PATRIMÔNIO HISTÓRICO E CULTURAL
Reforma vai triplicar área do Museu do Ipiranga em SP
Depois de dois anos de discussões conjuntas com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o Conselho do Patrimônio Histórico de São Paulo (Conpresp) aprovou ontem um projeto para ampliar o Museu Paulista da Universidade de São Paulo, no Ipiranga. Com a reforma, ainda sem data para começar, o espaço passará dos atuais 6,3 mil metros quadrados para 18 mil metros quadrados com a construção de uma galeria subterrânea e um prédio anexo - no fim das contas, a área para exposições terá o dobro do tamanho e poderá abrigar coleções que hoje estão guardadas, como a dos objetos de Santos Dumont.
Depois de dois anos de discussões conjuntas com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o Conselho do Patrimônio Histórico de São Paulo (Conpresp) aprovou ontem um projeto para ampliar o Museu Paulista da Universidade de São Paulo, no Ipiranga. Com a reforma, ainda sem data para começar, o espaço passará dos atuais 6,3 mil metros quadrados para 18 mil metros quadrados com a construção de uma galeria subterrânea e um prédio anexo - no fim das contas, a área para exposições terá o dobro do tamanho e poderá abrigar coleções que hoje estão guardadas, como a dos objetos de Santos Dumont.
O projeto de ampliação foi assinado pelos arquitetos Eduardo Colonelli e Silvio Oksman, do Escritório Paulistano de Arquitetura. Sete integrantes do Conpresp foram favoráveis às mudanças e outros dois votaram com restrições - o Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado (Condephaat) e o Departamento do Patrimônio Histórico (DPH) já haviam aprovado o conceito geral e o estudo de viabilidade da proposta. A idéia é aumentar as áreas destinadas a exposições para garantir a exibição de todo o acervo, além de abrigar adequadamente as áreas administrativa e técnica da instituição.
A obra trará três grandes alterações para o museu construído entre 1885 e 1890 por Tommaso Gaudenzio Bezzi, o primeiro do Estado de São Paulo. O prédio original será restaurado e ganhará dois elevadores panorâmicos, com caixas de aço e vidro, que serão instalados na parte de trás das torres laterais. Esses elevadores darão acesso ao terceiro pavimento do Museu do Ipiranga, onde fica o mirante atualmente desativado, que tem uma das vistas mais bonitas da cidade.
Todas as divisões administrativas da instituição - bem como as salas de aula, laboratórios de pesquisa e biblioteca - sairão do prédio e darão lugar a novas áreas expositivas. Para abrigar esses setores, será construída uma nova edificação onde hoje está o Corpo de Bombeiros. Por fim, uma galeria subterrânea a quase 8 metros de profundidade vai fazer a ligação entre o edifício original e o novo prédio administrativo, cortando parte do bosque atrás do museu. O plano é que esse subsolo não sirva apenas de passagem e conte com um auditório, novas áreas para exposição e mais salas de aula - os arquitetos pretendem construir um espelho dágua na superfície, para iluminar naturalmente a galeria.
Agência Estado
Agência Estado
Em São Paulo, só 12% dos monumentos são ''adotados''
Apenas 12% dos monumentos artísticos que fazem parte do Programa Adote uma Obra Artística, da Prefeitura de São Paulo, foram adotados. Criado em 1994, o programa busca, na iniciativa privada, apoio para conservar 400 obras do patrimônio paulista. Somente 20 trabalhos foram contemplados até agora. Outros 30 recebem intervenções de conservação e restauro a partir de hoje. As 400 obras disponíveis podem ser conservadas ou restauradas com o patrocínio de pessoas físicas ou jurídicas - basta que os interessados encaminhem ao Departamento do Patrimônio Histórico da Secretaria Municipal de Cultura uma solicitação para a adoção. O site www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/cultura/patrimonio_historico orienta.
Apenas 12% dos monumentos artísticos que fazem parte do Programa Adote uma Obra Artística, da Prefeitura de São Paulo, foram adotados. Criado em 1994, o programa busca, na iniciativa privada, apoio para conservar 400 obras do patrimônio paulista. Somente 20 trabalhos foram contemplados até agora. Outros 30 recebem intervenções de conservação e restauro a partir de hoje. As 400 obras disponíveis podem ser conservadas ou restauradas com o patrocínio de pessoas físicas ou jurídicas - basta que os interessados encaminhem ao Departamento do Patrimônio Histórico da Secretaria Municipal de Cultura uma solicitação para a adoção. O site www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/cultura/patrimonio_historico orienta.
