ENTRESSEIO

s.m. 1-vão, cavidade, depressão. 2-espaço ou intervalo entre duas elevações. HUMOR, CURIOSIDADES, UTILIDADES, INUTILIDADES, NOTÍCIAS SOBRE CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS CULTURAIS, AQUELA NOTÍCIA QUE INTERESSA A VOCÊ E NÃO ESTÁ NO JORNAL QUE VOCÊ COSTUMA LER, E NEM DÁ NA GLOBO. E PRINCIPALMENTE UM CHUTE NOS FUNDILHOS DE NOSSOS POLÍTICOS SAFADOS, SEMPRE QUE MERECEREM (E ESTÃO SEMPRE MERECENDO)

31 março, 2008

REVOLUÇÃO DIGITAL NO SALÃO DO LIVRO DE PARIS

Livro eletrônico é um dos temas mais explorados nesta edição de um dos principais encontros internacionais do livro, na França.
A digitalização do livro, que passou do processo artesanal à era industrual, vai gerar uma mudança total nos modos de leitura e no mundo da edição, segundo profissionais reunidos no Salão do Livro de Paris, realizado esta semana na França (de 14 a 19 de março). Uma das atrações principais do salão é o livro eletrônico digital.
Além de um espaço de 500 metros quadrados, batizado "Leituras do @manhã", um dos principais acontecimentos do tradicional Salão do Livro é a apresentação do projeto Gallica2 (
www.gallica2.bnf.fr), um programa de digitalização de grande porte que está sendo realizado pela Biblioteca Nacional da França e mobilizando as principais editoras francesas.
A Gallica2 já traz hoje 60 mil obras do acervo patrimonial da instituição, além de 2 mil títulos protegidos por direitos autorais. É um projeto experimental de divulgação do conteúdo digital, que deve durar um ano.
"É inevitável que o livro digital ganhe a batalha sobre o livro de papel, um pouco como o lenço de papel ganhou a batalha contra o lenço de pano", resumiu, em tom provocador, um dos participantes do evento, o sociólogo Serge Tisseron.
Os novos suportes de leitura, e-readers, e-books, são leves, fáceis de usar e já permitem uma leitura em condições aceitáveis das obras digitalizadas, mesmo se ainda há melhoras a serem feitas. Os novos aparelhos prometem um conforto de leitura quase equivalente ao do livro, graças à tinta eletrônica, desenvolvida recentemente. Apesar de ainda caros, esses aparelhos têm a vantagem de conseguir transportar verdadeiras bibliotecas.
Vários setores já aderiram ao formato digital, primeiramente o das enciclopédias, por razões evidentes de peso e da facilidade de consulta pelo computador. Há até casos como as enciclopédias Universalis e Quid, que renunciaram à versão papel.
A edição científica, médica e jurídica também oferecem cada vez mais conteúdos digitalizados. "É de se esperar uma grande progressão do digital nos próximos anos", considera Serge Eyrolles, presidente do Sindicato Nacional da Edição.
"A digitalização faz parte de nossas prioridades. Não vai ser fácil, mas não teremos escolha", reconhece Stéphanie van Duin, diretora de desenvolvimento da Hachette livro, uma das maiores editoras francesas. Mas reconhece: "o digital é caro. As editoras vão precisar passar por um trabalho de adaptação para investimento, os equipamentos são caros".
Apesar de tudo, o livro em papel ainda dá sinais de boa saúde, apresentando no Salão de Paris mais de 60 mil novidades publicadas em 2007 na França.
AFP e Libération (com tradução de Graziella Beting)
http://www.aber.org.br

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