AUXÍLIO PARA DEFICIENTES VISUAIS EM ÔNIBUS
Movidos pela necessidade de apresentar um projeto de conclusão de curso e com a preocupação de criar algo que pudesse ser útil à sociedade, os alunos do 3º ano de Eletrônica da Escola Técnica Pandiá Calógeras (ETPC) criaram o "Identificador de Transporte Coletivo". O protótipo pretende auxiliar deficientes visuais em uma tarefa simples para a maioria das pessoas: 'pegar' um ônibus.
O sistema é constituído por dois circuitos. Um deverá ser acoplado ao ônibus e outro aos pontos, como um aparelho emissor, e outro receptor ou ainda codificador de informação. Na prática, funciona da seguinte maneira: quando o ônibus se aproximar da parada, será dado o aviso sonoro informando qual o destino do veículo.
O sistema é constituído por dois circuitos. Um deverá ser acoplado ao ônibus e outro aos pontos, como um aparelho emissor, e outro receptor ou ainda codificador de informação. Na prática, funciona da seguinte maneira: quando o ônibus se aproximar da parada, será dado o aviso sonoro informando qual o destino do veículo.
A pretensão é que o projeto seja aceito pelo município e incorporado à sinalização.
A professora de eletrônica Monique Pacheco do Amaral comentou que os projetos normalmente desenvolvidos são robôs ou medidores. "Dessa vez os alunos queriam algo diferente e aplicável. A primeira idéia foi uma casa planejada com recursos para auxiliar o deficiente visual nas tarefas do dia-a-dia. Entretanto, após entrevistas, eles descobriram que a principal dificuldade para essas pessoas estava fora de casa", contou.
Segundo a diretora da ETPC, Itacy Pereira Ribeiro, os trabalhos apresentados pelos alunos este ano demonstram a preocupação com as questões social e ambiental.
"Acreditamos que o ITC poderia ser aproveitado pela cidade. Mas dependemos de recursos financeiros e da aprovação da prefeitura para que o projeto seja colocado em prática. Precisamos que alguém 'compre' a idéia", sugeriu.
O estudante Wallace Pereira informou que a relação custo-benefício para a implantação do sistema é viável e existe uma base possível para sua execução.
"Indiretamente, o identificador também estará atendendo a uma necessidade dos idosos, analfabetos, além de pessoas desatentas. Será de utilidade para todos.
O mais interessante é poder aplicar o que aprendemos em prol dos outros", ressaltou.
Acessibilidade
Janine Aparecida de Almeida lembrou que na hora de se deslocar de um lugar para outro, tendo que para isso utilizar o ônibus coletivo, as principais dificuldades que os deficientes visuais se deparam são: a falta de alguém no ponto que possa orientá-lo e pessoas que se sentem incomodadas em ajudar.
"Acreditamos que o meio para solucionar esse problema é a sinalização por meio de voz. Assim, estaremos favorecendo a acessibilidade e promovendo a inclusão social", concluiu.
O projeto foi desenvolvido pelos alunos Wallace Pereira, Janine Aparecida de Almeida, Jean Carlo de Oliveira Lopes, Marceli Nunes Gonçalves, Thiago de Oliveira Loures e Nilton Simões da Silva Júnior.
Limitação impõe dificuldades aos deficientes
Os deficientes visuais aprovam a implantação do "Identificador de Transporte Coletivo" e torcem para que ele seja colocado em prática. O estudante Marcel Marcondes Guimarães, de 25 anos, comentou que a principal limitação encontrada por quem não pode enxerga é o acesso ao transporte coletivo.
"Enquanto a maior dificuldade para surdos e mudos é a comunicação, a nossa é a locomoção", contou. Marcel perdeu a visão há três anos, em decorrência de um glaucoma congênito e é categórico ao dizer que o auxílio do sistema proposto permitiria maior independência aos cegos.
Já o operador de telefonia Édson de Souza, de 47 anos, acredita que faltam políticas públicas de atenção aos deficientes visuais. Édson, que perdeu a visão há 45 anos em conseqüência de sarampo, disse que 'pega' ônibus todos os dias para ir ao serviço e que enfrenta muitos transtornos nesse sentido. "Não há dificuldade para ir ao serviço, pois o ônibus para em frente a minha casa. O grande problema é voltar", explicou.
