NATUREZA

Três parques permitem a entrada de cães no Grande ABC

Um passeio ao ar livre com o cãozinho de estimação às vezes é suficiente para aliviar o estresse do dia-a-dia. A entrada de animais é proibida na maioria das áreas verdes do Grande ABC, mas três parques da região — dos 30 existentes — permitem que os momentos de lazer sejam divididos com o melhor amigo do homem.
No Parque Central, em Santo André, os visitantes 'caninos' são bem-vindos, desde que devidamente presos por guias e com focinheiras (no caso dos animais bravos e/ou de grande porte). Para o coordenador Carlos Silveira, que mora em apartamento, a área é ideal para os passeios diários com seu cão da raça beagle. "Mudei para Santo André há um ano e, como moro em apartamento, o parque é fundamental. Todos os dias no mesmo horário o Tob já fica esperando pelo passeio", conta.
Apesar das poucas opções na região, Silveira afirma que a caminhada com seu cachorro é indispensável. "Não sei se passeio com ele ou se é ele quem passeia comigo (risos). O parque nos proporciona esse momento saudável do dia, e não abro mão disso", conclui.
Outro local que permite a circulação de cães é o Parque do Paço Municipal de Mauá. Lá, as regras são as mesmas do Parque Central, pois é preciso garantir a segurança dos outros visitantes nas dependências. Os outros dois espaços verdes do município (Parque Ecológico Santa Luzia e Parque Ecológico do Guapituba Alfredo Klinkert Jr.) não permitem a entrada de animais, atendendo à lei federal nº 9.985, de 18 de junho de 2000, que estabelece regras de conservação.
Já o último espaço no Grande ABC aberto à circulação de cães é o Parque dos Ipês, em Rio Grande da Serra. Vale lembrar que os requisitos de segurança também devem ser adotados.
Em São Bernardo, existem três parques com áreas para caminhadas e exercícios (Parque Cidade de São Bernardo Raphael Lazzuri e Parque Engenheiro Salvador Arena, além do Parque de Esportes Radicais), mas nesses locais apenas a circulação de cães-guia é permitida, de acordo com a Prefeitura. São Caetano, Diadema e Ribeirão Pires também informaram que, visando a segurança e higiene, a circulação de animais nos parques dos municípios é proibida.
Saúde - Segundo o médico ortopedista Fábio Ravaglia, a prática regular de atividades físicas ajuda no combate a doenças e melhora a qualidade de vida. Isso também se aplica aos cães, que muitas vezes acabam incentivando o dono na prática contínua de exercícios.
Mas o médico alerta que alguns cuidados devem ser tomados. "Da mesma forma que o dono deve fazer uma avaliação médica, incluindo a execução de exames como eletrocardiograma e hemograma, os cães devem ser levados a um veterinário. Esses exames vão determinar o ritmo das passadas e a condição física do animal. Seu cão certamente vai agradecer", diz.
A dona-de-casa Sônia Maria Falchetti, 56 anos, que tem dois pinschers, acabou incorporando a visita ao Parque Central na rotina diária por conta dos animais. "Como sou moradora das proximidades, venho quase todos os dias à tarde. Como eles adoram caminhar, acabo me exercitando também", afirma.
De acordo com Ravaglia, os benefícios de passear com um cachorro vão além da saúde. "Na prática, os cães promovem a integração e a interação entre as pessoas, tornando-as mais sociáveis".
Shoppings - Alguns donos também não abrem mão de levar seus companheiros em passeios a centros comerciais. Nos quatro shoppings da região é permitida apenas a circulação de cães de pequeno porte.
O ABC Plaza Shopping, em Santo André, informou que os animais devem ser conduzidos no colo ou em bolsas específicas para transporte. O mesmo ocorre no Mauá Plaza Shopping, em Mauá, e no Shopping ABC, em Santo André. No Shopping Metrópole, em São Bernardo, os cães podem até andar no chão de todas as áreas comuns, desde que portando guia curta.
Quanto à entrada nas praças de alimentação, as regras dos shoppings são as mesmas: é estritamente proibida a circulação de cães, já que nesses locais são fabricados, manipulados ou armazenados gêneros alimentícios. Apenas os cães-guias são autorizados. O Shopping Metrópole justificou, ainda, que proíbe a entrada de animais nessa área já que eles podem causar constrangimento aos consumidores.
Confira abaixo os endereços dos parques da região:
Santo André

Parque Central: rua José Bonifácio, s/nº - Vila Assunção (permite a entrada de cães).

Parque Celso Daniel: avenida Dom Pedro II, nº 940 - bairro Jardim.

Parque Escola: rua Anacleto Popote, nº 46 - bairro Valparaíso.

Parque do Pedroso: Estrada do Pedroso, s/nº - bairro Represa.

Parque Antonio Fláquer (Ipiranguinha): rua Cel. Seabra, s/nº - Vila Alzira.

