SAÚDE
Alergia pode afetar quem nunca manifestou sintomas
O ator Reynaldo Gianecchini reapareceu, na tarde de ontem, pela primeira vez desde que foi hospitalizado. Ele ficou internado em um hospital do Rio de Janeiro durante quatro dias, um deles na UTI, por causa de uma reação alérgica à Penicilina. Gianecchini, que tomou o antibiótico devido a dores na garganta, não sabia que era alérgico à substância, encontrada em medicamentos largamente utilizados, como a temida Benzetacyl injetável. Assim como o galã global, muitas pessoas desconhecem que o problema pode afetar quem nunca apresentou sequer um sintoma de rejeição à droga.
Alergia à Penicilina acomete pessoas de todos os sexos e idades, apesar de ter uma incidência considerada baixa. Dados da Coordenação Nacional de DST e Aids do Ministério da Saúde apontam que as reações anafiláticas (ver quadro) à substância ocorrem com prevalência aproximada de 0,04% a 0,2% da população. A taxa de mortalidade gira em torno de 0,001% _ o que significa dizer que, entre 50 mil a cem mil tratamentos, morre uma pessoa, segundo o ministério.
Entre pacientes que estão em tratamento, reações de hipersensibilidade _ fator que indica a possibilidade de desenvolver alergia _ à substância podem ser observadas de 0,7% a 10% dos casos. De acordo com a Sociedade Médica do Rio de Janeiro, a faixa etária mais prejudicada está entre 20 e 49 anos. Idosos são os que mais apresentam reações fatais, devido a alterações cardiovasculares. Já as crianças são as menos atingidas.
Cuidados - Por conta dos riscos, o médico alergologista João Bosco, do Instituto de Dermatologia e Alergia da Bahia (Idab), recomenda cautela.
“É um fenômeno muito raro. Muita gente acha que tem alergia à Penicilina, mas isso não se confirma. Muitas vezes, pode ser alergia a outro componente do antibiótico”, acrescenta. Entre os sintomas que podem confirmar o diagnóstico, estão as crises de urticária, queda de pressão, asma e rinite alérgica. As manifestações mais graves são edema de glote e choque anafilático. Também pode ocorrer insuficiência respiratória.
CHOQUE ANAFILÁTICO
DEPOIS DE CONTATO com a substância, vasos sangüíneos deixam escoar líquido para a área circunvizinha. Por causa disso, pode ocorrer queda abrupta da pressão arterial. Com a conseqüente redução do fluxo sangüíneo, uma menor quantidade de oxigênio atinge o cérebro e outros órgãos vitais. Devido ao funcionamento ineficaz dos órgãos, o corpo entra em estado de choque.
TIPOS DE REAÇÃO
Imediata - Manifesta-se na primeira hora depois da administração de Penicilina. A reação mais comum é a urticária. Pode se verificar ainda hipotensão (pressão baixa), rinite, asma e edema de glote.
Acelerada - Acontece entre uma e 72 horas depois de ministrada a Penicilina. Pode desencadear urticária, angioedema (inchaço por baixo da pele), prurido (coceira) e até mesmo edema de glote. Hipotensão e morte podem ocorrer, mas raramente.
Tardia ou retardada - Normalmente, ocorre depois de 72 horas da administração da substância. Traz reações freqüentes, como urticária.
Correio da Bahia
O ator Reynaldo Gianecchini reapareceu, na tarde de ontem, pela primeira vez desde que foi hospitalizado. Ele ficou internado em um hospital do Rio de Janeiro durante quatro dias, um deles na UTI, por causa de uma reação alérgica à Penicilina. Gianecchini, que tomou o antibiótico devido a dores na garganta, não sabia que era alérgico à substância, encontrada em medicamentos largamente utilizados, como a temida Benzetacyl injetável. Assim como o galã global, muitas pessoas desconhecem que o problema pode afetar quem nunca apresentou sequer um sintoma de rejeição à droga.
Alergia à Penicilina acomete pessoas de todos os sexos e idades, apesar de ter uma incidência considerada baixa. Dados da Coordenação Nacional de DST e Aids do Ministério da Saúde apontam que as reações anafiláticas (ver quadro) à substância ocorrem com prevalência aproximada de 0,04% a 0,2% da população. A taxa de mortalidade gira em torno de 0,001% _ o que significa dizer que, entre 50 mil a cem mil tratamentos, morre uma pessoa, segundo o ministério.
Entre pacientes que estão em tratamento, reações de hipersensibilidade _ fator que indica a possibilidade de desenvolver alergia _ à substância podem ser observadas de 0,7% a 10% dos casos. De acordo com a Sociedade Médica do Rio de Janeiro, a faixa etária mais prejudicada está entre 20 e 49 anos. Idosos são os que mais apresentam reações fatais, devido a alterações cardiovasculares. Já as crianças são as menos atingidas.
Cuidados - Por conta dos riscos, o médico alergologista João Bosco, do Instituto de Dermatologia e Alergia da Bahia (Idab), recomenda cautela.
“É um fenômeno muito raro. Muita gente acha que tem alergia à Penicilina, mas isso não se confirma. Muitas vezes, pode ser alergia a outro componente do antibiótico”, acrescenta. Entre os sintomas que podem confirmar o diagnóstico, estão as crises de urticária, queda de pressão, asma e rinite alérgica. As manifestações mais graves são edema de glote e choque anafilático. Também pode ocorrer insuficiência respiratória.
CHOQUE ANAFILÁTICO
DEPOIS DE CONTATO com a substância, vasos sangüíneos deixam escoar líquido para a área circunvizinha. Por causa disso, pode ocorrer queda abrupta da pressão arterial. Com a conseqüente redução do fluxo sangüíneo, uma menor quantidade de oxigênio atinge o cérebro e outros órgãos vitais. Devido ao funcionamento ineficaz dos órgãos, o corpo entra em estado de choque.
TIPOS DE REAÇÃO
Imediata - Manifesta-se na primeira hora depois da administração de Penicilina. A reação mais comum é a urticária. Pode se verificar ainda hipotensão (pressão baixa), rinite, asma e edema de glote.
Acelerada - Acontece entre uma e 72 horas depois de ministrada a Penicilina. Pode desencadear urticária, angioedema (inchaço por baixo da pele), prurido (coceira) e até mesmo edema de glote. Hipotensão e morte podem ocorrer, mas raramente.
Tardia ou retardada - Normalmente, ocorre depois de 72 horas da administração da substância. Traz reações freqüentes, como urticária.
Correio da Bahia
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