Entre as dificuldades impostas estão: confundir o barulho de um caminhão com o de um ônibus; precisar da ajuda de pessoas com má vontade; e ficar dependente também dos motoristas que, desatentos, acabam passando do ponto onde os deficientes precisariam descer (o que também acontece com idosos).
A professora de eletrônica Monique Pacheco do Amaral comentou que os projetos normalmente desenvolvidos são robôs ou medidores. "Dessa vez os alunos queriam algo diferente e aplicável. A primeira idéia foi uma casa planejada com recursos para auxiliar o deficiente visual nas tarefas do dia-a-dia. Entretanto, após entrevistas, eles descobriram que a principal dificuldade para essas pessoas estava fora de casa", contou.
Segundo a diretora da ETPC, Itacy Pereira Ribeiro, os trabalhos apresentados pelos alunos este ano demonstram a preocupação com as questões social e ambiental.
"Acreditamos que o ITC poderia ser aproveitado pela cidade. Mas dependemos de recursos financeiros e da aprovação da prefeitura para que o projeto seja colocado em prática. Precisamos que alguém 'compre' a idéia", sugeriu.
O estudante Wallace Pereira informou que a relação custo-benefício para a implantação do sistema é viável e existe uma base possível para sua execução.
"Indiretamente, o identificador também estará atendendo a uma necessidade dos idosos, analfabetos, além de pessoas desatentas. Será de utilidade para todos.
O mais interessante é poder aplicar o que aprendemos em prol dos outros", ressaltou.
Acessibilidade
Janine Aparecida de Almeida lembrou que na hora de se deslocar de um lugar para outro, tendo que para isso utilizar o ônibus coletivo, as principais dificuldades que os deficientes visuais se deparam são: a falta de alguém no ponto que possa orientá-lo e pessoas que se sentem incomodadas em ajudar.
"Acreditamos que o meio para solucionar esse problema é a sinalização por meio de voz. Assim, estaremos favorecendo a acessibilidade e promovendo a inclusão social", concluiu.
O projeto foi desenvolvido pelos alunos Wallace Pereira, Janine Aparecida de Almeida, Jean Carlo de Oliveira Lopes, Marceli Nunes Gonçalves, Thiago de Oliveira Loures e Nilton Simões da Silva Júnior.
Limitação impõe dificuldades aos deficientes
Os deficientes visuais aprovam a implantação do "Identificador de Transporte Coletivo" e torcem para que ele seja colocado em prática. O estudante Marcel Marcondes Guimarães, de 25 anos, comentou que a principal limitação encontrada por quem não pode enxerga é o acesso ao transporte coletivo.
"Enquanto a maior dificuldade para surdos e mudos é a comunicação, a nossa é a locomoção", contou. Marcel perdeu a visão há três anos, em decorrência de um glaucoma congênito e é categórico ao dizer que o auxílio do sistema proposto permitiria maior independência aos cegos.
Já o operador de telefonia Édson de Souza, de 47 anos, acredita que faltam políticas públicas de atenção aos deficientes visuais. Édson, que perdeu a visão há 45 anos em conseqüência de sarampo, disse que 'pega' ônibus todos os dias para ir ao serviço e que enfrenta muitos transtornos nesse sentido. "Não há dificuldade para ir ao serviço, pois o ônibus para em frente a minha casa. O grande problema é voltar", explicou.
Entre as dificuldades impostas estão: confundir o barulho de um caminhão com o de um ônibus; precisar da ajuda de pessoas com má vontade; e ficar dependente também dos motoristas que, desatentos, acabam passando do ponto onde os deficientes precisariam descer (o que também acontece com idosos).
Outro problema é o risco de atropelamento, já que os motoristas costumam parar distantes
do meio-fio, dando espaço ao tráfego de ciclistas.
Cris Oliveira
Mariana Torres
Empresa Jornalística Diário do Vale Ltda.
do meio-fio, dando espaço ao tráfego de ciclistas.
Cris Oliveira
Mariana Torres
Empresa Jornalística Diário do Vale Ltda.
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