Parque da Juventude: avenida Capitão Mário de Toledo, s/nº - Jardim Ipanema.

Parque Antonio Pezzolo (Chácara Pignatari): avenida Utinga, 136 - Vila Metalúrgica.

Parque Norio Arimura: avenida Macedônia, s/nº - Parque Capuava.

Parque Cidade dos Meninos: rua Batávia, s/nº - Parque Novo Oratório.

Parque Natural Nascentes de Paranapiacaba: rua Rodrigues Alves, 473 A - Paranapiacaba.

Parque Regional da Criança Palhaço Estremelique: avenida Itamarati, nº 536 - Parque Jaçatuba.
São Bernardo

Parque Cidade de São Bernardo Raphael Lazzuri: avenida Kennedy, nº 1111.

Parque Engenheiro Salvador Arena: avenida Caminho do Mar, nº 2980 - Rudge Ramos.

Parque Cidade-Escola da Juventude (Esportes Radicais): avenida Armando Ítallo Setti (em frente ao Paço).
São Caetano

Espaço Verde Chico Mendes: avenida Fernando Simonsen, nº 566 - bairro Cerâmica.

Parque Catarina Scarparo D'Agostini: rua Ângelo Aparecido Radim, nº 90 - bairro São José.

Parque Santa Maria: rua General Castelo Branco, nº 501 - bairro Santa Maria.

Parque Municipal José Alves dos Reis (Bosque do Povo): Estrada das Lágrimas, nº 320 - bairro São José.

Escola Municipal de Ecologia Jânio da Silva Quadros: rua da Paz, nº 10 - bairro Santa Maria.

Espaço de Lazer e Recreação José Agostinho Leal: avenida Tietê, s/nº - bairro Nova Gerti.
Diadema

Parque do Paço: avenida Antonio Piranga, s/nº e rua Almirante Barroso, nº 111

Parque Ecológico Fernando Vítor de Araújo Alves: avenida Nossa Senhora dos Navegantes, 145 - bairro Eldorado.

Parque Pousada dos Jesuítas: rua Vitalina Caiaffa Esquível, 4071 - Centro.

Parque Vereador Antonio de Lucca Filho ou Parque Takebe: rua Yokohama, s/nº - Jardim Takebe.

Parque Saned/Nações (Companhia de Saneamento de Diadema): rua Santa Cruz - Jardim das Nações.Mauá

Parque do Paço Municipal: avenida João Ramalho, 205 - Centro (permite a entrada de cães).

Parque Ecológico Santa Luzia: avenida Barão de Mauá, próximo ao nº 5600 - Jardim Adelina.

Parque Ecológico do Guapituba Alfredo Klinkert Jr.: avenida Capitão João, nº 3220 - Jardim Guapituba.
Ribeirão Pires

Parque Municipal Milton Marinho de Moraes: rua Major Cardim, 3100 - bairro Suíssa.
Rio Grande da Serra

Parque dos Ipês: avenida São Paulo, s/nº - bairro Santa Tereza (permite a entrada de cães).
Fernanda Borges

Do Diário do Grande ABC OnLine

Câmeras de vídeo registram espécie rara de pantera na ilha de Bornéu
Jacarta,.- Câmeras de vídeo registraram pela primeira vez a presença de uma rara espécie de felino, a pantera-nebulosa de Bornéu (Neofelis diardi), em um parque nacional da parte indonésia da ilha (norte do país), informou hoje a imprensa local.
As imagens de dois machos adultos serviram aos cientistas para determinar a presença de uma nova população, até agora desconhecida, destas panteras em uma área do parque nacional de Sebangau, antes ameaçada pelo desmatamento ilegal.
Os pesquisadores da unidade de investigação para a conservação da natureza da Universidade de Oxford, que realizaram o estudo, afirmaram que as imagens fornecem um pouco mais de informação sobre o comportamento e costumes da pantera.
Os especialistas esperam poder aumentar a pouca informação que têm sobre esta espécie no futuro, e por enquanto consideram que sua presença é um bom indicador da riqueza na região, já que estes felinos precisam de outros animais para sobreviver.
"A pantera-nebulosa de Bornéu é o maior predador da ilha, e se o maior predador sobrevive em uma antiga área de desmatamento, isso significa que o resto das espécies está se recuperando", disse a zoóloga britânica Susan Cheyne.
Este felino, classificado de espécie própria em 2006 após análises de DNA da qual quase não se têm dados, é próprio das ilhas indonésias de Bornéu e Sumatra, e das ilhas Batu, na Malásia.
Hoje em dia, a espécie figura como vulnerável na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da União Mundial para a Natureza (IUCN), e se calcula que a população dos felinos beire os 10 mil.
A Indonésia é um dos países com maior biodiversidade terrestre e marinha do mundo, mas seu meio ambiente está gravemente ameaçado pelo desenvolvimento econômico e demográfico incontrolados. EFE
G1