CULTURA, PATRIMÔNIO CULTURAL E HISTÓRICO - 19-1-11
Evangelhos gnósticos não reconhecem divindade de Cristo, nem milagres, nem ressurreição
É a história quem diz:"ainda não se conseguiu comprovar a existência do Cristo dos evangelhos". Corroborando em parte essa afirmação, um vídeo do Discovery Channel revela que em Nag Hammad, no sul do Egito, foi descoberta (1945) uma coleção de evangelhos gnósticos (considerados apócrifos e rejeitados pela igreja), onde não se atribui qualquer caráter divino à personalidade de um homem conhecido por Jesus Cristo.
Na coleção encontrada, o documento mais importante é o "Evangelho de Tomé" (sim, aquele mesmo que só acredita no que pode ver ou tocar), segundo o qual Jesus Cristo seria apenas mais um judeu sábio (era moda a existência de "sábios" judeus), de espírito revolucionário, mas apenas um ser humano um pouco incomum, não divino, não milagreiro, não imortal. Naquele evangelho não há qualquer referência à condenação e crucificação de Jesus e, conseqüentemente, à sua ressurreição, três dias após a sua suposta morte. Também não é citado nenhum milagre, o batismo, João Batista, a "via crucis" ou nada parecido.
Ora, um Jesus humano, sem a grandiosidade e a mística que lhe é atribuída nos 4 evangelhos sinóticos? Aceitá-lo apenas como um subversivo revolucionário que fracassou nos seus intentos? É claro que a Igreja não poderia aceitar e, por isso, mandou que os monges do mosteiro que analisavam os documentos queimassem todos os evangelhos que contrariassem a versão dos sinóticos. A sorte é que alguns, cerca de uma dúzia deles, ao invés de serem queimados, foram escondidos em pote e enterrados.
Parece que é mesmo a arqueologia quem irá revelar a verdade sobre Cristo. Mas uma coisa é certa: "O Cristo dos Evangelhos jamais existiu" e esta inferência, ao que tudo indica, ninguém mais pode mudar.
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