ENTRESSEIO

s.m. 1-vão, cavidade, depressão. 2-espaço ou intervalo entre duas elevações. HUMOR, CURIOSIDADES, UTILIDADES, INUTILIDADES, NOTÍCIAS SOBRE CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS CULTURAIS, AQUELA NOTÍCIA QUE INTERESSA A VOCÊ E NÃO ESTÁ NO JORNAL QUE VOCÊ COSTUMA LER, E NEM DÁ NA GLOBO. E PRINCIPALMENTE UM CHUTE NOS FUNDILHOS DE NOSSOS POLÍTICOS SAFADOS, SEMPRE QUE MERECEREM (E ESTÃO SEMPRE MERECENDO)

15 agosto, 2008

CULTURA

Plano Nacional de Cultura deve ser votado no início de 2009, diz secretário
Curitiba - O secretário de Políticas Culturais do Ministério da Cultura, Alfredo Manevy, confirmou hoje (11), em Curitiba, que o Plano Nacional de Cultura, conjunto de diretrizes para a execução de políticas públicas para o setor nos próximos dez anos, será votado no início do ano que vem, no Congresso Nacional.
Até o final deste ano, serão colhidos subsídios em seminários realizados em todos os estados, com gestores culturais da área governamental e da iniciativa privada e representantes da sociedade civil, para avaliação e aperfeiçoamento do texto que irá subsidiar a votação do projeto de lei. O Ministério da Cultura e a Câmara dos Deputados estão promovendo estes encontros em parceria.
O Paraná é o quinto estado do país e o primeiro da região Sul a sediar o encontro, aberto na manhã de hoje (11). O ciclo de debates foi iniciado em junho, em Minas Gerais, e já passou pelo Ceará, Maranhão e Piauí.
“Cultura no Brasil nunca foi tratada como agenda de governo. É a primeira vez na história desse país que isso acontece. Apenas uma pequena parcela privilegiada de artistas tinha acesso a um balcão de recursos. Hoje o foco é a sociedade como um todo. E é essa sociedade que está reivindicando a cultura como uma necessidade básica, um serviço básico como alimentação, moradia, transporte”, ressaltou o secretário. Segundo ele, o Plano Nacional de Cultura é o instrumento para consolidar esta nova fase, só que precisa de orçamento, “até mesmo pelo peso que a cultura tem na economia, 8% do PIB [Produto Interno Bruto] estão ligados às atividades culturais”.
Manevy lembrou que o orçamento federal para a atividade cultural cresceu desde 2003, passando de 0,2% para 0,7%. O patamar mínimo indicado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) é de 1% do orçamento do governo central.
O objetivo do ministro da Cultura, Juca Ferreira, é chegar aos 2% até 2010, disse o secretário, ressaltando a importância da parceria que o ministério fez com a Câmara dos Deputados. Em sua opinião, a participação de parlamentares na discussão do plano e dos projetos culturais vai agilizar todo o processo.
Os interessados em participar do debate sobre o Plano Nacional de Cultura podem acessar o site
www.cultura.gov.br/pnc e enviar contribuições.
Lúcia Norcio
Agência Brasil
Biblioteca escolar e o profissional bibliotecário

