 3.000 folhas de ouro datados do século 7 a.C o cemitério tem fornecido artefatos antigos surpreendentes nos últimos anos.
Os finos ornamentos em ouro possuem de um a quatro centímetros cada e estavam costurados no que pode ser tanto uma vestimenta de luxo quanto uma mortalha envolvida no corpo de uma mulher.
"Toda a extensão da tumba estava coberta com pequenos pedaços de ouro", disse Stampolidis à Associated Press.
Segundo os achados, a mulher deveria pertencer a uma classe social elevada ou religiosa. Ela foi enterrada junto a um outro esqueleto dentro de contêiner, fechado com uma pedra pesando mais de 500 kg e escondido atrás de uma parede falsa, provavelmente para confundir ladrões de tumbas.
O local também continha uma tigela de cobre, frascos de perfume importado do Egito, Síria ou Palestina, centenas de âmbar e um pendente de ouro, entre outros objetos.
Stampolidis, da Universidade de Creta, trabalha no sítio arqueológico de Apolônia há pelo menos 25 anos. As ruínas ficam a noroeste de Ida, monte onde Zeus teria nascido na mitologia grega.
ASSOCIATED PRESS
Marcadores: cultura, patr. cultural, patr. histórico
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