ENTRESSEIO

s.m. 1-vão, cavidade, depressão. 2-espaço ou intervalo entre duas elevações. HUMOR, CURIOSIDADES, UTILIDADES, INUTILIDADES, NOTÍCIAS SOBRE CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS CULTURAIS, AQUELA NOTÍCIA QUE INTERESSA A VOCÊ E NÃO ESTÁ NO JORNAL QUE VOCÊ COSTUMA LER, E NEM DÁ NA GLOBO. E PRINCIPALMENTE UM CHUTE NOS FUNDILHOS DE NOSSOS POLÍTICOS SAFADOS, SEMPRE QUE MERECEREM (E ESTÃO SEMPRE MERECENDO)

13 outubro, 2010

CULTURA, PATRIMÔNIO CULTURAL E HISTÓRICO - 13-10-10

Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Angra do Heroísmo

A Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Angra do Heroísmo possui cinco raros e belos incunábulos e várias dezenas de valiosos livros antigos e obras raras, ente estas das primeiras publicadas nos Açores. Além disso, a Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Angra do Heroísmo beneficia do depósito legal, recebendo, por isso e por determinação legal, um exemplar de cada publicação portuguesa, tal como a Biblioteca Nacional de Portugal.
A biblioteca incorpora uma variedade de fundos: o Fundo Municipal, as bibliotecas pessoais de Francisco Jerónimo da Silva, Mendo Bem, Luís da Silva Ribeiro, Tenente-Coronel José Agostinho, Vitorino Nemésio, Pedro da Silveira, para citar apenas alguns.
Pese embora a relevância e o valor do acervo, funciona (em parcas condições) num antigo palacete e aguarda que entre em funcionamento (e seja construído) o novo edifício (na foto). A maior parte do fundo legal deve estar inutilizado e muito dele nem chega a ser catalogado. O que não admira, dada a escassez de pessoal qualificado.
Tem um sítio novo, reformulado e funcional, mostrando que há dinamismo. Mas...
A cultura açoriana continua a ser maltratada pelo poder. E tantos anos volvidos sob governação PS ainda não deve ser neste mandato que se verá a nova biblioteca. Tão-pouco há notícias de que venham a ser criados lugares para arquivistas e bibliotecários. Mas já se gastaram uns quantos milhares em propaganda, que é para o que serve a cultura aos olhos alarves dos políticos tugas.

Gulbenkian edita "dicionário" do património português
O património arquitectónico de origem portuguesa disperso pelo mundo é reunido, pela primeira vez, num "dicionário" coordenado por José Mattoso cujo primeiro volume é apresentado no dia 24 pela Fundação Calouste Gulbenkian.
O projecto, iniciado há três anos, intitula-se "Património de origem portuguesa no mundo" e é constituído por três volumes, o primeiro dos quais é dedicado à América do Sul.
A ideia, explica José Mattoso no prefácio, "é criar um objecto de estudo, um corpus" cujo "caráter sistemático" resulta na apresentação "como um 'dicionário' de sítios e monumentos por ordem alfabética do nome do lugar".
Este trabalho surge na sequência da acção que a Fundação Gulbenkian tem desenvolvido para a preservação do património de origem portuguesa no mundo, como as fortalezas de Ormuz e Qeshm, no Irão, a Feitoria de Ayutthaya, na Tailândia, ou a catedral de Safim, em Marrocos, ainda em curso.
Estes monumentos são testemunhos da expansão europeia e o início de um progressivo movimento "de domínio do Ocidente sobre o resto do globo", mas ressalva o historiador que as "injustiças daí decorrentes não devem projectar-se negativamente sobre o ambivalente conceito do 'encontro'".
Sublinha o historiador que este projecto "não resulta de nenhuma espécie de reivindicação de hipotéticas glórias nacionais", uma vez que "os vestígios deste encontro de culturas já não pertencem a um só país; pertencem a toda a Humanidade, porque dão testemunho da diversidade cultural e da criatividade humana".
Mattoso faz uma síntese da forma como este património foi sendo encarado ao longo dos tempos, referindo a importância do Comité para Partilha da Herança Colonial, criado em 1998 no âmbito da rede do Comité Científico do ICOMOS (International Council on Monuments and Sites) que exalta a sua importância tanto para os países tornados independentes como para os antigos colonizadores.
O historiador coordenou este projecto com Mafalda Soares da Cunha, professora universitária, e contou com a colaboração de 70 autores.
Para cada área geográfica, escolheu um responsável: Renata Marcher Araujo para América do Sul, Filipe Themudo Barata para os países islâmicos do Norte de África e do Golfo Pérsico, Walter Rossa para o Oriente, e José Manuel Fernandes para a África Subsaariana. A coordenação técnica é de Maria Fernanda Matias, do Serviço Internacional da Fundação.
Os edifícios são considerados, explica o historiador, pela sua "identidade própria" equacionando com "a sua forma, valor artístico, valor funcional, sentido simbólico, dimensões, ou características técnicas".
Mattoso afirma que se procurou "reunir o máximo de informação possível acerca dos monumentos e sítios", pelo que esta série resulta como "uma enumeração exaustiva do património de origem portuguesa no mundo".
Esta publicação é a primeira da Fundação redigida segundo a norma do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.
No dia 24 de maio, é publicado o primeiro volume relativo à América do Sul. Em outubro, será a vez do volume relativo a África, Mar Roxo e Médio Oriente, e em Dezembro surgirá um terceiro, sobre a Ásia e Timor-Leste.

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