Entende-se que cabe à escola a inserção do indivíduo no mundo da leitura e da escrita, promovendo um ensino de qualidade. Grande parte da responsabilidade pela formação dos novos leitores passa pelo desempenho criterioso de um bom profissional bibliotecário. Oxalá, tenhamos garantia de contar com a habilidade de muitos para o bem de todos os educandos.
A biblioteca escolar é um espaço em que os alunos encontram material para complementar sua aprendizagem e desenvolver sua criatividade, imaginação e senso crítico. É na biblioteca que podem reconhecer a complexidade do mundo que os rodeia, descobrir seus próprios gostos, investigar aquilo que os interessa, adquirir conhecimentos novos, escolher livremente suas leituras preferidas e sonhar com mundos imaginários.
A ação dinâmica da biblioteca deverá servir ao programa escolar, daí a necessidade de atividades em grupo, tais como: dramatizações, jogos, gincanas, hora do conto. A hora do conto é um dos principais estímulos à leitura, e oportuniza as crianças que dela participam o estabelecimento de uma ligação entre fantasia e realidade e a ampliação das experiências e do conhecimento do mundo que as cerca.
A biblioteca no Brasil apresenta problemas estruturais e políticos que fazem desse assunto uma problemática nacional. Em muitos casos, as bibliotecas escolares são meros depósitos de livros em salas adaptadas e que não atendem as reais necessidades e finalidades para as quais as mesmas foram criadas.
O descaso leva os profissionais envolvidos no processo a terem uma atitude passiva e cômoda em relação à problemática gerada. Mais que uma instituição difusora do conhecimento, a biblioteca tem como função primordial a de criar cidadãos, contribuindo com a escola no processo de ensino/aprendizagem, ou seja, desempenhando um importante papel na educação da população. “A biblioteca é o centro do fazer educativo.”
O profissional bibliotecário é um educador de forma geral. Cabe a ele exercer real influência sobre a qualidade do programa geral da escola e, diretamente, sobre a programação total da biblioteca. “Cabe ao profissional em atuação na biblioteca torná-la objeto de reflexão e espaço de participação para todos os segmentos da escola e da comunidade na qual ela se insere.”
O bibliotecário, no ambiente educacional, precisa estar apto a desenvolver o papel de educador, criando políticas internas para incentivar a prática cultural na biblioteca - entre as quais, organização de: mostras culturais, narração de histórias, sessões de teatro e cinema, dia de autógrafo com autores, gincanas de leitura e interpretação, criação de textos, etc. – e fazendo da biblioteca um espaço divertido, agradável, aconchegante, um ambiente prazeroso para a conquista de novos leitores. Um espaço assim envolverá o indivíduo nas atividades de leitura e pesquisa, tornando-se parte do roteiro de um programa agradável e habitual. Esta será, com certeza, a biblioteca sonhada por muitos, porém, realizada no momento por poucos.
O bibliotecário precisa agir para favorecer práticas de leitura de diferentes fontes de informação, propiciar espaços de leitura e minimizar a exclusão social. Lembrando a importância da aculturação digital para todos.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) propostos pelo MEC, ao se referirem às questões referentes à importância da leitura e das bibliotecas escolares, mostra que têm como objetivo primeiro orientar o trabalho educativo que se processa no interior da escola. Dessa forma, os PCNs concretizam uma proposta à sociedade por meio de dois compromissos básicos: eqüidade e qualidade para o ensino/aprendizagem no espaço escolar. Como se vê, os PCNs são importantes pela sua abrangência, em nível nacional, e pelo seu caráter orientador para todo o universo dos agentes envolvidos com a Educação, inclusive o espaço destinado aos livros e à leitura formativa, informativa e de lazer, que é a biblioteca.
Chama-se aqui a atenção para a qualidade dos livros para a composição de uma biblioteca escolar, que devem ser de qualidade, tanto em seus conteúdos quanto em suas formas, portanto, essa qualidade não se restringe somente à encadernação ou ao material empregado para a confecção do livro, abrange, sobretudo, o conteúdo desses livros, pois o mercado está repleto de “literaturas descartáveis”, que não possuem nenhum objetivo pedagógico e que estão nas prateleiras das livrarias apenas por força da mídia. Assim, os gestores escolares, ajudados pelos próprios educandos, pelos professores e pelas famílias, e, sobretudo, pelo profissional bibliotecário competente, devem ser muito criteriosos na escolha das obras. Caso contrário, movidos pela mídia, podem botar à disposição da criança livros de má qualidade, inclusive com erros de construção e ortográficos grosseiros, pode comprometer a qualidade do ensino-aprendizagem da leitura dessa criança para sempre. Mais do que nunca, o profissional bibliotecário precisa marcar sua presença, atuar sempre e com clareza de objetivos para atender bem a clientela mirim, leitores empolgados e que merecem todo cuidado e respeito.
Irene Góes Corrêa
O Girassol - Palmas-TO


Projeto quer repasse de 1% para área da cultura
Tramita na Câmara de Campo Grande, o Projeto de lei n° 6532/08, apresentado pelos vereadores Athayde Nery (PPS) e Maria Emília Sulzer (PMDB). A proposição autoriza o Poder Executivo Municipal a repassar 1% da Receita Corrente Liquida (RCL) à área da cultura. De acordo com PL, o repasse será efetuado para a Fundação Municipal de Cultura (Fundac) com o objetivo de apoiar a pesquisa, a manutenção, à criação, a produção e a execução de atividades culturais, visando o desenvolvimento cultural do município. E ainda, promover a divulgação da cultura em todos os seus segmentos e facilitar o acesso da população aos eventos culturais. Para os autores, a proposta pretende complementar a legislação de incentivo à criação, promoção e difusão cultural, já existente no âmbito federal. “O desenvolvimento de uma sociedade é resultado do empenho coletivo para o aprimoramento de valores característicos de um grupo social, transmitidos a todos”, justificam os parlamentares que acrescentam “A princípio, a cultura parece um aparato dispensável, mas temos de pensar na obrigação que temos com o crescimento desta sociedade, e para isto a cultura é indispensável, visto que o desenvolvimento cultural pode ajudar uma comunidade a superar outras dificuldades, pois a cultura esta intrinsecamente ligada à educação, que se eleva, na medida em que existe uma assimilação das artes, da literatura e das ciências”, afirmam. A Câmara de Vereadores discutiu em audiência pública no ano de 2007, o efetivo apoio a produção cultural em Campo Grande, devido a frustração de muitos talentos por falta de incentivos. Segundo Athayde e Maria Emília, “Cabe ao governo, no papel de indutor, estimular as atividades culturais, assegurando o efetivo processo de desenvolvimento cultural”.
MS Notícias

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