"É raro que empresas adotem monumentos. Ainda não existe a consciência de que o cuidado dessas obras é importante", diz Francisco Zorzete, da Companhia de Restauro, responsável pelas restaurações. Patrocinada pelo Grupo Votorantim, a companhia livrará da deterioração marcos artísticos, como o Monumento às Bandeiras, na Praça Armando de Salles Oliveira, e a escultura Depois do Banho, no Largo do Arouche.
As obras sofrem por motivos diversos. A maioria apresenta pichações, e algumas perderam pedaços - caso da escultura Guanabara, no Parque Anhangabaú, que perdeu o nariz e as pontas dos dedos. Um dos casos mais graves, segundo Zorzete, é o Monumento aos Fundadores de São Paulo, perto da Assembléia Legislativa: o monumento já não exibe mais uma placa de bronze com inscrições do momento retratado pelo artista Luiz Morrone, em 1962.
Acredita-se que até novembro todas as obras já estarão prontas. Segundo o Grupo Votorantim, durante a reforma os monumentos serão envoltos por painéis que explicarão a história e a importância de cada espaço escolhido.
Lais Cattassini
Estadão.com.br
Lais Cattassini
Estadão.com.br
Museu de História do Pantanal será inaugurado hoje em Corumbá
O Museu de História do Pantanal (Muhpan) será inaugurado hoje (12), às 17h, no Porto Geral de Corumbá. As exposições do museu propiciam aos visitantes uma viagem pelos oito mil anos da ocupação humana na região do Pantanal.
O Museu de História do Pantanal (Muhpan) será inaugurado hoje (12), às 17h, no Porto Geral de Corumbá. As exposições do museu propiciam aos visitantes uma viagem pelos oito mil anos da ocupação humana na região do Pantanal.
O museu ficará abrigado no casarão Wanderley & Baís, em frente ao Rio Paraguai, o Muhpan contrasta artefatos pré-históricos com alta tecnologia e busca retratar a identidade pantaneira.
O edifício foi construído em 1876 no Casario do Porto, na época em que Corumbá era o terceiro mais importante porto fluvial da América Latina, e foi restaurado pelo Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional - Iphan, através do Projeto Monumenta. O elegante piso de ladrilhos hidráulicos tem mosaicos nas cores laranja, café, areia e preto, e suas janelas atraem os olhares para o Pantanal. Com recursos cenográficos e tecnológicos, a história do Pantanal é contada de maneira lúdica, didática e interativa. O Muhpan convida o público a mergulhar na memória e no imaginário pantaneiro.
A viagem começa em um túnel de imersão, onde são projetadas imagens e trechos da poesia de Manoel de Barros em um corredor de espelhos.
Seguindo pela sala Os Pantanais, o visitante encontra uma canoa Guató, uma forte referência ao assoreamento do Rio Taquari, e fotos e mapas que retratam as sub-regiões do Pantanal.
A visita segue pela pré-história no andar seguinte, onde fósseis e fragmentos arqueológicos retratam os primeiros vestígios humanos na região. Em ordem cronológica, o roteiro expõe a conquista espanhola, as missões jesuíticas e incursões bandeirantes. Passa pelas expedições científicas do início do século XX, pela Guerra do Paraguai, pela próspera Corumbá dos imigrantes, e termina no século XX da Ferrovia Noroeste, da pecuária e da mineração mato-grossense.
A idéia é superar a função de museu, visto como depósito de objetos, e transformá-lo em um local onde a população possa reconhecer as marcas de seu patrimônio, encontrar suas origens culturais e partilhar essa experiência com pessoas de outras regiões.
A Fundação Barbosa Rodrigues, instituição responsável pela realização do museu, e com 25 anos dedicados à memória, sempre atuou com foco na participação da comunidade. Com o Muhpan não será diferente. “Nossa vocação é democratizar o acesso à cultura, resgatar a cidadania e valorizar a história”, afirma Maria Verônica Sáfadi Nogueira, vice-presidente da instituição.
Segundo a coordenadora do Muhpan, Marta Barros dos Santos, os museus não são produtos estáticos, porque como a história, estão em constante construção. “Mais difícil que expor objetos, é expor os valores culturais de um povo”, diz. “O povo é o produtor da cultura. Não estamos aqui somente para contar a história, mas dialogar com a comunidade, e juntos fazermos a história”, ressalta Juliano Borges, coordenador de Ações Educativas.
A montagem do museu foi viabilizada por meio da lei Rounet, que concede benefícios fiscais a empresas que financiam atividades culturais. O trabalho é patrocinado pela Petrobras e pelo Grupo Votorantim, com supervisão do Iphan, e apoio da Prefeitura de Corumbá.
Marcadores: cidade de São Paulo, patr. cultural
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