ENTRESSEIO

s.m. 1-vão, cavidade, depressão. 2-espaço ou intervalo entre duas elevações. HUMOR, CURIOSIDADES, UTILIDADES, INUTILIDADES, NOTÍCIAS SOBRE CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS CULTURAIS, AQUELA NOTÍCIA QUE INTERESSA A VOCÊ E NÃO ESTÁ NO JORNAL QUE VOCÊ COSTUMA LER, E NEM DÁ NA GLOBO. E PRINCIPALMENTE UM CHUTE NOS FUNDILHOS DE NOSSOS POLÍTICOS SAFADOS, SEMPRE QUE MERECEREM (E ESTÃO SEMPRE MERECENDO)

29 novembro, 2010

CULTURA, PATRIMÔNIO CULTURAL E HISTÓRICO - 29-11-10

Pedreiro diz que prefere ir preso a devolver "tesouro" encontrado no quintal

A Justiça Federal mandou o pedreiro César Siqueira de Assis entregar em cinco dias as oito mil moedas que ele encontrou enterradas no quintal de casa em outubro, em Campo Grande.
O juiz federal Renato Toniasso, da 1ª Vara Federal, atendeu ao pedido feito pelo Instituto de Patrimônio Histórico (Iphan).
O pedreiro deve cumprir mandado de busca e apreensão até quarta-feira (1º), mas ele tem prazo de 15 dias para contestar a decisão. À imprensa, César disse que não cumprirá a ordem judicial.
- Eu não sou bandido, não roubei nada. Vou preso mas não entrego as moedas - disse o pedreiro.
As peças foram encontradas depois que o pedreiro decidiu construir uma edícula nos fundos da casa, no Jardim Colúmbia. São exemplares do Brasil, Paraguai, Uruguai, Honduras, Bolívia, Colômbia, Estados Unidos e Inglaterra.
O Globo
Quando o achado foi divulgado, o Iphan convocou o pedreiro a apresentar as moedas encontradas. O colecionador José Pinto Rodrigues foi convidado para avaliar o material encontrado e ele disse que as oito mil moedas tinham pequeno valor econômico.
O Código Civil Brasileiro de 2002 tem uma seção específica que trata do "Achado do Tesouro" e garante a posse dos bens a quem o encontrar, caso não haja dono comprovado. Se o dono for conhecido, o material deve ser entregue. No caso de terreno alugado, situação de Assis, metade vai para o locatário e a outra parte para o proprietário do imóvel.
midiamaxnews
Com informações do jornal O Globo/HR

Nos trilhos da memória

As cidades do Grande ABC possuem identidades culturais próprias, mas a inter-relação entre elas compõe uma história em comum da região e lhes confere um caráter especial. Dar uma amostra dessa diversidade e riqueza cultural é a proposta de ''Águas, Trilhos e Manacás - As Cores da Memória'' (Ed. Bartira, 112 páginas), livro documental que traz histórias de artistas e grupos artísticos da região.
O autor do livro é o historiador andreense Marcelo de Paiva, 26 anos. Ele pesquisou artistas anônimos e conhecidos, com as formas mais variadas de arte, desde arquitetura até cinema, passando por artes plásticas, literatura, dança, música e teatro. "Como sou pesquisador e morador da região, pude usar todos os recursos que eu tinha nesses dois lados para poder identificar as manifestações artísticas", afirma.
Paiva reuniu todo o material para a elaboração do trabalho em apenas três meses. "Escolhi tanto grupos que já não existem mais, e que só é possível conhecer por registro ou depoimentos, quanto pessoas que estão ativíssimas ainda", conta.
Cada capítulo é dedicado a uma cidade. Parte da vila histórica de Paranapiacaba e segue para Rio Grande da Serra, Ribeirão Pires, Mauá e Santo André. O leitor é conduzido como numa viagem de trem, já que elas são apresentadas na ordem do trajeto ferroviário. O trem foi responsável por trazer pessoas de várias partes do País e da Europa para a região, fator fundamental para diversidade cultural que se formou.
''Águas, Trilhos e Manacás'' ainda traz uma descrição da paisagem da região e a cultura inserida nela, o que justifica o título. "As águas, por causa da importância dos mananciais, como o Rio Tamanduateí. E manacás pela Mata Atlântica que temos aqui", explica Paiva.
A publicação também é recheada de fotos, algumas feitas pelo próprio autor, outras cedidas por museus, colecionadores ou pelos próprios artistas. Outro mérito da narrativa é o seu caráter educacional. Há um glossário em algumas páginas para explicar alguns termos menos conhecidos relacionados à arte, pensado para o público escolar.
O livro foi distribuído em escolas e bibliotecas municipais da região, onde pode ser consultado. Também está disponível para download grátis no site da empresa Solvay Indupa (www.solvayindupa.com.br), que viabilizou o projeto.
Os depoimentos de memorialistas da região tiveram papel fundamental no projeto. "Em geral idosos, eles são referências importantes de cada cidade. É de muito valor a preocupação que eles têm de deixar esse legado preservado de alguma maneira", afirma o pesquisador. E emenda uma análise: "Seria importante que houvesse iniciativas mais consistentes para preservar as histórias e o acervo particular que eles possuem, para que isso não se perca com o tempo".
Adriana Feder
Diário do Grande ABC


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